sexta-feira, 16 de outubro de 2015

LIÇÃO 3: E DEUS OS CRIOU HOMEM E MULHER



  
SUBSÍDIO I

Qual a origem do homem? É a grande pergunta da filosofia, da ciência e da religião. É a pergunta que nenhum postulado chegou a responder satisfatoriamente esta pergunta, no que diz respeito aos seus mínimos detalhes. A Teologia, a partir dos seus postulados sistemáticos, tenta dar conta da origem da vida em seus detalhes. A filosofia, com suas divagações e argumentações lógicas e complexas, realiza uma das mais bem elaboradas respostas, dentro da capacidade humana, para se chegar a bom termo sobre o início da vida humana, mas igualmente insatisfatória.
A ciência, com a tecnologia, experiências em laboratórios e grandes postulados de seus teóricos, procura perscrutar ao máximo o mistério da vida. Entretanto, no fim de todas as coisas, a palavra aos Hebreus é definitiva para quem crê: “Pela fé, entendemos que os mundos, pela Palavra de Deus, foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente” (Hb 11.3).
Imaginemos se fosse possível explicar adequadamente a origem da vida, como se deu e se desenvolveu? Ainda assim, o “start” (início) de todas as coisas ficaria sem explicação para os cientistas, pois a ciência apenas tem a possibilidade de explorar o mundo material; o que é transcendental, e até mesmo o quântico, ela não consegue prescrutar. A fé, como expõe o escritor aos Hebreus, afirma que “os mundos” foram criados por Deus; isto é, tudo - não só a terra, mas o que está completamente fora do alcance do olhar humano - foi criado por Deus.
Por isso, não podemos ter uma posição excludente entre a fé e a ciência. Gênesis não é um livro de ciência, mas de fé. Ali Deus revelou ao ser humano o início de todas as coisas. O que cabe à ciência? Pesquisar e explorar o aspecto material dessa criação divina, e reconhecendo os seus próprios limites, como os primeiros grandes cientistas da humanidade, que foram cristãos e, ao mesmo tempo, grandes cientistas.
Fonte: Revista Ensinador Cristão, ano 16 - nº 64 – out/nov/dez de 2015. 


SUBSÍDIO II

INTRODUÇÃO

Na aula de hoje estudaremos a respeito da criação do primeiro homem e da primeira mulher, e, por conseguinte, do primeiro casamento. Inicialmente destacaremos que o primeiro homem foi criado segundo a imagem e semelhança de Deus. Em seguida, ressaltaremos a dignidade da mulher, tendo essa sido tirada do homem, para servir-lhe como adjutora. Ao final, mostraremos a importância do matrimônio, a partir dos princípios estabelecidos pelo próprio Deus, para o primeiro casamento.

1. A CRIAÇÃO DO PRIMEIRO HOMEM

A criação do primeiro homem é digna de destaque porque esse foi feito conforme a imagem e semelhança de Deus. Para cria-lo houve um acordo entre as pessoas da divindade: “façamos o homem à nossa imagem” (Gn. 2.26,27). A imagem de Deus no homem permanece, mas a semelhança foi deturpada, por causa do pecado (Ef. 4.18,19). Alguns teólogos explicam que a imagem tem a ver com a capacidade para a comunicação, e a semelhança para a santificação. A semelhança de Deus é recuperada por meio da fé em Cristo (II Pe. 1.4; Ef. 4.20-24; Cl. 3.9; Rm. 12.2; II Co. 3.18). Adão foi criado do pó da terra, mas orquestrado, inteligentemente, por Deus. Essa verdade é importante, pois mostra a dignidade da pessoa humana. Não somos produto do acaso, resultado de transformações evolutivas, mas o desenho de um Criador amoroso e dedicado. Ele não apenas nos criou, mas nas palavras de Paulo aos atenienses, também “nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At. 17.28). A criação do homem por Deus teve vários propósitos, o principal deles é que ele tivesse domínio sobre a terra. Isso não quer dizer que ele deveria subjuga-la, ou melhor, destruí-la. Depois da criação das plantas, Deus decidiu criar o homem, para cultivar a terra, e produzir o alimento necessário. Isso mostra que o homem foi criado para o trabalho, e que esse não é resultante do pecado. É digno de destaque que Deus e o homem trabalhavam juntos, no cultivo do jardim do Éden (Gn. 2.15). Infelizmente, por causa do pecado, e da ganância humana, o trabalho se tornou um fardo pesado. De modo que as pessoas, distanciadas dos princípios divinos, vivem para o trabalho, e não trabalham para viver. O trabalho não deve ser uma maldição, mas uma oportunidade de cooperar com Deus, dando continuidade ao processo criativo (Gn. 3.17-19).

2. A CRIAÇÃO DA PRIMEIRA MULHER

Deus, o mesmo que criou Adão, também criou Eva, a mulher, a sua própria imagem (Gn. 1.27). Isso quer dizer, então, que a imagem de Deus está na completude do homem e da mulher. Tanto um quanto o outro deveria exercer domínio sobre a criação (Gn. 1.29). Enquanto que o homem foi criado diretamente do pó da terra, a mulher foi feita do lado do homem, não necessariamente da costela (Gn. 2.23). A mulher foi criada porque Adão estava sozinho, e sentia a falta de alguém, que lhe completasse. Deus criou Eva para ser auxiliadora idônea, não para ser uma escrava. Como bem destacou Matthew Henry: “Ela não foi feita da cabeça para não governar sobre ele, nem dos pés para ser pisada por ele, mas do seu lado, para ser igual a ele, sob seu braço para ser protegida por ele, perto de seu coração, para ser amada por ele”. Adão não poderia explorar a mulher, antes estar ao lado dela, e trabalharem conjuntamente. A criação da mulher despertou inclusive a capacidade poética de Adão, que compôs para Eva uma canção de amor (Gn. 2.23). Isso deve servir de motivação para que os homens demonstrem afeto e carinho pela esposa. Os maus tratos pelos quais algumas mulheres passam, e são reportados nos noticiários, são resultantes do machismo. Paulo orienta as mulheres a submeterem-se aos maridos, por outro lado, os homens devem se sacrificar pelas suas mulheres, assim como Cristo o fez pela Sua igreja. Como bem destacou Paulo, a mulher é a glória do homem (I Co. 11.7), pois se o homem é a cabeça (I C. 11.1-16; Ef. 5.22-33), a mulher é a coroa. As igrejas cristãs têm motivos para ressaltar o papel da mulher na comunidade de fé. Elas foram feitas participantes da glória que em nós há de ser revelada. Em Cristo não há mais diferença entre homem ou mulher, pois todos, independentemente do sexo, são um, para a glória de Deus (Gl. 3.28).

3. A CRIAÇÃO DO PRIMEIRO CASAMENTO

O primeiro casamento, celebrado por Deus no Jardim do Éden, é o modelo de uma aliança, nos moldes da doutrina judaico-cristã. Não importa o que as leis humanas digam a respeito do casamento, a palavra final sempre será a de Deus (Hb. 13.4; Ap. 22.15). Muitos dos enlaces propalados nos tribunais não passam de meros contratos. O casamento bíblico é uma aliança, cujo fundamento se encontra nas Escrituras. Para tanto deve ser monogâmico, heterossexual e indissolúvel. Existem muitas invencionices humanas no que diz respeito ao casamento, mas como destacou o Senhor, “não foi assim desde o princípio” (Mt. 19.8). Até mesmo nos contextos evangélicos estão fugindo dos padrões bíblicos em relação ao casamento. As pessoas querem se divorciar por qualquer motivo, as influências mundanas estão entrando os portais das igrejas. Repreendemos com veemência a homossexualidade no mundo, mas fechamos os olhos para o adultério dentro da igreja (I Co. 6.9). Aquele é pecado, e é resultante da natureza humana caída (Rm. 1.27), mas também é o divórcio, pois o Deus da Bíblia o odeia (Ml. 2.16). Somente há respaldo bíblico para a dissolução do casamento em casos de morte (Rm. 7.2,3), infidelidade conjugal (Mt. 19.9) e abandono do cônjuge (I Co. 7.17). Diferentemente do mundo, devemos cultivar o relacionamento duradouro, até que a morte separe os cônjuges. O fundamento do casamento cristão é o amor, e esse exige muito mais do que romantismo, requer sacrifício um pelo outro. A sociedade contemporânea, marcada pelo imediatismo e hedonismo, não sabe o significado do amor-agape. Os cristãos, como foram alvos desse amor em Cristo (Jo. 3.16), devem levá-lo ao relacionamento conjugal, experimentando o caminho sobremodo excelente (I Co. 13).

CONCLUSÃO

A narrativa da criação do primeiro homem, da primeira mulher, e do primeiro casamento, revela verdades profundas, para as quais devemos atentar. O homem é a coroa da criação divina, bem como a mulher, ambos são dignos de honra, pois foram criados imagem e semelhança de Deus. O Senhor celebrou o primeiro casamento, fazendo com que homem e mulher se tornassem uma só carne. Essa aliança, entre Adão e Eva, é a base para o casamento cristão: monogâmico, heterossexual e indissolúvel, como reafirmado por Jesus (Mt. 19.5,6).

Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
Extraído do Blog subsidioebd

COMENTÁRIO E SUBSÍDIO III

INTRODUÇÃO

Deus não criou o ser humano por mero acaso ou capricho. Fomos chamados à existência como resultado de um desígnio eterno da Santíssima Trindade: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se move sobre a terra" (Gn 1.26).
Ao contrário do evolucionismo, que vê o homem como um simples fenômeno biológico, o Criacionismo Bíblico mostra-o como a concretização da vontade de um Deus amoroso, sábio e justo. [Comentário: Deus criou o ser humano (macho e fêmea) à sua própria imagem. Estes versículos introduzem a expressão que é a pedra fundamental da compreensão bíblica do ser humano: imagem de Deus. A Imago Dei é apresentada, antes e acima de tudo, em relação a um conceito social ou comunitário de Deus único. É a doutrina de que o Homem foi criado à Imagem Divina. É a resposta bíblica a como surgiu o Homem, Criatura singular entre as existentes. As idéias paulinas de Imago Dei são contextualizadas da Teologia Hebraica que a aceita no contexto da Criação e da Redenção. As palavras hebraicas Tselem, imagem, e demuth, semelhança, constituem-se nos vocábulos dessa doutrina e que no grego são correspondidas por eikon e homoiosis, respectivamente. O Homem foi feito Ícone de Deus e Jesus Cristo é a Ícone em Plena Essência do Deus Invisível. O Cientista e cristão evangélico Adauto Lourenço(*), contestando a evolução, afirma o seguinte: “A teoria da evolução diz que os seres humanos, no caso os Neandertais e os Homo sapiens, teriam vindo de um ancestral comum aos gorilas, chimpanzés e talvez possivelmente aos orangotangos. Analisando o aspecto da ancestralidade, não temos evidências genômicas para comprovar isso [O cientista argumenta em suas palestras que as pesquisas utilizaram um número reduzido de genes para fazer a comparação do homem e do macaco. Por isso, na análise total a semelhança genômica entre as duas espécies seria praticamente nula]. A única possibilidade, então, seria a interpretação do registro fóssil. A interpretação é algo interessante. Não temos uma sequência que mostre seres humanos evoluindo de um ancestral comum aos gorilas e chimpanzés. Temos fósseis como o Australophitecus [na teoria da evolução, este animal é considerado o ancestral direto do homem moderno], em que um dos mais conhecidos é a Lucy [fóssil encontrado em 1974 e apresentada como o elo perdido da sequência da evolução humana]. No entanto, a estrutura óssea mostra questões interessantes a respeito de suas patas, principalmente o sistema locomotor inferior. Esse sistema não permitia a esse animal ficar em pé, ou seja, não tem nada de ancestralidade do ser humano. A imagem de uma Lucy em pé nas suas patas inferiores não existe. Nós sabemos isso por várias publicações científicas de pesquisadores que têm trabalhado no estudo especificamente do sistema locomotor do Australophitecus. Por isso, sabemos que eles nunca foram criaturas que ficaram em pé como o ser humano fica. A evidência é que não houve evolução porque todos esses fósseis que estão sendo encontrados são muito semelhantes aos chimpanzés, gorilas e orangotangos. Eles não são semelhantes aos seres humanos. Ou seja, se pegar esses fósseis e fizer um estudo, o desvio da estrutura do fóssil é muito pequeno ao comparar entre chimpanzés, gorilas e orangotangos. É gigantesca ao comparar com o ser humano. Daí, falam que eram pequenas transições. Não! Eram apenas pequenas variações entre chimpanzés, gorilas e orangotangos. Não era evolução da espécie para chegar ao ser humano. Mas eu entendo que não é essa a compreensão da maioria dos cientistas, principalmente os evolucionistas. Agora, a verdade científica não é estabelecida por número de adeptos, é estabelecida em laboratório. O desvio desses fósseis, com respeito a formas de vida que nós conhecemos hoje, é um desvio menor em função dos chimpanzés, gorilas e orangotangos? Ou é menor com respeito ao ser humano? A resposta é óbvia: os Australophitecus são muito mais parecidos com chimpanzés, gorilas e orangotangos do que qualquer coisa com seres humanos. Chamá-los de ancestrais humanos ou hominídeos é um exagero.”(http://www.origemedestino.org.br/blog/johannesjanzen/?post=497)] Vamos pensar maduramente a fé cristã?

I. O CRIACIONISMO BÍBLICO

O homem é da Terra e a Terra é do homem. A este planeta estamos intimamente ligados. Não podemos fugir a este solo, pois dele o Senhor nos chamou à vida, e para ele haveremos de voltar.

1. A matéria prima do homem. Deus escolheu o pó da Terra para modelar o homem. Ele poderia ter optado pelo ouro, ou pelo mármore. Naquele momento, porém, o Senhor não tencionava fazer uma joia, nem talhar uma estátua. Era o seu propósito criar algo infinitamente mais precioso: o ser humano segundo a sua imagem e semelhança.

O próprio Deus criou o homem, a coroa da criação. E usou o pó da Terra para criar-nos, pois nela vivemos e dela nos alimentamos. Nenhum outro solo, a não ser o da Terra, serviria para dar-nos forma. [Comentário: É comum pensarmos, sobre a criação do homem, que Deus fez um boneco de barro e soprou-lhe o fôlego da vida. Na verdade, o corpo humano é composto por, no mínimo, 60 elementos químicos diferentes e suas finalidades não são muito conhecidas, os principais são: Oxigênio: 66,0 %; Carbono: 17,5 %; Hidrogênio: 10,2 %; Nitrogênio: 2,4 %; Cálcio: 1,6 %; Fósforo: 0,9 %; Potássio: 0,4 %; Sódio: 0,3 %; Cloro: 0,3 %; Enxofre: 0,2 %; Magnésio: 0,105 %; Ferro: 0,005 %. Há ainda outros elementos que, apesar de importantes, aparecem em quantidades bastante reduzidas. É o caso do manganês, cobalto, iodo, flúor, cobre, alumínio, níquel, bromo, zinco, silício e outros. Todos estes elementos estão contidos na terra. É, portanto, estritamente e literalmente verdade que o homem é formado do pó da terra. No texto hebraico, o termo "pó", pode ser traduzido por "minério". Minério é mineral. Este é definido em dicionário como: substância natural, sólida ou líquida, de composição química bem definida e propriedades físicas características. A Revista Ultimato, em seu formato eletrônico, traz o artigo A Formação de Adão  e afirma que: “Quando Deus criou Adão, Ele formou o seu corpo físico com os elementos químicos da natureza. Isto é, deu forma a um corpo como Ele projetou. Deus não fez, por assim dizer, um boneco de barro. Ele fez o seu corpo tal como o conhecemos, como se estivéssemos observando um corpo humano, natural e inerte, da mesma forma e aparência como se vê hoje. Com cabelos, unhas, globo ocular, massa encefálica, lágrimas, saliva, pele, sangue, muco nasal, ossos, coração, rins, fígado, unhas, pâncreas, duodeno, etc. Ou seja, Deus tomou átomos (prótons, elétrons, neutrons) nas porcentagens ideais de elementos químicos da natureza, tais como sílica, alumina, ferro, cálcio, magnésio, sódio, potássio, carbono, titânio, fósforo, hidrogênio, oxigênio, etc., formou as moléculas necessárias e adequadas, juntou-as e construiu o corpo humano. Fez o corpo do ser humano de carne, pelos, ossos, cartilagem, pele e sangue. Todos os órgãos foram compostos com os elementos químicos da natureza. Sabemos, a grosso modo, que mais de 75% do corpo humano é composto de água; ou seja, de átomos de Hidrogênio e Oxigênio. Esses elementos químicos, juntamente com, pelo menos, outros 19 (já vi uma lista com 60 elementos), constituem, compõem o corpo humano”. (http://www.ultimato.com.br/comunidade-conteudo/a-formacao-de-adao)]

2. O sopro divino. Após formar o homem do pó da terra, e nele imprimir a sua imagem, sopra-lhe Deus as narinas, tornando-o alma vivente (Gn 2.7). O Criador dispensou-nos cuidados paternos, de maneira que, embora pó e cinza, possuímos uma alma imortal que, um dia, a Ele tornará (Ec 12.7; 1 Ts 5.23). Fomos criados no tempo, mas no coração vai-nos a eternidade (Ec 3.11). [Comentário: A palavra espírito vem do hebraico “ruach” e do grego “pneuma”. No Antigo Testamento, a palavra hebraica “ruach” aparece 377 vezes e é traduzida como: vento, fôlego ou espírito. No Novo Testamento, a palavra “pneuma” é igualmente traduzida como: espírito ou respiração. A união do fôlego da vida com o barro inanimado tornou o homem uma alma viva, uma personalidade responsável, capaz de compreender e apreciar a Deus, capacitando-o a pensar, querer e amar. Esse fôlego de vida é o “sopro do Todo-Poderoso” (Jó 33:4), a centelha de vida. Jó assim descreve seu estado de ser vivente: “Enquanto em mim houver alento, e o sopro de Deus no meu nariz...” (Jó 27.3). O homem é mais do que "pó" ou substância física. O homem tem um espírito. Deus mesmo "soprou" o Seu próprio "fôlego" nas narinas do homem; Deus é a fonte da vida, e Ele diretamente colocou a vida dentro do homem. Esse sopro da vida é visto novamente em João 20.22, quando Jesus dá nova vida aos seus discípulos!]

3. Adão, um ser imortal. Deus não criou o homem para que viesse a morrer. Pelo contrário, Ele o fez imortal (Gn 2.17). Se Adão e Eva não tivessem pecado, ainda estariam vivos, e nós não precisaríamos conviver com a morte. [Comentário: Pela desobediência aos termos do seu governo, o homem cai, experimentando assim a perda do seu domínio. Desta forma, o homem perde o poder da vida, essencial ao governo no Reino de Deus. Foram postos dois querubins para guardar a Árvore da Vida para prevenir que o homem dela comesse e, portanto, viesse a viver para sempre. Agostinho, seguindo Paulo, vê um elo entre o pecado e a morte. Todos os homens morrem porque todos tem pecado. Na criação, Adão foi feito com a posse mori e a pose non mori. Isto refere-se à capacidade para morrer e para não morrer. Adão não foi feito intrinsecamente imortal. Ele continuaria a viver apenas enquanto se refreasse do pecado. Ele poderia ou não morrer dependendo da sua resposta ao comando de Deus.]

4. A missão do homem. Adão foi criado com uma tripla missão: governar a Terra, cultivar o solo de onde fora tomado e, especificamente, para guardar o jardim que o Senhor plantou no Éden (Gn 1.26; 2.15). O trabalho, por conseguinte, já fazia parte da vida humana antes mesmo da Queda. A partir do Éden, o homem deveria estender a civilização até aos confins do planeta, para que o Senhor fosse magnificado eternamente por seus filhos.

Portanto, o homossexualismo, quer masculino, quer feminino, é uma abominação aos olhos do Criador. [Comentário: O Senhor criou a Terra e colocou o homem para governar sobre ela. A Terra foi um presente que o Senhor deu para nós homens. Ao criar o ser humano, o Soberano do Universo elege delegar ao homem domínio sobre a terra (v. 28). O poder e autoridade do ser humano para o exercício deste governo têm sua origem no desejo de Deus de fazer o ser humano à sua própria imagem e semelhança. A habilidade do ser humano para manter o seu papel como governador delegado da terra repousará na sua obediência contínua ao governo de Deus como o Rei de tudo. O seu poder para reinar na vida apenas irá até onde vai a sua fidelidade em obedecer à lei de Deus. Nesta fidelidade, encontra-se intrínseco o dever de procriar, e isso só é possível deixando o homem pai e mãe e unindo-se à sua mulher para serem ambos uma só carne. Isto exclui qualquer forma de homossexualismo.]


SUBSÍDIO DIDÁTICO

"'Adão' é uma palavra hebraica, o nome do primeiro homem, mas também é o termo bíblico para humanidade. O homem sozinho foi direta e indiretamente formado pelo Senhor, que lhes deu o fôlego da vida (2.7); criado à imagem e semelhança de Deus (1.26,27); dado a ele o direito de governar a criação como representante de Deus (1.26, 28-30); moralmente responsável para obedecer às ordens de Deus; e dado uma natureza que requer intimidade, relacionamento com Deus e as pessoas" (RICAHRDS, Lawrence. Guia do Leitor da Bíblia: Uma Análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 26).

II. A CRIAÇÃO DO TEMPO, DO ESPAÇO E DA LUZ

O último dia da criação foi pleno de atividades: a criação do homem, o estabelecimento de suas tarefas, a nomeação dos animais, a feitura da mulher e, finalmente, a instituição do casamento.

1. A solidão do homem. Para completar a felicidade de Adão e por fim à sua solidão, Deus criou Eva, nossa mãe. O Pai, na formação da mulher, simplesmente declara: "Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea" (Gn 2.18 - ARA). 

A matriz da raça humana, enfim, estava completa. Agora, homem e mulher haveriam de se propagar, multiplicar-se e espalhar-se por toda a Terra. [Comentário: "Não é bom que o homem esteja só". A negativa "não é bom" é enfática. Até então Deus fizera tudo bom; Ele pronunciou Sua bênção sobre toda Sua criação. Aqui, pela primeira vez, encontramos que algo está faltando. Sem companhia feminina e uma parceira para a reprodução, o homem não podia realizar totalmente sua humanidade. Dessa necessidade surge a criação da mulher que será companheira e esposa de Adão. Quando a outra metade do homem estava pronta e bela, Deus a levou ao homem. Ele achou por bem chamá-la “mulher” (por ter saído dele) e exclamou: “Esta é a carne da minha carne e osso dos meus ossos” (Gn 2.23). (Homem em hebraico é “ish”, mulher é “ishah” -- duas letras a mais.) Então houve uma grande festa, pois o momento celebrava o primeiro casamento da história.]

2. A criação da mulher. Na criação de Eva, Deus atuou como anestesista, cirurgião e geneticista.

a) Anestesista. Antes de tudo, Deus seda o homem, para que este adormeça profundamente (Gn 2.21). E, assim, o Senhor dá início, bem ali no Éden, a uma ciência que só viria a ser descoberta alguns milênios mais tarde: a anestesiologia. 

b) Cirurgião. Ato contínuo, o Criador submeteu Adão a uma intervenção cirúrgica: "e tomou uma das suas costelas e cerrou a carne em seu lugar" (Gn 2.21). A operação foi tão perfeita que incluiu uma plástica. Somente aquele que nos conhece a estrutura haveria de praticar uma medicina tão perfeita (Sl 103.14

c) Geneticista. Como última etapa da cirurgia, o Senhor extraiu de Adão uma de suas costelas. E, desta, formou a mulher (Gn 2.22). Tinha início a engenharia genética. Nesse processo, Deus vai além da mera clonagem: traz à vida um ser autônomo e cônscio de si.  [Comentário: Assim como em outros milagres criadores da Escritura, Deus inicia com “uma semente”, a exemplo do pote de alimento do qual Elias comeu por dois anos e meio e dos peixes e pães com os quais Jesus alimentou 5.000. A costela, provavelmente, tenha sido escolhida como representante duma parte íntima da constituição de Adão. Célula-tronco? Clonagem? Assunto atuais mas que pode ser claramente visto na criação da mulher! Hoje os cientistas de várias partes do mundo vangloriam-se dessa “recém descoberta”. No entanto quando olhamos para a palavra de Deus, podemos encontrar algo maravilhoso no livro de Gênesis; quando o Senhor como criador do homem toma uma parte de Adão e com essa parte forma Eva, Adão usa uma expressão se relacionando com Eva dizendo que ela é “substancia” da sua “substância“, segundo o original em hebraico a palavra “osso” aparece como substância. “Esta é agora osso (substância) dos meus ossos , e carne da minha carne.” Temos em nossas mãos algo de valor inestimável, o livro de Gênesis foi escrito no meio de décimo quinto século a.C., mas atualmente muitos pesquisadores acreditam ter descoberto algo novo e de grande importância para a humanidade. Eclesiastes1.9-11 diz: "O que foi é o que há de ser; e o que se fez, isso se tornará a fazer: nada há, pois , novo debaixo do sol. Há alguma cousa de que se possa dizer: Vê isto é novo? já foi nos séculos que foram antes de nós. Já não há lembrança das cousas que precederam; e das cousas posteriores também não haverá memória entre os que hão de vir depois delas."]

3. A principal característica moral da mulher. Deus criou Eva, a fim de que ela estivesse ao lado de Adão, auxiliando-o com sabedoria e prudência. A idoneidade da mulher é pormenorizada em Provérbios 31. Diante de sua companheira Adão compõe um poema: "Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada" (Gn 2.23). [Comentário: O Dr Joel Beeke escreve: “A criação da mulher em Gênesis 2 tem consequências de longo alcance. Ela estabelece a fundamentação para três áreas importantes no relacionamento de um esposo e uma esposa dentro do casamento:1) A mulher como uma auxiliadora idônea para o homem.2) A mulher feita por Deus como Seu trabalho manual especial.3) A mulher feita para ser uma com o homem. Leia mais em:http://www.monergismo.com/textos/antropologia_biblica/criacao_mulher.htm. Ela não foi criada para ser um igual do homem mas de uma ajudadora. Considera essa verdade de Gênesis 2.18 na relação da posição da mulher. Em Hebraico esta palavra significa auxiliar, socorrer ou ajudar; ajudante (#5828 - Strongs). Esta palavra vem de uma outra raiz (#5826 - Strongs) que significa cercar, rodear, envolver; proteger, defender; ajudar. Esta ocorrência em Gênesis 2.18 da palavra "ajudadora" é a primeira vez em que ela é usada na Bíblia e também é traduzida como ajuda em muitos versículos na Bíblia. "Ajudar" é o princípio básico para a mulher existir. É a primeira causa porque foi criada. O homem é o primeiro formado, a cabeça, o líder e o exemplo no lar. A mulher foi criada para ajudá-lo a preencher todas estas posições e ajudá-lo nestas tarefas. Ela deve proporcionar esta "ajuda" sem usurpar as posições que ele tem e com respeito à posição que Deus o deu no lar.]

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

"1."Tanto o homem quanto a mulher foi uma criação especial de Deus, não um produto da evolução. O homem e a mulher, igualmente foram criados à 'imagem' e 'semelhança' de Deus. À base dessa imagem, podiam comunicar-se com Deus, ter comunhão com Ele e expressar de modo incomparável o seu amor, glória e santidade. Eles fariam isso conhecendo a Deus e obedecendo-o. Eles tinham semelhança moral com Deus, pois não tinham pecado, eram santos, tinham sabedoria, um coração amoroso e o poder de decisão para fazer o certo (Ef 4.24). Viviam em comunhão pessoal com Deus, que abrangia obediência moral e plena comunhão. Quando Adão e Eva pecaram, sua semelhança moral com Deus foi desvirtuada. Na redenção, os crentes devem ser renovados segundo a semelhança moral original. Adão e Eva possuíam semelhança natural com Deus. Foram criados como seres pessoais tendo espírito, mente, emoções, autoconsciência e livre-arbítrio. Em certo sentido, a constituição física do homem e da mulher retrata a imagem de Deus, o que não ocorre no reino animal. Deus pôs nos seres humanos a imagem pela qual Ele apareceria visualmente a eles e a forma que seu Filho um dia viria a ter. O fato dos seres humanos terem sido feitos à imagem de Deus não significa que são divinos. Foram criados segundo uma ordem inferior e dependente de Deus. Toda a vida humana provém inicialmente de Adão e Eva" (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1991, p. 33). 
2. "Uma linda tradição judaica observa que Deus não tirou Eva do pé de Adão, para que ele não tentasse dominá-la; ou da sua cabeça, para que ela se visse acima. Em vez disso, Deus tirou Eva da costela de Adão, para que os dois pudessem caminhar ao longo da vida" (RICAHRDS, Lawrence. Guia do Leitor da Bíblia: Uma Análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 26).

III. A INSTITUIÇÃO DO CASAMENTO

O Senhor não permitiu que o homem, instintiva e levianamente, se ajuntasse à sua mulher. De forma solene, une-os através do casamento, decretando: "Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne" (Gn 2.24). Estas, pois, são as características do casamento: monogâmico, heterossexual e indissolúvel. [Comentário: Em Gênesis 2.24, deixará conota uma mudança de prioridade da parte do marido. Apegar-se-á traz a idéia tanto de paixão como de permanência. Uma carne tem numerosas implicações, incluindo união sexual, geração de filhos, intimidade espiritual e emocional e demonstração de respeito de um para com o outro, assim como se respeita pais e outros irmãos. Isto é intensificado no Novo Testamento, onde fica evidente que os cônjuges cristãos também são irmão e irmã. Os dois sexos, masculino e feminino, pertencem ao padrão da criação. Homens e mulheres trazem em si, igualmente, a imagem de Deus (Gn 1.27), e, em consequência, a dignidade deles é igual. A natureza complementar desses dois sexos visa a uma cooperação enriquecedora (Gn 2.18-23), não só no casamento, na procriação e na vida familiar, mas também nas mais amplas atividades da vida.]

1.  Monogâmico. O primeiro ideal do casamento é a monogamia: um homem para uma única mulher, e uma mulher para um único homem. Infelizmente, não demoraria a aparecer o primeiro caso de poligamia (Gn 4.19). Depois de Lameque, o costume generalizou-se, contaminando até varões piedosos como Jacó, Gideão e Davi (Gn 29.21-30; Jz 8.30; 2 Sm 3.1-5). O mais notório dos polígamos foi Salomão (1 Rs 11.1-7). Tal costume, que não era aprovado, mas temporariamente tolerado por Deus, sempre acabava por acarretar sérios problemas domésticos (1 Sm 1.1-6).
A monogamia foi plenamente ratificada por Jesus e pelos apóstolos (Mt 19.4-6; 1 Tm 3.2). Por isso, hoje a poligamia não tem lugar na Igreja de Deus. [Comentário: Monogamia - grego μονογαμία - Casamento com uma só parceira(o). mono – Um. Deus revelou ao homem que ele precisava de uma esposa (Gn 2.18) e que a esposa precisava de um marido (Gn 3.16). Desde o começo, Ele criou a mulher para o homem e o homem para a mulher (Gn 1.26,27). Desde o início o homem entendeu que era vontade de Deus que ele tivesse uma esposa. "Osso dos meus ossos e carne da minha carne" (Gn 2.23) e que deveria amá-la e cuidar dela como de si próprio. Paulo escreveu: “Assim devem os maridos amar a sua própria mulher como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo. Porque nunca ninguém aborreceu a sua própria carne; antes, a alimenta e sustenta, como também o Senhor à igreja" (Ef 5.28,29). No casamento, assim como na união sexual em particular, o homem e a mulher sentem prazer e fazem dele a demonstração exterior daquilo que é uma graça interior. ­Sacramentado por Deus, (cf. 1 Tm 4,.3) ele representa a mais elevada expressão de afeto mútuo e a mais profunda comunhão humana, e por isso o próprio Deus usou o casamento como figura para expressar a incalculável profundidade de seu amor por nós.]

2. Heterossexual. A heterossexualidade é o segundo ideal do casamento (Gn 2.24). Deus fez a mulher para o homem e o homem para a mulher: ambos se completam (1 Co 11.11,12). Portanto, o homossexualismo, quer masculino, quer feminino, é uma abominação aos olhos do Criador (Lv 18.22; Rm 1.26).  [Comentário: O casamento é uma vocação, um convite de Deus para a demonstração a todo o mundo, da mais elevada forma de amor mútuo (Gn 2.23,24; Ef 5.21ss.). Também é a maneira correta de se gerar filhos (Gn 33.5; 48.4; Dt 28.4; Js 24.3,4; Sl 127.3), alimentá-los física e espiritualmente, e o ambiente mais propício para lhes ensinar a Palavra de Deus (Dt 6.7-20; 11.18-21; Pv 22.6) e treiná-los para serem bons cidadãos (Pv 13.24; 19.18; 22.15; 28.13; 29.15,17). É a forma Divina de desenvolver a espécie chamada humanidade. No caso dos seres angelicais, Deus criou cada um deles individualmente, mas no caso da humanidade, Ele criou um homem e uma mulher e toda a raça humana descendeu desse primeiro casal. Deus só poderia ter redimido separadamente cada anjo caído se Cristo morresse individualmente por cada um deles, mas Ele pôde redimir a raça humana de Adão com uma única morte de Cristo, pois Ele estaria representando a raça como um todo. É à luz desse fato que entendemos o significado de 1Coríntios 15.22: "Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo". Deus preferiu gerar filhos espirituais que irão amá-lo por causa de sua soberana graça salvadora e trazer-lhes a vida através do relacionamento do casamento. Os aspectos sacramentais e da propagação da espécie do casamento ficam dessa forma reunidos e a geração dos filhos se torna um ato de santidade para a verdadeira glória de Deus.]

3. A indissolubilidade. Finalmente, o terceiro ideal do casamento é a indissolubilidade (Mt 19.6). O casamento só pode ser dissolvido em três circunstâncias: morte (Rm 7.2,3), infidelidade (Mt 19.9) e abandono (1 Co 7.15). No caso de traição conjugal, se houver guarida para o perdão, este não deve ser ignorado.[Comentário: O divórcio sempre representou um grave problema. O ensino de Cristo é encontrado em Mateus 5.31,32; 19.3-9; Marcos 10.2-12; Lucas 16.18. Ele revelou que era somente por causa da dureza do coração dos homens que Moisés permitiu uma lei de divórcio e que isso poderia verdadeiramente levar ao adultério (Mt 19.8,9). O casamento só deve ser anulado por motivo de fornicação (Mt 5.31,32; 19.9). Isso significa que um divórcio somente deveria ser permitido quando houvesse uma relação sexual com outra pessoa que não fosse o cônjuge. Mesmo no caso de pessoas comprometidas na etapa do noivado, este deve ser rompido caso um dos dois cometa o ato de fornicação. Cristo afirmou que o homem, assim como a mulher, podia cometer adultério se forçasse um divórcio injusto. Isso contrariava a opinião dos judeus que viam a mulher como a única culpada possível. Embora exista uma diferença de opiniões, a maioria das igrejas considera que o divórcio pode ser permitido no caso de abandono voluntário. Se assim for, existem duas razões bíblicas: fornicação e adultério. Entretanto, as Escrituras aceitam que uma lei maior pode ser aplicada aos divorciados, isto é, a lei do perdão onde existe um verdadeiro arrependimento pelo pecado. Oséias perdoou e recebeu de volta a sua esposa adúltera porque a amava, assim corno Deus está disposto a perdoar e receber de volta a sua adúltera nação de Israel (Os 2.1,2; 3.1ss.; 14.1-8). O Pr Esequias Soares em seu livro Casamento, Divórcio & Sexo à Luz da Bíblia (1.ed. CPAD), escreve: “O Senhor Jesus Cristo disse que essa passagem bíblica significa a indissolubilidade do casamento: 'Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem' (Mt 19.5,6). É uma união íntima entre duas pessoas de sexos opostos que assumem publicamente o compromisso de viverem juntas; é uma aliança solene, um pacto sagrado, legal e social. Não existe no universo, entre os seres vivos inteligentes, uma intimidade maior do que entre marido e mulher, exceto apenas entre as três pessoas da  trindade. O voto solene de fidelidade um ao outro 'até que a morte os separe', que se ouve dos nubentes numa cerimônia de casamento, não é mera formalidade. Isso tem implicações profundas diante de  Deus: 'Porque o Senhor foi  testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade' (Ml 2.14). O compromisso que os noivos assumem é diante de Deus, independentemente de o casal ser ou não crente em Jesus. Isso diz respeito ao casamento per si, vinculado de maneira intrínseca à sua natureza, pois assim Deus estabeleceu essa aliança 'até que a morte os separe'" (SOARES, Esequias. Casamento, Divórcio & Sexo à Luz da Bíblia. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, pp.16-7).]

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

Professor, para introduzir o tópico a respeito do casamento, faça a seguinte indagação: "O que significa ser adjutora?" Ouça os alunos com atenção e incentive a participação de todos. Em seguida, explique o seu real significado de acordo com Lawrence Richards: 'A frase 'adjutora' tem sido frequentemente mal-entendida e usada para manter uma visão distorcida do casamento. A palavra no original, ezer, significa 'um apoio', 'uma ajudadora', ou 'uma assistente'. Isso não implica subordinação, pois a mesma palavra é usada para descrever Deus como auxílio do homem. O conceito decididamente sustenta as características da mulher como ajudadora.  Somente uma que é 'osso dos meus ossos e carne da minha carne' poderia, de fato, ir ao encontro da mais profunda necessidade de outro. Na sua original concepção, então, o casamento era a união de um homem e uma mulher, iguais perante Deus, que se completavam por meio do respeito de um para com o outro, comprometidos com a ajuda mútua" (RICAHRDS, Lawrence. Guia do Leitor da Bíblia: Uma Análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 26).

CONCLUSÃO

Em meio a tantas mentiras e falsas teorias, apregoemos com urgência que Deus criou o homem à sua imagem e semelhança. Não somos produto de nenhum processo evolutivo, mas de um ato criativo de Deus. O ser humano, criado no sexto dia, tem a obrigação de glorificar o Autor e Preservador da vida. [Comentário: O Rev Hernandes Dias Lopes comentando sobre evidencias inegáveis do Criacionismo, cita o Dr. Marshall Nirenberg, prêmio Nobel de biologia: “descobriu que temos sessenta trilhões de células em nosso corpo. Em cada célula temos um metro e setenta centímetros de fita DNA. Se esticarmos a fita DNA do nosso corpo, teremos cento e dois trilhões de metros, ou seja, cento e dois bilhões de quilômetros de fita DNA, onde em cada uma está gravado e computadorizado todos os nossos dados genéticos. O acaso não origina códigos de vida. Uma mente soberana e sábia planejou e criou todas essas coisas”. Ainda cita o Dr. John Wilson, ilustre oftalmólogo da Universidade de Harvard: “descobriu que temos sessenta milhões de fios encapados, duplos em cada olho. Seriam necessárias quase todas as centrais elétricas do mundo para se comparar a um único olho humano. Isso, certamente não poderia ser obra do acaso nem fruto de uma geração espontânea. Precisaríamos mais fé para crer na evolução do que para nos firmarmos na revelação divina, de que no princípio Deus criou os céus e a terra (Disponível em:http://hernandesdiaslopes.com.br/2007/05/criacionismo-evidencias-inegaveis/#.VhwAZG4T8Q0). Diante de tudo isto, a conclusão que podemos chegar é que a fé que temos abraçado não é uma quimera ou uma falácia, mas sim, a fé tem um objeto, Deus. Nossa confiança está firmada numa verdade que tem saído incólume de todas as batalhas ao longo dos séculos. As teorias humanas vêm e vão-se e caem no esquecimento e se cobrem com a poeira do tempo, mas a Palavra de Deus permanece para sempre!] “NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”.


Francisco Barbosa

Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br.

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