sexta-feira, 14 de outubro de 2016

LIÇÃO 3: ABRAÃO, A ESPERANÇA DO PAI DA FÉ


SUBSÍDIO I

Gênesis capítulo 12 narra a gênese da história da nação de Israel por intermédio da vida do patriarca Abraão. Seu pai, Tera, o chefe do clã da família de Abraão estabelecida em Ur dos Caldeus, tomou a Abrão, Ló e Sarai para sair daquela terra a fim de ir à Canaã (11.31). Em Harã, uma importante cidade comercial da Síria, Tera morreu. Mas ali, Abrão recebeu uma palavra de Deus o exortando a sair de Harã e a prosseguir o caminho de seu pai para o lugar que o Senhor lhe mostraria, Canaã.
Assim, o patriarca prontamente obedeceu a voz de Deus e tomou o seu sobrinho Ló, sua mulher, Sarai e todas as pessoas acrescidas à sua família em Harã e partiu para Canaã. Agora, Abraão seria um peregrino até chegar à terra que o Senhor havia prometido lhe dar. Assumir o clã familiar por causa da morte de seu pai, reunir toda a família e tomar a decisão de continuar a jornada para uma terra completamente desconhecida, não era uma das tarefas mais fáceis. Quantas crises Abraão não enfrentou?! Inimigos vários, por exemplo. Afastamento de seu sobrinho para evitar uma crise maior entre os dois grupos, negociações políticas e comerciais para garantir a paz e o que havia conquistado mediante o seu esforço; tristeza na caminhada ao sepultar a sua amada esposa. Foi a partir desses muitos enfrentamentos com a realidade da vida que a fé de Abraão foi forjada e fortalecida. O apóstolo Paulo nos diz que “creu Abraão em Deus e isso lhe foi imputado como justiça” (Rm 4.3). A fé do patriarca foi agigantada na sua relação com o Pai e, por isso, tudo lhe ocorreu como resultado da iniciativa de o nosso pai na fé crer na promessa de Deus. 
As promessas foram muitas: “Far-te-ei uma grande nação e abençoar-te-ei”; “Engrandecerei o teu nome”; “Em ti serão benditas todas as famílias da terra”. E todas foram poderosamente cumpridas. De Abraão, Deus formou uma grande nação e a abençoou, engrandeceu o nome dele e abençoou todas as famílias da terra, pois a salvação em dos judeus, Jesus Cristo (Jo 4.22). Entretanto, o escritor aos Hebreus nos lembra algo mui significativo na vida de fé de Abraão:Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas, mas, vendo-as de longe, e crendo nelas, e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra” (11.13). Em uma sociedade tão imediatista como a nossa, faz todo sentido saber que o pai da fé Abraão não viu as principais promessas se cumprindo em sua vida peregrina pela terra.

 Fonte: Revista Ensinador Cristão, Ano 17 - nº 68 – out./nov./dez. de 2016. 


SUBSÍDIO II

INTRODUÇÃO

Continuamos com nossos estudos sobre a provisão divina, e desta feita nos voltaremos para Abraão e seu exemplo de fé. Inicialmente destacaremos os desafios pelos quais Abraão passou, e em seguida, mostraremos como ele reagiu diante das adversidades. A vida desse patriarca hebreu é um modelo para que permaneçamos fieis a Deus, seja nos tempos de bonança ou de privação. No Novo Testamento ele é denominado de pai espiritual de todos que “andam nas pisadas da fé” (Rm. 4.12).

1. O CHAMADO DE ABRAÃO

Abraão se chamava inicialmente Abrão, e lá ele servia a outros deuses (Js. 24.2), até receber a revelação de Yahweh. Abraão foi chamado por Deus quando se encontrava em uma terra na qual o Senhor ainda era desconhecido. O patriarca que habitava em Ur dos Caldeus ouviu a voz do Todo-Poderoso, e seguiu para Harã. Além da sua mulher Sara, leva consigo seu sobrinho Ló, que viria a causar-lhe problemas. A partir dessa decisão identificamos as limitações de Abraão, diferentemente do idealismo apregoado em muitas igrejas, ele era um homem comum, que demonstrou insegurança em várias ocasiões, mas que aprendeu a confiar em Deus ao longo do percurso. Fez-se necessário que o Senhor reafirmasse Suas promessas várias vezes para estimular Abraão a seguir adiante. Abraão estava nos projetos de Deus, de acordo com Gn. 12.1-3, nEle seriam abençoadas todas as famílias da terra. Essa é a dimensão missionária do chamado de Abraão, que não foi compreendida por alguns religiosos judeus nacionalistas. Eles pensavam que a benção de Deus seria apenas para os judeus. Mas Deus, em Cristo, visitou a humanidade, e atraiu os pecadores para Si, independentemente das fronteiras geográficas. Na verdade, Jesus veio para os que eram seus, mas esses não O receberam, mas a todos quantos O receberam são chamados filhos de Deus (Jo. 1.12). Os religiosos do tempo de Jesus não compreenderam que Jesus era antes mesmo de Abraão, e por isso quiseram apedrejá-lo (Jo. 8.12). Jesus é o cumprimento pleno das promessas feitas ao patriarca da fé, e a razão da esperança que devemos ter em Deus, pois Cristo é a nossa provisão, é a dádiva maior do Pai para nossas vidas (II Co. 9.15).

2. AS ADVERSIDADES DE ABRAÃO

Até que Abraão fosse reconhecido como pai da fé, e modelo de esperança para os fiéis, teve que passar por momentos de adversidade. Inicialmente Ele perdeu seu pai, para aprender que somente poderia depender de Deus (Gn. 12.4-8). Ele teve que acreditar contra toda descrença que o Senhor iria prover uma terra que manava “leite e mel”. De vez em quando Ele fraquejou ao longo da jornada, em alguns momentos escondeu omitiu informações para sobreviver diante dos inimigos. Mas depois de “altos e baixos”, aprendeu a confiar no Senhor, e edificou um altar em Betel, mostrando sua firmeza em Deus (Gn. 12.8). A dependência em Deus é um aprendizado, e na maioria das vezes toma muito tempo. Paulo disse ter aprendido a contentar-se em Deus, mesmo quando as coisas não lhes eram favoráveis (Fp. 4.10-13). Abraão também passou por momentos de escassez, aqueles foram situações de treinamento, a fim de que o patriarca amadurecesse na fé. As adversidades são provas que Deus nos dá para que possamos extrair lições. Quando o crente é afligido, desenvolve um caráter firme, que resulta em fidelidade, a exemplo do que aconteceu com os heróis da fé (Hb. 11). Abraão também se deparou com a esterilidade da sua esposa, o que inviabilizaria o cumprimento da promessa de que ele seria “pai de uma multidão”. O patriarca já estava com quase 100 anos e não tinha herdeiros, e foi mesmo tentado a encontrar um subterfúgio para essa limitação. Essa opção acabou por trazer-lhe consequências drásticas, com as quais teve que conviver posteriormente. Mas Deus cumpriu sua promessa, e lhe deu Isaque, que viriam a lhe dar descendência (Gn. 21.7).

3. A ESPERANÇA DE ABRAÃO

Abraão é considerado o pai da fé, e um modelo para todos aqueles que esperam em Deus. Paulo destaca a fé do patriarca para a salvação, sendo isso imputado por justiça (Rm. 4.2). Nem sempre a realidade nos é favorável, por isso devemos aprender a confiar cada vez mais em Deus. Como Abraão, e os demais heróis da fé de Hb. 11, devemos depositar nossa confiança não no que é visível. A fé, como bem ressalta o autor dessa Epístola, é o firme fundamento das coisas que se esperam, mas que são invisíveis. E de fato, somos desafiados, em Deus, a viver pela fé, e não pela vista (II Co. 5.7). O Deus no qual cremos é o Jeová-Jireh, o Deus de toda provisão, que nos entregou inicialmente Seu Filho, para salvação dos nossos pecados (Rm. 6.23). Essa é a convicção que temos que muito mais Ele nos dará, e que tendo começado a boa obra a consumará (Fp. 1.3). O maior desafio pelo qual Abraão teve que passar foi o de sacrificar seu filho no monte Moriá. Naquele local, depois de vários dias de viagem, o patriarca perdeu toda confiança em si mesmo, e passou a confiar incondicionalmente no Senhor. Cada um de nós temos nossos “isaques” a serem sacrificados, e precisamos nos desvencilhar deles, caso queiramos amadurecer espiritualmente. Abraão precisou retirar de dentro dele aquilo que considerava mais precioso, e só então foi capaz de experimentar a providência divina. Depois de tudo pelo que passou, Abraão compreendeu que sua maior riqueza era Deus, que somente Ele seria a recompensa por toda vida (Gn. 15.1). Enquanto confiarmos em nós mesmos, e nas provisões terrenas, ficaremos decepcionados. Mas os que confiam no Senhor serão como o monte de Sião, que não se abala, mas permanece para sempre (Sl. 125.1).

CONCLUSÃO

Abraão foi chamado pelo Senhor para uma jornada espiritual, e essa foi fundamental para que o patriarca amadurecesse espiritualmente, e aprendesse a colocar sua esperança exclusivamente em Deus. De igual modo, cada um de nós, diante das adversidades, somos desafiados a esperar contra a esperança, e reconhecer que estamos debaixo da mão potente de Jeová-Jireh (Rm. 4.18; Gn. 22.14).

Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
Extraído do Blog subsidioebd

COMENTÁRIO E SUBSÍDIO III

INTRODUÇÃO

Deus escolheu e chamou Abraão quando ele ainda vivia em Ur dos Caldeus. Abraão pertencia a uma família pagã.  Porém, ele acreditou em Deus de todo o coração. Decidiu obedecê-lo, tornando-se o pai de uma importante nação, Israel. Por intermédio de Israel, todas as nações da terra seriam abençoadas e restauradas. Deus tinha um plano perfeito para a vida de Abraão e para a humanidade.
Abraão saiu da sua terra e do meio da sua parentela para um lugar que ele não conhecia. É preciso fé para obedecer a Deus e cumprir toda sua vontade. [Comentário: Abraão, nona geração depois de Sem, nasceu por volta do ano 2000 a.C. Abraão foi filho de Terá. e irmão de Naor e Arã. Abraão casou-se com Sarai, e Naor casou-se com Milca (Gn 11.27.29). Morava com Abraão seu sobrinho Ló, filho de Arã, que havia falecido (Gn 11.27.28). A família de Abraão era de Ur dos caldeus, na Mesopotâmia, próximo ao rio Eufrates. Ur era um centro cultural e, também, centro de uma religião pagã que cultuava a Lua. Através de Josué 24.2 ficamos sabendo que a família de Abraão era idólatra. A Bíblia não revela o grau de conhecimento de Deus que Abraão possuía antes de sua chamada. Mais de 350 anos haviam-se passado desde o Dilúvio, quando Noé, o homem que andava com Deus (Gn 6.9), era o pregoeiro da justiça (2 Pe 2.5). Noé viveu depois do Dilúvio 350 anos (Gn 9.28). Embora a Bíblia silencie sobre isto, é possível que Noé tenha continuado a falar do grande Deus, de cuja justiça ele havia experimentado de modo singular. É possível que o conhecimento de Deus fosse mantido entre as famílias por meio de tradições transmitidas de pais a filhos de forma oral. Desse modo, pode ser que Abraão tenha tido conhecimento de Deus e de sua vontade, apesar de viver em uma sociedade idólatra. A chamada de Abraão, foi desde o princípio, uma prova de fé e obediência. Vemos através dela separação, sacrifício, pois teve que deixar a segurança, a certeza de um presente estável e cômodo, por uma vida futura de incertezas. Entretanto, Abraão não foi sempre fiel a Deus. Houve escassez em Canaã e Abraão saiu e foi para o Egito. Lá, para sua própria proteção, negou sua mulher. Sara poderia ter sido roubada de Abraão e ter sido levada ao harém do Faraó, mas Deus interveio e Abraão e Sara foram mandados de volta para onde não deveriam ter saído. Não é grandioso saber que a mão de Deus guarda os seus, ainda quando afastarmo-nos do lugar do propósito divino?] Dito isto, vamos pensar maduramente a fé cristã?

I. A CHAMADA DE DEUS (Gn12.1-3)

1. Um projeto divino. Deus tinha um projeto para resgatar o homem pecador. Abraão fazia parte desse projeto. Nada do que acontece na terra é surpresa para Deus. Ele tudo sabe e tudo vê. O Senhor não foi pego de surpresa quando Adão pecou. Abraão fazia parte de um projeto divino de salvação. A partir dele surgiria uma família que se tornaria um povo especial do qual, no tempo próprio, sairia o Salvador do mundo, Jesus Cristo. [Comentário: A Bíblia nos apresenta Cristo como o “Cordeiro que foi morto desde antes da fundação do mundo” (Ap 13.8b) numa prova cabal de que a queda não foi uma surpresa para Deus. O pecado de Adão trouxe-nos a morte, mas a morte de Jesus Cristo garante-nos a vida eterna e plena comunhão com Deus. O homem pecou de modo deliberado contra Deus, mas o Criador não o deixou entregue à própria sorte. O Senhor providenciou a sua redenção. Com o pecado veio o sentimento de culpa. O homem não sabe lidar com esse sentimento, pois não fomos criados para o pecado, por isso, Adão culpou a Eva e o próprio Deus pelo seu pecado de desobediência. É difícil aceitar a responsabilidade por nossos erros. Sempre queremos encontrar um culpado. O pecado além de afastar Adão da comunhão com Deus, também introduziu as hostilidades e dificuldades no relacionamento de Adão e Eva. O pecado continua a nos afastar de Deus e a prejudicar os nossos relacionamentos. O Rev Hernandes Dias Lopes em seu Devocionário Cada Dia, escreve: “Deus o chamou de lá e prometeu-lhe uma terra deleitosa e uma numerosa descendência. Em Abraão todas as famílias da terra seriam abençoadas. Pela fé ele obedeceu e saiu rumo à terra prometida. O problema é que Abrão, mesmo tendo o nome de grande pai, não tinha filhos. Depois, Deus mudou o nome dele para Abraão, pai de uma numerosa nação, e o fez da promessa ainda não tinha chegado. Para agravar a situação, Abraão já estava com noventa e nove anos e Sara, sua mulher, além de já estar em idade avançada, era estéril. A promessa de Deus esbarrava em obstáculo intransponíveis. Abraão, porém, esperou contra a esperança e creu no Deus que chama à existência as coisas que não existem. Quando todas as probabilidades estavam esgotadas, Deus irrompeu na vida desse patriarca e cumpriu sua promessa. Isaque nasceu! Por meio dele, uma numerosa descendência foi suscitada. Abraão tornou-se o pai de todos os que crêem. Nele foram abençoadas todas as famílias da terra, uma vez que os verdadeiros filhos de Abraão não são aqueles que têm o sangue de Abraão correndo em suas veias, mas aqueles que têm a fé de Abraão habitando em seus corações. Todos nós, que cremos em Cristo Jesus, somos legítimos filhos de Abraão!”]
2. O desafio de acreditar no projeto divino. Abraão foi desafiado a crer e obedecer, embora não conhecesse todo o projeto que Deus tinha para sua vida. Porém, o Senhor estava à frente desse projeto. Abraão deveria apenas acreditar no plano divino e obedecer, tendo a certeza de que nada lhe faltaria em sua jornada de fé. Segundo Lawrence Richards, "o exame à vida de Abraão nos dá ideias que podem transformar a nossa própria caminhada com Deus". [Comentário: O relato bíblico sugere que Abraão falou com sua família sobre a ordem que havia recebido de Deus, e esta mostrou- se disposta a ir à mesma terra que Deus prometera mostrar a Abraão. Assim, diz a Bíblia: “Tomou Terá a Abrão seu filho, e a Ló, filho de Ara, filho de seu filho, e Sarai sua nora, mulher de seu filho Abrão, e saiu com eles de Ur dos caldeus, para ir à terra de Canaã; e vieram até Harã. e habitaram ali” (Gn 11.31). Parece que Abraão nem teve oportunidade de emitir opinião. Quando Abraão mostrou a sua disposição de obedecer a chamada, Deus introduziu em seu coração a fé. A fé é um dom de Deus (Ef 2.8). Ela é uma virtude espiritual. A fé sem obras é morta, isto é, é sem ação (Tg 2.26). Quando Abraão colocou a sua fé em ação, e estava pronto para deixar a sua terra, a sua fé se tomou viva. Afirma a Escritura: “Pela fé Abraão sendo chamado obedeceu” (Hb 11.8). Abraão podia sentir a sua fé nele operando. pois: “Creu Abraão em Deus e isto foi- lhe imputado como justiça” (Rm 4.3). (Texto retirado de:http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/avidadeabraao.htm). 12:3 ... abençoar os amaldiçoe. A extensão de Deus intenção compassivo e misericordioso é indicado no hebraico por uma mudança do objeto plural de bênção para o objeto singular de maldição. Muitos estão a receber a bênção de Deus através da semente de Abraão (18:18, Gal. 3:8; Rev. 7 : 9, 10).]
3. Um projeto para abençoar as nações. Ao escolher Abraão, Deus não queria trazer favores e privilégio apenas a ele e sua descendência. O projeto do Senhor era imenso e alcançava todas as nações da terra (Gn 12.3). [Comentário: Falando da nação de Israel, Deuteronômio 7:7-9 nos diz: “Não vos teve o SENHOR afeição, nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos, mas porque o SENHOR vos amava e, para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o SENHOR vos tirou com mão poderosa e vos resgatou da casa da servidão, do poder de Faraó, rei do Egito. Saberás, pois, que o SENHOR, teu Deus, é Deus, o Deus fiel, que guarda a aliança e a misericórdia até mil gerações aos que o amam e cumprem os seus mandamentos.” Deus escolheu a nação de Israel para ser o povo através do qual Jesus Cristo iria nascer – o Salvador do pecado e da morte (João 3:16). Deus prometeu o Messias pela primeira vez após a queda de Adão e Eva no pecado (Gênesis capítulo 3). Deus mais tarde confirmou que o Messias viria da linhagem de Abraão, Isaque e Jacó (Gênesis 12:1-3). Jesus Cristo é a razão final pela qual Deus escolheu Israel para ser o Seu povo escolhido. Deus não precisava ter um “povo escolhido”, mas decidiu fazer as coisas dessa forma. Jesus tinha que vir de alguma nação, e Deus escolheu Israel. No entanto, a razão pela qual Deus escolheu a nação de Israel não foi unicamente para o propósito da vinda do Messias. O desejo de Deus para com Israel era o de que eles ensinassem aos outros sobre Ele. Israel deveria ser uma nação de sacerdotes, profetas e missionários para o mundo. O intento de Deus era que Israel fosse um povo distinto, uma nação de pessoas que guiassem os outros em direção a Deus e a Sua providência prometida do Redentor, Messias e Salvador. Em sua maior parte, Israel falhou nessa tarefa. No entanto, o propósito final de Deus para Israel, o de trazer o Messias e Salvador, foi cumprido perfeitamente – na Pessoa de Jesus Cristo. https://gotquestions.org/Portugues/Deus-escolheu-Israel.html.]

SUBSÍDIO BÍBLICO TEOLÓGICO

“Abraão
Abrão, cujo nome Deus mais tarde mudou para Abraão, nasceu em uma das fabulosas cidades do mundo antigo, Ur. Nos dias de Abrão, 4.100 anos passados, Ur era o centro de uma rica cultura, uma cidade localizada ao longo do rio Eufrates, que ostentava uma arquitetura monumental, enorme riqueza, moradia confortáveis, música e arte. Em sua terra natal, Abrão 'servia a outros deuses' (Js 24.2). No entanto, quando recebeu o chamado de Deus, Abrão deixou sua civilização e peregrinou para Canaã, onde viveu como nômade em tendas por quase cem anos. Abrão trocou a desvanecente glória deste mundo por um relacionamento pessoal com Deus - e ganhou fama imortal. Hoje ele é reverenciado por adeptos de três grandes religiões mundiais:  judaísmo, islamismo e cristianismo. O Antigo Testamento o reconhece como patriarca do povo escolhido de Deus, os judeus. E o Novo Testamento o dignifica como o pai espiritual de todos que 'andam nas pisadas daquela fé de Abraão, nosso pai' (Rm 4.12). Qual a importância de Abraão para nós? Primeiro, não podemos entender o Antigo Testamento até que o notemos como a realização na história das promessas que Deus deu a essa figura altaneira. Segundo, quando meditamos nos relatos sobre Abraão, encontramos muitos princípios que podemos aplicar hoje para enriquecer nosso relacionamento pessoal com o Senhor" (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 33).


II. A PROVISÃO DE DEUS

1. Abraão sai da sua terra (Gn 12.4-8). Abraão saiu da sua terra, Ur dos Caldeus e foi para Harã. Ele deveria ter saído apenas com sua mulher, Sarai, mas acabou levando seu pai e seu sobrinho, Ló.
Os primeiros passos de Abraão revelam tanto fraqueza pessoal, como um caráter forte e determinado. Abraão não era perfeito, assim como nós, porém confiava que Deus estaria com ele em sua caminhada. Também tinha plena certeza na provisão divina.  Por isso, não hesitou em levar seu pai e seu sobrinho. Depois da morte de seu pai, Tera, em Harã, Abraão ouve a voz de Deus e vai para Siquém, na terra de Canaã. Deus reafirmou suas promessas e lhe mostrou toda a terra dos cananeus como a terra prometida para ele e seus descendentes. Nesta terra "de leite e mel" não lhe faltou oposição.
As promessas de Deus não são garantia de que não enfrentaremos crises, dificuldades e oposição. Em Siquém, Deus lhe apareceu e reafirmou suas promessas. Abraão precisava de forças para prosseguir. Ele saiu de Siquém e foi para Betel (Gn 12.8). Ali, edificou um altar, mostrando a sua comunhão com Deus. [Comentário: Ur (em sumério: Urim; acádio: Uru) foi uma importante cidade-estado na antiga Suméria, localizada nas proximidades da atual cidade de Tell el-Muqayyar, na província de Dhi Qar do Iraque. Embora na Antiguidade fosse uma cidade litorânea, situada na foz do rio Eufrates, no Golfo Pérsico, atualmente situa-se no interior do país, ao sul da margem direita do Eufrates, a 16 quilômetros de Nassíria https://pt.wikipedia.org/wiki/Ur. Abraão tinha 75 anos de idade quando recebeu o chamado do Senhor em Ur dos Caldeus (Gn 12.1). O Chamado de Abraão se deu em Ur e não em Harã como sugerem alguns, percebam que Deus fala em Gn 12.1: “Sai da tua terra...”, Harã, por um acaso era a terra natal de Abraão? Não. Pra corroborar com esta referência vejamos o que diz o texto do capítulo 15 e versículo 7 de Gênesis, que diz: “... Eu sou o Senhor que te tirei de (Harã? Não) de Ur dos Caldeus...” http://geografia-biblica.blogspot.com.br/2010/05/viagens-de-abraao.html. Em Gênesis 12.1, aprendemos que Deus disse a Abrão para deixar sua terra natal, Ur dos caldeus, assim como sua família e seus parentes. A viagem de Abrão de Ur para Harã certamente não foi obediência a essa ordem, porque ele foi em companhia de seu pai, Terá, e seu sobrinho, Ló. Além disso, quando deixou Harã e foi, ao longo do território de Canaã, para o Egito, ainda estava em desobediência parcial. Nós o encontramos no Egito arriscando a perda de sua esposa, através de quem o descendente prometido, Isaque, viria. Notamos também que é através da providência de Deus que Sarai é preservada para Abraão e eles são guiados para fora do Egito (Gênesis 12:10-20). Quando Abraão retornou para Canaã em Gênesis 13, ainda não estava vivendo como Deus lhe disse, pois, ainda que tivesse deixado a terra de seus parentes, havia levado alguns deles consigo. Desse modo, Deus providencialmente separou-os, fazendo o fardo deles excessivo para a região os sustentar. Assim, Abrão habitou na terra de Canaã e Ló localizou seu lugar de morada nas planícies do Jordão e, finalmente, na cidade de Sodoma. http://www.palavraprudente.com.br/estudos/forrest_k/eventosvt/cap21.html. A história da chamada de Abrão serve como base para duas lições importantes. Em primeiro lugar, por ela aprendemos que, no relacionamento entre o homem e Deus, é sempre Deus quem toma a iniciativa. De fato, no livro de Josué, aprendemos que Abrão pertencia a uma família pagã, que adorava falsos deuses (Js 24.2). Somente por iniciativa do Deus verdadeiro aquele homem virou as costas para a religião de sua família e se tornou obediente ao Senhor. Aliás, o Novo Testamento também mostra que é Deus quem dá o primeiro passo na busca do homem perdido já que, como ensina Paulo, "não há quem busque a Deus" (Rm 3.11). Lembremos ainda que Jesus ensinou isso claramente quando disse: "Ninguém pode vir a mim, se o Pai, que me enviou, não o atrair..." (Jo 6.44). Assim, aqueles que buscam a Deus e andam com ele devem reconhecer com humilde e gratidão que só fazem isso porque o próprio Senhor, por sua graça e misericórdia, um dia os impulsionou. Em segundo lugar, a história da chamada de Abrão nos ensina algo sobre a fé. De fato, o autor da carta aos Hebreus diz: "Pela fé Abraão, quando chamado, obedeceu e dirigiu-se a um lugar que mais tarde receberia como herança, embora não soubesse para onde estava indo" (Hb 11.8). Nesse texto, vemos a forte conexão entre fé e obediência. Não uma obediência qualquer, mas uma obediência que se realiza mesmo quando aquele que crê não entende o que Deus tem em mente. Assim, o homem de fé é aquele que obedece mesmo sem compreender as razões ou os propósitos das orientações de Deus. Ele obedece porque sabe que Deus é Deus e que seus caminhos não podem ser submetidos ao julgamento da limitada mente humana. Esse traço da fé genuína está em falta na vida dos cristãos modernos. Hoje, os homens separam a fé da obediência incondicional. Não têm a fé de Abraão. Será, então, que têm a aprovação do Deus de Abraão? Pr. Marcos Granconato emhttp://igrejaredencao.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=64:o-chamado-de-abraao&catid=18:historia-da-biblia&Itemid=112]
2. Abraão enfrenta escassez em Canaã (Gn 12.9,10). Deus tinha uma promessa na vida de Abraão, mas isso não impediu que ele enfrentasse problemas e provações. A primeira provação foi ter que deixar sua terra, sua parentela e seus amigos. A segunda era a esterilidade  de sua esposa e a fome na terra. O crente fiel também enfrenta crises e provações. O Senhor estava treinando seu servo. Devido à fome, Abraão tomou a decisão de ir para o Egito. A fartura que existia no Egito era semelhante a fartura do mundo, ilusória. No Egito, por pouco não perdeu sua esposa, pois, com medo, mentiu dizendo que Sara era sua irmã. Em nossa jornada também somos passíveis de cometer erros. Mas não temos mais prazer no pecado. Quando erramos só nos resta uma alternativa: arrependermos e confessarmos o nosso pecado e pedir o perdão de Deus (1 Jo 1.9). Deus não desistiu de seu plano para com Abraão. O Senhor não desiste de você, ainda que tenha cometido alguns erros, como Abraão. [Comentário: “Partiu, pois, Abrão, como lho ordenara o SENHOR, e Ló foi com ele. Tinha Abrão setenta e cinco anos quando saiu de Harã” (Gn 12.4) – Abraão creu em Deus, em última análise, deixando Ur e Harã “sem saber para onde ia” (Hb 11.8). Ele caminhou cerca de 800 quilômetros até Damasco, depois até Canaã, a terra que Deus havia prometido (cf. 12.7). A fome era freqüente em Canaã. Talvez por castigo divino àqueles povos iníquos, as pastagens para o gado tinham secado, faltava a preciosa água dos ribeiros e mesmo o trigo para fazer o pão. Nada se podia fazer para evitar aquela triste situação. O único jeito era mudar-se para o Egito, onde o Nilo fornecia água abundantemente. “Havia fome naquela terra; desceu, pois, Abrão ao Egito, para aí ficar, porquanto era grande a fome na terra” (Gn 12.10) – Isso é mais do que apenas uma nota geográfica. Egito na Bíblia representa o caminho do mundo. Descer ao Egito significa deixar a terra prometida e trocá-la pelos maus caminhos do paganismo. Abraão foi ao lugar que representava rebelião contra Deus. A ajuda não estava no Egito, estava no altar. Abraão havia acabado de construí-lo. Sabemos que períodos de fomes ocorreram frequentemente nos tempos bíblicos (e ainda ocorrem em partes da África e da Ásia hoje). Esse fato não é incomum. Mas o momento desse período de fome na terra de Canaã não é comum. Depois de tudo o que Abraão passou, tanto em Siquém quanto em Ai, seria justo que Deus lhe desse um período de paz e tranquilidade. Note que não há registro de que Abraão tenha enfrentado fome em Ur ou Harã; mas agora que ele estava na terra de Deus, ele não tinha como encontrar alimento para uma grande quantidade de pessoas, além de ovelhas e gado (ver 14.14). Como você reage quando uma crise bate em sua porta, especialmente quando surge quando você está em plena comunhão com Deus? Abrão fez a coisa mais natural em sua época: “… desceu, pois, Abrão ao Egito, para aí ficar” (v. 10). É aqui que reside o problema. Não há nenhuma menção de que ele tenha procurado a vontade de Deus sobre a questão. Ele não negou a Deus; ele simplesmente se esqueceu do Altíssimo. Ele se esqueceu de como Deus é grande. O que Abraão precisava entender é que Deus está no controle das circunstâncias. Você está mais seguro em um período de crise no centro da vontade de Deus do que em um palácio longe de Sua vontade. Abraão falhou e afastou-se da vontade de Deus.http://ipbtabuazeiro.com.br/multimedia-archive/fome-na-terra-prometida-genesis-12-10-20/.]
3. Abraão enfrenta a esterilidade de sua esposa. Deus havia prometido que Abraão teria uma família numerosa, porém ele já estava com quase 100 anos, e não tinha herdeiros. Esperar o tempo de Deus nem sempre é fácil. As Escrituras Sagradas afirmam que a "esperança demorada enfraquece o coração, mas o desejo chegado é árvore de vida" (Pv 13.12). Quando todas as possibilidades humanas se esgotaram na vida de Abraão e Sara, Deus operou um milagre; Sara ficou grávida, e logo após Isaque nasceu. Isso nos mostra que para o nosso Deus não existe impossível. Ele é fiel. [Comentário: Os anjos, a caminho de Sodoma. foram visitar Abraão para informar-lhe que "por este tempo da vida Sara terá um filho" (Gn 18.10). Sara riu-se ao ouvir isto. Disse o Senhor a Abraão: “Por que se riu Sara?” (Gn 18.13). E Sara negou dizendo: “Nãome ri”, porquanto temia (Gn 18.15). Ao cumprir-se o tempo determinado Deus visitou Sara e ela deu à luz um filho. Ele recebeu o nome de Isaque e foi circuncidado ao oitavo dia (Gn 21.1-4). Foi grande a alegria no lar de Abraão. Havia-se confirmado o fato de que Deus ouve as orações e cumpre as suas promessas. Sara disse: "Deus me tem feito riso. Todo aquele que ouvir se rirá comigo" (Gn 21.6). Sara estava então com a idade de noventa anos.http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/avidadeabraao.htm. O nome Sara enfatiza a função e participação da mulher de Abraão nas promessas e alianças feitas ao patriarca. A bênção sobre Abraão também é dádiva graciosa sobre a vida de Sara. O mesmo Deus que muda os nomes é o mesmo que transforma a história de vida e destino de seus filhos. O novo nome além de celebrar o pacto de Deus com Abraão, marca uma mudança de rumo na história dos povos. Reis e príncipes procedentes de Sara dirigirão a vida dos povos; o Messias, descendente de Abraão (Gl 3.16) regerá as nações hostis com vara de ferro (Sl 2).]

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

Quando a fome chegou. Abraão foi para o Egito, lugar onde havia alimento. Por que haveria fome justamente na terra para onde Deus havia chamado Abrão? Este foi um teste para a fé de Abrão que não questionou a liderança de Deus ao enfrentar a dificuldade e foi aprovado. Muitos crentes descobrem que, quando estão determinados a fazer a vontade de Deus, imediatamente encontram grandes obstáculos. Quando você enfrentar um teste assim, não tente repensar sobre a vontade de Deus. Use a inteligência que Ele deu a você e, como fez Abraão ao mudar-se temporariamente para o Egito, aguarde novas oportunidades" (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.  Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.22).

III. AS PROMESSAS DE DEUS NA VIDA DE ABRAÃO

1. "Far-te-ei uma grande nação e abençoar-te-ei". Deus prometeu que a família de Abraão seria numerosa. Mas para que essa promessa se cumprisse, ele precisava obedecer a Deus. Obedecer a Deus pode representar um desafio a algumas pessoas, mas quem confia obedece. A obediência e a confiança em Deus nos fazem vencer as adversidades. Muitos querem as promessas do Pai, mas não querem trilhar o caminho da obediência. Mas devemos nos lembrar de que a desobediência é pecado e nos impede de recebermos as bênçãos divinas. Abraão teve uma vida longa e também foi abençoado com riquezas (Gn 13.2). Mas, a maior bênção na vida de Abraão foi ele ter experimentado um relacionamento íntimo com Deus. Abraão conhecia ao Senhor a ponto de ter sido chamado amigo de Deus. Não há nada melhor do que uma vida de comunhão e intimidade com Deus. [Comentário: Deus mudou o nome dele Gn 17.5, “Abrão já não será o teu nome, e sim Abraão; porque por pai de numerosas nações te constituí”; a mudança de nome tem a ver com uma nova fase da vida. A generosidade da fé, “de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção! Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.2). O melhor caminho para chegar à benção é abençoar os outros. Quando Abraão tinha 100 anos, Sara deu à luz Isaque. Os descendentes de Isaque se tornaram a nação de Israel, que existe até hoje e é muito numerosa. Além dos descendentes naturais, Abraão também tem muitos descendentes espirituais. A fé de Abraão é elogiada e descrita por Paulo como a fé salvadora e geradora da família de Deus: “Porquanto procede da fé o ser herdeiro, para que seja segundo a graça, a fim de que a promessa seja firme a toda a descendência, não somente à que é da lei, mas também à que é da fé que teve Abraão, o qual é pai de todos nós” (Rm 4.16). Todos que crêem em Jesus são filhos de Abraão, porque Abraão foi salvo por crer em Deus. Por isso, Abraão é conhecido como o “pai da fé”.]
2. "Engrandecerei o teu nome". O nome do patriarca Abraão é reverenciado no judaísmo, cristianismo e islamismo. Dele descendem dois povos: árabes e judeus. O Senhor é fiel e cumpriu com a sua promessa. Se Deus prometeu algo a você, não importa o quanto tenha que esperar, Ele vai cumprir. Vivemos em uma sociedade imediatista, onde as pessoas acham que esperar é perder tempo. Mas na vida espiritual, tudo acontece no tempo de Deus. Abraão confiou, obedeceu e foi honrado pelo Senhor. [Comentário:Abraão, o homem de fé, vivia totalmente isolado dos diferentes povos de Canaã, principalmente no que diz respeito às religiões e aos costumes. Contudo gozava de conceito muito elevado. Quando pediu para comprar um pedaço de terra para ali sepultar sua Sara. Os filhos de Hete disseram a Abraão: "Príncipe de Deus és no meio de nós; enterra. o teu morto na mais escolhida de nossas sepulturas (Gn 23.6), Semelhante conceito a respeito de Abraão demonstrou ter o rei Abimeleque quando disse a Abraão: "Eis que a minha terra está diante da tua face; habita onde for bom aos teus olhos" (Gn 20.15). A conduta de Abraão gerava uma verdadeira irradiação espiritual a qual lhe dava uma posição de liderança sobre os homens entre os quais peregrinava. Abraão obedeceu e dele surgiu uma grande nação da qual nós somos benditos como está escrito “De sorte que os que são da fé são benditos com o crente Abraão” (Gl 3.9). Abraão foi abençoado e engrandecido o seu nome por causa de Cristo sendo conhecido como crente Abraão, ou seja, bendito Nome de Cristo. De Abraão surgiu o embrião da nação de Israel da qual nasceu o Senhor Jesus Cristo. Ele se tornou individualmente canal de bênção por ter obedecido a Deus.]
3. "Em ti serão benditas todas as famílias da terra". Jesus, o Salvador, nasceu em Belém e descendia de Abraão, pai de todos os judeus.  A vinda de Jesus fora predita nessa promessa feita a Abraão. Em Jesus Cristo, todas as famílias da terra são benditas, pois seu sacrifício na cruz é suficiente para salvar tanto judeus como gentios. [Comentário: Essa foi a maior promessa que Deus fez a Abraão (Gn 12.2,3). Através dos descendentes de Abraão, Deus revelou Seu plano para salvar o mundo. Jesus, o salvador do mundo, era descendente de Abraão. Ele veio para salvar todas as pessoas do pecado. Sua morte e ressurreição abençoa pessoas em todo mundo até hoje! Abraão não viu o cumprimento dessas três promessas mas ele creu em Deus. Ele já foi abençoado por conhecer essas promessas e saber que Deus as iria cumprir (Jo 8.56). As promessas de Deus para Abraão não foram uma bênção só para ele, são uma bênção para todos nós!]

SUBSÍDIO BÍBLICO TEOLÓGICO

"Em ti serão benditas todas as famílias da  terra (Gn 12.3). Esta é a segunda profecia das Escrituras sobre a vinda de Jesus Cristo a este mundo. O texto fala de uma bênção espiritual que virá através de um descendente de Abraão. Paulo declara que esta bênção se refere ao evangelho de Cristo, oferecido a todas as nações.
A promessa de Deus a Abrão revela que, desde os primórdios da raça humana, o propósito do evangelho era abençoar todas as nações com salvação. Deus está agora realizando os seus propósitos através de Jesus e seu povo fiel, que compartilha da sua vontade de salvar os perdidos, enviando pregadores para proclamar o evangelho a todas as famílias da terra (Bíblia de Estudo Pentecostal.  Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.51).

CONCLUSÃO

Abraão era um homem de fé. Ele trocou a glória passageira desse mundo para ter um relacionamento pessoal com Deus. Sua fé não impediu de enfrentar provações e crises. Todavia, ele continuou olhando para o céu, contando as estrelas e crendo no milagre de Deus e na sua provisão para todas as áreas da sua vida. A fé nos faz vencer as crises e esperar confiantes nas promessas do Pai. [Comentário: Aos 75 anos de idade estamos pensando em aposentadoria, em dependurar as chuteiras, em comprar uma cadeira de balanço, em encerrar a carreira. Abraão aos 75 anos estava se convertendo, estava começando, estava recebendo o maior desafio da sua vida. Aos 75 anos ele estava em pleno vigor, engendrando planos, fazendo arrojadas caminhadas, aceitando os grandes desafios de Deus. Não há hora, não há tempo, não há idade para Deus chamar você, desafiar você, começar um novo projeto com você! Deus pode começar algo tremendo hoje aqui com gente de cabeça branca, com gente cansada.http://hernandesdiaslopes.com.br/portal/tenha-paciencia-deus-esta-no-controle/.  Abraão e Sara fraquejaram por um tempo na espera do filho da promessa. O resultado dessa pressa foi o nascimento de Ismael. A ação humana sem a condução divina resulta em sofrimento na terra, mas não em derrota no céu. O plano do homem pode ser atabalhoado, mas o plano de Deus não pode ser frustrado. Deus esperou Abraão chegar a seu limite máximo antes de agir. Esperou que todas as possibilidades da terra cessassem antes de realizar seu plano. Então, a promessa se cumpriu, o milagre aconteceu e Isaque nasceu. O limite do homem não limita Deus. A impossibilidade do homem não ameaça Deus, pois os impossíveis do homem são possíveis para Deus. Quando o homem chega ao fim dos seus recursos, Deus ainda tem à sua disposição toda a suprema grandeza do seu poder. Deus faz assim para que coloquemos nele toda a nossa confiança, para que tenhamos nele toda a nossa alegria e para que dediquemos a ele toda a glória devida ao seu nome. http://hernandesdiaslopes.com.br/portal/a-esperanca-que-nao-se-desespera/] “NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”.
Francisco Barbosa
Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br


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