SUBSÍDIO I
Os benefícios da justificação
Ora, pode uma doutrina como a da
justificação pela fé ter um benefício prático na vida do crente dá alguma
consequência concreta quando o crente toma a consciência de que foi
justificado por Deus por intermédio da graça divina mediante a fé em
Jesus?
Professor, é importante
enfatizar aos alunos de que toda doutrina bíblica possui uma aplicação
para a vida. Doutrina não é apenas teoria? Ela visa a amadurecer o crente
a fim de que ele caminhe de maneira segura no processo de
amadurecimento da fé no caminho de Cristo. Por isso, ao iniciar a aula
desta semana, conforme a sua possibilidade, reproduza resumidamente os
benefícios da doutrina da justificação pela fé com o objetivo
de facilitar a reflexão em sala de aula:
OS BENEFÍCIOS DA DOUTRINA DA JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ
Romanos 5.1-5
A graça de Deus justificando o ser humano |
Romanos 5.6-11
O amor trinitário |
Romanos 5.12-21
A nova Criação de Deus |
1. A bênção da paz com
Deus (v.1); |
1. O amor do Pai pelo
ser humano (v.8) |
1. O homem em Adão
(v.12) |
2. A bênção de esperar
em Deus (v.2) |
2. O Espírito santo distribui
o amor (5.bb) |
2. O homem em Cristo
(v.17). |
3. A bênção de sofrer
por Cristo Jesus (v.3-5). |
3. O Filho realiza o amor
no coração (vv.10,11). |
1. A bênção da paz com
Deus (v.1) |
O quadro acima destaca uma série
de bênçãos que o crente justificado por Deus tem acesso ao Pai no
momento em que abre o coração para a Palavra de Deus. Um dos pontos
mais importantes desse quadro são as imagens que o apóstolo Paulo usa para
destacar o homem imperfeito em Adão e o ser humano perfeito em Jesus. A
maior das bênçãos da justificação pela fé é que se por Adão entrou no
mundo a morte, o sofrimento, a traição etc, por Cristo chegou a vida, a
paz, a esperança, a alegria e tudo quanto é bom para aquele que está em
Cristo Jesus, o nosso Senhor (Rm 5.12-21).
Enfatizar ao aluno a nova
realidade de vida de uma pessoa justificada por Deus é permitir-lhe
conhecer uma das mais ricas e consoladoras doutrinas sobre a condição do
ser humano agora justificado por Cristo. Quantas são as pessoas que
chegam às nossas comunidades sofridas, cheias de condenação na alma e na
consciência? O contato, a assimilação e a fé nesta verdade bíblica
quebrarão e destruirão as amarras da alma e da consciência daqueles
que se sentem acusados e se tornam acuados pelo Inimigo de nossas
almas. Ore a Deus, peça-o para cada aluno viver a graça dessa verdade em
nome de Jesus
Fonte: Revista Ensinador
Cristão, Ano 17 - nº 66 – abr/mai/jun de 2016.
SUBSÍDIO II
INTRODUÇÃO
Conforme temos estudando nas
lições anteriores, a justificação é uma providência divina, pela graça
maravilhosa, por meio da fé. Na aula de hoje mostraremos os benefícios dessa
justificação, que se inicia com a paz de Deus, que excede todo entendimento. Em
seguida, nos voltaremos para a nova condição espiritual do crente que está em
paz com Deus, diferente daquela na qual nos foi imposta por Adão. Ao final,
destacaremos, com maior propriedade, os benefícios da justificação divina.
1. A PAZ
DE/COM DEUS
As preposições têm espaço privilegiado nos estudos
bíblicos, apenas para efeito de demonstração, ressaltamos que o crente, uma vez
justificado, dispõe DA paz de Deus. Mas essa paz somente se tornou possível
porque passou ter paz COM Deus, na medida em que a inimizade é desfeita, e
acontece o processo de reconciliação (II Co. 5.18,19). Essa paz, que também é
caracterizada como elemento do fruto do Espírito (Gl. 5.22), faz com que o
crente não perca a esperança, mesmo diante das tribulações (Rm. 5.1,2; II Co.
8.19). A paz que é dada por Cristo é diferente daquela propagada pelo mundo,
pois essa não depende das circunstâncias (Jo. 14.27). Isso é possível porque
Jesus é Único Príncipe da Paz (Is. 9.2). Essa é uma paz diferenciada, e que o
mundo não entende, por isso excede a compreensão humana (Fp. 4.7). Além disso,
o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo. Deus prova
Seu amor para conosco pelo fato de ter nos amado sendo nós ainda pecadores (Rm.
5.8). Estávamos perdidos em nossos delitos e pecados (Ef. 2.1), o salário do
pecado é a morte (Rm. 6.23), mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna. Ele
amou o mundo de uma maneira tão inexplicável que entregou Seu Filho Unigênito
(Jo. 3.16). Por causa desse amor sacrificial, podemos ter convicção de que nada
nos separará de Cristo, por isso seremos salvos da ira. Pela morte de Jesus
Cristo, fomos reconciliados com Deus. Ele age com sua graça, de modo que os
crentes já desfrutam, no presente século, da reconciliação que se completará no
futuro, na dimensão escatológica. Essa condição espiritual faz com que o crente
tenha alegria, passa a exultar por causa da justificação e reconciliação
divina. A alegria também é um aspecto do fruto do Espírito (Gl. 5.22). A
alegria, enquanto elemento do fruto do Espírito, nada tem a ver com a
felicidade, divulgada pela sociedade moderna. Esta depende das circunstâncias,
mas a alegria que vem de Deus é espiritual. Por isso Paulo, mesmo preso em
Roma, escreveu a Epistola aos Filipenses, a Carta da Alegria.
2. CRISTO E
ADÃO
Os crentes existem por causa de Cristo, Ele é a
razão da justificação, foi a justiça dEle que nos tornou justos. Paulo faz a
distinção entre a obra de Cristo e a de Adão, o primeiro homem, por meio do
qual entrou o pecado no mundo (Rm. 5.12). Nas palavras de Paulo o homem morre
por causa do pecado, não apenas fisicamente, mas também espiritualmente. Por
isso, para que o homem tivesse vida, fez-se necessário que um justo morresse em
seu lugar. Esse é o significado da morte vicária de Cristo, ela teve um caráter
substitutivo. De tal modo que a morte governou até Adão, até que um Novo Homem
surgiu, trazendo sobre Si o pecado da humanidade. A declaração paulina
explicita que “pela falta de um só os muitos morreram, mas muito mais a graça
de Deus e o dom que veio pela graça de um só homem, Jesus Cristo, se derramaram
sobre muitos” (Rm. 5.15). Essa afirmação não fundamenta a doutrina
universalista, segundo a qual Deus salvará a todos no final. Muito pelo
contrário, o apóstolo afirma que a graça de Cristo foi derramada sobre muitos.
A expiação de Cristo não é limitada, ela tem a capacidade de alcançar a todos,
mas faz-se necessário que as pessoas se arrependam dos seus pecados, e busquem
a justificação que provém de Deus. Esse ensinamento é reforçado por Paulo ao
declarar que pela obediência de Cristo muitos se tornarão justos (Rm. 5.19).
Essa justificação resulta também em nova conduta, um comportamento
diferente daqueles que vivem em Deus, considerando que onde abundou o pecado,
superabundou a graça de Deus (Rm. 6.1). O crente, por causa da justificação
amorosa de Deus, é colocado diante de uma nova condição ética. Ele deixa de se
pautar por uma moral, sua vida é pautada pela Palavra de Deus, e motivado pelo
amor de Cristo, que o constrange a fazer o que é certo (II Co. 5.14).
3. JUSTIFICAÇÃO
BENÉFICA
Assumimos, então, que por causa
da justificação divina, podemos já no tempo presente, desfrutar da paz, não
apenas COM, mas também a DE Deus (Rm. 5.1). Essa paz nos oportuniza esperança,
de tal modo que não vivemos mais por vista, antes pela fé nAquele que se
revelou em Cristo (Rm. 5.2). O amor de Deus faz com que, caso seja necessário,
soframos por amor a Ele, enfrentemos as tribulações do tempo presente (Rm.
5.3,4), sabendo, porém, que essas aflições não se comparam à glória que em nós
haverá de ser revelada (Rm. 8.18). Neste momento, descansamos na convicção do
amor de Deus, que é derramado em nossos corações pelo Espírito Santo (Rm. 5.5).
O Espírito está trabalhando em nós, a fim de nos moldar a imagem de Cristo. O
propósito de Deus para as nossas vidas não é nos fazer felizes, muito menos
financeiramente prósperos, antes é investir em nosso caráter, a fim de
parecermos cada vez mais com Jesus. Se cairmos em Adão, podemos agora, em
Cristo, nos tornar novos homens. Isso porque em Cristo somos feitos novas
criaturas, as coisas velhas se passaram, tudo se fez novo (II Co. 5.17). A nova
humanidade é, então, uma construção, não pautada pela força do pecado, herdada
de Adão, mas pela graça de Cristo. Homens atingidos pela graça maravilhosa de
Deus são dispostos diante da mesma condição, e não podem agir de forma
diferente, são motivados pelo favor imerecido de Deus. Jesus contou uma
parábola que ilustro muito bem essa condição, o credor incompassivo foi perdoado,
mas não agiu da mesma maneira (Mt. 18.23-35). Os religiosos tendem a agir por
meio da retribuição, eles entregam fundamentados naquilo que receberão em
troca. Aqueles que foram alcançados pela graça se desprendem com facilidade,
pois não encontram satisfação maior na vida, que agradar o Deus que o agraciou.
CONCLUSÃO
Há um hino clássico, escrito por
John Milton, que outrora foi um traficante de escravos, mas foi alcançado por
Cristo. O título desse hino é Amazing Grace (Maravilhosa
Graça) e que inicia dizendo: “que maravilhosa graça, que salvou um pecador como
eu, estava perdido, mas agora fui achado, era cego mas agora posso ver”. Há uma
versão em português, gravada pelo Quarteto Gileade, que merece ser ouvida, e
ficar maravilhados, com a graça de Deus!
Prof. Ev. José
Roberto A. Barbosa
Extraído do Blog
subsidioebd
COMENTÁRIO E
SUBSÍDIO III
INTRODUÇÃO
Nos quatro
primeiros capítulos da Epístola aos Romanos, Paulo já havia escrito a respeito
das origens e das bases da nossa justificação. Faltava agora falar dos
resultados dessa justificação. Que benefícios ela nos trouxe? Quais seriam as
bênçãos a ela associada? Paz, alegria, esperança são algumas dessas bênçãos
associadas à justificação. Todavia, Paulo vai além, ele mostra que tudo isso só
foi possível porque Deus nos fez participante de uma bênção maior — sermos
parte da nova criação. Esse fato será mostrado através do contraste feito entre
Adão, símbolo da velha criação e Cristo, o segundo Adão, cabeça de uma nova criação. [Comentário: A primeira abordagem de Paulo sobre a
justiça de Deus pela fé em Cristo se dá no capítulo 1, versos 16 à 17. Em
seguida, o apóstolo passa a demonstrar que todos os homens pecaram e foram
destituídos da glória de Deus em Adão (Rm 1.16 à Rm 3.20 ). Após demonstrar que
diante de Deus todos os homens tornaram-se escusáveis (judeus e gregos), o
apóstolo volta a abordagem inicial: a justificação pela fé. No capítulo 4, o
apóstolo apresenta exemplos de justificação pela fé no Antigo Testamento:
Abraão e Davi, ou seja, Paulo evoca a autoridade da Escritura para dar
sustentação a sua argumentação (Rm 4.1-25). Chegamos ao capítulo cinco. Este
pode ser chamado um capítulo de transição da qual passamos da doutrina da
justificação para a da santificação. Mas antes destra transição o Apóstolo
ainda apresenta de forma singular as vantagens únicas da justificação pela Fé
em Cristo Jesus. Vamos então analisar os benefícios da justificação. Após
estudar o capítulo cinco da carta de Paulo aos Romanos, será possível
divisarmos como todos os homens tornaram-se pecadores, e como é possível ser
participante da graça de Deus. Verificaremos, ainda, qual é a condição dos que
estão em Cristo, e a condição daqueles que continuam inimigos de Deus.]
I. A BÊNÇÃO DA GRAÇA JUSTIFICADORA (Rm 5.1-5)
1. A bênção da paz
com Deus. No capítulo cinco de Romanos, Paulo mostra os benefícios da
justificação pela fé logo no primeiro versículo: “Sendo, pois, justificados
pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo”. O uso que Paulo faz
da palavra paz aqui é diferente daquele usado no mundo antigo. No geral, o
termo significava ausência de guerra. Porém, Paulo se refere ao vocábulo paz
conforme ele aparece no Antigo Testamento e cujo significando era a salvação
dos piedosos, prosperidade e bem-estar. Embora os manuscritos mais aceitos do
original grego tragam a palavra tenhamos em vez de temos, os teólogos concordam
que o argumento de Paulo aqui é a paz como efeito imediato dessa justificação.
Assim sendo essa paz deve ser desfrutada aqui e agora. Robertson, erudito em
grego bíblico, traduz essa expressão como gozemos de paz com Deus. Portanto,
uma paráfrase das palavras de Paulo ficaria da seguinte forma: “Já que fomos
justificados por meio da fé, desfrutemos, pois, dessa paz com Deus”. Deus tem
paz para todos os que foram justificados em Cristo Jesus e deseja que
desfrutemos dela. [Comentário: Não é correto nos pautarmos nas
divisões de textos como capítulos e versículos quando da interpretação das
cartas bíblicas. Ao analisar o texto, não podemos atrelar a análise tão somente
a um capítulo ou a um, dois ou três versículos. Antes, a análise de qualquer
versículo ou frase deve ser considerada dentro do contexto geral da carta.
Precisamos estar atentos, pois as divisões em versículos e capítulos acabam por
influenciar a leitura bíblica. As divisões em capítulos e versículos devem ser
considerados somente como auxilio para localização e referenciamos certos
textos. A observação anterior é válida na análise deste capítulo. Quando o
apóstolo diz: "Tendo sido, pois, justificados pela fé..." ( Rm 5:1 ),
ele termina uma argumentação e introduz uma nova ideia. Quando o apóstolo
escreve 'Tendo sido, pois, justificados pela fé...', ele dá por encerrada a
discussão sobre a superioridade dos judeus, ou que somente os gentios eram
pecadores, ou que a justiça de Deus era proveniente da lei mosaica. Ao ser
justificado pela fé em Deus, as questões abordadas anteriormente passam à
segundo plano, uma vez que não há distinção alguma entre gentios e judeus.
"Sendo, pois, justificados pela fé..." remete à versículos anteriores
( Rm 1:16 -17 e Rm 3:21 -22), e apresenta um novo aspecto da justificação pela
fé. Os cristãos pela fé adquiriram paz com Deus, por intermédio de Cristo
Jesus. Por meio da fé os cristãos são declarados justos e obtiveram paz com
Deus. A condição alcançada em Cristo contrasta com a condição apresentada no
verso 10. O homem por causa do pecado tornou-se inimigo de Deus, e bem sabemos
que por conta própria o homem não buscou e nem busca tal reconciliação (Rm
3.10-12). Coube a Deus, em seu infinito amor trazer e proporcionar ao homem
tamanha reconciliação, ou seja, a “Paz” que somente obtemos por meio da Fé
salvadora em Cristo Jesus. http://www.estudobiblico.org/pt/detalhe/ver/romanos-capitulo-5-196]
2. A bênção de
esperar em Deus. Antes de falar da bênção de
esperar em Deus, Paulo fala como se deu esse acesso: “Pelo qual também temos
entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes; e nos gloriamos na
esperança da glória de Deus” (Rm 5.2). A fé no Cordeiro de Deus nos abriu a porta
da graça. Observe o comentário que William Barclay faz a respeito desse texto:
“O próprio Jesus nos introduz na presença de Deus; nos abre a porta de acesso à
presença do Rei dos reis. E quando se abre essa porta o que encontramos é a
graça; não condenação, nem juízo, nem vergonha; senão o intocado e imerecido
amor de Deus”. A porta se abriu para a esperança. No contexto de Romanos,
esperança significa enfrentar o tempo presente, com todos os seus desafios,
porque se tem certeza quanto ao futuro. O futuro não é algo mais desconhecido,
porque a fé em Jesus nos tornou participantes do seu reino. [Comentário: Desde já, vale observar que, ao falar
da salvação em Cristo, Paulo apresenta a condição dos cristãos (paz com Deus),
para depois apresentar como alcançaram tal condição (pelo qual também temos
entrada pela fé a esta graça). Ou seja, durante a análise da carta aos Romanos,
demonstraremos que, geralmente, o ponto de partida para o apóstolo apresentar o
plano da salvação é o da condição alcançada (paz com Deus), e em seguida, ele
retroage até demonstrar qual era a condição anterior (inimizade). Por
intermédio de Jesus os cristãos têm entrada a esta graça, ou seja, alcança a
graça da justificação e amizade com Deus pela fé. Este versículo demonstra que
por Cristo e pela fé os cristãos recebem a graça de Deus, e o verso anterior
fixa-se em demonstrar a graça alcançada: justificação e amizade com Deus. Paulo
reitera que ele e todos quantos estão em Cristo (...também temos...), estão
firme na graça proveniente do evangelho (...na qual estamos firmes...).
Enquanto muitos se gloriam das questões relativo à carne ( 2Co 11:18 ), os
cristãos gloriam-se na esperança proposta por meio do evangelho. Embora o
apóstolo não volte a falar que não há diferenças entre gentil e judeu
explicitamente, ele acaba por falar de modo velado destas distinções promovidas
pelos homens, e não por Deus. Gloriar-se na esperança da glória de Deus é uma
das maneiras de trazer à lembrança dos cristãos àqueles que se vangloriam da
carne. Enquanto os da fé gloriam-se na esperança proposta e nas tribulações, os
segundo à carne gloriam-se em questões meramente humanas "Pois que muitos
se gloriam segundo a carne, eu também me gloriarei" ( 2Co 11:18 );
"Se convém gloriar-me, gloriar-me-ei no que diz respeito à minha
fraqueza" ( 2Co 11:30 ). Enquanto os da carne buscavam elementos para
gloriarem-se na carne dos irmãos em Cristo "Porque nem ainda esses mesmos
que se circuncidam guardam a lei, mas querem que vos circuncideis, para se
gloriarem na vossa carne" ( Gl 6:13 ), Paulo demonstra que o cristão deve
gloriar-se tão somente na cruz de Cristo, esperança da glória "Mas longe
esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela
qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo" (Gl 6:14).http://www.estudobiblico.org/pt/detalhe/ver/romanos-capitulo-5-196]
3. A bênção de
sofrer por Jesus. Na lista dos benefícios ou
bênçãos vindos da cruz encontramos uma que, no contexto atual, escandaliza
muita gente. Paulo tem no sofrimento uma motivação para se gloriar! “E não
somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a
tribulação produz a paciência, e a paciência a experiência; e a experiência, a
esperança” (Rm 5.3,4). A palavra grega thlipsis, traduzida em português como
tribulação, significa pressões, dificuldades e sofrimentos. Que tipo de fé era
essa que se alegrava no sofrimento? Era a fé pura, sem os resquícios da Teologia
da Prosperidade, sem os paliativos espirituais criados para entreter os
cristãos modernos. [Comentário: “E não somente isto, mas também nos
gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência” (v. 3);
Enquanto os da fé gloriam-se na esperança proposta e nas tribulações, os
segundo à carne gloriam-se em questões meramente humanas "Pois que muitos
se gloriam segundo a carne, eu também me gloriarei" ( 2Co 11:18 );
"Se convém gloriar-me, gloriar-me-ei no que diz respeito à minha
fraqueza" ( 2Co 11:30 ). Enquanto os da carne buscavam elementos para
gloriarem-se na carne dos irmãos em Cristo "Porque nem ainda esses mesmos
que se circuncidam guardam a lei, mas querem que vos circuncideis, para se
gloriarem na vossa carne" ( Gl 6:13 ), Paulo demonstra que o cristão deve
gloriar-se tão somente na cruz de Cristo, esperança da glória "Mas longe
esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela
qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo" ( Gl 6:14 ). A
fé é a 'entrada' à graça de Deus, que pela esperança proposta concede forças
para suportar as tribulações ( Hb 12:2 ). Quando o apóstolo diz que 'a
esperança não traz confusão', ele aponta para o Espírito Santo, que foi
concedido através do amor de Deus. Ao escrever este verso Paulo tinha em mente
a declaração feita aos cristãos de Éfeso: "Em quem também vós estais,
depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e,
tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa. O
qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão adquirida, para
louvor da sua glória" ( Ef 1:13 -14). O penhor geralmente é equivalente ao
valor da dívida, e Paulo demonstra que os cristãos já haviam recebido o que é
infinitamente superior à herança: o Espírito Santo de Deus. Esta relação entre
tribulação, paciência, experiência e esperança também foi abordado por Pedro e
Tiago, porém, cada um à sua maneira (Tg 1.2 -4; 1Pe 1.6 -7). http://www.estudobiblico.org/pt/detalhe/ver/romanos-capitulo-5-196]
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Inicie o tópico fazendo
a seguinte indagação: “Quais são as bênçãos decorrentes da justificação?”.
Incentive a participação de todos e ouça os alunos com atenção. Em seguida
copie no quadro o esquema abaixo. Utilize-o para mostrar aos alunos algumas das
bênçãos decorrentes da justificação. Leia e discuta as referências bíblicas com
os alunos.
II. AS BÊNÇÃOS DO AMOR TRINITÁRIO (Rm 5.5-11)
1. O amor que o Pai outorga. A visão que Paulo possui a respeito do Senhor é
muito diferente da do judaísmo dos seus dias. O Deus que Paulo está revelando
em suas epístolas é amor. Por isso, muito diferente daquele que os judeus
conheciam. A expressão amor de Deus, que aparece em Romanos 5.5, no original
está no caso genitivo, indicando origem ou posse. Deus é a origem e a fonte do
amor. Embora o antigo Israel houvesse quebrado a aliança, sendo digno de
punição, Deus em seu amor infinito o procura para uma reconciliação. Esse é o
amor que perdoa. O Deus da teologia paulina ama suas criaturas e como prova
maior desse amor enviou seu Filho para morrer por elas (Jo 3.16). A justificação
pela fé nos dá uma nova percepção da pessoa de Deus e seus atributos, e essa
percepção mostra que Ele é amor. [Comentário: Amor, ágape; Strong 26: Uma palavra à qual a
cristandade deu um novo significado. Fora do Novo Testamento, ela raramente
ocorre nos manuscritos gregos existentes no período. Agape denota uma
benevolência invicta e boa vontade inconquistável que sempre procuram o bem
maior da outra pessoa, independentemente do que ela faz. É o amor autoconcedido
que dá livremente sem pedir nada em troca e sem considerar o valor de seu
objeto. Agape é mais um amor por escolha do que philos, que é amor
por acaso; e refere-se à vontade, ao invés da emoção. Agape descreve o amor
incondicional que Deus tem pelo mundo. "Deus é amor" (1Jo 4.8,16):
"Assim conhecemos o amor que Deus tem por nós e confiamos nesse
amor". Paulo diz: "... Deus derramou seu amor em nossos corações, por
meio do Espírito Santo que ele nos concedeu" (Rm 5.5). O amor de Deus é um
exercício de sua bondade para com os pecadores, individualmente, por meio do
qual, tendo se identificado com o bem-estar dessas pessoas, entregou seu Filho
para ser o Salvador delas, e agora as leva a conhecê-lo e a desfrutá-lo em uma
relação de aliança, assim, a natureza desse amor derramado é visto na cruz. Ali
Deus agiu ‘no tempo certo’, tanto no sentido que a morte de Cristo teve lugar
de acordo com o tempo de Deus (Jo 17.1; At 2.23; Gl 4.4), como também porque
essa benção nos veio no momento de nossa mais profunda necessidade. Esse é o
ponto tocado por Paulo quando ele diz: ‘quando nós ainda éramos fracos’ (v 6),
‘sendo nós ainda pecadores’ (v 8) e ‘quando inimigos’ (v 10).]
2. O amor que o Espírito
distribui. Deus é a fonte do amor e o
Espírito Santo é quem o instrumentaliza na vida do crente. Paulo diz que o amor
de Deus está “[...] derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi
dado” (Rm 5.5b). O apóstolo tem em mente a profecia de Joel 2.28 e o evento de
Pentecostes em Atos dos Apóstolos 2.4, onde há a infusão do Espírito Santo
sobre os crentes. Há alguns fatos interessantes com o tempo verbal grego (tempo
perfeito) da palavra ekchéo, traduzida aqui como derramar. Esse verbo enfatiza
uma ação passada, mas que continua com os efeitos no presente. É como se ele
dissesse, “o amor de Deus foi derramado em nossos corações no passado quando
cremos no Senhor, mas seus efeitos continuam vivos no presente”. Temos, pois,
razão para amarmos porque o Espírito Santo faz-nos viver esse amor. [Comentário: Quando o apóstolo diz que 'a esperança não
traz confusão', ele aponta para o Espírito Santo, que foi concedido através do
amor de Deus. Ao escrever este verso Paulo tinha em mente a declaração feita
aos cristãos de Éfeso: "Em quem também vós estais, depois que ouvistes a
palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido,
fostes selados com o Espírito Santo da promessa. O qual é o penhor da nossa
herança, para redenção da possessão adquirida, para louvor da sua glória"
(Ef 1.13-14). O penhor geralmente é equivalente ao valor da dívida, e Paulo
demonstra que os cristãos já haviam recebido o que é infinitamente superior à
herança: o Espírito Santo de Deus.]
3. O amor que o Filho realiza. O amor é originário do Pai, operacionalizado pelo
Espírito e realizado pelo Filho. Cristo é a manifestação suprema do amor de
Deus (Rm 5.6-8). Se quisermos conhecer o amor de Deus, basta olharmos para
Cristo, o bendito Filho de Deus. [Comentário: O amor é medido pelo que oferece; Deus deu seu único Filho para
morrer pelos pecadores, e assim tornar-se o único mediador que nos pode levar a
Deus; amor grande (ver Ef 2.4; 3.19). Jesus é a suprema revelação de Deus ao
homem. O amorável Salvador era Deus manifestado na carne quando veio do Céu
para revelar o Pai (Hb 1.2). Cristo, Deus Filho, estava com Deus Pai no
princípio e criou todas as coisas. Cristo é divino no mais pleno e absoluto
sentido da palavra. Ele é também humano no mesmo sentido, exceto porque não conheceu
o pecado. O apóstolo Paulo chega ao seguinte ponto em Efésios 5.1-3: “Portanto,
sejam imitadores de Deus, como filhos amados, e vivam em amor, como também
Cristo nos amou e se entregou por nós como oferta e sacrifício de aroma
agradável a Deus. Entre vocês não deve haver nem sequer menção de imoralidade
sexual como também de nenhuma espécie de impureza e de cobiça; pois essas
coisas não são próprias para os santos.”]
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“O amor divino derramado em
nós (5.5b)
Temos a força que energiza a
nossa esperança que é ‘o amor de Deus derramado em nossos corações pelo
Espírito Santo’. Esse amor só é derramado sobre um coração justificado. O
interessante desse versículo é o destaque ao amor que Deus tem por nós, e não o
amor que temos para com Ele. Descobrimos também neste versículo a participação
das três Pessoas da Trindade na nossa justificação. Clifton J. Allen, em seu
Comentário aos Romanos, escreve sobre isto: ‘As três Pessoas da Trindade têm
sua parte na nossa salvação. Deus nos justifica por causa da nossa fé. Sua
justiça se torna possível por causa da redenção dada por Cristo. O Espírito
Santo nos torna cônscios da nossa necessidade, faz com que exerçamos a fé, e
faz transbordar os nossos corações com o amor de Deus. O amor de Deus satisfaz
a terna afeição do coração ou corresponde ao desejo do coração’. Portanto,
recebemos o amor de Deus em nossos corações e somos transbordados de alegria,
graça, poder e vida nova” (CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça de
Deus. 5ª Edição. RJ: CPAD, 2005, pp.64,65).
III. AS BÊNÇÃOS DA NOVA CRIAÇÃO (Rm 5.12-21)
1. O homem em
Adão. Os efeitos e as bênçãos da justificação são agora
ilustrados por Paulo com as figuras de Adão e Cristo. Primeiramente Paulo fala
do “homem em Adão”, em Romanos 5.12-14. Existem várias interpretações a
respeito deste texto bíblico, mas a ideia mais aceita pelos intérpretes é que
Adão, como cabeça da raça humana, representava toda a humanidade. Nesse
aspecto, todos pecaram, pois, todos descenderam de Adão. Para Paulo, o “homem
em Adão”, símbolo da velha criação, está condenado; em desobediência; dominado
pelo pecado e vencido pela morte. O homem em Adão é, portanto, um projeto
falido. Não há nenhuma esperança para ele. [Comentário:É interessante notar que a palavra
‘portanto’ usada no começo do versículo 12, indica que aquilo que se segue está
ligado, na mente de Paulo, com o que precedeu, pelo que a comparação e o
contraste que ele traça entre Adão e Cristo é sua elaboração teológica do que
já havia sido dito. Paulo salienta a ideia de ‘um só homem’ por toda essa
passagem, e isso indica que ele encarava tanto Adão como Cristo como indivíduos
históricos. No caso de Adão, ele enfoca a atenção sobre a sua ‘ofensa’,
mediante a qual todos os homens se ‘tornaram pecadores’ (v 19). Eles
mostraram-se solidários com Adão, que foi o representante deles diante de Deus,
e isso os constitui pecadores, quando Adão pecou. Essa comparação que Paulo faz
só será concluída nos versículos 18-21. Paulo não explica como toda a
humanidade se viu envolvida com Adão em seu pecado, simplesmente assevera o
fato. Pecado é descrito na Bíblia como transgressão da lei de Deus (1Jo 3.4) e
rebelião contra Deus (Dt 9.7; Js 1.18). Quando Adão caiu (pecado original),
isso resultou em seus descendentes sendo “contaminados” pelo pecado. Davi
lamentou esse fato em um de seus Salmos: “Eis que em iniquidade fui formado, e
em pecado me concebeu minha mãe” (Sl 51.5). Note a progressão em Romanos 5.12:
O pecado entrou no mundo através de Adão, morte segue o pecado, morte vem a
todas as pessoas, todas as pessoas pecam porque herdaram pecado de Adão. Porque
“...todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.23), precisamos
de um sacrifício perfeito e sem pecado para purificar nosso pecado – isso é
algo que somos incapazes de fazer sozinhos.]
2. O homem em
Cristo. O contraste entre Adão e Cristo é feito com cores vivas
pelo apóstolo em Romanos 5.15-17. O “homem em Cristo”, símbolo da nova criação
de Deus, é justificado, obediente, dominado pela graça e dominado pela vida com
Deus. O primeiro Adão é alma vivente, o segundo Adão é Espírito vivificante; o
primeiro Adão é da terra, o segundo Adão é do céu; o primeiro Adão é pecador, o
segundo Adão é justo; o primeiro Adão é morte, o segundo Adão é vida. É
exatamente isso que o apóstolo ensina em outro lugar aos cristãos de Éfeso. Em
Cristo, somos abençoados com toda sorte de bênçãos espirituais; escolhidos nEle
antes da fundação do mundo para sermos santos; fomos feitos filhos de Deus;
temos a redenção dos nossos pecados pelo seu sangue e fomos selados com o
Espírito Santo (Ef 1.1-13). [Comentário: A Bíblia apresenta Adão como o
primeiro homem, e dá ao Senhor Jesus Cristo, o curioso título de “o último
Adão” (1Co 15.45). O que significa esse termo e por que é que o deu? Quais são
as semelhanças entre Adão e Jesus que levam a Jesus ter este título? Quais são
as diferenças? Enquanto Adão foi feito à imagem de Deus, Cristo é “a imagem do
Deus invisível” (Cl 1.15). A Bíblia nos diz que o último Adão, Jesus Cristo,
foi o único meio por quem Deus criou todas as coisas (Jo 1.1–3, Cl 1.15–20, Hb
1.2). Assim, Jesus era pré-existente com Deus Pai e Deus o Espírito Santo antes
de Adão viver (Jo 8.58; Mq 5.2). No entanto, na Sua humanidade, Ele também teve
um começo miraculoso quando foi encarnado como um ser humano sendo concebido pelo
Espírito Santo e nascido da virgem Maria (Mt 1.20–23, Lc 1.26–35). Adão foi
criado um homem perfeito, em plena posse de todas as faculdades humanas, e com
a consciência de Deus, que lhe permitiu ter comunhão espiritual com Deus.
Inicialmente, inocente, imaculado e santo, ele estava num relacionamento
correto com Deus, com a mulher, com si mesmo e com mundo natural ao seu redor.
O último Adão, Jesus, também era perfeitamente homem, um com Deus (Jo 10.30;
17.21–22), inocente, imaculado e santo (Hb 7.26). O Evangelho de Jesus Cristo é
o único farol de esperança para a humanidade perdida. A sua integridade está
fundamentada na verdade histórica de ambos, do primeiro e do segundo Adão. Ao
contrário do primeiro Adão, o Senhor Jesus foi, para além disso, divino, possuindo
os atributos, ofícios, prerrogativas, e os nomes de divindade. Sendo totalmente
Deus, Ele é digno de adoração (Ap 5.11–14). Adão foi o cabeça da raça humana.
Jesus Cristo é o cabeça da humanidade redimida (ver, por exemplo, Efésios
5.23). Uma vez que Cristo morreu uma vez por todas (Hb 7.27, 9.28, 10.10–14),
nunca haverá a necessidade de qualquer outro, portanto, ele é o último Adão. O
primeiro Adão deu vida a todos os seus descendentes. O último Adão, Jesus
Cristo, comunica ‘vida’ e ‘luz’ para todos os homens, e dá a vida eterna
àqueles que O recebem e creem no seu nome, dando-lhes “o poder de se tornarem
filhos de Deus” (Jo 1.1–14). A Adão, o que representa a humanidade, foi-lhe
dado domínio sobre o mundo criado (Gn 1.26). Depois de ser ressuscitado dentre
os mortos, Jesus Cristo foi elevado à mão direita de Deus, e dado o domínio
sobre todas as coisas, que foram (1Co 15.27, Ef 1.20–22) “colocadas sob os seus
pés”. O primeiro Adão era senhor de um domínio limitado, o último Adão é o
Senhor de todos (At 10.36). Um sono profundo produz uma linda noiva. Gn 2.21–23
diz-nos que Deus colocou Adão num sono profundo, durante o qual Deus fez a
noiva de Adão, Eva, a partir do lado de Adão, uma ferida no lado de Adão
produziu uma noiva! O último Adão, Jesus, morreu na cruz, sofrendo o sono da
morte por todos. O Seu lado foi perfurado por uma lança (Jo 19.34). Na sua
morte, ele pagou a punição pelos pecados da humanidade (1Co 15.1–4). Aqueles
que se arrependem e colocam sua fé Nele estão unidos com Cristo num relacionamento
que a Bíblia compara ao de uma noiva com seu marido (2Co 11.02, Ef 5.27, Ap
19.6–8). Assim, uma ferida no lado do último Adão também produziu uma noiva—a
verdadeira Igreja—“a noiva gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante
… santa e irrepreensível” (Ef 5.27). No início da vida de Adão, ele passou por
um período de teste para saber se iria ou não obedecer Deus. “E o Senhor Deus
ordenou ao homem, dizendo: Podes certamente comer de toda árvore do jardim, mas
da árvore da do conhecimento do bem e do mal não comerás, porque no dia em que
dela comeres certamente morrerás.” (Gn 2.16–17). No início do ministério, o
último Adão, Jesus foi conduzido pelo Espírito Santo ao deserto, para ser
tentado pelo diabo (Mt 4.1, Lc 4.1–3). O primeiro Adão falhou no teste, e ao
fazê-lo envolveu toda a humanidade na sua derrota, arrastando a raça humana com
ele na sua queda. Como resultado, em Adão, todos estamos condenados,
espiritualmente falidos, escravos do pecado e expulsos do Paraíso (Rm 5.12
ss.). O último Adão, Jesus, foi vitorioso sobre o pecado, a carne e o diabo.
Como resultado, em Cristo, os crentes estão justificados e redimidos,
espiritualmente ricos, libertos do pecado, e novamente incluídos no Paraíso de
Deus (Rm 5.18 ss;. 1Co 15.21 ss; Ap 2.7). O primeiro Adão desobedeceu a Deus. O
primeiro Adão desobedeceu a Deus. O último Adão foi “obediente até à morte e
morte de cruz” (Fp 2.8). O primeiro Adão experimentou o juízo de Deus, no final
ele morreu e seu corpo tornou-se outra vez pó. Por causa do seu pecado, a morte
veio para todos os homens: “Porque todos pecaram e estão destituídos da glória
de Deus” (Rm 3.23). O último Adão, Jesus Cristo, também morreu, na cruz, para
expiar o pecado (Is 53.5, 1Pe 3.18, Hb 2.9). Mas Ele não ficou morto, nem o seu
corpo “viu a corrupção” (At 2.27; 13.35–37). Ao terceiro dia, Ele ressuscitou,
vencendo, assim, o diabo e o poder da morte, ganhando isso, para todos aqueles
que creem nEle (Hb 2.14), trazendo a ressurreição dos mortos (1Co 15.22–23). Extraído dehttp://creation.com/first-adam-last-adam-portuguese]
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
Reproduza o quadro
abaixo. Leia com os alunos Romanos 5.15-21 e em seguida, utilizando o quadro
faça um contraste entre Adão e Cristo.
CONCLUSÃO
O capítulo cinco
de Romanos mostra de que forma Deus amou os homens. Ele os encontra pecadores,
ímpios, e indiferentes ao seu propósito. Mas, mesmo assim os ama. Numa
demonstração inimaginável de amor, Ele os justifica pela fé na pessoa bendita
de Jesus Cristo e os abençoa com todas as bênçãos espirituais. No capítulo 5 de
Romanos o amor de Deus parece romper todos os limites. Não é pelo que fazemos,
mas pelo que Cristo fez por nós! Como disse certo autor: “Não há nada que eu
possa fazer para Deus me amar mais e não há nada que eu possa fazer para Ele me
amar menos”. [Comentário: “O grande amor de Deus para com a
humanidade é demonstrado pelo fato de o Filho de Deus não ter vindo à terra
como um anjo, e, sim, como homem, o homem Cristo Jesus, tendo a natureza humana
como a nossa” OWEN, John, A
Glória de Cristo, p.8.. Estamos todos ligados ao primeiro Adão (o cabeça
natural e legal da raça humana) como pecadores e culpados, e por isso sobre nós
recai a sentença de morte que Deus pronunciou sobre ele. No entanto, todos os
que estão ligados com o último Adão, Jesus, através do arrependimento e fé na
Sua obra redentora, estão perdoados, e “receberam o dom gratuito da justiça”, e
assim “já passamos da morte para a vida” (Cl 1.14, Rm 5.17, 1Jo 3.14)] “NaquEle que me
garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é
dom de Deus" (Ef 2.8)”.
Francisco Barbosa
Disponível no blog:
auxilioebd.blogspot.com.br.
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