SUBSÍDIO I
A necessidade universal da Salvação em Cristo
Caro
professor, abordaremos a seção da Epístola aos Romanos que se inicia em
Romanos 1.18 e se encerra em 3.9. Observando a estrutura da lição
ora estudada: I. A necessidade da salvação dos gentios; II. A necessidade
da salvação dos judeus; III. A necessidade da salvação da humanidade –,
percebemos que o comentário segue a estrutura que o apóstolo Paulo
estabeleceu nesta seção de Romanos, 1.18-3.9. É fundamental que a
organização da estrutura da epístola esteja bem clara em sua mente.
Sobre os gentios
Na seção de
Romanos 1.18-32, é demonstrada com muita clareza a situação dos gentios
diante de Deus. Eles não reconheceram a Deus, que se manifestou por
intermédio da criação, fazendo que o Pai Celestial os entregasse aos
desejos dos seus corações, à impureza. Esta expressão é uma das mais
importantes no desenvolvimento da explicação de Paulo em relação à
situação dos gentios. Os principais estudiosos dessa epístola concordam
que a expressão "Deus os entregou" não tem o sentido de uma
condição "decretada" por Deus para que os gentios jamais se
arrependessem, mas, pelo contrário, seria uma deliberação divina
permitindo que o Gentio seguisse o seu próprio caminho de futilidade de
vida, aprofundando mais no pecado e na imundícia, pois na verdade esta
seria uma consequência natural de escravidão do pecado. Como frisa C.
E. Cranfield, esta condição não seria um privilégio só dos gentios,
mas de toda a humanidade, mostrando assim que a sessão 1.18-32 também
engloba a realidade dos judeus, que, de maneira oculta, repetia o
caminho dos gentios (2.1). Ou seja, ainda assim Deus não perderia de vista
a possibilidade do mais vil pecador se arrepender, pois Ele quer que todos
os homens sejam salvos (1 Tm 2.4).
Sobre os judeus
Ora, a
eleição dos judeus como povo de Deus deveria lhes trazer humildade,
gratidão e quebrantamento. Mas aconteceu o contrário. A soberba,
a ingratidão e a dura cerviz fizeram com que esse povo vivesse de
maneira hipócrita perante Deus. Enquanto criticava os gentios, ele
ocultamente vivia os caminhos do ser humano escravo do pecado. Por isso, o
homem judeu não tinha a desculpa de ser filho de Abraão, pois na prática
era filho do pecado: "Tu, que te glorias na lei, desonras a Deus pela
transgressão da lei? Porque, como está escrito, o nome de Deus é
blasfemado entre os gentios por causa de vós" (Rm 2.23, 24 cf w.
17-22).
Fonte: Revista Ensinador Cristão, Ano 17 - nº 66 –
abr/mai/jun de 2016.
SUBSÍDIO II
INTRODUÇÃO
A doutrina do pecado pode ser
facilmente comprovada, não apenas através das Escrituras, ao atestar que todos
pecaram (Rm. 3.23), mas também pelos noticiários que confirmam a depravação
humana. Na aula de hoje destacaremos essa verdade incontestável, mostrando que
todos os homens se distanciaram de Deus. Por conseguinte, a salvação de Deus é
uma providência universal, para todos aqueles que recebem Cristo como Salvador
(Jo. 3.16). Na primeira parte da lição trataremos da ira de Deus contra o mal,
e na segunda parte, abordaremos a questão da revelação divina.
1. A IRA DE
DEUS CONTRA O MAL
A ira divina - a ira de Deus não
é uma forma de emoção humana, ela fala de uma determinação justa e inevitável,
de determinadas consequências, no que diz respeito ao pecado, face à santidade
de Deus. Trata-se da reação da santidade de Deus contra o pecado. A ira de Deus
é geralmente aludida em termos escatológicos, referindo ao julgamento futuro (I
Ts. 1.10), contudo, Paulo fala desse julgamento já como algo presente, cuja
aplicação já se percebe agora. Deus não se deixa escarnecer, pois tudo
que o homem plantar isto também ceifará (Gl. 6.7), não só no julgamento
futuro, mas também agora através das obras da carne (Gl. 5.19-21).
Um Deus perfeito - assim, a ira
divina é, na verdade, uma indignação justa e compatível com Sua natureza santa
e perfeita. Em Is. 6.3, lemos que os anjos clamavam uns para os outros,
dizendo: “Santo, Santo, Santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia
da sua glória”. A santidade de Deus, é, portanto, um motivo para temê-lo. Assim
indagam os anjos em Ap. 15.4: “Quem te não temerá, ó Senhor, e não magnificará
o teu nome? Porque só tu és santo; por isso, todas as nações virão e se
prostrarão diante de ti, porque os teus juízos são manifestos”
A revelação da ira divina na
cruz - O pecado da humanidade nos torna alvos da ira divina, contudo, essa ira
foi posta em Cristo, na cruz do calvário. Cristo foi morto como substituto por
homens e mulheres. Nosso pecado fora transferido para Ele, assim, sua vida ou
justiça nos é dada (Rm. 8.3; II Co. 5.21; Gl. 3.13). Paulo resume essa doutrina
com a seguinte declaração aos crentes de Corinto: “Cristo morreu por nossos
pecados, segundo as Escrituras” (I Co. 15.3). Mas esse sacrifício precisa ser
respondido pela fé no Seu sangue (Rm. 3.25), por isso, a célebre declaração de
Romanos: “Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está
escrito: Mas o justo viverá da fé” (Rm. 1.17).
2. A REVELAÇÃO
DE DEUS
A palavra revelação significa
“lançar luz sobre o que anteriormente se encontrava em oculto”. Há muito tempo
atrás, Isaias clamou: “Verdadeiramente tu és o Deus que te ocultas, o Deus de
Israel, o Salvador” (Is. 45.15). O ato de se fazer revelar, no que diz respeito
a Deus, é uma atitude que parte dele, pois como bem expôs ao autor da epístola
aos hebreus: “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas
maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo
Filho”. Deus se revelou através da natureza, da consciência humana, das
Escrituras e de Seu Filho Jesus Cristo.
Através da Natureza – A
revelação de Deus, como criador e mantenedor do universo, é claramente
percebida pela natureza. O Salmista canta: “Os céus declaram a glória de Deus e
o firmamento anuncia a obra das suas mãos” (Sl. 19.1). Paulo reforça essa
doutrina em Rm. 1.20: “Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do
mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e
claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem
inescusáveis”.
Através da Consciência – A lei
moral, no coração e na mente dos homens, revela Deus como um legislador. O
homem é inescusável, haja vista “a obra da lei escrita em seus corações,
testificando juntamente a sua consciência, e os seus pensamentos, quer
acusando-os, quer defendendo-os”(Rm. 2.15). A consciência, porém, pode vir a se
tornar cauterizada, caso os homens não se arrependam dos seus pecados (I Tm.
4.2).
Através das Escrituras – As
Sagradas Escrituras trazem uma revelação sobrenatural de Deus para os homens,
pois como atesta Paulo: “Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa
para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça” (II Tm.
3.16). Isso porque: “a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum,
mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo” (II Pe.
1.21).
Através de Cristo – Mas Deus
quis ir mais além, e se revelou fazendo morada entre nós. João testifica que “E
o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória
do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo. 1.14) e o autor da
epístola aos hebreus confirma: “nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho”
(Hb. 1.1).
3. O HOMEM
ESCRAVIZADO PELO PECADO
Os homens,
escravizados pelo pecado, conheceram a Deus, ainda que de modo limitado (At.
17.27), através da revelação da natureza e da consciência, mas resolveram viver
como se ele não existisse. Muitos, atualmente, do mesmo modo, acreditam que
Deus existe, mas não querem se submeter à autoridade de Sua palavra. Ao invés
de se deixarem levar por esse conhecimento à adoração a Deus, eles “não o
glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se
desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios,
tornaram-se loucos” (Rm. 1.21.22). Essa atitude resultou na idolatria, pela
qual, “mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem
corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis” (Rm. 1.23). A consequência foi que “Deus os entregou às
concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos
entre si” (Rm. 1.24). Nada mais trágico para a humildade do que ser entregue a
si mesma, é o que atestamos por essa passagem das Escrituras. Paulo argumenta
que a humildade, por preferir viver distanciada de Deus, tem que arcar com as
consequências das suas opções. Quando assistimos aos noticiários, ou mesmo
testemunhamos determinados acontecimentos, verificamos que essa é uma realidade
perturbadora. Como nos tempos em que não havia juízes em Israel, cada um
prefere fazer o que pensa, sem dar qualquer satisfação a Deus (Jz. 17.6). A
ilusão do progresso tem alimentado a humanidade, a partir dos princípios
iluministas, no entanto, nada que o homem faça poderá solucionar os problemas
sociais. As mudanças também não virão por meio de uma política evangélica, pois
essa também está alicerçada em um sistema caído, e em pessoas propensas à
corrupção. Além disso, se Deus entregou a humanidade aos seus próprios desejos,
a redenção não virá por meio de uma intervenção evangélica na política. Na
verdade, não se pode esperar que o mundo se comporte com base em princípios que
são específicos para os cristãos, não podemos esquecer que o mundo jaz no
Maligno (I Jo. 5.18). A vontade de Deus é que todos se arrependam dos seus
pecados, e através da conversão, passem a viver a partir dos princípios
bíblicos (I Tm. 2.1-4). O julgamento não compete à igreja, pois Deus
estabeleceu o dia no qual julgará as nações, e a cada um, de acordo com suas
obras (Ap. 20.11-15).
CONCLUSÃO
O homem se
encontra em posição inescusável diante de Deus, isso porque Ele não se manteve
oculto nos céus, antes se deixou revelar, seja pela natureza ou pela
consciência, seja pela Escritura ou pelo Seu próprio Filho. Mesmo assim, o
homem tem optado por uma vida de desobediência em franca rebelião contra o
Criador. Essa opção, porém, trará consequência, pois “Porque do céu se manifesta
a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens, que detêm a
verdade em injustiça” (Rm. 1.18).
Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
Extraído do Blog subsidioebd
COMENTÁRIO E
SUBSÍDIO III
INTRODUÇÃO
Na lição de hoje
teremos a oportunidade de compreender que o pecado, em sua universalidade,
atingiu os gentios, os judeus e toda a raça humana. Todos ficaram debaixo do
impiedoso jugo do pecado. A necessidade de uma salvação universal, na pessoa de
nosso Senhor Jesus Cristo é um tema bastante claro na argumentação do apóstolo
Paulo em Romanos 1.18 a 3.20. Paulo nos mostra em Romanos que tanto os pagãos,
que estavam nas trevas do pecado, quanto os judeus, que se orgulhavam de
possuir a Lei divina entregue a Moisés no Sinai, estão sob o domínio do pecado.
Veremos nesta lição que somente a revelação da justiça de Deus em Cristo Jesus
é suficiente para salvar tanto os judeus quanto os gentios. [Comentário: A doutrina do
pecado é uma das mais importantes doutrinas da teologia cristã, pois ocupa-se a
ressaltar a condição que o homem está em função do pecado, demonstrar sua
impossibilidade em agradar a Deus, com o objetivo de demonstrar que o homem
está perdido e abismado em relação a Deus, e que, sozinho não pode fazer nada
para alterar essa realidade. A queda é o marco da origem do pecado no mundo e
de todas as deficiências que existem nele. É o momento histórico que explica
tanto a origem de todo o mal existente no mundo, como a concepção correta do
pecado. Assim, não compreender o pecado do ponto de vista do Velho Testamento
impossibilita vislumbrar a maravilhosa graça no Novo Testamento. Da mesma forma,
é necessário compreender a queda do ponto de vista teológico, pois apenas assim
pode-se notar suas consequências danosas na humanidade, bem como em todos seus
relacionamentos. Acredito que se faz necessário estudar a origem do pecado e
suas consequências, porque para que a salvação possa ter qualquer validade é
necessário que exista uma deficiência que careça ser sanada. Ou seja, sem a
queda não se pode reconhecer o pecado, e sem ele não há necessidade de
salvação. Pecado é um estado antes de ser um ato - nossos atos não são senão
expressões dos nossos seres interiores caídos. Para se aprofundar nesse
assunto, e é importante isso, concito que leia este artigo: http://hamartiologia.blogspot.com.br/. Consequentemente, todos, sejam judeus ou gentios, precisam ser
alcançados com a pregação do Evangelho.
I. A NECESSIDADE DA SALVAÇÃO DOS GENTIOS
1. A rejeição. Ao dar início a sua
argumentação em Romanos 1.18-32, o apóstolo tem em mente a triste situação na
qual se encontra o mundo gentílico. Esse estado de insensibilidade frente à
realidade das coisas espirituais foi proporcionado pela ignorância na qual eles
viviam.
O pecado os havia
lançado para longe de Deus. Quanto mais distante do Criador, mais o pecado
manifesta os seus tentáculos e ganha força. Essa atitude de rebelião contra
Deus culmina na idolatria, ou seja, coloca a criatura em lugar do Criador. O
homem, com suas paixões e concupiscências, e não Deus, se torna o centro da
existência: "E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da
imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis"
(Rm 1.23). A ignorância espiritual conduz à idolatria religiosa. [Comentário: O homem é um ser moral, isto é,
alguém responsável diante de Deus por seus pensamentos, fala e conduta. Como
ser moral, o homem se encontra em um estado de corrupção moral, em um estado de
pecaminosidade natural, irregenerado. O resumo da lei divina é amar a Deus e ao
próximo (Mt 22.37-39). Paulo diz que amar é cumprir a lei (Rm 13.8-10). O homem
irregenerado não possui o amor exigido por Deus e, pior, este homem caído
estabelece outro objeto ou objetos para suas afeições, e tudo aquilo que se
coloca em competição com Deus pode ser reduzido a um só – o eu. Auto-amor particular, à exclusão do amor supremo de Deus
e amor igual aos homens é a própria raiz da depravação. A vontade própria, a
auto-admiração e a justiça própria são apenas manifestações diferentes da
natureza humana caída. Todas as pessoas são naturalmente propensas a alguma
forma de religião; contudo, deixam de cultuar seu Criador, cuja revelação geral
o torna universalmente conhecido. O pecado do egoísmo e a aversão às
reivindicações do nosso Criador têm levado a humanidade à idolatria, ao erro de
prestar culto a qualquer outro poder ou objeto, ao invés de cultuar a Deus (Is
44.9-20; Rm 1.21-23; Cl 3.5). Em sua idolatria, os homens caídos ‘detêm a
verdade pela injustiça’ e ‘mudaram a glória de Deus incorruptível em semelhança
da imagem de homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis’ (Rm
1.18-23).]
2. A revelação. Se o mundo está em trevas,
Deus não pode ser responsabilizado por isso. Esta é a argumentação de Paulo aos
romanos. Deus sempre se revelou aos homens ao longo da história. Aqui fica
evidente que o Senhor se deu a conhecer através das coisas criadas (Rm 1.20).
Essa revelação natural, também denominada na teologia bíblica de
"revelação geral", é uma testemunha contra a falta de sensibilidade
da criatura diante do seu Criador. Embora o homem não possa conhecer a Deus
perfeitamente através da revelação natural ou geral, conhecimento que só se
torna possível através da revelação especial de Deus, Jesus Cristo, todavia ele
deveria se sentir despertado para a realidade espiritual através das coisas
criadas (Rm 1.21). [Comentário: A revelação de Deus através das
coisas criadas chamamos ‘revelação geral’. Este é o termo frequentemente usado
para se referir ao fato de Deus se fazer conhecido na criação, consciência e
história. O termo é usado em distinção de “revelação especial”, a revelação
salvífica de Deus através de Jesus Cristo nas Escrituras. A revelação geral é
mencionada em várias passagens, mas com maior clareza em Romanos 1.18-32. Paulo
escreve aqui sobre Deus se fazendo conhecido nas coisas da criação (vv. 20, 25)
e na consciência do homem (v. 19;2 observe as palavras neles). Essa revelação geral,
contudo, não tem poder salvífico. Ela não é nem mesmo um tipo de graça, embora
muitos falem dela como um exemplo da assim chamada “graça comum”. Pelo
contrário, Paulo expressa claramente que
a revelação geral é uma revelação da
ira de Deus, e serve somente
para deixar o ímpio sem desculpa! (vv.
18, 20). A ideia de que os ímpios podem ser salvos por uma resposta moral a
essa revelação geral é totalmente sem fundamento nas Escrituras, é apenas outra
forma de salvação pelas obras e de humanismo religioso. Essa ideia que a
revelação geral tem valor salvífico é faltamente refutada por Romanos 1. O
ímpio vê as “coisas invisíveis de Deus”, particularmente seu eterno poder e
divindade (v. 20). Há até mesmo um aspecto interno dessa manifestação de Deus.
O versículo 19 diz que as coisas que podem ser conhecidas de Deus são
manifestas “neles”. A manifestação de Deus nas coisas que foram criadas é a
razão pela qual ninguém será capaz de se queixar no dia do juízo que não
conhecia a Deus. Se considerarmos Romanos 1, não existe nenhum ateu. Portanto,
o ímpio que nunca ouviu o evangelho pode e será condenado no dia do juízo, como
resultado dessa manifestação. Não um justo sequer! A conditio sine qua non
(Condição sem a qual não) para a salvação é: "Porque todo aquele que
invocar o nome do Senhor, será salvo" (Rm 10.13). Jesus nos dá esta
resposta em João 3.16; Ele salva qualquer um que acreditar nEle: "Porque
Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo
o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." Ele é a Porta; o acesso
ao Pai é só por Ele! Não há salvação sem fé em Jesus e em sua obra redentora no
Calvário! Não há salvação sem a cruz ensanguentada! "Eu sou o caminho, e a
verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai a não ser por mim" (Jo 14.6). Nenhum
ser humano pode ser justificado com base na sua justiça própria, com base no
que conheceu pela revelação natural ou pela lei moral escrita no seu coração. A
revelação geral, portanto, serve somente para aumentar a culpa daqueles que não
ouvem ou não crêem no evangelho. Ensinar outra coisa é negar o sangue de Jesus
Cristo e sua obediência perfeita como o único caminho de salvação, zombando
dele e de sua cruz.]
3. A punição. Os versículos 22 até o 32 do
capítulo primeiro de Romanos revelam as consequências do pecado na vida dos homens.
Eles tiveram a oportunidade de glorificar a Deus, mas não o fizeram (Rm 1.21),
e agora colhem os maus frutos dessa obstinação. A expressão "Deus os
entregou" não tem o sentido de causalidade, o que demonstra que Deus não é
o responsável por essa obstinação humana. Ele apenas permitiu que os homens,
como consequência de suas próprias ações e escolhas, andem nos seus próprios
caminhos. Todavia, precisam saber que serão responsabilizados por isso. E de
fato o foram. Paulo destaca que essa atitude reprovada cegou os homens,
lançando-os na insensatez da idolatria, pois trocaram o Criador pela criatura
(Rm 1.23). Depois os levou ao desvio da sexualidade (Rm 1.26,27) e, por último,
fez com que eles adotassem uma diversidade de vícios morais e sociais (Rm 1.28-32). [Comentário: Como forma de castigo por nossas
impiedades, Deus pode fazer cair fogo do céu, como já fez em outros tempos; mas
a pior forma de sermos julgados, é Deus abandonar o homem à sua própria
concupiscência. É totalmente desnecessário, aqui, entrar em infindável
discussão sobre como Deus entrega os homens à vida de iniquidade. É deveras
certo que ele não só permite que os homens caiam em pecado, aprovando que vivam
assim, fingindo não ver sua queda, mas também o ordena por seu justo juízo, de
modo que são forçosamente conduzidos a tal loucura, não só por seus desejos
maus, mas também motivados pelo Diabo. Paulo, pois, adota o termo entregar em
concordância com o constante uso da Escritura. Aqueles que acreditam que somos
levados a pecar tão somente pela permissão divina provocam forte violência
contra esta palavra, pois, como Satanás é o ministro da ira divina, bem como
seu ‘executor’, ele também se acha fortemente armado contra nós, não
simplesmente na aparência, mas segundo as ordens de seu Juiz. Deus, contudo,
não deve ser tido na conta de cruel, nem somos nós inocentes, visto que o
apóstolo claramente mostra que somos entregues a seu poder somente quando
merecemos tal punição. Uma única exceção deve-se fazer, ou, seja: que a causa
do pecado, suas raízes, sempre reside no próprio pecador; não têm sua origem em
Deus, pois resulta sempre verdadeiro que “Tua ruína, ó Israel, vem de ti, e só
de mim teu socorro” [Os 13.9].http://voltemosaoevangelho.com/blog/2015/07/leia-romanos-com-calvino-deus-os-entregou-rm-1-24-28/]
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Paulo retratou
claramente a inevitável decadência em direção ao pecado, Primeiro, as pessoas
rejeitaram a Deus; em seguida, elaboraram seu conceito de como Ele deveria ser;
depois cedem a toda espécie de iniquidades: ganância, ódio, inveja, crimes,
lutas, engano, malícia; finalmente, chegam a odiar a Deus e a encorajar os
outros a fazerem o mesmo. Mas Ele não é o agente dessa progressão em direção ao
mal. Quando as pessoas o rejeitam, Deus permite que elas vivam como desejam.
Permite que experimentem as consequências naturais dos pecados que praticam.
Uma vez preso nesse movimento descendente rumo ao pecado, ninguém poderá libertar-se
por suas próprias forças. Os pecadores devem confiar somente em Cristo para
libertá-los da destruição” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, Rio de Janeiro:
CPAD, p. 1553).
II. A NECESSIDADE DE SALVAÇÃO DOS JUDEUS
1 Os judeus em relação aos
gentios. Paulo valeu-se do método de
diatribe na carta aos Romanos, pois tal recurso permitia que ele dialogasse com
os leitores. É de imaginar que um judeu, quando lesse o que Paulo dissera
anteriormente sobre o mundo gentílico, ficasse eufórico pelo tom duro adotado
no discurso de Paulo. Os gentios, de fato, encontravam-se numa situação
deplorável diante de Deus. Entretanto, os judeus moralistas não estavam em
melhor situação (2.1-16). Eles também eram igualmente condenáveis diante de
Deus (Rm 2.1-3). Eles condenavam os gentios, mas praticavam pecados semelhantes.
Por isso, eram carentes da graça de Deus da mesma forma. [Comentário: O fato de que o julgamento de Deus será justo
(de acordo com o que fizemos, Rm 2.6-8) e imparcial (entre judeus e gentios,
sem favoritismo, Rm 2.9-11) é desenvolvido por Paulo agora em relação à lei
mosaica, mencionada aqui pela primeira vez e que terá um papel proeminente no
resto da carta. Naquilo que se segue, Paulo volta-se para um representante
imaginário (diatribe) de um grupo real e identificável de pessoas. Embora ele tenha
especificado os judeus apenas, provavelmente ele já os tivesse em mente antes.
Eles concordam com a declaração paulina sobre a ira de Deus, mas supõem-se a
salvo dessa ira. Judeus e gentios parecem diferir fundamentalmente um do outro
no fato de que os judeus ouvem a lei (Rm 2.13), possuindo-a e ouvindo a sua
leitura na sinagoga todo sábado, enquanto os gentios não têm a lei (Rm 2.14).
Esta não lhes foi revelada nem foi dada a eles. No entanto, insiste Paulo, pode
ser que haja exagero nessa diferenciação. Afinal, não existe entre eles
qualquer distinção fundamental no que diz respeito ao conhecimento moral que
possuem (já que as exigências da lei estão gravadas em todos os corações
humanos, 15), ou ao pecado que eles cometeram (desobedecendo a lei que conheciam),
ou à culpa em que incorreram, ou ao julgamento que receberão.]
2. Os judeus em relação à Lei. Outro aspecto da argumentação do apóstolo em
relação aos judeus encontra-se nos versículos 17-29 do capítulo 2 de Romanos.
Paulo sabia que todo judeu se orgulhava da Lei que lhes fora outorgada no Sinai
(Rm 2.17,18). Ao contrário dos gentios que possuíam apenas a
revelação natural, a eles fora dado também a Lei. Contudo, havia uma
incongruência entre o conhecer a Lei e o praticá-la. Apenas o conhecimento da
letra da Lei, sem a devida interiorização das suas normas e preceitos, conduziu
o judaísmo a um moralismo estéril e farisaico. Nesse aspecto, de nada adiantava
conhecer a Lei e não vivê-la (Rm 2.28,29). O judeu se tornara tão culpável
quanto o gentio. Infelizmente, é ainda exatamente assim que muitos cristãos
agem. [Comentário: John Stott comenta: “O versículo 21 coloca os
judeus e gentios na mesma categoria de pecado de mote. Paulo faz duas
colocações paralelas, ambas começando com as palavras todo aquele que pecar. O
verbo, no entanto, está no tempo aoristo e sua tradução deveria ser "todos
os que pecaram" (hemarton), como se lê na tradução de Almeida. Paulo está
resumindo a vida de peado deles sob a perspectiva do dia final. O argumento que
ele apresenta é que todos os que pecaram perecerão ou serão julgados, indiferentemente
de serem judeus ou gentios, isto é, quer tenham a lei mosaica, quer não. Todos
os que pecaram sem lei (gentios), sem lei também perecerão (12a). Eles não
serão julgados por um padrão que não conheceram. Perecerão em virtude do seu
pecado, não por ignorarem a lei. De semelhante modo, todo aquele que pecar sob
a lei (os judeus), pela lei será julgado (12b). Eles também serão julgados por
um padrão que conhecem. Não haverá dois pesos e duas medidas: Deus será
absolutamente justo em seu julgamento. Se pecou conhecendo a lei, ou se pecou
ignorando a lei, o julgamento será de acordo com o pecado de cada um. "A
base do julgamento são as suas obras; a regra do julgamento é o seu
conhecimento" e se eles viveram de acordo com tal conhecimento. Porque não
são os que ouvem a lei que são justos ao olhos de Deus; mas os que obedecem à
lei, estes são declarados justos. Esta é naturalmente uma afirmação teórica ou
hipotética, já que nenhum ser humano chegou a cumprir totalmente a lei (cf.
Romanos 3:20). Portanto não existe nenhuma possibilidade de salvação por esse
caminho. Mas Paulo está escrevendo sobre o julgamento e não sobre a salvação.
Ele está enfatizando que a própria lei não dava aos judeus garantida de
imunidade no julgamento, como eles pensavam, pois importante não era ter a lei,
mas obedecê-la.” http://www.monergismo.com/textos/comentarios/romanos2_12-16_stott.htm]
3. Os judeus em relação à
aliança. A pergunta que todo judeu
faria Paulo fez para logo depois dar a resposta: "Qual é, logo, a vantagem
do judeu? Ou qual a utilidade da circuncisão? Muita, em toda a maneira, porque,
primeiramente, as palavras de Deus lhe foram confiadas" (Rm 3.1,2). Mesmo
tendo afirmado anteriormente que o que vale mesmo é a circuncisão do coração, o
apóstolo não nega os privilégios de pertencer ao povo de Deus (Israel). Isso é
mostrado no privilégio que eles tiveram de serem os despenseiros dos mistérios
de Deus. A palavra grega logion traduzida aqui como "palavras de
Deus", significa oráculo. A expressão refere-se é a revelação da Lei que
Deus deu a Israel no Sinai. Era uma alta honra ter sido escolhido dentre todas
as nações para ser despenseiro dos mistérios de Deus. Todavia, como bem
observou F. F. Bruce, essa alta honra levava consigo uma grande
responsabilidade. Se se mostrassem infiéis à confiança depositada neles, seu
caso seria pior do que o das nações as quais Deus não se tinha revelado. [Comentário: Ao revelar a sua vontade numa aliança
especial, Deus deu aos judeus uma grande vantagem. O problema dos judeus não
veio da parte de Deus. A incredulidade deles trouxe a condenação (3-5).
Independente da falta de fé por parte dos homens, Deus continua sendo fiel. Ele
é verdadeiro, mesmo se todo homem for mentiroso. Quando reconhecemos o nosso
pecado, exaltamos a justiça de Deus. Se há alguma falha na relação de Deus com
os homens, a culpa certamente é dos homens. O final do versículo 4 vem da
versão grega de Salmo 51:4, uma passagem que mostra que a confissão do pecado
do homem glorifica a Deus e realça a santidade e a justiça dele (compare Josué
7:19-20). Deus é justo em castigar os judeus (5-8). Foi fácil para os
israelitas enxergar a injustiça dos gentios e concluir que aqueles pecadores
merecessem o castigo. Reconhecer o seu próprio pecado foi muito mais difícil.
Se Deus não aplicar a sua lei com justiça aos judeus, ele não teria direito de
castigar os gentios (5-6). Entendendo que a santidade de Deus fica mais
evidente quando comparada à injustiça do homem, alguém poderia tentar
justificar o pecado para dar mais glória a Deus. Paulo rejeita tal raciocínio,
dizendo que pessoas que pensam assim merecem o castigo (7-8).]
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"Bem sabemos
que o juízo de Deus é segundo a verdade" (Rm 2.2). Que podemos entender
nessa declaração? O julgamento de Deus é instituído aqui em razão dos pecados
do paganismo e do falho moralismo dos judeus em condenar os gentios. A questão
da condenação do pecado é só todos. Uma vez que tenha pecado, qualquer um incorre na condenação de Deus. Paulo Declara que
os gentios pecaram (1.18-32) e os judeus também pecaram (2.17-3.8). Portanto,
uma vez que, tanto judeus como gentios pecaram, todos da justiça de Deus
(3.9-20).
III. A NECESSIDADE DA SALVAÇÃO DA HUMANIDADE
1. A universalidade e o jugo do
pecado. A argumentação de Paulo em
Romanos 3.9-20 é que tanto os gentios como os judeus sem Cristo estão debaixo
da condenação do pecado (Rm 3.9). A raça humana sem Cristo está sob o domínio
do pecado. A expressão grega hüpo hamartían, traduzida como "debaixo do pecado"
tem o seguinte sentido: no poder de, debaixo da autoridade de. Essa mesma
construção gramatical ocorre em Mateus 8.9. Nessa passagem encontramos o
centurião dizendo: tenho soldados hüpo emautón (por debaixo de mim), que em
português tem o sentido de às minhas ordens. A ideia de Paulo é mostrar que a
humanidade em seu estado natural, separada de Cristo, portanto, sob o domínio
do pecado, é incapaz de libertar-se por si mesma. [Comentário: A conseqüência do pecado de Adão é que
herdamos uma natureza pecaminosa, decaída. Isto não significa que todos os que
não são cristãos vivem uma vida imoral, mas que cada um é pecador e deve se
conscientizar acerca disso, pois o apóstolo Paulo falando dos gentios afirmou
que estes ainda “... que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da
lei, não tendo eles lei, para si mesmos são lei; os quais mostram a obra da lei
escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência, e os seus
pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os” (Rm 2.14,15). Jeremias, diz:
"De que se queixa, pois, o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus
pecados" (Lm 3.39); Salomão tinha consciência da universalidade do pecado
e em sua oração, na dedicação do templo, afirmou: "Quando pecarem contra
ti, pois não há homem que não peque..." (1Rs 8.46); Também Davi entendeu
esta verdade, quando afirmou: "Desviaram-se todos e juntamente se fizeram
imundos; não há quem faça o bem, não há sequer um" (Sl 53.3). Paulo confirmou
a doutrina da universalidade do pecado – "Pois quê? Somos nós mais
excelentes? De maneira nenhuma! Pois já dantes demonstramos que, tanto judeus
como gregos, todos estão debaixo do pecado, como está escrito: Não há um justo,
nem um sequer" (Rm 3.9-10). Também João foi enfático, afirmando: "Se
confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados
e nos purificar de toda injustiça. Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo
mentiroso, e a sua palavra não está em nós" (1Jo 1.9-10). No seu caráter
universal o pecado e a morte nivelam todos os homens – "Pelo que, como por
um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte
passou a todos os homens, por isso que todos pecaram" (Rm 5.12). "Porque,
como, pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim,
pela obediência de um, muitos serão feitos justos" (Ro 5.19).]
2. Valores e comportamentos. Outras duas verdades que podemos perceber na
argumentação de Paulo em Romanos 3.10 a 18, estão relacionadas com o caráter e
a conduta. O pecado distorceu valores e comportamentos na sociedade. Valores
invertidos são marcas de uma humanidade caída. Somente em Cristo eles podem ser
reorientados. [Comentário: Nenhum ser humano peca sozinho. O pecado sempre
fará parte de uma rebelião cósmica contra Deus e contra a retidão. 1Jo 5.18
enfaticamente assevera que aquele que “pratica o pecado” é do diabo. Esse ser
maligno é intitulado “deus deste mundo”, 2Co 4.4, e muitos são seus súditos e
escravos. Será necessária uma providência cósmica para remover o pecado, e o
julgamento tomará conta disso. Alguns textos em Salmos demonstram que o homem
não é pecador porque peca mas que ele peca porque é pecador: “Eu nasci na
iniqüidade, e em pecado me concebeu a minha mãe” (Sl 51.5). “Desviam-se os
ímpios desde a sua concepção; nascem e já se desencaminham, proferindo
mentiras” (Sl 58.3). “Todos se extraviaram e juntamente se corromperam; não há
quem faça o bem, não há um sequer” (Sl 14.3). Tais textos demonstram uma das formas
da universalidade do pecado se manifestar: o pecado original ou congênito, que
é a natureza pecaminosa que todo ser humano herda ao nascer. A natureza
pecaminosa é a capacidade e inclinação humana para fazer tudo aquilo que nos
torna reprováveis aos olhos de Deus. Embora as forças satânicas forneçam a
agitação (ou tentação para o pecado, cf. Ef 6.11ss.), o indivíduo é responsável
pelas suas ações, e, portanto, ele é convocado a arrepender-se. O homem não
pode alterar o quadro cósmico, mas pode ser pessoalmente redimido. Se fomos
gerados em pecado, somos pecadores. Se o homem não reconhecer que é pecador,
jamais poderá ser salvo, porque Jesus veio para salvar os pecadores (Lc 19.10).
Esta é a segunda natureza do pecado: o pecado ativo ou direto, que são os
pecados cometidos inconsciente ou conscientemente pelo homem. A natureza
pecaminosa conduz o homem a uma depravação total (cf. Rm 1), e a uma absoluta
falta de mérito perante o seu Criador. A consequência do pecado é a morte.
Concluindo, a aceitação teológica reúne a interpretação do “pecado original”,
onde todos os homens participam do pecado “em Adão” (e contra esse pecado é que
o juízo foi proferido) com a interpretação de que cada indivíduo tem o seu
próprio pecado. Ambas as modalidades o condenam.]
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
Não há um justo,
nem um se sequer (Rm 3.9-18). Paulo hvia argumentado que tanto os judeus quanto
os gentios haviam pecado, e não alcançaram a glória de Deus. Agora ele prova
essa observação citando vários Salmos. Seus leitores judeus poderiam rejeitar
seu argumento, mas dificilmente rejeitariam o veredicto das palavras que eles
sabem que são palavras de Deus. Tudo o que a lei diz aos que estão debaixo da lei
o diz, para que toda boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante
de Deus' (3.19,20). A palavra bupodikosfol usada no sentido legai de
"passível de punição', A lei moral, na qual esperam o judeu e o gentio de
boa moral, provou não ser uma fonte de esperança, e sim o padrão pelo qual foi
estabelecido o insucesso deles. Assim, a lei não é marco de estrada nos
direcionando à recompensa divina, mas espelho que, quando usado corretamente
nos revela nossos pecados" (RICHARDS, Lawrence» Comentário Histórico-Cultural
do Novo Testamento. 7.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 292).
CONCLUSÃO
A universalidade do pecado, isto
é, que todos os homens estão debaixo da condenação eterna, é uma doutrina
claramente demonstrada na Epístola aos Romanos. Por outro lado, o universalismo,
doutrina herética que afirma que todos os homens, independentemente se
acreditam em Cristo ou não, no fim de tudo, serão salvos, é claramente
rejeitada nessa mesma carta. Cabe a nós, portanto, conhecedores desses fatos,
viver essa bendita salvação e compartilhá-la com quem ainda não a possui. [Comentário: A explicação bíblica sobre a universalidade
do pecado está em que Adão e Eva, pessoas humanas literais, foram criados em
estado de inocência, por um ato divino. Em seguida, foram tentados, e caíram no
pecado. Isso impôs a mortalidade, a degradação e a desintegração. Esse ato de
pecado, e seu estado resultante, foram então transferidos para a raça humana
inteira, devido à conexão da raça com Adão. Isso está em consonância com os
princípios ensinados em Romanos 2.6: o de que cada um será finalmente julgado
de acordo com suas próprias obras. Como diz Champlin: “O pecado de Adão é a
raiz; os pecados da humanidade são os ramos; os pecados individuais são os
frutos. A sentença de julgamento recai sobre a árvore inteira, e não apenas
sobre uma parte da mesma”.] “NaquEle que me garante: "Pela
graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus"
(Ef 2.8)”.
Francisco Barbosa
Disponível no blog:
auxilioebd.blogspot.com.br.
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