SUBSÍDIO I
Gênesis capítulo 12 narra a
gênese da história da nação de Israel por intermédio da vida do
patriarca Abraão. Seu pai, Tera, o chefe do clã da família de Abraão
estabelecida em Ur dos Caldeus, tomou a Abrão, Ló e Sarai para sair
daquela terra a fim de ir à Canaã (11.31). Em Harã, uma importante
cidade comercial da Síria, Tera morreu. Mas ali, Abrão recebeu uma
palavra de Deus o exortando a sair de Harã e a prosseguir o caminho de seu
pai para o lugar que o Senhor lhe mostraria, Canaã.
Assim, o patriarca
prontamente obedeceu a voz de Deus e tomou o seu sobrinho Ló, sua mulher,
Sarai e todas as pessoas acrescidas à sua família em Harã e
partiu para Canaã. Agora, Abraão seria um peregrino até chegar à terra
que o Senhor havia prometido lhe dar. Assumir o clã familiar por causa da
morte de seu pai, reunir toda a família e tomar a decisão de continuar
a jornada para uma terra completamente desconhecida, não era uma das
tarefas mais fáceis. Quantas crises Abraão não enfrentou?! Inimigos
vários, por exemplo. Afastamento de seu sobrinho para evitar uma
crise maior entre os dois grupos, negociações políticas e comerciais
para garantir a paz e o que havia conquistado mediante o seu esforço;
tristeza na caminhada ao sepultar a sua amada esposa. Foi a partir
desses muitos enfrentamentos com a realidade da vida que a fé de
Abraão foi forjada e fortalecida. O apóstolo Paulo nos diz que “creu
Abraão em Deus e isso lhe foi imputado como justiça” (Rm 4.3). A fé do
patriarca foi agigantada na sua relação com o Pai e, por isso, tudo lhe
ocorreu como resultado da iniciativa de o nosso pai na fé crer na promessa
de Deus.
As promessas foram muitas:
“Far-te-ei uma grande nação e abençoar-te-ei”; “Engrandecerei o teu
nome”; “Em ti serão benditas todas as famílias da terra”. E
todas foram poderosamente cumpridas. De Abraão, Deus formou uma
grande nação e a abençoou, engrandeceu o nome dele e abençoou todas as
famílias da terra, pois a salvação em dos judeus, Jesus Cristo (Jo 4.22). Entretanto,
o escritor aos Hebreus nos lembra algo mui significativo na vida de fé de
Abraão:Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas,
mas, vendo-as de longe, e crendo nelas, e abraçando-as, confessaram que
eram estrangeiros e peregrinos na terra” (11.13). Em uma sociedade
tão imediatista como a nossa, faz todo sentido saber que o pai da fé
Abraão não viu as principais promessas se cumprindo em sua vida peregrina
pela terra.
Fonte: Revista Ensinador
Cristão, Ano 17 - nº 68 – out./nov./dez. de 2016.
SUBSÍDIO II
INTRODUÇÃO
Continuamos com nossos estudos sobre a provisão
divina, e desta feita nos voltaremos para Abraão e seu exemplo de fé.
Inicialmente destacaremos os desafios pelos quais Abraão passou, e em seguida,
mostraremos como ele reagiu diante das adversidades. A vida desse patriarca
hebreu é um modelo para que permaneçamos fieis a Deus, seja nos tempos de
bonança ou de privação. No Novo Testamento ele é denominado de pai espiritual
de todos que “andam nas pisadas da fé” (Rm. 4.12).
1. O CHAMADO
DE ABRAÃO
Abraão se chamava inicialmente Abrão, e lá ele
servia a outros deuses (Js. 24.2), até receber a revelação de Yahweh. Abraão
foi chamado por Deus quando se encontrava em uma terra na qual o Senhor ainda
era desconhecido. O patriarca que habitava em Ur dos Caldeus ouviu a voz do
Todo-Poderoso, e seguiu para Harã. Além da sua mulher Sara, leva consigo seu
sobrinho Ló, que viria a causar-lhe problemas. A partir dessa decisão
identificamos as limitações de Abraão, diferentemente do idealismo apregoado em
muitas igrejas, ele era um homem comum, que demonstrou insegurança em várias
ocasiões, mas que aprendeu a confiar em Deus ao longo do percurso. Fez-se
necessário que o Senhor reafirmasse Suas promessas várias vezes para estimular
Abraão a seguir adiante. Abraão estava nos projetos de Deus, de acordo com Gn.
12.1-3, nEle seriam abençoadas todas as famílias da terra. Essa é a dimensão
missionária do chamado de Abraão, que não foi compreendida por alguns
religiosos judeus nacionalistas. Eles pensavam que a benção de Deus seria
apenas para os judeus. Mas Deus, em Cristo, visitou a humanidade, e atraiu os
pecadores para Si, independentemente das fronteiras geográficas. Na verdade,
Jesus veio para os que eram seus, mas esses não O receberam, mas a todos
quantos O receberam são chamados filhos de Deus (Jo. 1.12). Os religiosos do
tempo de Jesus não compreenderam que Jesus era antes mesmo de Abraão, e por
isso quiseram apedrejá-lo (Jo. 8.12). Jesus é o cumprimento pleno das promessas
feitas ao patriarca da fé, e a razão da esperança que devemos ter em Deus, pois
Cristo é a nossa provisão, é a dádiva maior do Pai para nossas vidas (II Co.
9.15).
2. AS
ADVERSIDADES DE ABRAÃO
Até que Abraão fosse reconhecido como pai da fé, e
modelo de esperança para os fiéis, teve que passar por momentos de adversidade.
Inicialmente Ele perdeu seu pai, para aprender que somente poderia depender de
Deus (Gn. 12.4-8). Ele teve que acreditar contra toda descrença que o Senhor
iria prover uma terra que manava “leite e mel”. De vez em quando Ele fraquejou
ao longo da jornada, em alguns momentos escondeu omitiu informações para
sobreviver diante dos inimigos. Mas depois de “altos e baixos”, aprendeu a
confiar no Senhor, e edificou um altar em Betel, mostrando sua firmeza em Deus
(Gn. 12.8). A dependência em Deus é um aprendizado, e na maioria das vezes toma
muito tempo. Paulo disse ter aprendido a contentar-se em Deus, mesmo quando as
coisas não lhes eram favoráveis (Fp. 4.10-13). Abraão também passou por
momentos de escassez, aqueles foram situações de treinamento, a fim de que o
patriarca amadurecesse na fé. As adversidades são provas que Deus nos dá para
que possamos extrair lições. Quando o crente é afligido, desenvolve um caráter
firme, que resulta em fidelidade, a exemplo do que aconteceu com os heróis da
fé (Hb. 11). Abraão também se deparou com a esterilidade da sua esposa, o que
inviabilizaria o cumprimento da promessa de que ele seria “pai de uma
multidão”. O patriarca já estava com quase 100 anos e não tinha herdeiros, e
foi mesmo tentado a encontrar um subterfúgio para essa limitação. Essa opção
acabou por trazer-lhe consequências drásticas, com as quais teve que conviver
posteriormente. Mas Deus cumpriu sua promessa, e lhe deu Isaque, que viriam a
lhe dar descendência (Gn. 21.7).
3. A
ESPERANÇA DE ABRAÃO
Abraão é considerado o pai da fé, e um modelo para
todos aqueles que esperam em Deus. Paulo destaca a fé do patriarca para a
salvação, sendo isso imputado por justiça (Rm. 4.2). Nem sempre a realidade nos
é favorável, por isso devemos aprender a confiar cada vez mais em Deus. Como
Abraão, e os demais heróis da fé de Hb. 11, devemos depositar nossa confiança
não no que é visível. A fé, como bem ressalta o autor dessa Epístola, é o firme
fundamento das coisas que se esperam, mas que são invisíveis. E de fato, somos
desafiados, em Deus, a viver pela fé, e não pela vista (II Co. 5.7). O Deus no
qual cremos é o Jeová-Jireh, o Deus de toda provisão, que nos entregou
inicialmente Seu Filho, para salvação dos nossos pecados (Rm. 6.23). Essa é a
convicção que temos que muito mais Ele nos dará, e que tendo começado a boa
obra a consumará (Fp. 1.3). O maior desafio pelo qual Abraão teve que passar
foi o de sacrificar seu filho no monte Moriá. Naquele local, depois de vários
dias de viagem, o patriarca perdeu toda confiança em si mesmo, e passou a
confiar incondicionalmente no Senhor. Cada um de nós temos nossos “isaques” a
serem sacrificados, e precisamos nos desvencilhar deles, caso queiramos
amadurecer espiritualmente. Abraão precisou retirar de dentro dele aquilo que
considerava mais precioso, e só então foi capaz de experimentar a providência
divina. Depois de tudo pelo que passou, Abraão compreendeu que sua maior
riqueza era Deus, que somente Ele seria a recompensa por toda vida (Gn. 15.1).
Enquanto confiarmos em nós mesmos, e nas provisões terrenas, ficaremos
decepcionados. Mas os que confiam no Senhor serão como o monte de Sião, que não
se abala, mas permanece para sempre (Sl. 125.1).
CONCLUSÃO
Abraão foi chamado pelo Senhor para uma jornada
espiritual, e essa foi fundamental para que o patriarca amadurecesse
espiritualmente, e aprendesse a colocar sua esperança exclusivamente em Deus.
De igual modo, cada um de nós, diante das adversidades, somos desafiados a
esperar contra a esperança, e reconhecer que estamos debaixo da mão potente de
Jeová-Jireh (Rm. 4.18; Gn. 22.14).
Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
Extraído do Blog subsidioebd
COMENTÁRIO E
SUBSÍDIO III
INTRODUÇÃO
Deus escolheu e chamou Abraão quando ele ainda
vivia em Ur dos Caldeus. Abraão pertencia a uma família pagã. Porém,
ele acreditou em Deus de todo o coração. Decidiu obedecê-lo, tornando-se o pai
de uma importante nação, Israel. Por intermédio de Israel, todas as nações da
terra seriam abençoadas e restauradas. Deus tinha um plano perfeito para a vida
de Abraão e para a humanidade.
Abraão saiu da sua terra e do meio da sua parentela
para um lugar que ele não conhecia. É preciso fé para obedecer a Deus e cumprir
toda sua vontade. [Comentário: Abraão, nona geração depois de Sem, nasceu por volta do ano 2000
a.C. Abraão foi filho de Terá. e irmão de Naor e Arã. Abraão casou-se com
Sarai, e Naor casou-se com Milca (Gn 11.27.29). Morava com Abraão seu sobrinho
Ló, filho de Arã, que havia falecido (Gn 11.27.28). A família de Abraão
era de Ur dos caldeus, na Mesopotâmia, próximo ao rio Eufrates. Ur era um
centro cultural e, também, centro de uma religião pagã que cultuava a Lua.
Através de Josué 24.2 ficamos sabendo que a família de Abraão era idólatra. A
Bíblia não revela o grau de conhecimento de Deus que Abraão possuía antes de
sua chamada. Mais de 350 anos haviam-se passado desde o Dilúvio, quando Noé, o
homem que andava com Deus (Gn 6.9), era o pregoeiro da justiça (2 Pe 2.5).
Noé viveu depois do Dilúvio 350 anos (Gn 9.28). Embora a Bíblia silencie sobre
isto, é possível que Noé tenha continuado a falar do grande Deus, de cuja
justiça ele havia experimentado de modo singular. É possível que o conhecimento
de Deus fosse mantido entre as famílias por meio de tradições transmitidas de
pais a filhos de forma oral. Desse modo, pode ser que Abraão tenha tido
conhecimento de Deus e de sua vontade, apesar de viver em uma sociedade
idólatra. A chamada de Abraão, foi desde o princípio, uma prova de fé e
obediência. Vemos através dela separação, sacrifício, pois teve que deixar a
segurança, a certeza de um presente estável e cômodo, por uma vida futura de
incertezas. Entretanto, Abraão não foi sempre fiel a Deus. Houve escassez em
Canaã e Abraão saiu e foi para o Egito. Lá, para sua própria proteção, negou
sua mulher. Sara poderia ter sido roubada de Abraão e ter sido levada
ao harém do Faraó, mas Deus interveio e Abraão e Sara foram mandados de volta
para onde não deveriam ter saído. Não é grandioso saber que a mão de Deus
guarda os seus, ainda quando afastarmo-nos do lugar do propósito divino?] Dito
isto, vamos pensar maduramente a fé cristã?
I. A CHAMADA DE DEUS (Gn12.1-3)
1. Um projeto divino. Deus tinha um projeto para resgatar o homem pecador. Abraão fazia parte
desse projeto. Nada do que acontece na terra é surpresa para Deus. Ele tudo
sabe e tudo vê. O Senhor não foi pego de surpresa quando Adão pecou. Abraão
fazia parte de um projeto divino de salvação. A partir dele surgiria uma
família que se tornaria um povo especial do qual, no tempo próprio, sairia o
Salvador do mundo, Jesus Cristo. [Comentário: A Bíblia nos apresenta Cristo como o “Cordeiro que foi morto
desde antes da fundação do mundo” (Ap 13.8b) numa prova cabal de que a queda
não foi uma surpresa para Deus. O pecado de Adão trouxe-nos a morte, mas a
morte de Jesus Cristo garante-nos a vida eterna e plena comunhão com Deus. O
homem pecou de modo deliberado contra Deus, mas o Criador não o deixou entregue
à própria sorte. O Senhor providenciou a sua redenção. Com o pecado veio o
sentimento de culpa. O homem não sabe lidar com esse sentimento, pois não fomos
criados para o pecado, por isso, Adão culpou a Eva e o próprio Deus pelo seu
pecado de desobediência. É difícil aceitar a responsabilidade por nossos erros.
Sempre queremos encontrar um culpado. O pecado além de afastar Adão da comunhão
com Deus, também introduziu as hostilidades e dificuldades no relacionamento de
Adão e Eva. O pecado continua a nos afastar de Deus e a prejudicar os nossos
relacionamentos. O Rev Hernandes Dias Lopes em seu Devocionário Cada Dia,
escreve: “Deus o chamou de lá e prometeu-lhe uma terra deleitosa e uma numerosa
descendência. Em Abraão todas as famílias da terra seriam abençoadas. Pela fé
ele obedeceu e saiu rumo à terra prometida. O problema é que Abrão, mesmo tendo
o nome de grande pai, não tinha filhos. Depois, Deus mudou o nome dele para
Abraão, pai de uma numerosa nação, e o fez da promessa ainda não tinha chegado.
Para agravar a situação, Abraão já estava com noventa e nove anos e Sara, sua
mulher, além de já estar em idade avançada, era estéril. A promessa de Deus
esbarrava em obstáculo intransponíveis. Abraão, porém, esperou contra a
esperança e creu no Deus que chama à existência as coisas que não existem.
Quando todas as probabilidades estavam esgotadas, Deus irrompeu na vida desse
patriarca e cumpriu sua promessa. Isaque nasceu! Por meio dele, uma numerosa
descendência foi suscitada. Abraão tornou-se o pai de todos os que crêem. Nele
foram abençoadas todas as famílias da terra, uma vez que os verdadeiros filhos
de Abraão não são aqueles que têm o sangue de Abraão correndo em suas veias,
mas aqueles que têm a fé de Abraão habitando em seus corações. Todos nós, que
cremos em Cristo Jesus, somos legítimos filhos de Abraão!”]
2. O desafio de acreditar no
projeto divino. Abraão foi desafiado a crer e obedecer, embora não
conhecesse todo o projeto que Deus tinha para sua vida. Porém, o Senhor estava
à frente desse projeto. Abraão deveria apenas acreditar no plano divino e
obedecer, tendo a certeza de que nada lhe faltaria em sua jornada de fé.
Segundo Lawrence Richards, "o exame à vida de Abraão nos dá ideias que
podem transformar a nossa própria caminhada com Deus". [Comentário: O relato bíblico sugere que Abraão falou com sua família
sobre a ordem que havia recebido de Deus, e esta mostrou- se disposta a ir à
mesma terra que Deus prometera mostrar a Abraão. Assim, diz a Bíblia: “Tomou
Terá a Abrão seu filho, e a Ló, filho de Ara, filho de seu filho, e Sarai sua
nora, mulher de seu filho Abrão, e saiu com eles de Ur dos caldeus, para ir à
terra de Canaã; e vieram até Harã. e habitaram ali” (Gn 11.31). Parece que
Abraão nem teve oportunidade de emitir opinião. Quando Abraão mostrou a sua
disposição de obedecer a chamada, Deus introduziu em seu coração a fé. A fé é
um dom de Deus (Ef 2.8). Ela é uma virtude espiritual. A fé sem obras é morta,
isto é, é sem ação (Tg 2.26). Quando Abraão colocou a sua fé em ação, e estava
pronto para deixar a sua terra, a sua fé se tomou viva. Afirma a Escritura:
“Pela fé Abraão sendo chamado obedeceu” (Hb 11.8). Abraão podia sentir a sua fé
nele operando. pois: “Creu Abraão em Deus e isto foi- lhe imputado como
justiça” (Rm 4.3). (Texto
retirado de:http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/avidadeabraao.htm). 12:3 ... abençoar os
amaldiçoe. A extensão de Deus intenção compassivo e misericordioso é indicado
no hebraico por uma mudança do objeto plural de bênção para o objeto singular
de maldição. Muitos estão a receber a bênção de Deus através da semente de
Abraão (18:18, Gal. 3:8; Rev. 7 : 9, 10).]
3. Um projeto para abençoar as
nações. Ao escolher Abraão, Deus não
queria trazer favores e privilégio apenas a ele e sua descendência. O projeto
do Senhor era imenso e alcançava todas as nações da terra (Gn 12.3). [Comentário: Falando da nação de Israel, Deuteronômio 7:7-9 nos diz: “Não
vos teve o SENHOR afeição, nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do
que qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos, mas porque o SENHOR
vos amava e, para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o SENHOR vos
tirou com mão poderosa e vos resgatou da casa da servidão, do poder de Faraó,
rei do Egito. Saberás, pois, que o SENHOR, teu Deus, é Deus, o Deus fiel, que
guarda a aliança e a misericórdia até mil gerações aos que o amam e cumprem os
seus mandamentos.” Deus escolheu a nação de Israel para ser o povo através do
qual Jesus Cristo iria nascer – o Salvador do pecado e da morte (João 3:16).
Deus prometeu o Messias pela primeira vez após a queda de Adão e Eva no pecado
(Gênesis capítulo 3). Deus mais tarde confirmou que o Messias viria da linhagem
de Abraão, Isaque e Jacó (Gênesis 12:1-3). Jesus Cristo é a razão final pela
qual Deus escolheu Israel para ser o Seu povo escolhido. Deus não precisava ter
um “povo escolhido”, mas decidiu fazer as coisas dessa forma. Jesus tinha que
vir de alguma nação, e Deus escolheu Israel. No entanto, a razão pela qual Deus
escolheu a nação de Israel não foi unicamente para o propósito da vinda do
Messias. O desejo de Deus para com Israel era o de que eles ensinassem aos
outros sobre Ele. Israel deveria ser uma nação de sacerdotes, profetas e
missionários para o mundo. O intento de Deus era que Israel fosse um povo
distinto, uma nação de pessoas que guiassem os outros em direção a Deus e a Sua
providência prometida do Redentor, Messias e Salvador. Em sua maior parte,
Israel falhou nessa tarefa. No entanto, o propósito final de Deus para Israel,
o de trazer o Messias e Salvador, foi cumprido perfeitamente – na Pessoa de
Jesus Cristo. https://gotquestions.org/Portugues/Deus-escolheu-Israel.html.]
SUBSÍDIO BÍBLICO TEOLÓGICO
“Abraão
Abrão, cujo nome Deus mais tarde mudou para Abraão,
nasceu em uma das fabulosas cidades do mundo antigo, Ur. Nos dias de Abrão,
4.100 anos passados, Ur era o centro de uma rica cultura, uma cidade localizada
ao longo do rio Eufrates, que ostentava uma arquitetura monumental, enorme
riqueza, moradia confortáveis, música e arte. Em sua terra natal, Abrão 'servia
a outros deuses' (Js 24.2). No entanto, quando recebeu o chamado de Deus, Abrão
deixou sua civilização e peregrinou para Canaã, onde viveu como nômade em
tendas por quase cem anos. Abrão trocou a desvanecente glória deste mundo por
um relacionamento pessoal com Deus - e ganhou fama imortal. Hoje ele é
reverenciado por adeptos de três grandes religiões
mundiais: judaísmo, islamismo e cristianismo. O Antigo Testamento o
reconhece como patriarca do povo escolhido de Deus, os judeus. E o Novo
Testamento o dignifica como o pai espiritual de todos que 'andam nas pisadas
daquela fé de Abraão, nosso pai' (Rm 4.12). Qual a importância de Abraão para
nós? Primeiro, não podemos entender o Antigo Testamento até que o notemos como
a realização na história das promessas que Deus deu a essa figura altaneira.
Segundo, quando meditamos nos relatos sobre Abraão, encontramos muitos
princípios que podemos aplicar hoje para enriquecer nosso relacionamento
pessoal com o Senhor" (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma
análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD,
2012, p. 33).
II. A PROVISÃO DE DEUS
1. Abraão sai da sua terra (Gn
12.4-8). Abraão saiu da sua terra, Ur dos Caldeus e foi para Harã.
Ele deveria ter saído apenas com sua mulher, Sarai, mas acabou levando seu pai
e seu sobrinho, Ló.
Os primeiros passos de Abraão revelam tanto
fraqueza pessoal, como um caráter forte e determinado. Abraão não era perfeito,
assim como nós, porém confiava que Deus estaria com ele em sua caminhada.
Também tinha plena certeza na provisão divina. Por isso, não hesitou em levar seu pai
e seu sobrinho. Depois da morte de seu pai, Tera, em Harã, Abraão ouve a voz de
Deus e vai para Siquém, na terra de Canaã. Deus reafirmou suas promessas e lhe
mostrou toda a terra dos cananeus como a terra prometida para ele e seus descendentes.
Nesta terra "de leite e mel" não lhe faltou oposição.
As promessas de Deus não são garantia de que
não enfrentaremos crises, dificuldades e oposição. Em Siquém, Deus lhe apareceu
e reafirmou suas promessas. Abraão precisava de forças para prosseguir. Ele
saiu de Siquém e foi para Betel (Gn 12.8). Ali, edificou um altar, mostrando a
sua comunhão com Deus. [Comentário: Ur (em sumério: Urim; acádio: Uru) foi uma importante
cidade-estado na antiga Suméria, localizada nas proximidades da atual cidade de
Tell el-Muqayyar, na província de Dhi Qar do Iraque. Embora na Antiguidade
fosse uma cidade litorânea, situada na foz do rio Eufrates, no Golfo Pérsico,
atualmente situa-se no interior do país, ao sul da margem direita do Eufrates,
a 16 quilômetros de Nassíria https://pt.wikipedia.org/wiki/Ur. Abraão tinha 75 anos de idade quando recebeu o chamado do
Senhor em Ur dos Caldeus (Gn 12.1). O Chamado de Abraão se deu em Ur e não em
Harã como sugerem alguns, percebam que Deus fala em Gn 12.1: “Sai da tua
terra...”, Harã, por um acaso era a terra natal de Abraão? Não. Pra corroborar
com esta referência vejamos o que diz o texto do capítulo 15 e versículo 7 de
Gênesis, que diz: “... Eu sou o Senhor que te tirei de (Harã? Não) de Ur dos
Caldeus...” http://geografia-biblica.blogspot.com.br/2010/05/viagens-de-abraao.html. Em Gênesis 12.1, aprendemos que Deus disse a Abrão para
deixar sua terra natal, Ur dos caldeus, assim como sua família e seus parentes.
A viagem de Abrão de Ur para Harã certamente não foi obediência a essa ordem,
porque ele foi em companhia de seu pai, Terá, e seu sobrinho, Ló. Além disso,
quando deixou Harã e foi, ao longo do território de Canaã, para o Egito, ainda
estava em desobediência parcial. Nós o encontramos no Egito arriscando a perda
de sua esposa, através de quem o descendente prometido, Isaque, viria. Notamos
também que é através da providência de Deus que Sarai é preservada para Abraão
e eles são guiados para fora do Egito (Gênesis 12:10-20). Quando Abraão
retornou para Canaã em Gênesis 13, ainda não estava vivendo como Deus lhe
disse, pois, ainda que tivesse deixado a terra de seus parentes, havia levado
alguns deles consigo. Desse modo, Deus providencialmente separou-os, fazendo o
fardo deles excessivo para a região os sustentar. Assim, Abrão habitou na terra
de Canaã e Ló localizou seu lugar de morada nas planícies do Jordão e,
finalmente, na cidade de Sodoma. http://www.palavraprudente.com.br/estudos/forrest_k/eventosvt/cap21.html. A história da chamada de Abrão serve como base para duas
lições importantes. Em primeiro lugar, por ela aprendemos que, no
relacionamento entre o homem e Deus, é sempre Deus quem toma a iniciativa. De
fato, no livro de Josué, aprendemos que Abrão pertencia a uma família pagã, que
adorava falsos deuses (Js 24.2). Somente por iniciativa do Deus verdadeiro
aquele homem virou as costas para a religião de sua família e se tornou
obediente ao Senhor. Aliás, o Novo Testamento também mostra que é Deus quem dá
o primeiro passo na busca do homem perdido já que, como ensina Paulo, "não
há quem busque a Deus" (Rm 3.11). Lembremos ainda que Jesus ensinou isso
claramente quando disse: "Ninguém pode vir a mim, se o Pai, que me enviou,
não o atrair..." (Jo 6.44). Assim, aqueles que buscam a Deus e andam com
ele devem reconhecer com humilde e gratidão que só fazem isso porque o próprio
Senhor, por sua graça e misericórdia, um dia os impulsionou. Em segundo lugar,
a história da chamada de Abrão nos ensina algo sobre a fé. De fato, o autor da
carta aos Hebreus diz: "Pela fé Abraão, quando chamado, obedeceu e dirigiu-se
a um lugar que mais tarde receberia como herança, embora não soubesse para onde
estava indo" (Hb 11.8). Nesse texto, vemos a forte conexão entre fé e
obediência. Não uma obediência qualquer, mas uma obediência que se realiza
mesmo quando aquele que crê não entende o que Deus tem em mente. Assim, o homem
de fé é aquele que obedece mesmo sem compreender as razões ou os propósitos das
orientações de Deus. Ele obedece porque sabe que Deus é Deus e que seus
caminhos não podem ser submetidos ao julgamento da limitada mente humana. Esse
traço da fé genuína está em falta na vida dos cristãos modernos. Hoje, os
homens separam a fé da obediência incondicional. Não têm a fé de Abraão. Será,
então, que têm a aprovação do Deus de Abraão? Pr.
Marcos Granconato emhttp://igrejaredencao.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=64:o-chamado-de-abraao&catid=18:historia-da-biblia&Itemid=112]
2. Abraão enfrenta escassez em
Canaã (Gn 12.9,10). Deus tinha uma promessa na vida de Abraão, mas isso não
impediu que ele enfrentasse problemas e provações. A primeira provação foi ter
que deixar sua terra, sua parentela e seus amigos. A segunda era a
esterilidade de sua esposa
e a fome na terra. O crente fiel também enfrenta crises e provações. O Senhor
estava treinando seu servo. Devido à fome, Abraão tomou a decisão de ir para o
Egito. A fartura que existia no Egito era semelhante a fartura do mundo,
ilusória. No Egito, por pouco não perdeu sua esposa, pois, com medo, mentiu
dizendo que Sara era sua irmã. Em nossa jornada também somos passíveis de
cometer erros. Mas não temos mais prazer no pecado. Quando erramos só nos resta
uma alternativa: arrependermos e confessarmos o nosso pecado e pedir o perdão
de Deus (1 Jo 1.9). Deus não desistiu de seu plano para com Abraão. O Senhor
não desiste de você, ainda que tenha cometido alguns erros, como Abraão. [Comentário: “Partiu, pois, Abrão, como lho ordenara o SENHOR, e Ló foi
com ele. Tinha Abrão setenta e cinco anos quando saiu de Harã” (Gn 12.4) –
Abraão creu em Deus, em última análise, deixando Ur e Harã “sem saber para onde
ia” (Hb 11.8). Ele caminhou cerca de 800 quilômetros até Damasco, depois até
Canaã, a terra que Deus havia prometido (cf. 12.7). A fome era freqüente em
Canaã. Talvez por castigo divino àqueles povos iníquos, as pastagens para o
gado tinham secado, faltava a preciosa água dos ribeiros e mesmo o trigo para
fazer o pão. Nada se podia fazer para evitar aquela triste situação. O único
jeito era mudar-se para o Egito, onde o Nilo fornecia água abundantemente.
“Havia fome naquela terra; desceu, pois, Abrão ao Egito, para aí ficar,
porquanto era grande a fome na terra” (Gn 12.10) – Isso é mais do que apenas
uma nota geográfica. Egito na Bíblia representa o caminho do mundo. Descer ao
Egito significa deixar a terra prometida e trocá-la pelos maus caminhos do
paganismo. Abraão foi ao lugar que representava rebelião contra Deus. A ajuda
não estava no Egito, estava no altar. Abraão havia acabado de construí-lo.
Sabemos que períodos de fomes ocorreram frequentemente nos tempos bíblicos (e
ainda ocorrem em partes da África e da Ásia hoje). Esse fato não é incomum. Mas
o momento desse período de fome na terra de Canaã não é comum. Depois de tudo o
que Abraão passou, tanto em Siquém quanto em Ai, seria justo que Deus lhe desse
um período de paz e tranquilidade. Note que não há registro de que Abraão tenha
enfrentado fome em Ur ou Harã; mas agora que ele estava na terra de Deus, ele
não tinha como encontrar alimento para uma grande quantidade de pessoas, além
de ovelhas e gado (ver 14.14). Como você reage quando uma crise bate em sua
porta, especialmente quando surge quando você está em plena comunhão com Deus?
Abrão fez a coisa mais natural em sua época: “… desceu, pois, Abrão ao Egito,
para aí ficar” (v. 10). É aqui que reside o problema. Não há nenhuma menção de
que ele tenha procurado a vontade de Deus sobre a questão. Ele não negou a
Deus; ele simplesmente se esqueceu do Altíssimo. Ele se esqueceu de como Deus é
grande. O que Abraão precisava entender é que Deus está no controle das
circunstâncias. Você está mais seguro em um período de crise no centro da
vontade de Deus do que em um palácio longe de Sua vontade. Abraão falhou e
afastou-se da vontade de Deus.http://ipbtabuazeiro.com.br/multimedia-archive/fome-na-terra-prometida-genesis-12-10-20/.]
3. Abraão enfrenta a
esterilidade de sua esposa. Deus havia prometido que Abraão teria uma família numerosa,
porém ele já estava com quase 100 anos, e não tinha herdeiros. Esperar o tempo
de Deus nem sempre é fácil. As Escrituras Sagradas afirmam que a
"esperança demorada enfraquece o coração, mas o desejo chegado é árvore de
vida" (Pv 13.12). Quando todas as possibilidades humanas se esgotaram na
vida de Abraão e Sara, Deus operou um milagre; Sara ficou grávida, e logo após
Isaque nasceu. Isso nos mostra que para o nosso Deus não existe impossível. Ele
é fiel. [Comentário: Os anjos, a caminho de Sodoma. foram visitar Abraão para
informar-lhe que "por este tempo da vida Sara terá um filho" (Gn
18.10). Sara riu-se ao ouvir isto. Disse o Senhor a Abraão: “Por que se riu
Sara?” (Gn 18.13). E Sara negou dizendo: “Nãome ri”, porquanto temia (Gn
18.15). Ao cumprir-se o tempo determinado Deus visitou Sara e ela deu à luz um
filho. Ele recebeu o nome de Isaque e foi circuncidado ao oitavo dia (Gn
21.1-4). Foi grande a alegria no lar de Abraão. Havia-se confirmado o fato de
que Deus ouve as orações e cumpre as suas promessas. Sara disse: "Deus me
tem feito riso. Todo aquele que ouvir se rirá comigo" (Gn 21.6). Sara
estava então com a idade de noventa anos.http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/avidadeabraao.htm.
O nome Sara enfatiza a função e participação da mulher de Abraão nas promessas
e alianças feitas ao patriarca. A bênção sobre Abraão também é dádiva graciosa
sobre a vida de Sara. O mesmo Deus que muda os nomes é o mesmo que transforma a
história de vida e destino de seus filhos. O novo nome além de celebrar o pacto
de Deus com Abraão, marca uma mudança de rumo na história dos povos. Reis e
príncipes procedentes de Sara dirigirão a vida dos povos; o Messias,
descendente de Abraão (Gl 3.16) regerá as nações hostis com vara de ferro (Sl
2).]
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
Quando a fome chegou. Abraão foi para o Egito, lugar
onde havia alimento. Por que haveria fome justamente na terra para onde Deus
havia chamado Abrão? Este foi um teste para a fé de Abrão que não questionou a
liderança de Deus ao enfrentar a dificuldade e foi aprovado. Muitos crentes
descobrem que, quando estão determinados a fazer a vontade de Deus,
imediatamente encontram grandes obstáculos. Quando você enfrentar um teste
assim, não tente repensar sobre a vontade de Deus. Use a inteligência que Ele
deu a você e, como fez Abraão ao mudar-se temporariamente para o Egito, aguarde
novas oportunidades" (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.22).
III. AS PROMESSAS DE DEUS NA VIDA DE ABRAÃO
1. "Far-te-ei uma grande nação e
abençoar-te-ei". Deus prometeu que a família de Abraão
seria numerosa. Mas para que essa promessa se cumprisse, ele precisava obedecer
a Deus. Obedecer a Deus pode representar um desafio a algumas pessoas, mas quem
confia obedece. A obediência e a confiança em Deus nos fazem vencer as
adversidades. Muitos querem as promessas do Pai, mas não querem trilhar o
caminho da obediência. Mas devemos nos lembrar de que a desobediência é pecado
e nos impede de recebermos as bênçãos divinas. Abraão teve uma vida longa e
também foi abençoado com riquezas (Gn 13.2). Mas, a maior bênção na vida de
Abraão foi ele ter experimentado um relacionamento íntimo com Deus. Abraão
conhecia ao Senhor a ponto de ter sido chamado amigo de Deus. Não há nada
melhor do que uma vida de comunhão e intimidade com Deus. [Comentário: Deus mudou o nome dele Gn
17.5, “Abrão já não será o teu nome, e sim Abraão; porque por pai de numerosas
nações te constituí”; a mudança de nome tem a ver com uma nova fase da vida. A
generosidade da fé, “de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te
engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção! Abençoarei os que te abençoarem e
amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da
terra” (Gn 12.2). O melhor caminho para chegar à benção é abençoar os
outros. Quando Abraão tinha 100 anos, Sara deu à luz Isaque. Os descendentes de
Isaque se tornaram a nação de Israel, que existe até hoje e é muito numerosa.
Além dos descendentes naturais, Abraão também tem muitos descendentes
espirituais. A fé de Abraão é elogiada e descrita por Paulo como a fé salvadora
e geradora da família de Deus: “Porquanto procede da fé o ser herdeiro, para
que seja segundo a graça, a fim de que a promessa seja firme a toda a
descendência, não somente à que é da lei, mas também à que é da fé que teve
Abraão, o qual é pai de todos nós” (Rm 4.16). Todos que crêem em Jesus são
filhos de Abraão, porque Abraão foi salvo por crer em Deus. Por isso, Abraão é
conhecido como o “pai da fé”.]
2. "Engrandecerei o teu nome". O nome do patriarca Abraão é reverenciado no judaísmo, cristianismo e
islamismo. Dele descendem dois povos: árabes e judeus. O Senhor é fiel e
cumpriu com a sua promessa. Se Deus prometeu algo a você, não importa o quanto
tenha que esperar, Ele vai cumprir. Vivemos em uma sociedade imediatista, onde
as pessoas acham que esperar é perder tempo. Mas na vida espiritual, tudo
acontece no tempo de Deus. Abraão confiou, obedeceu e foi honrado pelo Senhor. [Comentário:Abraão, o homem de fé, vivia
totalmente isolado dos diferentes povos de Canaã, principalmente no que diz
respeito às religiões e aos costumes. Contudo gozava de conceito muito elevado.
Quando pediu para comprar um pedaço de terra para ali sepultar sua Sara. Os
filhos de Hete disseram a Abraão: "Príncipe de Deus és no meio de nós;
enterra. o teu morto na mais escolhida de nossas sepulturas (Gn 23.6),
Semelhante conceito a respeito de Abraão demonstrou ter o rei Abimeleque quando
disse a Abraão: "Eis que a minha terra está diante da tua face; habita
onde for bom aos teus olhos" (Gn 20.15). A conduta de Abraão gerava uma
verdadeira irradiação espiritual a qual lhe dava uma posição de liderança sobre
os homens entre os quais peregrinava. Abraão obedeceu e dele surgiu uma grande
nação da qual nós somos benditos como está escrito “De sorte que os que são da
fé são benditos com o crente Abraão” (Gl 3.9). Abraão foi abençoado e
engrandecido o seu nome por causa de Cristo sendo conhecido como crente Abraão,
ou seja, bendito Nome de Cristo. De Abraão surgiu o embrião da nação de Israel
da qual nasceu o Senhor Jesus Cristo. Ele se tornou individualmente canal de
bênção por ter obedecido a Deus.]
3. "Em ti serão benditas todas as famílias da
terra". Jesus, o Salvador, nasceu em
Belém e descendia de Abraão, pai de todos os judeus. A vinda de
Jesus fora predita nessa promessa feita a Abraão. Em Jesus Cristo, todas as
famílias da terra são benditas, pois seu sacrifício na cruz é suficiente para
salvar tanto judeus como gentios. [Comentário: Essa foi a maior promessa que Deus fez a Abraão (Gn 12.2,3).
Através dos descendentes de Abraão, Deus revelou Seu plano para salvar o mundo.
Jesus, o salvador do mundo, era descendente de Abraão. Ele veio para salvar
todas as pessoas do pecado. Sua morte e ressurreição abençoa pessoas em todo
mundo até hoje! Abraão não viu o cumprimento dessas três promessas mas ele creu
em Deus. Ele já foi abençoado por conhecer essas promessas e saber que Deus as
iria cumprir (Jo 8.56). As promessas de Deus para Abraão não foram uma bênção
só para ele, são uma bênção para todos nós!]
SUBSÍDIO BÍBLICO TEOLÓGICO
"Em ti serão benditas todas as famílias
da terra (Gn 12.3). Esta é a segunda profecia das Escrituras sobre a
vinda de Jesus Cristo a este mundo. O texto fala de uma bênção espiritual que
virá através de um descendente de Abraão. Paulo declara que esta bênção se
refere ao evangelho de Cristo, oferecido a todas as nações.
A promessa de Deus a Abrão revela que, desde os
primórdios da raça humana, o propósito do evangelho era abençoar todas as
nações com salvação. Deus está agora realizando os seus propósitos através de
Jesus e seu povo fiel, que compartilha da sua vontade de salvar os perdidos,
enviando pregadores para proclamar o evangelho a todas as famílias da
terra (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD,
1995, p.51).
CONCLUSÃO
Abraão era um homem de fé. Ele
trocou a glória passageira desse mundo para ter um relacionamento pessoal com
Deus. Sua fé não impediu de enfrentar provações e crises. Todavia, ele
continuou olhando para o céu, contando as estrelas e crendo no milagre de Deus
e na sua provisão para todas as áreas da sua vida. A fé nos faz vencer as
crises e esperar confiantes nas promessas do Pai. [Comentário: Aos 75 anos de idade estamos pensando em aposentadoria, em
dependurar as chuteiras, em comprar uma cadeira de balanço, em encerrar a
carreira. Abraão aos 75 anos estava se convertendo, estava começando, estava
recebendo o maior desafio da sua vida. Aos 75 anos ele estava em pleno vigor,
engendrando planos, fazendo arrojadas caminhadas, aceitando os grandes desafios
de Deus. Não há hora, não há tempo, não há idade para Deus chamar você, desafiar
você, começar um novo projeto com você! Deus pode começar algo tremendo hoje
aqui com gente de cabeça branca, com gente cansada.http://hernandesdiaslopes.com.br/portal/tenha-paciencia-deus-esta-no-controle/. Abraão
e Sara fraquejaram por um tempo na espera do filho da promessa. O resultado
dessa pressa foi o nascimento de Ismael. A ação humana sem a condução divina
resulta em sofrimento na terra, mas não em derrota no céu. O plano do homem
pode ser atabalhoado, mas o plano de Deus não pode ser frustrado. Deus esperou
Abraão chegar a seu limite máximo antes de agir. Esperou que todas as
possibilidades da terra cessassem antes de realizar seu plano. Então, a
promessa se cumpriu, o milagre aconteceu e Isaque nasceu. O limite do homem não
limita Deus. A impossibilidade do homem não ameaça Deus, pois os impossíveis do
homem são possíveis para Deus. Quando o homem chega ao fim dos seus recursos,
Deus ainda tem à sua disposição toda a suprema grandeza do seu poder. Deus faz
assim para que coloquemos nele toda a nossa confiança, para que tenhamos nele
toda a nossa alegria e para que dediquemos a ele toda a glória devida ao seu
nome. http://hernandesdiaslopes.com.br/portal/a-esperanca-que-nao-se-desespera/] “NaquEle que me
garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é
dom de Deus" (Ef 2.8)”.
Francisco Barbosa
Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br
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