SUBSÍDIO I
Tudo novo!
A Criação e o Ser Humano que precisam ser restaurados por Deus, aguardam
ansiosamente a renovação de todas as coisas. Muitos não acreditam ser
possível, um dia, o ser humano achar o verdadeiro significado da vida.
Quando ele vir o seu Senhor chegando, em Glória, seja para ser justificado
ou condenado, o homem saberá que um novo tempo se instalará na
humanidade. E o estado de graça, de amor, de justiça e de verdade será
instaurado para todo sempre, de eternidade em eternidade.
A cada ano
que passa, o meio ambiente é atingindo pela poluição da sociedade. As
florestas são devastadas, o ar que respiramos ainda mais poluído. A
violência cresce nas cidades. Na região geográfica onde você mora
pelo menos alguém que você conheça já foi assaltado ou agredido ou até
mesmo assassinado. O mundo em que vivemos não é seguro.
Corremos riscos se andarmos sozinhos em lugares desertos. O advento
do Pecado fez a Terra ficar doente e devastada pela ambição humana. Um
descontrole total do clima, das cidades, da vida social das pessoas.
Angústias,
solidão, medo, ansiedade e tristeza são companheiras inseparáveis dos
seres humanos. Além de lutar para sobreviver diariamente, as
pessoas têm de enfrentar a própria natureza dilacerada pelas muitas
decepções. O ser humano e o meio ambiente estão em crises. O texto
bíblico de Romanos 8.19-23 afirma que a Criação sofre e está gemendo como
quem tem dores de parto, debaixo de uma ganância insana do
ser humano: “Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente
com dores de parto até agora” (v.22). Mas não só o meio ambiente; nós
também sofremos a todo o momento o resultado das nossas escolhas
equivocadas: “mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também
gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do
nosso corpo ” (v.23). Em meio a este sofrimento, descontrole e escravidão
do pecado, a Bíblia faz brotar uma promessa de Novo Céus e Nova Terra.
A Sagrada
Escritura diz que somos peregrinos neste mundo, pois a nossa casa é
celestial. Mas um dia o que é celestial tornará uma realidade aqui na
Terra. Novos Céus e nova Terra aparecerão. No dia em que os filhos de
Deus se manifestar com Cristo, a Terra será sarada, o ser humano,
plenamente regenerado. Então, viveremos para sempre, de eternidade em
eternidade, com o Senhor Criador dos Céus e da Terra.
Fonte: Revista Ensinador Cristão, ano 17 - nº
65 – Jan./Fev./Mar. de 2016.
SUBSÍDIO II
INTRODUÇÃO
Estamos nos encaminhando para o final deste trimestre
escatológico, e nesta penúltima aula estudaremos a respeito dos novos céus e
nova terra. A princípio destacaremos a beleza e singularidade do céu. Em
seguida, nos voltaremos propriamente para os novos céus e a nova terra. Ao
final, reconhecendo as limitações humanas, e as poucas informações bíblicas a
respeito do céu, tentaremos descrevê-lo, ressaltando que esse será, sobretudo,
o Lugar em que Deus estará presente.
1. O CÉU É
UM LINDO LUGAR
As Escrituras dizem muito pouco a respeito do céu,
mas o suficiente para anelar esse lugar, para o qual o Senhor nos levará (Jo.
14.1). Antes de tratar a respeito dos céus – shamaim em hebraico – e ouranos –
em grego, os diferenciamos dos outros tipos de céus. Existe o céu atmosférico,
que faz alusão à imensidão do espaço (Dt. 11.11,17; 28.12,24; Js. 10.11; Sl.
18.13; 147.8; Pv. 23.5; Zc. 6.5; Is. 55.9-11). Há também o céu que é o
firmamento dos céus (Gn. 1.14; 15.5; Ex. 20.4). Ainda o céu que é a morada de
Deus (Mt. 10.32,33; Sl. 33.13,14; Is. 63.15; Mt. 5.16,45; 6.1,9). A morada de
Deus é reconhecida pelos estudiosos como o terceiro céu, mencionado por Paulo
em II Co. 12.2. Essa é a pátria superior, de acordo com a descrição do autor da
Epístola aos Hebreus (Hb. 11.13-16). Existem especulações em relação à quantidade
de céus existentes, para alguns são sete céus. Essa é uma especulação
teológica, fundamentada em crenças judaicas, sem qualquer fundamento bíblico.
Há ainda uma discussão entre os estudiosos se as descrições de João no
Apocalipse são literais ou figuradas. Acreditamos que a beleza da Cidade
Celestial vai além daquilo que o texto expressa, considerando que o olho não
viu e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus
preparou para os que O amam (I Co. 2.9). O que sabemos a respeito do céu, mesmo
com a revelação poética do Apocalipse, é como um espelho, que não condiz
totalmente à realidade (I Co. 13.12).
2. NOVOS
CÉUS, NOVA TERRA
Depois do Juízo Final, após o Milênio, acontecerá
uma destruição da Jerusalém terrenal (Mt. 24.34; II Pe. 3.10), que dará lugar a
uma nova cidade, descrita nos capítulos 21 e 22 de Apocalipse. Essa Nova
Jerusalém será Cidade Eterna, essa foi a cidade que Jesus prometeu preparar
(Jo. 13.2,3). Pedro explicou que depois da destruição da cidade terrena (II Pe.
3.10), descerá dos céus um novo céu e nova terra (Ap. 21.1-3). Esse será
um ambiente favorável à adoração, sendo essa a principal atividade no céu (Ap.
19.1-8). A adoração no céu acontecerá porque esse será um lugar de comunhão e
relacionamento com Deus (Ap. 21.3). Ali haverá um muro com doze portas, sendo
cada porta uma pérola, e a praça de outro puro, como vidro transparente
(Ap.21.21). O muro será de jaspe, por se tratar de uma cidade de ouro puro,
semelhante a vidro puro (Ap. 21.18,21). O mais importante, nela não haverá
templo, pois o templo é o Senhor, Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro (Ap. 21.22).
É confortador saber que nessa Cidade também não haverá mais tristeza, pois Deus
limpará dos olhos lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem
dor, porque já as primeiras coisas são passadas (Ap. 21.16,17). Os crentes
estarão em corpos glorificados, semelhantes ao corpo ressuscitado de Cristo (I
Jo. 3.2). A esse respeito Paulo esclarece que nosso corpo de humilhação será
transformado, para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a eficácia do
poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas (Fp. 3.21).
3. COMO SERÁ
O NOVO CÉU
O Céu é a habitação de Deus (Sl. 103.19), dos anjos
(Dn. 7.10; Is. 6.1-6), e dos crentes (Fp. 3.20). É maravilhoso saber que
encontraremos lá alguém que muito nos amou, e se entregou pelos nossos pecados
(At. 1.9-11). Uma análise honesta das Escrituras nos mostrará que pouco sabemos
a respeito dos Céus, mas, em linhas gerais, afirmamos, com base em
Mc.13.27, ali Cristo reunirá os eleitos. Em Fp.2.10 está escrito que Cristo
receberá honra no céu, e em Jo.17.24 nos é dado a saber que Sua glória será
manifestada. A manifestação do Reino de Deus, o lugar em que Deus estará no
trono (Ap.4.1-3), por isso o céu será um lugar de recompensa para aqueles que
venceram em Cristo (Ap.2.7;3.21); que também estará cheio da presença e da
glória de Deus (Ap.4.11;21.1-10). Por fim, esse será um lugar de louvor e
adoração a Deus (Ap.19.1-7). O que nos é dito nessas passagens é suficiente
para que desenvolvamos um relacionamento amoroso com o Deus do céu. É
importante fazer esse destaque porque, infelizmente, muitos adoram apenas o céu
de Deus, mas esquecem do Deus do céu. Falam do céu, cantam o céu, almejam o
céu, mas não vivem para Cristo, não buscam a Cristo, não amam a Cristo. Sem
Cristo, o céu não passa de um lugar sem luz. A beleza do texto bíblico nos
motiva a aguardar com expectativa por esse lugar. Isso porque, conforme afirma
o autor do Apocalipse: “a cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela
resplandeçam, porque a glória de Deus a tem iluminado, e o Cordeiro é a sua
lâmpada” (Ap. 21.23).
CONCLUSÃO
A Nova Jerusalém é a Cidade Perfeita (Hb. 12.22),
que vem de cima (Gl. 4.26), que desce de Deus (Ap. 21.2,10). Vivemos na cidade
dos homens, que pode se tornar um lugar aprazível, na medida em que
contribuímos para sua melhoria. Mas estamos certo que somente desfrutaremos de
bem-estar quando descer dos Céus a Cidade de Deus, enfim estará construído o
tabernáculo de Deus com os homens (Ap. 21.3), que será um Templo tanto físico
(Ap. 21.12-21), quando espiritual (Ap. 21.22).
Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
Extraído do Blog subsidioebd
COMENTÁRIO E
SUBSÍDIO III
INTRODUÇÃO
O pecado de
desobediência de Adão e Eva afetaram toda a criação, incluindo a natureza. Como
consequência da Queda a terra recebeu uma sentença de juízo (Gn 3.17). A
natureza aguarda a sua redenção, que será instaurada por Deus no fim dos tempos
(2Pe 3.13). Paulo diz que Deus, “segundo o seu beneplácito”, tomou a decisão
“de tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude
dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra” (Ef
1.5,10). [Comentário:Pela desobediência aos termos do
seu governo, o homem cai, experimentando assim a perda do seu domínio (Gn
3.22,23). Tudo o que se acha no seu domínio delegado, inclusive a terra, passa
a estar sob a maldição. Paulo afirma que: “Porque a criação ficou sujeita à
vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou, na esperança de
que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a
liberdade da glória dos filhos de Deus” (Rm 8.20,21). É fato que a criação está
passiva diante das atrocidades da humanidade, mas não por sua própria vontade
e, consequentemente, todos sofrem com a situação alarmante que a natureza passa
hoje. É importante observar as palavras que Paulo usa para descrever esse
cativeiro da criação: sofrimento (Rm 8.18), vaidade (Rm 8.20), corrupção (Rm
8.32) e angústias (Rm 8.22). O Rev. Hernandes Dias Lopes em seu artigo ‘Os
Gemidos do Mundo’, escreve: “A redenção da criação está conectada com a
glorificação dos filhos de Deus (Rm 8.19,21). A criação foi amaldiçoada por
causa do pecado do homem e será redimida do cativeiro da corrupção na
glorificação dos salvos. Sua redenção do cativeiro não se dará antes nem à
parte da glorificação dos salvos. Então, haverá liberdade em vez de escravidão,
glória incorruptível em vez de decomposição. Se nós vamos participar da glória
de Cristo, a criação participará da nossa glória. A criação aguarda
ansiosamente a manifestação dos filhos de Deus (Rm 8.19,21). A criação vive
como que na ponta dos pés, esticando o pescoço, olhando para esse futuro que virá
trazendo em suas asas a restauração de todas as coisas. A expectativa da
criação é uma esperança viva e certa. Os gemidos da criação não são de
desespero, mas de esperança (Rm 8.22). A criação não se contorce com os gemidos
da morte, mas ela geme como uma mulher que está para dar à luz. Seus gemidos
não são de desespero, mas de gloriosa expectativa. Ela não geme por causa de um
passado inglório, mas por causa de um futuro glorioso. Os gemidos da criação
não são dores que carecem de sentido e de propósito, mas são dores inevitáveis
no vislumbre de uma ordem nova. A escravidão da decadência dará lugar à
liberdade da glória (Rm 8.21). Às dores de parto seguirão as alegrias do
nascimento (Rm 8.22). O universo não será destruído, mas sim libertado, transformado
e inundado da glória de Deus. Amém!”http://hernandesdiaslopes.com.br/2009/09/os-gemidos-do-mundo/#.VucYc0AszIV]
I. TODAS AS COISAS SERÃO RENOVADAS
1. Deus criou os
céus. Quando a Bíblia fala a respeito dos “céus”, normalmente
refere-se ao espaço sideral. No princípio, Ele criou “os céus”, mas o “Céu”,
morada de Deus já existia. Deus habita nos “céus”, acima do espaço sideral (Sl
11.4). [Comentário:“No princípio criou Deus os céus
e a terra.” (Gn 1.1). O que nos
diz esse registro da Bíblia é o fato de haver mais de um céu. Sim, mas onde e
como seriam esses outros céus? Primeiro precisamos entender que No princípio
Deus não criou o inferno, a Palavra dEle claramente menciona que foram criados
os céus no inicio, portanto inferno é algo mais recente que os céus, muito
embora essa referência possa ser apenas dos céus inferior e intermediário e o
inferno já estar preparado anteriormente já que o Senhor habitava no céu
superior. A palavra original em hebraico usada no livro de Gênesis por Moisés
para descrever os céus foi “shamayim” , essa palavra em hebraico tem o
plural na terminação “im”, portanto indica claramente que há mais de um
céu. Os céus são: inferior, intermediário e superior. Então vejamos quais sãos
os céus existentes com maiores detalhes: Céu inferior ou “AURONOS”: esse
céu é o local onde podemos claramente ver as nuvens, o ar atmosférico sendo o
céu que envolve a terra e o ar, inclusive o azul celeste está aparente no céu
“auronos”; Céu intermediário ou “MESORANIOS”: já esse céu é o local
imenso onde estão localizadas as estrelas e planetas, já não é azul, pois vemos
que ao sair da atmosfera terrestre o espaço é escuro e preto, sendo um vácuo
onde estão as estrelas. Conhecido por céu astronômico, onde estão os
planetas; Céu superior ou “EPORANIOS”: esse céu e chamado de o céu dos
céus , o lugar onde está o Senhor e os santos, onde os anjos circulam.
Portanto, agora podemos verificar que os céus foram criados ao mesmo tempo,
conforme diz a Palavra do Senhor. Pela Sua Palavra foram criados os céus e a
terra.]
2. A renovação
divina dos céus. Deus irá restaurar todo o
universo, expurgando os efeitos da Queda e as ações do Diabo e seus anjos. A
Terra passará por um processo de transformação e estará livre dos efeitos da
ação maligna e do homem (Is 34.4; Ap 21.4). Na renovação divina, toda a Terra
será transformada (2Pe 3.7). [Comentário: Por causa do pecado de Adão no Éden, Deus amaldiçoou a
terra – “Maldita é a terra por tua causa; em fadigas obterás dela o sustento
durante os dias da tua vida. Ela produzirá também cardos e abrolhos” (Gn
3.17,18). Torna-se necessário retirar o último vestígio dessa maldição da terra
antes da manifestação do reino eterno como descrito por Pedro em 2Pe 3.10-13.]
SUBSÍDIO ESCATOLÓGICO
“O Novo Céu
O céu na
eternidade será diferente daquele onde Deus agora habita. Na consumação de
todas as coisas, Deus renovará os céus e a terra, fundindo seu céu a um novo
universo e formando uma habitação perfeita que será o nosso lar eterno. Em
outras palavras, o céu irá expandir-se e englobar todo o universo da criação.
Tudo será transformado em um lugar perfeito e magnífico, adequado à glória do
céu. O apóstolo Pedro descreveu isto como a esperança de todos os remidos (2Pe
3.13).
Naturalmente, uma
reforma cósmica radical sempre esteve nos planos de Deus. Esta foi também a
graciosa promessa que, por meio dos profetas do AT, Deus deu a seu povo (Is
65.17-19).
Deus declara que
transformará de tal forma o céu e a terra que hoje conhecemos, que
corresponderá a uma nova criação. Observe que, em um novo universo, a Nova
Jerusalém será o foco de todas as coisas. O novo céu e a nova terra serão tão
magníficos que tornarão os antigos insignificantes. No capítulo final da
profecia de Isaías, o Senhor promete que este novo céu e esta nova terra
perdurarão para sempre, juntamente com todos os santos de Deus (Is 66.22)”
(LAHAYE, Tim. Enciclopédia
Popular de Profecia Bíblica. 1ª
Edição. RJ: CPAD, 2008, pp.111,12).
II. NOVOS CÉUS E NOVA TERRA
1. Em Cristo, céus
e terra serão congregados. O apóstolo Pedro afirma que
aguardamos novos céus e nova Terra (2Pe 3.13). O texto da Epístola de Pedro nos
mostra que o propósito divino é uma nova criação (Is 66.22). Os céus e a Terra
serão purificados e restaurados pelo fogo. Os crentes esperam ansiosamente pela
restauração do mundo de Deus. [Comentário: “A história já fechou as suas cortinas. O juízo final já
aconteceu. Os inimigos do Cordeiro e da igreja já foram lançados no lago do
fogo. Os remidos já estão na festa das Bodas do Cordeiro. Este texto é a
apoteose da revelação. O paraíso perdido é agora o paraíso reconquistado. O
homem caído é agora o homem glorificado. O projeto de Deus triunfou. O tempo
cósmico se converteu em eternidade” Hernandes
Dias Lopes em As Bênçãos
dos novos Céus e da Nova Terra,http://hernandesdiaslopes.com.br/2008/02/as-bencaos-do-novo-ceu-e-da-nova-terra/#.VudcY0AszIV.
Paulo afirma que a terra está escravizada pelo pecado (Rm 8.20-21), e gemendo,
aguardando a redenção do seu cativeiro. Quando Cristo voltar a natureza será
também redimida e teremos um universo completamente restaurado. Serão novos
céus e nova terra não como uma nova criação, mas pela transformação do que existia
(Is 65.17 e 66.22; 2Pe 3:13). Não vai mais existir separação entre o céu e a
terra e serão a habitação de Deus e de sua igreja glorificada. Nesse momento se
cumprirão as profecias de que a terra se encherá do conhecimento do Senhor,
como as águas cobrem o mar.]
2. Novos céus e
nova terra. A Igreja de Jesus tem sido perseguida ao longo da História,
mas está perto o tempo em que não haverá mais nenhuma ação maligna ou humana
contra o povo do Senhor (Hb 11.36-39). Com a restauração de todas as coisas,
nos “novos céus” e “na nova terra”, “não haverá lembrança das coisas passadas,
nem mais se recordarão”. [Comentário: “E o mar não mais existirá”. Isso é um símbolo. Aqui o mar
é o que separa. João foi banido para a ilha de Patmos. O mar aqui é símbolo
daquilo que contamina (Is 57.20). Do mar emergiu a besta que perseguiu a
igreja. No novo céu e na terra não haverá mais rebelião, contaminação, pecado.]
SUBSÍDIO ESCATOLÓGICO
“Nos novos céu e
terra nada nos trará medo e nada nos separará um dos outros. A única água
descrita será ‘o rio puro da água da vida’ (Ap 22.1). Este rio claro como
cristal desce pela rua principal do céu (Ap 22.2).
Apocalipse 21.3-7
traz uma descrição das características mais marcantes dos novos céus e nova
terra.
As Escrituras aqui
prometem que o céu será um Reino de perfeita bem-aventurança. Nos novos céus e
na nova terra não haverá lugar para lágrimas, dor, tristeza e pranto. Lá o povo
de Deus habitará com Ele por toda a eternidade, completamente livre de todos os
efeitos do pecado e do mal. Deus é retratado secando pessoalmente as lágrimas
dos remidos.
No céu, a morte
estará completamente aniquilada (1Co 15.26). Ali não haverá doença, fome,
problemas ou tragédias. Haverá apenas a alegria completa e bênçãos eternas”
(LAHAYE, Tim. Enciclopédia
Popular de Profecia Bíblica. 1ª
Edição. RJ: CPAD, 2008, p.112).
III. NOVA JERUSALÉM
1. Foi preparada
no céu. Será um lugar santo de comunhão e relacionamento com Deus
(Ap 21.3). Ali encontraremos uma linda praça, no meio da qual atravessa o “rio
da vida”, com a “árvore da vida” em suas margens (Ap 22.2; 21.6). Só os que têm
o nome escrito no Livro da Vida entrarão nessa linda cidade. Neste mundo
tenebroso, enfrentamos lutas e sofremos com a degradação do meio ambiente, as
enchentes, secas e variações climáticas, mas haveremos de desfrutar de um novo
lugar que está preparado para aqueles que creem e o aguardam. [Comentário: Uma consideração importante
nesse ponto é se a cidade descrita em Ap 21 e 22 é literal ou mística. Há muita
evidencia para mostrar que essa cidade é literal, assim como a de Hebreus 12.
Bruce Anstey explica em "Acontecimentos Proféticos" algo sobre a Nova
Jerusalém: "Existem três Jerusaléns que não devem ser confundidas: a
Jerusalém celestial (Hb 12.22, Ap 21.10-22:5), que é a igreja em seu caráter
administrativo nos céus, a Jerusalém terrena (Jr 3.17, 30.18, Sl 48, Ez
49.15-20), que é a habitação do príncipe e de outros santos provavelmente da
família real de Davi no Milênio, e a Nova Jerusalém (Ap 21.2), que é a cidade
dos santos no Estado Eterno. Todas são chamadas santas (Ap 21.2, 10, Joel
3.17)" Acontecimentos
Proféticos (Bruce Anstey - Tradução de 1993 baseada na 2ª edição em inglês) . Não haverá somente um novo céu
e uma nova. terra, mas haverá também uma nova cidade; haverá a Nova Jerusalém
em vez da velha Jerusalém. Como Deus levou a Moisés ao cume de Pisga para
mostrar-lhe toda a terra da promissão (Dt 34), assim um dos sete anjos que
tinham as sete taças levou a João a um grande e alto monte para contemplar a
nossa terra da promissão, a grande cidade, a santa Jerusalém, que de Deus
descia do céu. Será uma cidade literal, "que tem fundamentos (Hb 11.10);
não será o céu, mas descerá do céu. Os crentes verdadeiros não têm aqui cidade
permanente, mas buscam a futura (Hb 13.14): "desejam uma melhor, isto é, a
celestial" (Hb 11.16; Jo 14.2,3.]
2. Os muros e as
doze portas. “E tinha um grande e alto muro
com doze portas, e, nas portas, doze anjos, e nomes escritos sobre elas, que
são os nomes das doze tribos de Israel” (Ap 21.12, 13). Cada porta é “uma
pérola”; a praça é “de ouro puro, como vidro transparente” (Ap 21.21); o muro é
de jaspe, “a cidade, de ouro puro, semelhante a vidro puro” (Ap 21.18,21). Os
nomes nas portas representam a fidelidade de Deus para com Abraão, Isaque e
Jacó (cf. Rm 9.27; 11.29). Nela, não haverá templo, pois o “seu templo é o
Senhor, Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro” (Ap 21.22). [Comentário: 12. “E tinha um grande e alto
muro com doze portas, e nas portas doze anjos, e nomes escritos sobre elas, que
são os nomes das doze tribos de Israel” - “...com doze portas”. O número
“doze”, com seus cognatos, ocorre mais de 400 vezes na Bíblia e é extremamente
importante. Neste livro ocorre cerca de vinte vezes, e permeia o governo
patriarcal, apostólico e nacional. Temos, assim: “As 12 estrelas (12.1); os 12
anjos (12.12); as 12 tribos (21.12); os 12 fundamentos (21.14); os 12 frutos
(22.2); as 12 portas (21.12, 21); as 12 pérolas (21.21); entre os múltiplos de
12 temos: 12.000 estádios (21.16); 12.000 selados (7.5-8); 144.000 é um número
formado de 12 vezes 12.000 (14.1); 24 anciãos e 24 tronos (4.4; 11.16), são
também especiais”. Todos esses números se relacionam agora com a Jerusalém
celestial, na qual se viam 12 portões como sendo 12 pérolas, 3 de cada lado do
quadrado (21.21). Em cada portão havia a gravação do nome de uma das 12 tribos
de Israel. Em Ez 48.31-34, há uma descrição semelhante da nova Jerusalém
durante o Reino Milenial de Cristo. . “...tinha três portas”. Na antiga cidade
de Jerusalém terrestre, havia também 12 portas, sendo, por assim dizer, uma
cópia da Jerusalém celestial (cf. Hb 8.5 e 9.23); essas portas estavam também
nas cardeais; ladeavam toda a cidade de Davi: a porta do gado (Ne 3.1); a porta
do peixe (Ne 3.3); a porta velha (Ne 3.6); a porta do vale (Ne 3.13); a porta
do monturo (Ne 3.14); a porta da fonte (Ne 3.15); a porta da casa de Eliasibe:
sumo-sacerdote (Ne 3.20); a porta das águas (Ne 3.36); a porta dos cavalos (Ne
3.28); a porta oriental (Ne 3.29); a porta de Mifcade (Ne 3.31); a porta de
Efraim (Ne 8.16). “Isso pode ser comparado também ao acampamento de Israel,
onde havia o arranjo das tribos de acordo com direções dos pontos cardeais: A
leste ficava Judá, Issacar e Zebulom; Ao sul, Rúben, Simeão e Gade; A oeste,
Efraim, Manassés e Benjamim; E ao norte, Dã, Asser e Naftali. Números capítulo
2. Extraído de http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao13-sca-2tr12-aformosajerusalem.htm]
3. Os doze
fundamentos da cidade. “E o muro da cidade tinha doze
fundamentos e, neles, os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro” (Ap 21.14). Os
nomes dos apóstolos nos fundamentos representam a Igreja de Cristo como “coluna
e firmeza da verdade” (1Tm 3.15), através da “doutrina dos apóstolos” (At
2.42), que representa a mensagem do evangelho de Cristo. Seus fundamentos são
gloriosos (Ap 21.19,20). Só chegando lá poderemos ver o cuidado do Senhor em
projetar tanto brilho e fulgor da cidade divina. A cidade tem formato cúbico
(Ap 21.16,17). [Comentário: “E o muro da cidade tinha doze fundamentos, e neles os
nomes dos doze apóstolos do Cordeiro”. “...doze apóstolos do Cordeiro”. Devemos
observar que, cada vista da cidade se menciona o (“Cordeiro”), e a referência
sétupla a ele (21.9, 14, 22, 23, 27; 22.1, 3) indica que embora Cristo entregue
o reino ao Pai, não obstante partilha-o com os remidos. Os Apóstolos do
cordeiro, mostram nisso sua importância, tanto naquilo que eram como naquilo
que faziam. Porém, Cristo Jesus é quem dá por empréstimo o seu valor àqueles, o
que significa que eram grandes somente por sua causa. Não obstante, os
Apóstolos e profetas são grandes, tal como todos os homens o são, uma vez que
sejam transformados segundo a imagem de Cristo, já que participação da sua
natureza divina. Na nova Jerusalém o divino se combinará com o humano, da mesma
maneira que o número três, multiplicado pelo número do mundo “quatro”, resulta
em doze. Assim cumpre-se a frase: “...para o humano se tornar divino, foi
necessário que o divino se tornasse humano”. Na cidade do Deus vivo, o humano
se encontra com o divino absorve o humano, menos a individualidade (2Co 5.4). Extraído de http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao13-sca-2tr12-aformosajerusalem.htm]
4. Ali não haverá
mais tristeza. “E Deus limpará de seus olhos
toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque
já as primeiras coisas são passadas” (Ap 21.4; 1Co 15.26). Um dos principais
motivos para a tristeza é a morte. Nas grandes cidades ou nos pequenos
lugarejos, sempre existe um cemitério, onde entes queridos são enterrados.
Ninguém pode escapar da morte. Mas, na Nova Jerusalém, a morte não mais
existirá (Ap 20.14; 1Co 15.26). Não haverá luto nem lágrimas.
Ela descerá do céu
(Ap 21.2) e servirá de fonte permanente de luz para as nações (Ap 21,24,26). A
Cidade Santa iluminará as nações, mas nela não haverá “nem sol, nem lua”, pois
“a cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a
glória de Deus a tem alumiado, e o Cordeiro é a sua lâmpada” (Ap 21.23).[Comentário: O que não vai entrar no novo céu
e na nova terra?
1. No novo céu e
na nova terra não haverá dor – v. 4
• A dor é consequência
do pecado. A dor física, moral, emocional, espiritual não vão entrar no céu.
Não haverá mais sofrimento. Não haverá mais enfermidade, defeito físico,
cansaço, fadiga, depressão, traição, decepção.
• O céu é céu por
aquilo que não vai ter lá. As primeiras coisas já passaram. O que fez parte
deste mundo de pecado não vai ter acesso lá. Aquilo que nos feriu e nos machou
não vai chegar lá.
2. No novo céu e
na nova terra não haverá mais lágrimas – v. 4
• Não haverá choro
nas ruas da nova Jerusalém. Este mundo é um vale de lágrimas. Muitas vezes
alagamos o nosso leito com nossas lágrimas. Choramos por nós, pelos nossos
filhos, pela nossa família, pela nossa igreja, pela nossa nação.
• Entramos no
mundo chorando e sairemos dele com lágrimas, mas no céu não haverá lágrimas.
• Deus é quem vai
enxugar nossas lágrimas. Não é auto-purificação. Deus é quem toma a iniciativa.
3. No novo céu e
na nova terra não haverá luto nem morte – v. 4
• A morte vai
morrer e nunca vai ressuscitar. Ela foi lançada no lago do fogo. Ela não pode
mais nos atingir. Fomos revestidos da imortalidade. No céu não há vestes
mortuárias, velórios, enterro, cemitério. No céu não há despedida. No céu não
há separação, acidente, morte, hospitais.
• Na Babilônia se
calam as vozes da vida (Ap 18:22-23), mas na Nova Jerusalém se calam as vozes
da morte (Ap 21:4)! Extraído
de http://hernandesdiaslopes.com.br/2008/02/as-bencaos-do-novo-ceu-e-da-nova-terra/#.VudcY0AszIV]
5. Não haverá
pecado nem pecadores. “E não entrará nela coisa alguma
que contamine e cometa abominação e mentira, mas só os que estão inscritos no
livro da vida do Cordeiro” (Ap 21.27). Ali não haverá maldição contra ninguém
(Ap 22.3), pois os corruptos já estarão no lago de fogo e só os salvos viverão
na Santa Cidade. Todos os ímpios que não se arrependerem ficarão de fora (Ap
22.15; 1Co 6.10) e todos os que praticam atos indignos aos olhos de Deus não
terão acesso à Nova Jerusalém, pois seu lugar e destino é o inferno (Sl 9.17). [Comentário: A Nova Jerusalém é lugar onde se
vive em total integridade – v. 18,21b. Não apenas a cidade é de ouro puro, mas
a praça da cidade, o lugar central, onde as pessoas vivem é de ouro puro, como
vidro transparente. Tudo ali vive na luz. Tudo está a descoberto. Nada
escondido. Nada escamoteado. A integridade é a base de todos os
relacionamentos. O pecado não pode entrar na Nova Jerusalém – (v. 27a) – Embora
a igreja seja aberta a todos, não é aberta a tudo.]
SUBSÍDIO ESCATOLÓGICO
“Nova Jerusalém
As Escrituras
descrevem a Nova Jerusalém como a ‘Jerusalém que é de cima’ (Gl 4.26), ‘a
cidade do Deus vivo, a Jerusalém celestial’ (Hb 12.22), e ‘a Santa Cidade’ que
‘de Deus descia do céu’ (Ap 21.2,10). O AT refere-se a ela como a habitação de
Deus. No NT, é também a morada celestial dos santos. As sagradas estruturas da
cidade celestial contribuíram para o projeto do Tabernáculo e do Templo na
terra. Quando descer como o ‘tabernáculo de Deus com os homens’ (Ap 21.3), será
um Templo tanto físico (Ap 21.12-21) como espiritual (Ap 21.22).
O AT representa a
Jerusalém celestial como o ‘monte’ e o ‘santuário’ celestial. Ezequiel
refere-se ao ‘monte santo de Deus’ e a ‘santuários’ no céu (Ez 28.14,16).
Salmos 2 menciona ‘Aquele que habita nos céus’ e ‘o nome santo monte Sião’
(vv.4,5). A primeira expressão diz respeito ao lugar no céu onde Deus está
entronizado. A segunda refere-se à Jerusalém terrestre, onde Deus dará o trono
a seu Rei, após derrotar as nações na batalha do Armagedom. Os salmos davídicos
também aludem a Deus em sua ‘casa’ ou ‘templo’ (Sl 11.4), apesar de o Templo
ter sido erguido somente após a morte de Davi. Tais referências são, portanto,
relativamente ao Templo celestial, como vemos em um dos salmos de forma
explícita: ‘O Senhor está no seu santo templo; o trono do Senhor está nos céus’
(Sl 11.4)” (LAHAYE, Tim.Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, p.328).
CONCLUSÃO
Um dos hinos da
Harpa Cristã declara: “Metade da glória celeste jamais se contou ao mortal”. O
que a Bíblia revela, afastando um pouco o véu da eternidade, não é a expressão
plena da realidade que se descortinará aos olhos dos salvos em Cristo Jesus,
que com Ele reinarão, na Nova Jerusalém. Por isso, vale a pena ser crente fiel,
santo e dedicado a fazer a vontade de Deus. [Comentário: Você já é um habitante dessa
cidade santa? Seu lugar já está preparado nessa cidade? E o seu coração, está
colocado na Nova Jerusalém ou na grande Babilônia? Esta lição deve nos levar a
refletir qual será nosso destino. Hoje é o dia da escolha, é o dia da decisão.
A igreja é noiva do Cordeiro e filha do Pai. Tomaremos posse da nossa herança
incorruptível. Desfrutaremos das riquezas insondáveis de Cristo. Seremos
co-herdeiros com ele. Seremos filhos glorificados do Deus todo-poderoso e
reinaremos com o Rei dos reis!] “NaquEle
que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de
vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”.
Francisco Barbosa
Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br.
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