SUBSÍDIO I
Paciência: evitando as dissensões
Na lição do dia 5 de fevereiro,
teremos duas palavras-chave: Paciência e dissensões. Dois vocábulos antagônicos
que vão nos ajudar a compreender que a paciência, fruto do Espírito, é um
antídoto contra a ansiedade e as dissensões. Vivemos em uma sociedade
imediatista, onde as pessoas parecem desconhecer o significado da palavra
esperar, tornando-se imediatistas e impacientes. A impaciência produz a
ansiedade, um sentimento prejudicial à saúde física, mental e espiritual. Este
sentimento é tão nefasto que Jesus no célebre Sermão do Monte, fez um alerta
aos seus discípulos a respeito do andar ansioso, preocupado, temeroso. O Mestre
ensinou que aqueles que desejam fazer parte do seu Reino, precisam crer que o
Pai proverá a sua subsistência. Ele explicou que a falta de fé dos súditos
levaria as pessoas a um estilo de vida doentio, obcecado pela provisão. É
justamente o que temos visto atualmente. Pessoas estressadas, pois estão obcecadas
pelo seu sustento e contaminadas por um estilo de vida consumista. Vivemos em
um mundo conturbado, imediatista, onde alguns crentes já não querem ser mais
ser conduzidos por Deus. Todos querem ser protagonista e conduzir a sua
história da maneira que acham ser a melhor. É aí que adoecemos e a ansiedade
vira uma patologia chamada de TAG, Transtorno da Ansiedade Generalizada. Para
alguns o importante é somente o hoje, o agora. Talvez, por isso, os
consultórios dos psiquiatras estejam sempre tão repletos de pacientes. A
indústria farmacêutica também tem lucrado com a venda de medicamento para o
controle da ansiedade.
A ansiedade está no centro das
pesquisas dos principais institutos e universidades que investigam as doenças
da mente. Os primeiros resultados indicam que ela tem impacto muito maior do
que se pensava. A convivência prolongada com a ansiedade afeta várias áreas da
vida, como mostra um levantamento da Associação Americana de Desordens
Ansiosas. Dos voluntários entrevistados, 87% disseram que ela prejudica muito
as relações pessoais. Outros 75% afirmaram que interfere na habilidade de
cumprir as atividades diárias. (TARANTINO, Mônica. Quando a ansiedade vira doença. Isto É. São Paulo, junho de 2016. Disponível em:
<http://istoe.com.br>. Acesso em: 17/06/2016.)
Segundo o pastor Hernandez Dias
Lopes “a ansiedade nos leva a crer que a vida é feita só daquilo que comemos e
vestimos.” O livro de Êxodo nos ensina importantes lições a respeito da
ansiedade, confiança em Deus e dissensões. A narrativa da história dos hebreus,
suas vitórias e seus fracassos nos faz compreender que não precisamos andar
ansiosos, pois temos um Deus que tem o controle da história e que trabalha em
nosso favor. Por isso, indico a leitura do livro de Êxodo para os
impacientes e ansiosos. Imagina um povo que teve que esperar 400 anos até que o
Senhor levantasse um líder e os tirasse do Egito. Moisés, o homem
escolhido para ser o libertador, também teve que passar por um período de
treinamento que durou cerca de 40 anos. Porque esperar tanto tempo assim?
Afinal a vida não é curta? Os hebreus, assim como Moisés precisavam confiar na
provisão de Deus e matar a “semente maligna” da “impaciência” e
“ansiedade”, antes de experimentar o favor do Senhor.
Temos um Deus que livra, cuida e
opera milagres extraordinários em favor daqueles que nEle confiam. A cada
página do livro de Êxodo podemos ver um Deus misericordioso, piedoso, que cura
as enfermidades do corpo, da alma e do espírito (Êx 15.26) e que não deixa
faltar o pão, o alimento cotidiano (mesmo no deserto). Vemos também o
quanto os israelitas eram imediatistas e murmurador, pois, assim como nós,
precisavam de tratamento e cura, pois os anos de escravidão devem ter deixado
feridas e marcas no corpo e na alma.
A impaciência é sempre perigosa,
pois nos leva agir de modo precipitado, a falar em demasia, a murmurar e a
tomar decisões, atitudes erradas. Certa vez, depois de caminhar por três dias
no deserto, todos estavam sedentos, mas não havia água e quando encontram um
local com água, não puderam beber, pois as águas eram amargas (Êx 15.23).
Qual é a sua reação diante das adversidades? Você é impaciente? Descontentes,
os hebreus reclamaram e brigaram com Moisés, todavia eles não estavam brigando
com Moisés, mas com o próprio Todo-Poderoso que os havia libertado da
escravidão. Como evitar a impaciência e as dissensões? Mantendo viva a chama da
fé e procurando ser cheio do Espírito Santo. A fé nos faz ver o impossível,
pois é “o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se
não veem” (Hb 11.1) e o Espírito Santo nos ajuda a sermos pacientes e a
fugirmos das dissensões.
Subsídio etimológico:
“Paciência, hyponome,
literalmente, permanência em baixo de (formado de hypo,
‘em baixo de’, e meno,ficar’),
‘paciência’. A paciência, que só desenvolve nas provas (Tg 1.2), pode ser
passiva, ou seja, igual a ‘tolerância, resignação’, como: (a) nas
provas em geral (Lc 21.19; Mt 24.13; Rm 12.12; (b) nas provas que sobrevêm ao
serviço no Evangelho (2 Co 6.4; 12.2; 2 Tm 3.10); (c) sob castigo, que é a
prova considerada a vir da mão de Deus, nosso Pai (Hb 12.7); (d) sob aflições
imerecidas (1 Pe 2.20); ou ativa, ou seja, igual a ‘persistência,
perseverança’, como: (e) ao fazer o bem (Rm 2.7); (f) na produção de frutos (Lc
8.15); (g) no correr a corrida proposta (Hb 12.1).
A paciência aperfeiçoa o caráter
cristão (Tg 1.4), e a participação na paciência de Jesus é, portanto, a
condição na qual os crentes virão a ser admitidos a reinar com Ele (2 Tm 2.12;
Ap 1.9). Para esta paciência, os crentes são ‘corroborados em toda fortaleza’
(Cl 1.11), ‘pelo seu Espírito no homem interior” (Ef 3.16) (Dicionário Vine: O
Significado exegético das palavras do Antigo e Novo Testamento.
Rio de Janeiro: CPAD, 2002, p. 842).
Telma Bueno
Editora responsável pela Revista Lições Bíblica Adultos
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Paciência: evitando as dissensões
Vivemos certamente um dos períodos mais ansiosos de
nossa história. Tudo é mais rápido, “pra ontem”. A vida urbana explodiu
demograficamente. Uma alta taxa de concentração dos habitantes numa mesma
região da cidade. O resultado: ônibus lotados, engarrafamentos quilométricos,
explosão de violência. Num país como o Brasil, onde o resultado dos índices
educacionais é pífio, juntando a falência das políticas públicas, um Estado que
não funciona na entrega dos serviços básicos necessários à sociedade (Saúde, Educação
e Segurança), o que vemos se reproduzir é o caos social no país. Esse caos é
refletido, além das grandes desgraças acerca da pobreza e da violência,
principalmente nas periferias, nas filas do banco, do supermercado, do
trânsito. A impressão: as pessoas não têm paciência.
Como os crentes da igreja local fazem parte desta
sociedade, por isso acabam sendo um extrato dela, eles acabam reproduzindo esse
espírito impaciente nos locais de encontros e de relacionamentos: família,
igreja, círculo de amigos mais chegados. Ou seja, a falta de paciência também é
um fenômeno entre os cristãos. Por isso, a Palavra de Deus, e principalmente o
Novo Testamento, tem textos contundentes em relação à paciência na vida do
crente. Um desses ensinos mais notórios é o que o apóstolo Paulo escreve aos
romanos: “E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações, sabendo
que a tribulação produz a paciência; e a paciência, a experiência” (Rm 5.3,4).
Ora, a tribulação produz paciência, pois no tempo em que estamos nela, somos
ensinados a esperar, ser mais lógico, perceber que o tempo não acontece segundo
as nossas escolhas. Por isso, depois que passamos pelo momento de espera, e nos
tornamos pacientes, então ganhamos experiência. Esta reflete na maturidade da
vida em que aprendemos a esperar, aguardar, perceber as implicações práticas do
ponto de vista negativo ou positivo da realidade que está a diante de nós.
Enfim, aprendemos a viver segundo o ensino do Evangelho de Jesus (Mt 6.25-34).
Ora, a Palavra de Deus nos ensina a sermos
longânimes. Ainda que estejamos sob uma intensa pressão, não nos entregaremos
aos excessos de ira. O seguidor de Jesus é equilibrado, pois compreende que
Deus suportou com toda a paciência quando éramos vasos de ira, pecadores,
rebelados contra Ele por intermédio do pecado original. Mas fomos alcançados
por Ele mediante a graça!
Fonte: Revista Ensinador
Cristão, Ano 18 - nº 69 – jan./fev./mar. de 2017.
SUBSÍDIO II
INTRODUÇÃO
Nesta lição refletiremos sobre a
paciência como virtude do fruto do Espírito, notaremos sua importância à
vida do autêntico servo de Deus nas mas diversas áreas, e por fim, veremos
algumas exortações bíblicas sobre a motivação que temos, em cultivar a longanimidade.
1. PACIÊNCIA
E O SEU SIGNIFICADO
1.1 Definição do termo. Do grego “makrothumia” também traduzido por “longanimidade”. É a junção
de “makros” que significa “grande ou longo” e “thumos” que quer dizer “ânimo ou
disposição” (BARCLAY, 1988 p. 88). Essa palavra grega aponta para a grande
paciência, para a grande tolerância, para a persistência em não se deixar
arrebatar pelas emoções fortes. De acordo com Champlin (2004, p. 904), há
catorze ocorrências dessa palavra grega no Novo Testamento (Rm. 2.4; 9.22; 2 Co
6.6; Gl. 5.22; Ef 4.2; Cl 1.11; 3.12; 1Tm 1.16; 2 Tm. 3.10; 4.2; Hb. 6.12; Tg.
5.10; 1 Pe 3.20; 2 Pe 3.15).
1.2 Como atributo Divino. A longanimidade ou paciência como atributo de Deus, refere-se ao Seu
autocontrole com relação a Sua justa ira diante da rebelião e do pecado (Êx
34.6; Nm 14.18; SI 85.3; 86.15; 103.8; 145.8; Jn 4.2; Rm 2.4; 1 Tm 1.16; 1 Pe
3.20; 2 Pe 3.9). “Um Deus que é santo deve punir o pecado, no entanto, sua
natureza amorosa retarda essa punição para dar tempo ao pecador de se
arrepender e abandonar o pecado” (1Tm 1.16; 1Pe 3.20). Devemos observar, porém,
que, embora a paciência de Deus não conheça limites com relação à Sua
profundidade (Rm 5.20), Seu comprimento e largura são limitados (Gn 6.3; Rm
11.22-a) (TYNDALE, 2015, p.1101).
1.3 Como fruto do Espírito. A paciência como fruto do Espírito, trata-se da virtude gerada por Ele
no crente, proporcionando a habilidade de suportar, de forma graciosa, uma
situação insuportável e resistir, com paciência, o irresistível (2 Co 6.6).
Segundo Gilberto (2004, p. 46) “A paciência como fruto do Espírito, capacita o
crente a exercer o autodomínio (conter-se ou refrear-se) diante da prova. Não é
precipitado em acertar as contas ou punir […] Todos estes aspectos da
longanimidade são parte do processo que nos conforma à imagem de Cristo” (2 Co
3.18; Cl 3.10; 2 Pe 1.5-8). Por meio dessa virtude, o cristão tem condições de
manter o equilíbrio em meios as provações e diante das afrontas, sem alimentar
o sentimento de vingança, antes entregando tudo nas mãos do Senhor (Rm 12.19).
“[...] Longanimidade é o amor sofrendo ou suportando” (OLIVEIRA, 1987, p. 140).
2. A
IMPORTÂNCIA DA PACIÊNCIA NA VIDA CRISTÃ
O que tem longanimidade é longânimo, do
hebraico “erek appayim”, que quer dizer “lento em irar-se”, e
literalmente, essa expressão significa “comprido de nariz ou comprido de
rosto”, e veio a ser associada à idéia de irar-se com dificuldade (talvez
devido ao fato de que é no rosto que a pessoa mostra suas emoções fortes, pelo
que, a fisionomia seria indicadora dessas emoções) ou então, como outros têm
sugerido, o nariz é um indicador da ira, visto que a pessoa respira forte ou
mesmo resfolega, quando excitada pela ira (CHAMPLIN, 2004, p. 904). Vejamos a
importância de possuir a paciência:
2.1 No relacionamento
interpessoal. As
primeiras qualidades do fruto do Espírito – amor, alegria e paz – são
ingredientes essenciais de nossa vida espiritual interior, de nossa relação
pessoal com Deus; os três seguintes começando com a paciência ou longanimidade,
são manifestações exteriores do amor, da alegria e da paz em nossas relações
com as pessoas à nossa volta (GILBERTO, 2004, p. 76). Sobre a importância
da longanimidade destacamos: (a) O apóstolo Paulo expressa aos Colossenses o
desejo de que eles tenham essa qualidade (Cl 1.9-11); (b) uma das
características do autêntico cristão (Cl 3.12); (c) deve ser exercitada com
todos (1 Ts 5.14); (d) virtude imprescindível para o ministério do ensino (2 Tm
4.2); (e) pacifica as intrigas (Pv 15.18).
2.2 Prevenindo contra a dissensão. Sobre a dissensão, já temos visto ser uma das obras da
carne listadas pelo apóstolo Paulo aos gálatas. Do grego “dichostasia”,
significa “sedição, rebelião”, e também “posicionar-se uns contra os outros”;
trata-se daquele sentimento que só pensa no que é seu, e não também no que é
dos outros (LOPES, 2011, p. 245). Na igreja que estava em Corinto, Paulo faz
uma incisiva advertência sobre esse sentimento presente entre os irmãos; apesar
de ser uma igreja fervorosa onde havia manifestações diversas dos dons
espirituais (1Co 1.7) contudo, o apóstolo os chama de crentes carnais e não de
espirituais (1Co 3.1). “A rivalidade, motivada por egoísmo, só pode resultar em
divisões que destroem a unidade da igreja. Aqui, Paulo não está falando de
diferenças fundamentadas em crenças sinceras; ele está preocupado com divisões
ocasionadas por motivos errados, cuja procedência é determinada pela natureza
pecaminosa”. (BEACON, 2006, p.72). Uma vez que havia dissensões no seio
da igreja trazendo partidarismo (1Co 1.10-12; 3.1-4) como também prejuízo à
liturgia do culto (1Co 11.17-21); para corrigir esses e outros erros, o
apóstolo reafirma a necessidade de possuir o “fruto do Espírito” caracterizado
pela sua principal virtude o amor (1Co 13.1-7).
2.3 Um remédio contra ansiedade. De acordo com Andrade (2006, p.49) a ansiedade é: “Aflição, inquietação,
preocupação. Estado de angústia que induz o ser humano a projetar, no futuro,
perigos irreais, nascidos, via de regra, das interrogações do dia-a-dia”. A
ansiedade tem sido responsável por grande parte dos problemas espirituais e
emocionais de muitos crentes. Segundo Lopes (2007, p. 229): “A ansiedade é a
maior doença do século. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, mais de
50% das pessoas que passam pelos hospitais são vítimas da ansiedade”. Em função
disso, o Senhor Jesus adverte: “Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã,
porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal” (Mt
6.34). O ansioso geralmente antecipa os problemas. A ansiedade produz o
sofrimento antecipadamente; a ansiedade esgota as forças antes do problema
chegar; por essa e outras razões precisamos da paciência como remédio para a
alma (Fp 4.6; 1Pe 5.7).
3. EXORTAÇÕES
À PACIÊNCIA
No último capítulo da sua epístola, o apóstolo
Tiago pontua ricas recomendações e exortações a respeito de diversos assuntos,
entre eles está a paciência necessária ao cristão. Destaquemos algumas delas:
3.1 A segunda vinda de Cristo, uma motivação à paciência (Tg 5.7-9). É importante destacar que a
segunda vinda de Cristo é mencionada três vezes nessa passagem, por certo, com
o objetivo de animar os irmãos a cultivarem a longanimidade ao terem em vista a
bendita esperança da volta de Jesus (Tt 2.13). Ao ter essa esperança gloriosa
em vista, somos fortalecidos para continuarmos sendo pacientes (Tg 5.8); não
menos importante, Tiago lembra que a atitude inversa à vontade de Deus, ou
seja, o crente não ser longânimo, será julgada (Tg 5.9).
3.2 Exemplos de paciência, uma referência a ser seguida (Tg 5.10,11). Para encorajar os seus
leitores ao exercício da paciência, o apóstolo faz alusão a figuras e
personagens que servem de modelo a serem seguidos. Vejamos:
3.2.1 O lavrador. Uma das atividades que mais exige paciência, com certeza, é de
agricultor, isso se dá por razões conhecidas, pois, nenhuma planta cresce da
noite pra o dia, pelo fato de o lavrador não controla as condições climáticas,
etc. Na Palestina, o grão é plantado no outono e recebe a chuva temporã no
final de outubro. Ele recebe a chuva [...] serôdia em março e abril, pouco
antes de estar maduro. Durante todo esse tempo, o agricultor espera
pacientemente pela colheita (BEACON, 2006, p.191). Por essa razão Tiago retrata
o cristão como um “agricultor espiritual” à espera da colheita espiritual. A
razão da sua paciência é sua esperança confiante na colheita, a ceifa faz a
espera valer a pena (Tg 5.7). “Porque a seu tempo ceifaremos, se não
desfalecermos” (Gl 6.9). “Sede vós também pacientes e fortalecei o vosso
coração” (Tg 5.8). Nesse exemplo a paciência é sinônimo de perseverança em
aguardar pelos resultados (Hb 10.36-38).
3.2.2 Os profetas. Chamados para serem porta-voz de Deus, geralmente em períodos marcados
por crises diversas, foram perseguidos e alguns mortos por sua fidelidade;
perseguição essa, denunciada por Estevão diante do Sinédrio: “A qual dos
profetas não perseguiram vossos pais? até mataram os que anteriormente
anunciaram a vinda do Justo [...]” (At 7.52). Os profetas são exemplos de
pessoas que suportaram as mais diferentes dificuldades de forma resoluta, para
proclamar a verdade de Deus, servindo de referência conforme ensinou o Senhor
Jesus: “Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e,
mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa. Exultai e
alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim
perseguiram os profetas que foram antes de vós” (Mt 5.11,12).
3.2.3 O patriarca Jó. Lembrado como exemplo de piedade (Ez 14.14,20), cuja integridade foi
atestada pelo próprio Deus (Jó 1.1; 2.3). O patriarca por meio das aflições que
enfrentou e venceu, tornou-se também um exemplo daqueles que por meio da
perseverança e paciência, alcançam as bençãos do Senhor (Jó 42.10-17). Por meio
desses exemplos Tiago deseja estimular os leitores a serem pacientes em
momentos de aflições. Como um lavrador, esperamos a colheita espiritual, pois
os frutos glorificarão a Deus; à semelhança dos profetas, testemunhamos apesar
das perseguições; e como Jó, esperemos o Senhor cumprir seu propósito amoroso,
sabendo que jamais causará qualquer sofrimento desnecessário na vida de seus
filhos (Rm 8.28).
CONCLUSÃO
Concluímos que ter paciência é
uma necessidade de todo cristão, diante das diversas situações a que estão submetidos,
como também nos tornar capazes de suportar e saber agir pacientemente, para
conservação da unidade cristã evitando as divisões.
Este artigo é de
propriedade intelectual da Igreja
Evangélica Assembleia
de Deus em Pernambuco (IEADPE).
COMENTÁRIO E
SUBSÍDIO III
INTRODUÇÃO
A impaciência é uma das
características da vida moderna. As pessoas, a cada dia, estão mais ansiosas, o
que contribui para o aumento das dissensões. Basta ler os noticiários para
vermos casos de brigas e confusões. Muitos desses casos acabam em tragédia e
famílias destruídas. Por isso, podemos de imediato perceber a relevância da
lição de hoje para os nossos dias. Estudaremos a respeito da paciência, como
fruto do Espírito, e as dissensões, como obra da carne. [Comentário: Paciência é a virtude que
consiste em suportar dissabores e infelicidades; resignação. Paciência e
perseverança são virtudes cristãs imprescindíveis aos que aguardam a volta de
Cristo (Rm 8.24-25). Todos os sofrimentos do momento enfermidade, dor,
calamidade, decepções, pobreza, maus-tratos, tristeza, perseguição e todos os
tipos de aflição devem ser considerados insignificantes ante a bênção, os
privilégios e a glória que serão concedidos ao crente fiel, na era vindoura
(2Co 4.17.) Nas palavras do apóstolo Tiago, as tentações que provam a fé
produzem ‘paciência’ e ‘maturidade espiritual’ (Tg 1.3, 4). Esta paciência é
demonstrada no domínio da língua e da ira, na mansidão, no compromisso com a
palavra, na fraternidade cristã, na prática da fé, na santidade, na submissão a
Deus; e por fim, na expectativa da vinda de Cristo (Tg 1.21,25 e 27; 2.14;
4.8). Dado estas palavras, notamos que este tipo de paciência difere daquela
virtude comum a todos os homens; esta paciência só possui e exercita, aqueles
que foram regenerados. Não se pode olvidar que os dias que vivemos são
propícios à impaciência, todos – crentes ou não, estamos sujeitos a ela. É
fácil não desistir nem desanimar quando as circunstâncias da vida são boas.
Contudo, muitas pessoas vêm, paulatinamente, irritando-se com facilidade em
qualquer situação adversa. Uma situação ruim no trânsito, ainda que
corriqueira, causa revolta. Algo desagradável no ambiente de trabalho provoca
reclamação e insatisfação. O apóstolo Paulo afirma: “e não somente isto, mas
também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a
paciência, e a paciência a experiência, e a experiência a esperança. E a
esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos
corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.” (Rm 5.3–5).] Dito isto,
vamos pensar maduramente a fé cristã?
I. PACIÊNCIA, ATO DE RESISTÊNCIA À ANSIEDADE
1. A paciência como fruto do
Espírito. O termo paciência
no grego é makrothümia e significa
longanimidade, perseverança e firmeza (Hb 12.1). A paciência, fruto do
Espírito, nos habilita a suportar as provações e nos leva a ser complacentes
com as falhas dos outros. Vivemos em um mundo onde as pessoas estão a cada dia
mais ansiosas, mas os que têm esse aspecto do fruto sabem esperar em Deus com
tranquilidade (Sl 40.1). O nosso maior exemplo de paciência está em Deus. Ele é
longânimo para com os homens, esperando que ninguém se perca (2Pe 3.9). Moisés,
ao ter um encontro com o Senhor no monte Sinai, declarou: “Jeová, o Senhor,
Deus misericordioso e piedoso, tardio em iras e grande em beneficência e
verdade” (Êx 34.6). [Comentário: Mackrothumia, o substantivo, makrothumos, o adjetivo e
makrothumein, o verbo, são expressoss nas versões ARC e ARA pela idéia de
longanimidade e paciência. A Bíblia, no entanto, fala de paciência como um
fruto do Espírito (Gl 5.22), o qual deve ser produzido por todos os Cristãos
(1Ts 5.14). Paciência revela nossa fé no fato de que Deus sabe qual o melhor
tempo para tudo e que Ele é onipotente e amoroso. As pessoas que possuem esta
virtude do Espírito Santo executam de modo complacente as tarefas mais
desprezíveis ou árduas como se servisse ao próprio Deus. Após o apóstolo Paulo
falar sobre a "paz" ele irá falar sobre a "paciência". O
cristão que tem paz, consequentemente tem paciência e o contrário também é
verdadeiro. Paz envolve nosso relacionamento com Deus, enquanto que Paciência é
relativo ao nosso relacionamento com o próximo. Observe que ambas estão
intimamente ligadas propositalmente pelo Espírito.]
2. A paciência e a ansiedade. Muitos cristãos vivem sofrendo por antecipação, pois se
esquecem do que Jesus nos ordenou: “[...] Não andeis cuidadosos quanto à vossa
vida [...]” (Mt 6.25). A ansiedade é uma perturbação interior causada pela
incerteza, pelo medo. Ela gera angústia e sofrimento, porém Deus não quer que
seus filhos vivam com o coração perturbado, ansioso (Jo 14.1). A paciência,
fruto do Espírito, nos ajuda a enfrentar as lutas e os sofrimentos da vida sem
desanimar. Os sofrimentos não são para nos destruir, mas servem para nos
lapidar, para nos tornar mais pacientes e perseverantes (Hb 12.7-11).
Precisamos aprender a esperar com paciência e tranquilidade em Deus, tendo a
certeza de que todas as coisas cooperam para o nosso bem (Rm 8.28). Lancemos
diante do Senhor tudo aquilo que nos aflige, pois Ele é bom e tem cuidado de
nós (1Pe 5.7). [Comentário: Definido a paciência como fruto do Espírito, precisamos
agora definir ansiedade: é uma sensação interna de apreensão, insegurança,
preocupação, inquietação e/ou tensão que é acompanhada de elevada excitação
física, o corpo fica em estado de alerta, pronto para fugir ou lutar. No texto
Bíblico, vemos o termo ansiedade aplicada de duas maneiras: como uma
preocupação salutar ou como um estado mental de angustia ou aflição. É
importante salientar que a ansiedade como uma preocupação realista, não é nem
condenado nem proibido pelas Escrituras. A ansiedade como angustia e aflição,
surge quando damos as costas a Deus. No sermão do monte, Jesus nos ensinou que
não devemos andar ansiosos com as coisas futuras ou de nossas necessidades
básicas como comer e vestir, pois temos um Pai celeste que nos dá a provisão
(Mt 6.25). De acordo com a Bíblia, não há nada de errado em enfrentar
honestamente os problemas da vida e tentar resolvê-los; ignorar o perigo é um
erro tolo, mas também é errado e doentio ficar imobilizado pelo excesso de
preocupação. Os problemas que nos afligem devem ser apresentados a Deus em
oração, pois ele pode nos libertar do medo paralisante e da ansiedade,
capacitando-nos a cuidar de forma realista das nossas necessidades e bem estar,
bem como do bem estar do próximo. Leia
mais sobre ansiedade seguindo este link:http://oscincosolas.blogspot.com.br/2012/05/ansiedade-aconselhamento-cristao.html]
3. Jó, exemplo de paciência em
meio à dor. Jó é um exemplo de paciência, fé e persistência diante das
tribulações. Ele perdeu em um único dia seus filhos, seus bens e sua saúde, mas
não perdeu a sua fé em Deus. Em meio à dor de tão grandes perdas, ele declarou:
“Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a
terra” (Jó 19.25). A fé que Jó tinha em Deus o levou a esperar com paciência
pelo socorro divino. Se você está enfrentando alguma situação adversa, tenha
fé. Não perca a sua paciência e em tudo dê graças, pois neste mundo tudo é
passageiro, até mesmo as aflições (1Ts 5.18). [Comentário: As provações funcionam como disciplina do Pai divino e
amoroso em prol de nossa santidade (Hb 12.7-11). Jó é o exemplo clássico de um
homem que pacientemente suportou o sofrimento e foi abençoado por Deus por sua
fé. Note que Jó não entendia as causas de seu sofrimento. Ele não sabia o que
estava acontecendo nos bastidores com Deus e Satanás, mas Jó suportou
pacientemente. Lendo seu livro, entendemos que este homem foi paciente, no
entanto, ele mesmo não pensava assim! De sua boca saiu a expressão: “Qual é a
minha força, para que eu aguarde? Qual é o meu fim, para que eu tenha
paciência?” (Jó 6.11). Ele não se julgava paciente. Os capítulos 4 a 27 de seu
livro trazem uma discussão vigorosa entre ele e seus amigos, e ali não são
vistos muitos traços de uma pessoa paciente. A expressão que deu a Jó fama de
paciente não está em seu livro, mas sim em Tiago 5.11. É bom notar, porém, que
a palavra ‘paciência’ ali registrada foi substituída por ‘perseverança’ nas
versões NVI ou NTLH. Até mesmo os estudiosos da Bíblia não acharam a palavra
‘paciência’ muito adequada para Jó. Texto extraído de
http://www.teologiabrasileira.com.br /teologiadet.asp?codigo=123. O ensino de
Tiago 5.11, trata da paciência de Jó e o fim que o Senhor lhe concedeu após
tamanha aflição e sofrimento (Ez 14.14,20; Hb 11.23-38). Os crentes a quem
Tiago escreveu sentiam-se orgulhosos por ser comparados aos personagens do
Antigo Testamento. Ao experimentar as aflições, eles sabiam que assim como Deus
concedera graça a Jó (Jó 42.10-17), da mesma forma daria a eles. No versículo
doze, após o exemplo do poder de Deus em relação aos seus servos, os profetas e
Jó, Tiago admoesta-nos a que não caiamos no erro de jurar pelo céu ou pela terra.
Nossas palavras não são poderosas para garantir o juramento. Não! Tudo depende
de Deus e da sua vontade. Tiago nos ensina que não devemos fazer tais
juramentos, pois a palavra do discípulo de Jesus deve se resumir ao sim ou ao
não (Mt 5.33-37). Isto deve ser suficiente!http://auxilioebd.blogspot.com.br/2014/09/3trim2014licao-13-atualidade-dos.html]
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Tiago começa a carta encorajando os leitores a que
aceitem com alegria as provações que são permitidas por Deus para dar-lhes
maturidade. A partir daí, passa a mencionar as fontes que nos permitem suportar
as perseguições duras e continuadas. Tiago adverte os ricos que oprimem os
pobres. Os ricos, que hoje vivem na opulência, enfrentarão com certeza o juízo
por maltratarem os inocentes (5.1-6). Nesse clima, os crentes devem ser
pacientes, mantendo-se firmes até a Volta do Senhor. A certeza de que o Juiz está
às portas, nos conforta e encoraja (vv.7-9). Entrementes, os crentes podem
encontrar conforto no exemplo de outros. Como em Jó, que viveu no sofrimento e
emergiu da experiência da misericórdia de Deus (vv.10-11). Na medida em que
perseveramos devemos permanecer inabalavelmente comprometidos em falar e viver
a verdade (v.12). Os crentes também dispõem do recurso da oração. Quando
oferecida por uma pessoa justa, produz efeito grande e poderoso sobre a nossa
experiência aqui e agora (vv.13-18). Finalmente, cada um de nós é um manancial
para os outros. Quando uma pessoa se extravia devemos buscá-la e trazê-la de
volta para uma vida em consonância com a verdade de Deus (vv.19-20)” (RICHARDS,
Lawrence O. Guia do leitor da Bíblia. RJ: CPAD, 2005, p.875).
II. DISSENSÕES, RESULTADO DA IMPACIÊNCIA
1. Exemplos bíblicos de
impaciência. A falta de
paciência sempre é perigosa, pois nos faz tomar atitudes erradas e a falar o
que não devemos. Na Bíblia encontramos exemplos de pessoas que foram
extremamente pacientes e impacientes. A primeira da lista é Sara. Devido à sua
esterilidade e idade avançada, ela é tomada pela impaciência e decide agir por
conta própria, oferecendo sua escrava Agar a Abraão para que ele tivesse um
filho com a escrava (Gn 16.1-4). Esperar com paciência até que as promessas de
Deus se cumpram não é fácil. Por isso, precisamos estar cheios do Espírito
Santo a fim de que não venhamos a tomar decisões por nossa conta (Ef 5.18).
Outro episódio de impaciência e que serve de lição para nós é o caso de Saul. O
Senhor havia ordenado que Ele ficasse em Gilgal até a chegada de Samuel (1Sm
13.1-9). Saul esperou durante sete dias, mas depois perdeu a paciência e
ofereceu ele mesmo os holocaustos. Essa era uma tarefa exclusiva dos sacerdotes
(Hb 9.7). O texto bíblico afirma que, acabando ele de oferecer sacrifício,
Samuel chegou (1Sm 13.10). A impaciência de Saul e a sua desobediência o
levaram a perder o trono e a alma (1Sm 13.11-14). [Comentário:Uma característica comum aos homens é a impaciência. Não
conseguimos esperar o tempo certo para as coisas acontecerem e quando atuamos à
nossa maneira muitas vezes os desastres são enormes. “Estudiosos classificam a
impaciência como um dos principais sintomas do transtorno de ansiedade. Nesses
casos, acompanhando a impaciência estão o nervosismo e a irritabilidade.
Escrevendo à revista Psicologia Hoje sobre as causas do transtorno, a psicóloga
e psicoterapeuta – Dra. Márcia Estela Ribera Feliciano, aponta: Na maior parte das vezes, esse
transtorno [de ansiedade acompanhado de nervosismo, irritabilidade e
impaciência] está relacionado à permanência do sujeito em ambientes ou
situações geradoras de estresse, tensão ou pressão contínuos ou, então, a
períodos de preocupação causados por algum problema em alguma área de sua vida:
profissional, afetiva, familiar, financeira, etc” O texto entre aspas foi extraído
do artigo “Combatendo a impaciência”, disponível no site http://ibcentral.org.br/mensagem/combatendo-a-impaciencia/.
Abrão recebeu uma promessa de Deus, apesar da sua avançada idade e da sua
esposa Sarai ser do ponto de vista humano estéril, um filho lhe seria dado.
Abrão que foi chamado “amigo de Deus” foi provado na sua fé com esta promessa
que lhe foi feita pelo Senhor. Sarai também creu nesta promessa mas sua
impaciência no cumprimento dela, tentou dar seu jeito e apressar a promessa de
Deus. As consequências de sua decisão foram desastrosas e alterou a vide de
cinco outras pessoas, seguindo as tradições e os preceitos culturais de sua
época, e o que deveria ser uma benção, uma nova vida a caminho, veio a ser
motivo de discórdias e brigas no seio da família. As consequências da impaciência
de Sarai podem ser vistas até aos dias de hoje na discórdia entre judeus e
árabes. O Caso de Saul nos ensina que a precipitação é um passo para
desobediência que nos leva ao fracasso, a maldição e a nossa própria vontade,
descartando todas as possibilidades que Deus nos concede, nos orienta e nos
direciona. Ainda que não consigamos vislumbrar solução, mesmo que estejamos
cercados pelo inimigo, assim como os filisteus fizeram com o Saul e o exército
de Israel, não podemos agir precipitadamente, com impaciência; porque Deus está
conosco, Ele está trabalhando à nosso favor e se ficarmos apenas esperando o
agir de Deus, sem duvidar, estaremos na obediência e com certeza Ele nos dará
vitória em tudo.]
2. Deixe de lado toda dissensão. Se em uma igreja há brigas e divisões, isso mostra que os
crentes são carnais (1Co 3.3). Quem é guiado pelo Espírito não incentiva e nem
faz parte de discussões e contendas. Quantos ministérios já foram despedaçados
e as ovelhas dispersadas por causa de contendas. Paulo, em Romanos 16.17,
exorta os crentes a ficarem atentos àqueles que estavam promovendo dissensões e
escândalos a fim de se apartarem deles. Não se associe com aqueles que promovem
disputas. Siga a recomendação de Paulo e fuja destes. Onde há dissensões não existe
vencedor, pois todos saem perdendo. Jesus disse que todo reino dividido não
subsistirá, por isso, tenhamos cuidado (Mt 12.25). Ser paciente e manso não é
um sinal de fraqueza como alguns erroneamente acreditam, mas paciência e
mansidão são exemplos de força e maturidade. [Comentário: Como os crentes de Corinto, constantemente nos achamos em
luta contra dois inimigos: o mundanismo e a carnalidade. O primeiro é exterior,
e o segundo, interior. Os coríntios raramente os venciam; frequentemente
sucumbiam a ambos. Em consequência, cometiam sérios pecados, um após outro.
Quase toda a primeira epístola visa identificá-los e corrigi-los. O pecado das
divisões na igreja coríntia foi acompanhado de outros pecados, pois estão
sempre inter-relacionados. Não existe pecado isolado – um leva a outro, e o
segundo reforça o primeiro. Cada pecado é uma combinação de pecados. A primeira
epístola aos coríntios confirma essa realidade e nos exorta a cortar o mal pela
raiz. Leia mais acessando o
link: http://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/assunto/igreja/carnalidade-imaturidade-e-divisoes/.
"Discórdias, dissensões, facções" (Gl 5.20), geralmente são coisas
que se associam para causar tristeza para o cristão e grande prejuízo ao corpo
de Cristo. Para acabar com tal iniquidade, precisamos colocar
em prática as orientações das Escrituras: "Se há, pois, alguma
exortação em Cristo, alguma consolação de amor ... se há entranhados afetos e
misericórdias ... penseis a mesma cousa ... nada façais por partidarismo ou
vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si
mesmo" (Fp 2.1-4). A discórdia, a dissensão e as facções não podem ter
sucesso num ambiente desse! Agora, entende que, algumas coisas não devem causar
divisão: O texto a seguir
foi extraído de:http://www.estudosdabiblia.net/d57.htm
1. Diferenças de opinião não destroem a comunhão. Homens bons
podem diferir sobre vários pormenores de como fazer a obra de Deus sem perder
seu respeito mútuo. Um exemplo claro disto é a discordância entre Paulo e
Barnabé em Atos 15:36-41. Dois evangelistas devotos e experientes tinham uma
diferença de opinião sobre se levavam João Marcos na sua viagem de pregação.
Ambos tinham boas razões para suas posições. Paulo lembrou que Marcos tinha-os
abandonado quando o caminho se tornou difícil em sua primeira viagem (Atos
13:13). Barnabé, já conhecido por sua habilidade para encorajar e edificar seus
irmãos, ainda tinha esperança de que Marcos viria a ser um companheiro
confiável. Este otimismo mostrou-se correto (2 Timóteo 4:11), mas as
preocupações imediatas de Paulo também eram compreensíveis. Como estes dois
homens maduros lidaram com suas diferenças? Eles permitiram um ao outro a
liberdade de fazer sua obra sem sentir a necessidade de ataque pessoal ou
denúncia do caráter de seus camaradas soldados.
2. Discussões de diferenças doutrinárias não causam divisão.
Algumas pessoas são tão paranoicas sobre a possibilidade de divisão que evitam
qualquer sugestão de diferenças, e consideram discussões de assuntos polêmicos
como sendo anticristãs. Tal aversão à controvérsia não vem de Deus. Iniciando
quando ele tinha somente 12 anos, Jesus frequentemente teve discussões sobre
diferenças doutrinárias com líderes religiosos do seu tempo. Ele tratava os
questionadores honestos com bondade e respeito, mas não hesitava em afirmar
seus pontos de vista e em mostrar a inconsistência daqueles que se opunham à
Verdade (veja Mateus 22:29; 23:13-39; João 5:37-42; etc.) Os cristãos
primitivos também discutiam abertamente as diferenças doutrinárias e assim
permitiam que a luz da Verdade brilhasse na treva do erro humano. Um excelente
exemplo de tal discussão é encontrado em Atos 15:1-35. Alguns irmãos na igreja
de Jerusalém estavam ensinando uma doutrina que contradizia o que Deus tinha
revelado a Paulo e a outros. Os apóstolos e presbíteros e, mais tarde, toda a
congregação, sentaram-se para discutir o problema. Homens de boa fé permitiram
que a Verdade prevalecesse, e seus debates conduziram a concordância unânime e
a paz mais profunda.
3. Diferenças de níveis de maturidade e de consciência pessoal
não causam divisão. Enquanto as pessoas continuarem a nascer na família de
Cristo, haverá diferenças de níveis de maturidade. Isto é natural e não deverá
causar divisões. Paulo abordou especialmente este assunto em Romanos 14. Quando
há diferenças de opinião, aqueles que sentem uma liberdade maior deverão
respeitar a consciência do irmão sincero que não reconhece essa mesma
liberdade. Assim como os membros maduros de uma família física protegem os mais
novos, aqueles discípulos com entendimento mais maduro procurarão proteger as
consciências de seus irmãos mais fracos. Aqueles que são mais fracos, se amam
verdadeiramente o Senhor, naturalmente buscarão crescer. Tais diferenças são frequentemente
resolvidas com estudo paciente, quando o corpo todo busca edificar-se em amor
(Efésios 4:15-16). Para
continuar lendo, acesse: http://www.estudosdabiblia.net/d57.htm]
3. Evitando o partidarismo. Em toda a forma de partidarismo, existe sempre interesses
que visam apenas o bem de alguns. O partidarismo quebra a unidade da igreja e
impede a presença de Deus. Jesus não morreu na cruz por uma igreja dividida,
mas para formar um só corpo a fim de que os perdidos possam se voltar para o
Pai (Jo 17.21). Que venhamos a fazer todo o possível para manter o vínculo da
paz, e não deixar que as disputas e partidarismos venham macular a Igreja do
Senhor. [Comentário: O partidarismo na igreja é mais uma consequência direta do
seu aspecto humano e temporal, causado por questões políticas, interesses
pessoais, espírito faccioso, rebeldia, insubmissão à liderança e outros
fatores. Paulo identifica os principais problemas da igreja: as dissensões
provocadas pelos vários grupos partidários. No original, a palavra
"dissensão" (ARC) e "divisão" (ARA), procedem de uma raiz
que significa "fragmentar", "dividir", "rasgar". O comentário a seguir, foi
extraído de http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao3-ldc-partidarismonaigreja.htm: (“Embora haja momentos em
que uma divisão seja necessária (quando, por exemplo, uma denominação abandona
as Escrituras como regra de fé e prática), percebemos que as causas do intenso
divisionismo evangélico no Brasil são intrinsecamente corintianas: imaturidade,
carnalidade, culto à personalidade, orgulho espiritual, mundanismo. Nem sempre
os líderes são culpados do culto à personalidade que crentes imaturos lhes
prestam. Paulo, Apolo e Pedro certamente teriam rejeitado a formação de
fã-clubes em torno de seus nomes. De qualquer forma, os líderes evangélicos
sempre deveriam procurar evitar dar qualquer ocasião para que isto ocorra, como
o próprio Paulo havia feito (1 Coríntios 1.13-17). Infelizmente, o conceito de
ministério que prevalece em muitos quartéis evangélicos de hoje é exatamente
aquele que Paulo combate em 1 Coríntios.”) Paulo só tem uma mensagem (1.21,24):
Cristo crucificado é o poder de Deus para os judeus e a sabedoria de Deus para
os gregos. Nós somos chamados à comunhão por causa da nossa união com Cristo:
Ele morreu por nós. Nós fomos batizados em Seu nome. Nós estamos identificados
com Sua cruz. Que maravilhosa base para a unidade espiritual!]
SUBSÍDIO HISTÓRICO
“Ainda sois carnais (Tg 3.3)
A palavra aqui é sarkitos, que significa ‘carnal’ ou
‘da carne’. Embora possuam o Espírito, os coríntios não viviam pelo Espírito;
sua perspectiva e comportamento expressam a natureza pecaminosa da humanidade.
Embora a tradução da NVI como ‘mundanos’ seja inadequada,
ela nos lembra uma verdade importante. As coisas mundanas não são apenas
aquelas que os cristãos ‘não devem fazer’, tais como fumar, beber, etc. as
coisas mundanas estão relacionadas com ‘agir como meros homens’ (3.3), movidos
pelos impulsos egoístas que guiam a humanidade perdida” (RICHARDS, Lawrence O.
Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. RJ: CPAD, 2007, p.328).
III. PACIÊNCIA, PROVA DE ESPIRITUALIDADE E MATURIDADE CRISTÃ
1. Pacientes até a volta de
Jesus. Tiago consolou os
irmãos que estavam sofrendo com a opressão dos ricos injustos, afirmando que a
vinda de Jesus estava próxima. Se você está sofrendo e enfrentando alguma
situação de injustiça, não se desespere, pois em breve Jesus voltará e dará fim
a toda a dor, sofrimento e injustiça (Tg 5.7). Um dia todo sofrimento chegará
ao fim, pois o Justo Juiz voltará para julgar toda a injustiça. Para fazer os
irmãos crescerem em esperança e longanimidade, Tiago utiliza também o exemplo
do agricultor. O lavrador cultiva a terra e lança nela a semente, mas ele
precisa esperar com paciência até que a semente germine, a árvore cresça e
apareçam os frutos. [Comentário: No texto de Tg 5.7, Tiago usa a palavra grega makrothymêsate que
significa esperar pacientemente, indicando a atitude que pode suportar a demora
e o sofrimento, sem nunca desistir. A ideia é de constância, resistência
debaixo de um certo tipo de circunstância. A proposta de Tiago é que os
cristãos permaneçam firmes diante das lutas e dos desafios. É interessante
notar a dica que o apóstolo dá neste versículo: “sejam pacientes até a vinda do
Senhor. Ou seja, enquanto estivermos neste mundo, passaremos por momentos
difíceis, incompreensíveis, dolorosos e até mesmo críticos. Porém devemos
manter a fé firme no Senhor, pois é nEIe que encontraremos força para vencer.
Aqui podemos tirar duas lições. A primeira, é que nada em nossa vida dura para
sempre. Ninguém veio aqui para sofrer. Todo sofrimento tem o momento certo de
acabar, daí a importância de esperarmos com paciência. A segunda lição, é que a
Vinda do Senhor marcará o fim dos nossos sofrimentos. Nunca podemos perder a
esperança de sua vinda. A Bíblia diz: “Ele enxugará dos seus olhos toda a
lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, pois a antiga ordem já
passou (Ap 21.4). É nesta promessa maravilhosa que devemos viver. Um dia, toda
esta ordem manchada pelo pecado cairá, e a verdadeira vida virá. Os redimidos
em Cristo experimentarão esta benção.https://pastorjosiasmoura.com/2015/04/17/19-04-2015-estudo-para-ebd-tema-tiago-57-11-paciencia-nas-aflicoes/]
2. Quando a paciência é provada. Sabemos que existem momentos em que a nossa paciência e fé são testadas,
mas quem acredita e aguarda a vinda gloriosa de Cristo não se exaspera. O
Senhor prova a paciência e a fé dos seus filhos. Ele provou a paciência e a fé
de seu amigo, Abraão. O patriarca teve que esperar muitos anos até que a
promessa de ter um filho com Sara se cumprisse. Depois, ele foi novamente
provado quando o Senhor pede que ele lhe ofereça Isaque em holocausto (Gn
22.2,3). Se você está sendo provado, não desanime, permaneça firme no Senhor
(1Pe 1.6,7). [Comentário: “Porque a vós vos foi concedido, em relação a Cristo, não
somente crer nele, como também padecer por ele” (Fp 1.29). Nenhum cristão
está isento de ter sua paciência e fé provadas. Nem uma busca incessante por
santidade nos dará garantia de que não enfrentaremos problemas. Na verdade, as
lutas aparecem em dobro, já que com as responsabilidades aumentam as cobranças! O texto a seguir foi retirado de https://pastorjosiasmoura.com/2015/09/13/sermao-o-poder-da-paciencia/: “Um certo homem orava dizendo:
“Senhor, dá-me mais paciência”. No entanto, ele percebia que seus problemas
aumentavam. Depois de algum tempo ele percebeu que Deus havia atendido sua
oração. Ele havia se tornado mais paciente graças aos problemas. Problemas podem
servir para exercitar mais a nossa paciência.” Devemos compreender que ao
enfrentar dificuldades, quando Deus testa nossa paciência, receberemos d’Ele a
verdadeira paciência. Nossa paciência está sendo testada por Deus em muitas
situações. O Pr Josias Moura em seu Sermão pregado no culto de celebração da
Igreja do Betel Brasileiro Geisel no dia 13/09/2015 (O poder da paciência)
conclui: “Quero sugerir alguns exercícios espirituais para que desenvolvamos a
nossa capacidade de sermos mais pacientes:
Primeiro. Enxergue a vida, e as situações difíceis e estressantes
com as lentes da esperança. Para isso desenvolva uma nova perspectiva. Descubra uma nova maneira de enxergar
a situação. Nos tornamos mais pacientes quando passamos a ver as situações de
luta em nossas vidas como possibilidades de crescimento e aprendizado.
Segundo. Exercite mais a busca pela sabedoria verdadeira de Deus.
Você sabe o que sabedoria? Sabedoria é ver a vida, na perspectiva de Deus,
olhando as circunstancias do ponto de vista divino. Quando fazemos isso, nos
acalmamos mais em entender que Deus está no controle de todas as coisas.
Terceiro. Situações difíceis podem nos transformar em pessoas mais
valorosas. A pérola vem da ostra. Nas profundas águas do mar, os grãos de areia
que irritam constantemente a ostra vão transformando-a numa pérola de grande
beleza. Assim também somos nós. Podemos ser transformados em grandes pérolas de
valor na medida em que aprendemos que as situações difíceis da vida podem ser
canais geradores das mais ricas experiências com Deus.
Quarto. Louve a Deus em todo tempo, tendo a consciência nítida que
Ele está no controle de todas as coisas que acontecem conosco. Que louva a Deus
em todo tempo passa a ter um coração mais tranquilo. Tenho que a adoração nos
ajuda a tirar da nossa alma os pesos da vida que transportamos.
Quinto. Esta é a promessa: Esperei com paciência no SENHOR, e ele
se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor. Tirou-me dum lago horrível, dum
charco de lodo, pôs os meus pés sobre uma rocha, firmou os meus passos. E pôs
um novo cântico na minha boca, um hino ao nosso Deus; muitos o verão, e
temerão, e confiarão no Senhor. (Salmos 40:1-3)”https://pastorjosiasmoura.com/2015/09/13/sermao-o-poder-da-paciencia/]
3. Maturidade cristã. A paciência é uma característica da maturidade e do crescimento
espiritual. O crente que não ora, não jejua e não medita na Palavra de Deus não
pode alcançar a maturidade cristã. Sem disciplina, o crente permanece imaturo
(Ef 4.14). Infelizmente, muitos estão sofrendo de “raquitismo espiritual”.
Estes, além de não experimentarem um desenvolvimento espiritual saudável, estão
sempre envolvidos em confusão, pois são impacientes. O crente maduro permanece
firme diante das perseguições e aflições. Tomemos como exemplo os profetas do
Antigo Testamento, pois alguns deles sofreram terríveis perseguições por causa
do nome do Senhor. Jeremias muito sofreu, mas permaneceu firme, não perdendo
sua esperança e crendo nas misericórdias de Deus (Lm 3.21,26). [Comentário: O crescimento é o desenvolvimento ou aperfeiçoamento em
direção a um objetivo chamado de "maturidade" ou
"perfeição". Quando "nascemos de novo" como filhos de Deus,
somos como meninos na fé, espiritualmente imaturos. Conforme o tempo passa, é
natural que cresçamos na graça e no conhecimento do Senhor Jesus (2Pe 3.18),
desenvolvendo as qualidades ou capacidades que a Bíblia diz caracterizar o
maduro na fé. Uma Igreja amadurece quando os membros individuais amadurecerem.
Tiago 1.4 esclarece que para se tornar perfeito e maduro, é preciso exercitar a
paciência. Contudo, a paciência há muito deixou de ser uma virtude e, em seu
lugar, cresceu o espírito da urgência e da pressa. O cristão deve andar com
toda humildade e mansidão e longanimidade, suportando a seu próximo em amor (Ef
4.2). O cristão deve revestir-se, como uma roupa, de ternos afetos de
misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade, e deve
suportar com amor o seu próximo (Cl 3.12). A longanimidade e a bondade são a
marca da vida cristã (2 Co 6.6). O amor cristão deve ser longânime, paciente e
benigno (1 Co 13.4). Por mais indesejáveis que os homens sejam, o cristão deve
ser longânime para com eles (1 Ts 5.14). O homem do mundo pode perder sua
calma, paciência e fé nos homens; o cristão nunca deve agir assim.]
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“A
‘paciência’ (makrothumia) é seguramente o fruto que torna o homem semelhante a
Deus. Como ocorre em outros termos, esta é característica de Deus; e do homem,
segundo Deus quer que ele seja. Como Deus é paciente com os homens, então eles
são pacientes nEle, tanto quanto em relação a seus semelhantes; pois as
circunstâncias e os acontecimentos estão nas mãos de Deus.
Esta virtude bíblica vital não deve ser confundida
com mera disposição tranquila, que permanece impassível diante de toda e
qualquer perturbação. Tal modo de vida é mais uma característica nativa da
personalidade do que uma qualidade do espírito. Longanimidade é exatamente o
que a palavra sugere: ânimo longo, firmeza de ânimo, constância de ânimo,
alguém que permanece animado por muito tempo sem se deixar abater. Sua essência
primária é a perseverança (Desistir? Nunca!), suportando as pessoas e as
circunstâncias. Como Deus é longânimo para conosco (cf. 1Tm 1.12-16), assim
devemos ser longânimos para com nossos semelhantes (Ef 4.2), nunca admitindo a
derrota por mais que os homens sejam irracionais e difíceis (cf. 1Ts 5.4). É
este tipo de paciência que reflete verdadeiramente o amor cristão (agape cf.
1Co 13.4). Tal amor paciente não é nossa realização. É o trabalho de Deus no
coração dos homens, pois é o fruto do Espírito” (Comentário Bíblico Beacon —
Gálatas a Filemom. RJ: CPAD, 2006, p.75).
CONCLUSÃO
Que venhamos crescer em graça e sabedoria,
buscando desenvolver o fruto do Espírito e deixando de lado toda discussão e
partidarismo, pois em breve o Senhor Jesus voltará. Os que primaram por uma
vida cheia do Espírito Santo receberão o seu galardão. Cultivemos o fruto do
Espírito. [Comentário: O Comentário Bíblico Moody sobre Tiago 5,7, esclarece: “Suas
instruções são no sentido do pobre suportar com paciência sua situação
econômica e social à vista da iminente volta, do Senhor. Não há nenhuma
sugestão aqui de subversão. Como exemplo de alguém que deve exercitar a
paciência, Tiago cita o caso do lavrador que espera o precioso fruto da terra
[...]. Do mesmo modo o cristão, diz Tiago, não deve perder a paciência diante
das adversidades, mas deve estabelecer firmemente o seu coração à vista do fato
de que a vinda do Senhor está próxima.” É comum as adversidades causarem
tensões, e estas se expressam nos relacionamentos humanos. A maturidade cristã
se observa quando não nos queixamos uns dos outros, como orienta Tiago. Com o
exemplo de Jó, entendamos que a paciente perseverança mantém-se sobre a
convicção de que as dificuldades não são sem significado, mas que Deus tem
alguma finalidade e propósito nelas, o que Ele há de realizar.] “NaquEle que me garante: "Pela
graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus"
(Ef 2.8)”.
Francisco Barbosa
Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br
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