SUBSÍDIO I
Qual a origem do homem? É
a grande pergunta da filosofia, da ciência e da religião. É a pergunta que
nenhum postulado chegou a responder satisfatoriamente esta pergunta, no
que diz respeito aos seus mínimos detalhes. A Teologia, a partir dos
seus postulados sistemáticos, tenta dar conta da origem da vida em seus
detalhes. A filosofia, com suas divagações e argumentações lógicas e
complexas, realiza uma das mais bem elaboradas respostas, dentro da
capacidade humana, para se chegar a bom termo sobre o início da vida
humana, mas igualmente insatisfatória.
A ciência, com a
tecnologia, experiências em laboratórios e grandes postulados de seus
teóricos, procura perscrutar ao máximo o mistério da vida. Entretanto,
no fim de todas as coisas, a palavra aos Hebreus é definitiva para quem
crê: “Pela fé, entendemos que os mundos, pela Palavra de Deus,
foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é
aparente” (Hb 11.3).
Imaginemos se
fosse possível explicar adequadamente a origem da vida, como se deu e
se desenvolveu? Ainda assim, o “start” (início) de todas as coisas ficaria
sem explicação para os cientistas, pois a ciência apenas tem a
possibilidade de explorar o mundo material; o que é transcendental,
e até mesmo o quântico, ela não consegue prescrutar. A fé, como expõe
o escritor aos Hebreus, afirma que “os mundos” foram criados por Deus;
isto é, tudo - não só a terra, mas o que está completamente fora do
alcance do olhar humano - foi criado por Deus.
Por isso, não
podemos ter uma posição excludente entre a fé e a ciência. Gênesis não é
um livro de ciência, mas de fé. Ali Deus revelou ao ser humano o início de
todas as coisas. O que cabe à ciência? Pesquisar e explorar o aspecto
material dessa criação divina, e reconhecendo os seus próprios limites,
como os primeiros grandes cientistas da humanidade, que foram cristãos e,
ao mesmo tempo, grandes cientistas.
Fonte: Revista Ensinador Cristão, ano 16 - nº 64 – out/nov/dez de 2015.
SUBSÍDIO II
INTRODUÇÃO
Na aula de hoje estudaremos a respeito da criação
do primeiro homem e da primeira mulher, e, por conseguinte, do primeiro
casamento. Inicialmente destacaremos que o primeiro homem foi criado segundo a
imagem e semelhança de Deus. Em seguida, ressaltaremos a dignidade da mulher,
tendo essa sido tirada do homem, para servir-lhe como adjutora. Ao final,
mostraremos a importância do matrimônio, a partir dos princípios estabelecidos
pelo próprio Deus, para o primeiro casamento.
1. A CRIAÇÃO
DO PRIMEIRO HOMEM
A criação do primeiro homem é digna de destaque
porque esse foi feito conforme a imagem e semelhança de Deus. Para cria-lo
houve um acordo entre as pessoas da divindade: “façamos o homem à nossa imagem”
(Gn. 2.26,27). A imagem de Deus no homem permanece, mas a semelhança foi
deturpada, por causa do pecado (Ef. 4.18,19). Alguns teólogos explicam que a
imagem tem a ver com a capacidade para a comunicação, e a semelhança para a
santificação. A semelhança de Deus é recuperada por meio da fé em Cristo (II
Pe. 1.4; Ef. 4.20-24; Cl. 3.9; Rm. 12.2; II Co. 3.18). Adão foi criado do pó da
terra, mas orquestrado, inteligentemente, por Deus. Essa verdade é importante,
pois mostra a dignidade da pessoa humana. Não somos produto do acaso, resultado
de transformações evolutivas, mas o desenho de um Criador amoroso e dedicado.
Ele não apenas nos criou, mas nas palavras de Paulo aos atenienses, também
“nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At. 17.28). A criação do homem por
Deus teve vários propósitos, o principal deles é que ele tivesse domínio sobre
a terra. Isso não quer dizer que ele deveria subjuga-la, ou melhor, destruí-la.
Depois da criação das plantas, Deus decidiu criar o homem, para cultivar a
terra, e produzir o alimento necessário. Isso mostra que o homem foi criado
para o trabalho, e que esse não é resultante do pecado. É digno de destaque que
Deus e o homem trabalhavam juntos, no cultivo do jardim do Éden (Gn. 2.15).
Infelizmente, por causa do pecado, e da ganância humana, o trabalho se tornou
um fardo pesado. De modo que as pessoas, distanciadas dos princípios divinos,
vivem para o trabalho, e não trabalham para viver. O trabalho não deve ser uma
maldição, mas uma oportunidade de cooperar com Deus, dando continuidade ao
processo criativo (Gn. 3.17-19).
2. A CRIAÇÃO
DA PRIMEIRA MULHER
Deus, o mesmo que criou Adão, também criou Eva, a
mulher, a sua própria imagem (Gn. 1.27). Isso quer dizer, então, que a imagem
de Deus está na completude do homem e da mulher. Tanto um quanto o outro
deveria exercer domínio sobre a criação (Gn. 1.29). Enquanto que o homem foi
criado diretamente do pó da terra, a mulher foi feita do lado do homem, não
necessariamente da costela (Gn. 2.23). A mulher foi criada porque Adão estava
sozinho, e sentia a falta de alguém, que lhe completasse. Deus criou Eva para
ser auxiliadora idônea, não para ser uma escrava. Como bem destacou Matthew
Henry: “Ela não foi feita da cabeça para não governar sobre ele, nem dos pés
para ser pisada por ele, mas do seu lado, para ser igual a ele, sob seu braço
para ser protegida por ele, perto de seu coração, para ser amada por ele”. Adão
não poderia explorar a mulher, antes estar ao lado dela, e trabalharem
conjuntamente. A criação da mulher despertou inclusive a capacidade poética de
Adão, que compôs para Eva uma canção de amor (Gn. 2.23). Isso deve servir de
motivação para que os homens demonstrem afeto e carinho pela esposa. Os maus
tratos pelos quais algumas mulheres passam, e são reportados nos noticiários,
são resultantes do machismo. Paulo orienta as mulheres a submeterem-se aos
maridos, por outro lado, os homens devem se sacrificar pelas suas mulheres,
assim como Cristo o fez pela Sua igreja. Como bem destacou Paulo, a mulher é a
glória do homem (I Co. 11.7), pois se o homem é a cabeça (I C. 11.1-16; Ef.
5.22-33), a mulher é a coroa. As igrejas cristãs têm motivos para ressaltar o
papel da mulher na comunidade de fé. Elas foram feitas participantes da glória
que em nós há de ser revelada. Em Cristo não há mais diferença entre homem ou
mulher, pois todos, independentemente do sexo, são um, para a glória de Deus
(Gl. 3.28).
3. A CRIAÇÃO
DO PRIMEIRO CASAMENTO
O primeiro casamento, celebrado por Deus no Jardim
do Éden, é o modelo de uma aliança, nos moldes da doutrina judaico-cristã. Não
importa o que as leis humanas digam a respeito do casamento, a palavra final
sempre será a de Deus (Hb. 13.4; Ap. 22.15). Muitos dos enlaces propalados nos
tribunais não passam de meros contratos. O casamento bíblico é uma aliança,
cujo fundamento se encontra nas Escrituras. Para tanto deve ser monogâmico,
heterossexual e indissolúvel. Existem muitas invencionices humanas no que diz
respeito ao casamento, mas como destacou o Senhor, “não foi assim desde o
princípio” (Mt. 19.8). Até mesmo nos contextos evangélicos estão fugindo dos
padrões bíblicos em relação ao casamento. As pessoas querem se divorciar por
qualquer motivo, as influências mundanas estão entrando os portais das igrejas.
Repreendemos com veemência a homossexualidade no mundo, mas fechamos os olhos
para o adultério dentro da igreja (I Co. 6.9). Aquele é pecado, e é resultante
da natureza humana caída (Rm. 1.27), mas também é o divórcio, pois o Deus da
Bíblia o odeia (Ml. 2.16). Somente há respaldo bíblico para a dissolução do
casamento em casos de morte (Rm. 7.2,3), infidelidade conjugal (Mt. 19.9) e
abandono do cônjuge (I Co. 7.17). Diferentemente do mundo, devemos cultivar o
relacionamento duradouro, até que a morte separe os cônjuges. O fundamento do
casamento cristão é o amor, e esse exige muito mais do que romantismo, requer
sacrifício um pelo outro. A sociedade contemporânea, marcada pelo imediatismo e
hedonismo, não sabe o significado do amor-agape. Os cristãos, como foram alvos
desse amor em Cristo (Jo. 3.16), devem levá-lo ao relacionamento conjugal, experimentando
o caminho sobremodo excelente (I Co. 13).
CONCLUSÃO
A narrativa da criação do primeiro homem, da
primeira mulher, e do primeiro casamento, revela verdades profundas, para as
quais devemos atentar. O homem é a coroa da criação divina, bem como a mulher,
ambos são dignos de honra, pois foram criados imagem e semelhança de Deus. O
Senhor celebrou o primeiro casamento, fazendo com que homem e mulher se
tornassem uma só carne. Essa aliança, entre Adão e Eva, é a base para o
casamento cristão: monogâmico, heterossexual e indissolúvel, como reafirmado
por Jesus (Mt. 19.5,6).
Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
Extraído do Blog subsidioebd
COMENTÁRIO E
SUBSÍDIO III
INTRODUÇÃO
Deus não criou o ser humano por
mero acaso ou capricho. Fomos chamados à existência como resultado de um
desígnio eterno da Santíssima Trindade: "Façamos o homem à nossa imagem,
conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves
dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se move
sobre a terra" (Gn 1.26).
Ao contrário do evolucionismo,
que vê o homem como um simples fenômeno biológico, o Criacionismo Bíblico
mostra-o como a concretização da vontade de um Deus amoroso, sábio e justo. [Comentário: Deus criou o ser humano (macho e
fêmea) à sua própria imagem. Estes versículos introduzem a expressão que é a
pedra fundamental da compreensão bíblica do ser humano: imagem de Deus. A Imago
Dei é apresentada, antes e acima de tudo, em relação a um conceito social ou
comunitário de Deus único. É a doutrina de que o Homem foi criado à Imagem
Divina. É a resposta bíblica a como surgiu o Homem, Criatura singular entre as
existentes. As idéias paulinas de Imago Dei são contextualizadas da Teologia
Hebraica que a aceita no contexto da Criação e da Redenção. As palavras
hebraicas Tselem, imagem,
e demuth, semelhança,
constituem-se nos vocábulos dessa doutrina e que no grego são correspondidas
por eikon e homoiosis,
respectivamente. O Homem foi feito Ícone de Deus e Jesus Cristo é a Ícone em
Plena Essência do Deus Invisível. O Cientista e cristão evangélico Adauto
Lourenço(*), contestando a evolução, afirma o seguinte: “A teoria da
evolução diz que os seres humanos, no caso os Neandertais e os Homo sapiens,
teriam vindo de um ancestral comum aos gorilas, chimpanzés e talvez
possivelmente aos orangotangos. Analisando o aspecto da ancestralidade, não
temos evidências genômicas para comprovar isso [O cientista argumenta em suas
palestras que as pesquisas utilizaram um número reduzido de genes para fazer a
comparação do homem e do macaco. Por isso, na análise total a semelhança
genômica entre as duas espécies seria praticamente nula]. A única
possibilidade, então, seria a interpretação do registro fóssil. A interpretação
é algo interessante. Não temos uma sequência que mostre seres humanos evoluindo
de um ancestral comum aos gorilas e chimpanzés. Temos fósseis como o
Australophitecus [na teoria da evolução, este animal é considerado o ancestral
direto do homem moderno], em que um dos mais conhecidos é a Lucy [fóssil
encontrado em 1974 e apresentada como o elo perdido da sequência da evolução
humana]. No entanto, a estrutura óssea mostra questões interessantes a respeito
de suas patas, principalmente o sistema locomotor inferior. Esse sistema não
permitia a esse animal ficar em pé, ou seja, não tem nada de ancestralidade do
ser humano. A imagem de uma Lucy em pé nas suas patas inferiores não existe.
Nós sabemos isso por várias publicações científicas de pesquisadores que têm trabalhado
no estudo especificamente do sistema locomotor do Australophitecus. Por isso,
sabemos que eles nunca foram criaturas que ficaram em pé como o ser humano
fica. A evidência é que não houve evolução porque todos esses fósseis que estão
sendo encontrados são muito semelhantes aos chimpanzés, gorilas e orangotangos.
Eles não são semelhantes aos seres humanos. Ou seja, se pegar esses fósseis e
fizer um estudo, o desvio da estrutura do fóssil é muito pequeno ao comparar
entre chimpanzés, gorilas e orangotangos. É gigantesca ao comparar com o ser
humano. Daí, falam que eram pequenas transições. Não! Eram apenas pequenas
variações entre chimpanzés, gorilas e orangotangos. Não era evolução da espécie
para chegar ao ser humano. Mas eu entendo que não é essa a compreensão da
maioria dos cientistas, principalmente os evolucionistas. Agora, a verdade
científica não é estabelecida por número de adeptos, é estabelecida em
laboratório. O desvio desses fósseis, com respeito a formas de vida que nós
conhecemos hoje, é um desvio menor em função dos chimpanzés, gorilas e
orangotangos? Ou é menor com respeito ao ser humano? A resposta é óbvia: os
Australophitecus são muito mais parecidos com chimpanzés, gorilas e
orangotangos do que qualquer coisa com seres humanos. Chamá-los de ancestrais
humanos ou hominídeos é um exagero.”(http://www.origemedestino.org.br/blog/johannesjanzen/?post=497)] Vamos pensar maduramente a fé
cristã?
I. O CRIACIONISMO BÍBLICO
O homem é da Terra e a Terra é
do homem. A este planeta estamos intimamente ligados. Não podemos fugir a este
solo, pois dele o Senhor nos chamou à vida, e para ele haveremos de voltar.
1. A matéria prima do homem. Deus escolheu o pó da Terra para modelar o homem. Ele
poderia ter optado pelo ouro, ou pelo mármore. Naquele momento, porém, o Senhor
não tencionava fazer uma joia, nem talhar uma estátua. Era o seu propósito
criar algo infinitamente mais precioso: o ser humano segundo a sua imagem e
semelhança.
O próprio Deus criou o homem, a
coroa da criação. E usou o pó da Terra para criar-nos, pois nela vivemos e dela
nos alimentamos. Nenhum outro solo, a não ser o da Terra, serviria para dar-nos
forma. [Comentário: É comum pensarmos, sobre a criação
do homem, que Deus fez um boneco de barro e soprou-lhe o fôlego da vida. Na
verdade, o corpo humano é composto por, no mínimo, 60 elementos químicos
diferentes e suas finalidades não são muito conhecidas, os principais são:
Oxigênio: 66,0 %; Carbono: 17,5 %; Hidrogênio: 10,2 %; Nitrogênio: 2,4 %;
Cálcio: 1,6 %; Fósforo: 0,9 %; Potássio: 0,4 %; Sódio: 0,3 %; Cloro: 0,3 %;
Enxofre: 0,2 %; Magnésio: 0,105 %; Ferro: 0,005 %. Há ainda outros elementos
que, apesar de importantes, aparecem em quantidades bastante reduzidas. É o
caso do manganês, cobalto, iodo, flúor, cobre, alumínio, níquel, bromo, zinco,
silício e outros. Todos estes elementos estão contidos na terra. É, portanto,
estritamente e literalmente verdade que o homem é formado do pó da terra. No texto
hebraico, o termo "pó", pode ser traduzido por "minério".
Minério é mineral. Este é definido em dicionário como: substância natural,
sólida ou líquida, de composição química bem definida e propriedades físicas
características. A Revista Ultimato, em seu formato eletrônico, traz o artigo A Formação de Adão e afirma que: “Quando
Deus criou Adão, Ele formou o seu corpo físico com os elementos químicos da
natureza. Isto é, deu forma a um corpo como Ele projetou. Deus não fez, por
assim dizer, um boneco de barro. Ele fez o seu corpo tal como o conhecemos,
como se estivéssemos observando um corpo humano, natural e inerte, da mesma
forma e aparência como se vê hoje. Com cabelos, unhas, globo ocular, massa
encefálica, lágrimas, saliva, pele, sangue, muco nasal, ossos, coração, rins,
fígado, unhas, pâncreas, duodeno, etc. Ou seja, Deus tomou átomos (prótons,
elétrons, neutrons) nas porcentagens ideais de elementos químicos da natureza,
tais como sílica, alumina, ferro, cálcio, magnésio, sódio, potássio, carbono,
titânio, fósforo, hidrogênio, oxigênio, etc., formou as moléculas necessárias e
adequadas, juntou-as e construiu o corpo humano. Fez o corpo do ser humano de
carne, pelos, ossos, cartilagem, pele e sangue. Todos os órgãos foram compostos
com os elementos químicos da natureza. Sabemos, a grosso modo, que mais de 75%
do corpo humano é composto de água; ou seja, de átomos de Hidrogênio e
Oxigênio. Esses elementos químicos, juntamente com, pelo menos, outros 19 (já
vi uma lista com 60 elementos), constituem, compõem o corpo humano”. (http://www.ultimato.com.br/comunidade-conteudo/a-formacao-de-adao)]
2. O sopro divino. Após formar o homem do pó da
terra, e nele imprimir a sua imagem, sopra-lhe Deus as narinas, tornando-o alma
vivente (Gn 2.7). O Criador dispensou-nos cuidados paternos, de maneira que,
embora pó e cinza, possuímos uma alma imortal que, um dia, a Ele tornará (Ec
12.7; 1 Ts 5.23). Fomos criados no tempo, mas no coração vai-nos a eternidade
(Ec 3.11). [Comentário: A palavra espírito vem do hebraico “ruach” e do
grego “pneuma”. No Antigo Testamento, a palavra hebraica “ruach”
aparece 377 vezes e é traduzida como: vento, fôlego ou espírito. No Novo
Testamento, a palavra “pneuma” é igualmente traduzida como: espírito ou respiração.
A união do fôlego da vida com o barro inanimado tornou o homem uma alma viva,
uma personalidade responsável, capaz de compreender e apreciar a Deus,
capacitando-o a pensar, querer e amar. Esse fôlego de vida é o “sopro do
Todo-Poderoso” (Jó 33:4), a centelha de vida. Jó assim descreve seu estado
de ser vivente: “Enquanto em mim houver alento, e o sopro de Deus no meu
nariz...” (Jó 27.3). O homem é mais do que "pó" ou substância
física. O homem tem um espírito. Deus mesmo "soprou" o Seu próprio
"fôlego" nas narinas do homem; Deus é a fonte da vida, e Ele
diretamente colocou a vida dentro do homem. Esse sopro da vida é visto
novamente em João 20.22, quando Jesus dá nova vida aos seus discípulos!]
3. Adão, um ser imortal. Deus não criou o homem para que
viesse a morrer. Pelo contrário, Ele o fez imortal (Gn 2.17). Se Adão e Eva não
tivessem pecado, ainda estariam vivos, e nós não precisaríamos conviver com a
morte. [Comentário: Pela desobediência aos termos do seu governo, o homem cai, experimentando
assim a perda do seu domínio. Desta forma, o homem perde o poder da vida,
essencial ao governo no Reino de Deus. Foram postos dois querubins para guardar
a Árvore da Vida para prevenir que o homem dela comesse e, portanto, viesse a
viver para sempre. Agostinho, seguindo Paulo, vê um elo entre o pecado e a
morte. Todos os homens morrem porque todos tem pecado. Na criação, Adão foi
feito com a posse mori e a pose non mori. Isto refere-se à capacidade para
morrer e para não morrer. Adão não foi feito intrinsecamente imortal. Ele
continuaria a viver apenas enquanto se refreasse do pecado. Ele poderia ou não
morrer dependendo da sua resposta ao comando de Deus.]
4. A missão do homem. Adão foi criado com uma tripla
missão: governar a Terra, cultivar o solo de onde fora tomado e,
especificamente, para guardar o jardim que o Senhor plantou no Éden (Gn 1.26;
2.15). O trabalho, por conseguinte, já fazia parte da vida humana antes mesmo
da Queda. A partir do Éden, o homem deveria estender a civilização até aos
confins do planeta, para que o Senhor fosse magnificado eternamente por seus
filhos.
Portanto, o homossexualismo,
quer masculino, quer feminino, é uma abominação aos olhos do Criador. [Comentário: O Senhor criou a Terra e colocou
o homem para governar sobre ela. A Terra foi um presente que o Senhor deu para
nós homens. Ao criar o ser humano, o Soberano do Universo elege delegar ao
homem domínio sobre a terra (v. 28). O poder e autoridade do ser humano para o
exercício deste governo têm sua origem no desejo de Deus de fazer o ser humano
à sua própria imagem e semelhança. A habilidade do ser humano para manter o seu
papel como governador delegado da terra repousará na sua obediência contínua ao
governo de Deus como o Rei de tudo. O seu poder para reinar na vida apenas irá
até onde vai a sua fidelidade em obedecer à lei de Deus. Nesta fidelidade,
encontra-se intrínseco o dever de procriar, e isso só é possível deixando o
homem pai e mãe e unindo-se à sua mulher para serem ambos uma só carne. Isto exclui
qualquer forma de homossexualismo.]
SUBSÍDIO
DIDÁTICO
"'Adão' é uma
palavra hebraica, o nome do primeiro homem, mas também é o termo bíblico para
humanidade. O homem sozinho foi direta e indiretamente formado pelo Senhor, que
lhes deu o fôlego da vida (2.7); criado à imagem e semelhança de Deus
(1.26,27); dado a ele o direito de governar a criação como representante de
Deus (1.26, 28-30); moralmente responsável para obedecer às ordens de Deus; e
dado uma natureza que requer intimidade, relacionamento com Deus e as
pessoas" (RICAHRDS, Lawrence. Guia do Leitor da Bíblia: Uma Análise de
Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012,
p. 26).
II. A CRIAÇÃO DO TEMPO, DO ESPAÇO E DA LUZ
O último dia da criação foi
pleno de atividades: a criação do homem, o estabelecimento de suas tarefas, a
nomeação dos animais, a feitura da mulher e, finalmente, a instituição do
casamento.
1. A solidão do homem. Para completar a felicidade de Adão e por fim à sua
solidão, Deus criou Eva, nossa mãe. O Pai, na formação da mulher, simplesmente
declara: "Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que
lhe seja idônea" (Gn 2.18 - ARA).
A matriz da raça humana, enfim,
estava completa. Agora, homem e mulher haveriam de se propagar, multiplicar-se
e espalhar-se por toda a Terra. [Comentário: "Não é bom que o homem esteja só". A
negativa "não é bom" é enfática. Até então Deus fizera tudo
bom; Ele pronunciou Sua bênção sobre toda Sua criação. Aqui, pela primeira vez,
encontramos que algo está faltando. Sem companhia feminina e uma parceira para
a reprodução, o homem não podia realizar totalmente sua humanidade. Dessa
necessidade surge a criação da mulher que será companheira e esposa de Adão.
Quando a outra metade do homem estava pronta e bela, Deus a levou ao homem. Ele
achou por bem chamá-la “mulher” (por ter saído dele) e exclamou: “Esta é a
carne da minha carne e osso dos meus ossos” (Gn 2.23). (Homem em hebraico é “ish”,
mulher é “ishah” -- duas letras a mais.) Então houve uma grande festa,
pois o momento celebrava o primeiro casamento da história.]
2. A criação da mulher. Na criação de Eva, Deus atuou
como anestesista, cirurgião e geneticista.
a) Anestesista. Antes de tudo, Deus
seda o homem, para que este adormeça profundamente (Gn 2.21). E, assim, o
Senhor dá início, bem ali no Éden, a uma ciência que só viria a ser descoberta
alguns milênios mais tarde: a anestesiologia.
b) Cirurgião. Ato contínuo, o Criador submeteu Adão a uma
intervenção cirúrgica: "e tomou uma das suas costelas e cerrou a carne em
seu lugar" (Gn 2.21). A operação foi tão perfeita que incluiu uma
plástica. Somente aquele que nos conhece a estrutura haveria de praticar uma
medicina tão perfeita (Sl 103.14
c) Geneticista. Como última etapa da cirurgia, o Senhor
extraiu de Adão uma de suas costelas. E, desta, formou a mulher (Gn 2.22).
Tinha início a engenharia genética. Nesse processo, Deus vai além da mera
clonagem: traz à vida um ser autônomo e cônscio de si. [Comentário: Assim como em outros milagres criadores da Escritura, Deus
inicia com “uma semente”, a exemplo do pote de alimento do qual Elias comeu por
dois anos e meio e dos peixes e pães com os quais Jesus alimentou 5.000. A
costela, provavelmente, tenha sido escolhida como representante duma parte
íntima da constituição de Adão. Célula-tronco? Clonagem? Assunto atuais mas que
pode ser claramente visto na criação da mulher! Hoje os cientistas de várias
partes do mundo vangloriam-se dessa “recém descoberta”. No entanto quando
olhamos para a palavra de Deus, podemos encontrar algo maravilhoso no livro de
Gênesis; quando o Senhor como criador do homem toma uma parte de Adão e com
essa parte forma Eva, Adão usa uma expressão se relacionando com Eva dizendo
que ela é “substancia” da sua “substância“, segundo o original em hebraico a
palavra “osso” aparece como substância. “Esta é agora osso (substância) dos
meus ossos , e carne da minha carne.” Temos em nossas mãos algo de valor
inestimável, o livro de Gênesis foi escrito no meio de décimo quinto século
a.C., mas atualmente muitos pesquisadores acreditam ter descoberto algo novo e
de grande importância para a humanidade. Eclesiastes1.9-11 diz: "O que
foi é o que há de ser; e o que se fez, isso se tornará a fazer: nada há, pois ,
novo debaixo do sol. Há alguma cousa de que se possa dizer: Vê isto é novo? já
foi nos séculos que foram antes de nós. Já não há lembrança das cousas que
precederam; e das cousas posteriores também não haverá memória entre os que hão
de vir depois delas."]
3. A principal característica
moral da mulher. Deus criou Eva, a fim de que ela
estivesse ao lado de Adão, auxiliando-o com sabedoria e prudência. A idoneidade
da mulher é pormenorizada em Provérbios 31. Diante de sua companheira Adão
compõe um poema: "Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne;
esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada" (Gn 2.23). [Comentário: O Dr Joel Beeke escreve: “A
criação da mulher em Gênesis 2 tem consequências de longo alcance. Ela
estabelece a fundamentação para três áreas importantes no relacionamento de um
esposo e uma esposa dentro do casamento:1) A mulher como uma auxiliadora idônea
para o homem.2) A mulher feita por Deus como Seu trabalho manual especial.3) A
mulher feita para ser uma com o homem.” Leia
mais em:http://www.monergismo.com/textos/antropologia_biblica/criacao_mulher.htm. Ela não foi criada para ser um
igual do homem mas de uma ajudadora.
Considera essa verdade de Gênesis 2.18 na relação da posição da mulher. Em
Hebraico esta palavra significa auxiliar, socorrer ou ajudar; ajudante (#5828 -
Strongs). Esta palavra vem de uma outra raiz (#5826 - Strongs) que significa
cercar, rodear, envolver; proteger, defender; ajudar. Esta ocorrência em
Gênesis 2.18 da palavra "ajudadora" é a primeira vez em que ela é
usada na Bíblia e também é traduzida como ajuda em muitos versículos na Bíblia.
"Ajudar" é o princípio básico para a mulher existir. É a primeira
causa porque foi criada. O homem é o primeiro formado, a cabeça, o líder e o
exemplo no lar. A mulher foi criada para ajudá-lo a preencher todas estas
posições e ajudá-lo nestas tarefas. Ela deve proporcionar esta
"ajuda" sem usurpar as posições que ele tem e com respeito à posição
que Deus o deu no lar.]
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"1."Tanto o homem quanto a mulher foi uma
criação especial de Deus, não um produto da evolução. O homem e a mulher,
igualmente foram criados à 'imagem' e 'semelhança' de Deus. À base dessa
imagem, podiam comunicar-se com Deus, ter comunhão com Ele e expressar de modo
incomparável o seu amor, glória e santidade. Eles fariam isso conhecendo a Deus
e obedecendo-o. Eles tinham semelhança moral com Deus, pois não tinham pecado,
eram santos, tinham sabedoria, um coração amoroso e o poder de decisão para
fazer o certo (Ef 4.24). Viviam em comunhão pessoal com Deus, que abrangia
obediência moral e plena comunhão. Quando Adão e Eva pecaram, sua semelhança
moral com Deus foi desvirtuada. Na redenção, os crentes devem ser renovados
segundo a semelhança moral original. Adão e Eva possuíam semelhança natural com
Deus. Foram criados como seres pessoais tendo espírito, mente, emoções,
autoconsciência e livre-arbítrio. Em certo sentido, a constituição física do
homem e da mulher retrata a imagem de Deus, o que não ocorre no reino animal.
Deus pôs nos seres humanos a imagem pela qual Ele apareceria visualmente a eles
e a forma que seu Filho um dia viria a ter. O fato dos seres humanos terem sido
feitos à imagem de Deus não significa que são divinos. Foram criados segundo
uma ordem inferior e dependente de Deus. Toda a vida humana provém inicialmente
de Adão e Eva" (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1991,
p. 33).
2. "Uma linda tradição judaica observa que
Deus não tirou Eva do pé de Adão, para que ele não tentasse dominá-la; ou da
sua cabeça, para que ela se visse acima. Em vez disso, Deus tirou Eva da
costela de Adão, para que os dois pudessem caminhar ao longo da vida"
(RICAHRDS, Lawrence. Guia do Leitor da Bíblia: Uma Análise de Gênesis a
Apocalipse capítulo por capítulo. 10. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 26).
III. A INSTITUIÇÃO DO CASAMENTO
O Senhor não permitiu que o homem, instintiva e
levianamente, se ajuntasse à sua mulher. De forma solene, une-os através do
casamento, decretando: "Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e
apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne" (Gn 2.24). Estas, pois,
são as características do casamento: monogâmico, heterossexual e indissolúvel. [Comentário: Em Gênesis 2.24, deixará conota
uma mudança de prioridade da parte do marido. Apegar-se-á traz
a idéia tanto de paixão como de permanência. Uma carne tem
numerosas implicações, incluindo união sexual, geração de filhos, intimidade
espiritual e emocional e demonstração de respeito de um para com o outro, assim
como se respeita pais e outros irmãos. Isto é intensificado no Novo Testamento,
onde fica evidente que os cônjuges cristãos também são irmão e irmã. Os dois
sexos, masculino e feminino, pertencem ao padrão da criação. Homens e mulheres
trazem em si, igualmente, a imagem de Deus (Gn 1.27), e, em consequência, a
dignidade deles é igual. A natureza complementar desses dois sexos visa a uma
cooperação enriquecedora (Gn 2.18-23), não só no casamento, na procriação e na
vida familiar, mas também nas mais amplas atividades da vida.]
1. Monogâmico. O primeiro ideal do casamento é a monogamia:
um homem para uma única mulher, e uma mulher para um único homem. Infelizmente,
não demoraria a aparecer o primeiro caso de poligamia (Gn 4.19). Depois de
Lameque, o costume generalizou-se, contaminando até varões piedosos como Jacó,
Gideão e Davi (Gn 29.21-30; Jz 8.30; 2 Sm 3.1-5). O mais notório dos polígamos
foi Salomão (1 Rs 11.1-7). Tal costume, que não era aprovado, mas
temporariamente tolerado por Deus, sempre acabava por acarretar sérios
problemas domésticos (1 Sm 1.1-6).
A monogamia foi plenamente ratificada por Jesus e
pelos apóstolos (Mt 19.4-6; 1 Tm 3.2). Por isso, hoje a poligamia não tem lugar
na Igreja de Deus. [Comentário: Monogamia - grego μονογαμία - Casamento com uma só
parceira(o). mono – Um. Deus revelou ao homem que ele precisava de uma esposa
(Gn 2.18) e que a esposa precisava de um marido (Gn 3.16). Desde o começo, Ele
criou a mulher para o homem e o homem para a mulher (Gn 1.26,27). Desde o
início o homem entendeu que era vontade de Deus que ele tivesse uma esposa.
"Osso dos meus ossos e carne da minha carne" (Gn 2.23) e que
deveria amá-la e cuidar dela como de si próprio. Paulo escreveu: “Assim
devem os maridos amar a sua própria mulher como a seu próprio corpo. Quem ama a
sua mulher ama-se a si mesmo. Porque nunca ninguém aborreceu a sua própria
carne; antes, a alimenta e sustenta, como também o Senhor à igreja"
(Ef 5.28,29). No casamento, assim como na união sexual em particular, o homem e
a mulher sentem prazer e fazem dele a demonstração exterior daquilo que é uma
graça interior. Sacramentado por Deus, (cf. 1 Tm 4,.3) ele representa a mais
elevada expressão de afeto mútuo e a mais profunda comunhão humana, e por isso
o próprio Deus usou o casamento como figura para expressar a incalculável
profundidade de seu amor por nós.]
2. Heterossexual. A heterossexualidade é o segundo ideal do casamento
(Gn 2.24). Deus fez a mulher para o homem e o homem para a mulher: ambos se
completam (1 Co 11.11,12). Portanto, o homossexualismo, quer masculino, quer
feminino, é uma abominação aos olhos do Criador (Lv 18.22; Rm 1.26). [Comentário: O casamento é uma vocação, um convite de Deus para
a demonstração a todo o mundo, da mais elevada forma de amor mútuo (Gn 2.23,24;
Ef 5.21ss.). Também é a maneira correta de se gerar filhos (Gn 33.5; 48.4; Dt 28.4;
Js 24.3,4; Sl 127.3), alimentá-los física e espiritualmente, e o ambiente mais
propício para lhes ensinar a Palavra de Deus (Dt 6.7-20; 11.18-21; Pv 22.6) e
treiná-los para serem bons cidadãos (Pv 13.24; 19.18; 22.15; 28.13; 29.15,17).
É a forma Divina de desenvolver a espécie chamada humanidade. No caso dos seres
angelicais, Deus criou cada um deles individualmente, mas no caso da
humanidade, Ele criou um homem e uma mulher e toda a raça humana descendeu
desse primeiro casal. Deus só poderia ter redimido separadamente cada anjo
caído se Cristo morresse individualmente por cada um deles, mas Ele pôde
redimir a raça humana de Adão com uma única morte de Cristo, pois Ele estaria
representando a raça como um todo. É à luz desse fato que entendemos o significado
de 1Coríntios 15.22: "Porque, assim como todos morrem em Adão, assim
também todos serão vivificados em Cristo". Deus preferiu gerar filhos
espirituais que irão amá-lo por causa de sua soberana graça salvadora e
trazer-lhes a vida através do relacionamento do casamento. Os aspectos
sacramentais e da propagação da espécie do casamento ficam dessa forma reunidos
e a geração dos filhos se torna um ato de santidade para a verdadeira glória de
Deus.]
3. A indissolubilidade. Finalmente, o terceiro ideal do casamento é a
indissolubilidade (Mt 19.6). O casamento só pode ser dissolvido em três
circunstâncias: morte (Rm 7.2,3), infidelidade (Mt 19.9) e abandono (1 Co
7.15). No caso de traição conjugal, se houver guarida para o perdão, este não
deve ser ignorado.[Comentário: O divórcio sempre representou um grave problema. O
ensino de Cristo é encontrado em Mateus 5.31,32; 19.3-9; Marcos 10.2-12; Lucas
16.18. Ele revelou que era somente por causa da dureza do coração dos homens
que Moisés permitiu uma lei de divórcio e que isso poderia verdadeiramente
levar ao adultério (Mt 19.8,9). O casamento só deve ser anulado por motivo de
fornicação (Mt 5.31,32; 19.9). Isso significa que um divórcio somente deveria
ser permitido quando houvesse uma relação sexual com outra pessoa que não fosse
o cônjuge. Mesmo no caso de pessoas comprometidas na etapa do noivado, este
deve ser rompido caso um dos dois cometa o ato de fornicação. Cristo afirmou
que o homem, assim como a mulher, podia cometer adultério se forçasse um divórcio
injusto. Isso contrariava a opinião dos judeus que viam a mulher como a única
culpada possível. Embora exista uma diferença de opiniões, a maioria das
igrejas considera que o divórcio pode ser permitido no caso de abandono
voluntário. Se assim for, existem duas razões bíblicas: fornicação e adultério.
Entretanto, as Escrituras aceitam que uma lei maior pode ser aplicada aos
divorciados, isto é, a lei do perdão onde existe um verdadeiro arrependimento
pelo pecado. Oséias perdoou e recebeu de volta a sua esposa adúltera porque a
amava, assim corno Deus está disposto a perdoar e receber de volta a sua
adúltera nação de Israel (Os 2.1,2; 3.1ss.; 14.1-8). O Pr Esequias Soares em
seu livro Casamento, Divórcio & Sexo à Luz da Bíblia (1.ed.
CPAD), escreve: “O Senhor Jesus Cristo disse que essa passagem bíblica
significa a indissolubilidade do casamento: 'Assim não são mais dois, mas uma
só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem' (Mt 19.5,6). É uma
união íntima entre duas pessoas de sexos opostos que assumem publicamente o
compromisso de viverem juntas; é uma aliança solene, um pacto sagrado, legal e
social. Não existe no universo, entre os seres vivos inteligentes, uma
intimidade maior do que entre marido e mulher, exceto apenas entre as três pessoas
da trindade. O voto solene de fidelidade um ao outro 'até que a
morte os separe', que se ouve dos nubentes numa cerimônia de casamento, não é
mera formalidade. Isso tem implicações profundas diante de Deus:
'Porque o Senhor foi testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade'
(Ml 2.14). O compromisso que os noivos assumem é diante de Deus,
independentemente de o casal ser ou não crente em Jesus. Isso diz respeito ao
casamento per si, vinculado de maneira intrínseca à sua natureza, pois
assim Deus estabeleceu essa aliança 'até que a morte os separe'" (SOARES,
Esequias. Casamento, Divórcio & Sexo à Luz da Bíblia. 1.ed. Rio de Janeiro:
CPAD, 2011, pp.16-7).]
SUBSÍDIO
BIBLIOLÓGICO
Professor, para introduzir o
tópico a respeito do casamento, faça a seguinte indagação: "O que
significa ser adjutora?" Ouça os alunos com atenção e incentive a
participação de todos. Em seguida, explique o seu real significado de acordo
com Lawrence Richards: 'A frase 'adjutora' tem sido frequentemente
mal-entendida e usada para manter uma visão distorcida do casamento. A palavra
no original, ezer, significa 'um apoio', 'uma ajudadora', ou 'uma assistente'.
Isso não implica subordinação, pois a mesma palavra é usada para descrever Deus
como auxílio do homem. O conceito decididamente sustenta as características da
mulher como ajudadora. Somente uma que é 'osso dos meus ossos e carne da
minha carne' poderia, de fato, ir ao encontro da mais profunda necessidade de
outro. Na sua original concepção, então, o casamento era a união de um homem e
uma mulher, iguais perante Deus, que se completavam por meio do respeito de um
para com o outro, comprometidos com a ajuda mútua" (RICAHRDS, Lawrence.
Guia do Leitor da Bíblia: Uma Análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por
capítulo. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 26).
CONCLUSÃO
Em meio a tantas mentiras e
falsas teorias, apregoemos com urgência que Deus criou o homem à sua imagem e
semelhança. Não somos produto de nenhum processo evolutivo, mas de um ato
criativo de Deus. O ser humano, criado no sexto dia, tem a obrigação de
glorificar o Autor e Preservador da vida. [Comentário: O Rev Hernandes Dias Lopes
comentando sobre evidencias inegáveis do Criacionismo, cita o Dr. Marshall
Nirenberg, prêmio Nobel de biologia: “descobriu que temos sessenta trilhões
de células em nosso corpo. Em cada célula temos um metro e setenta centímetros
de fita DNA. Se esticarmos a fita DNA do nosso corpo, teremos cento e dois
trilhões de metros, ou seja, cento e dois bilhões de quilômetros de fita DNA,
onde em cada uma está gravado e computadorizado todos os nossos dados
genéticos. O acaso não origina códigos de vida. Uma mente soberana e sábia
planejou e criou todas essas coisas”. Ainda cita o Dr. John Wilson, ilustre
oftalmólogo da Universidade de Harvard: “descobriu que temos sessenta
milhões de fios encapados, duplos em cada olho. Seriam necessárias quase todas
as centrais elétricas do mundo para se comparar a um único olho humano. Isso,
certamente não poderia ser obra do acaso nem fruto de uma geração espontânea.
Precisaríamos mais fé para crer na evolução do que para nos firmarmos na
revelação divina, de que no princípio Deus criou os céus e a terra” (Disponível em:http://hernandesdiaslopes.com.br/2007/05/criacionismo-evidencias-inegaveis/#.VhwAZG4T8Q0). Diante de tudo isto, a
conclusão que podemos chegar é que a fé que temos abraçado não é uma quimera ou
uma falácia, mas sim, a fé tem um objeto, Deus. Nossa confiança está firmada
numa verdade que tem saído incólume de todas as batalhas ao longo dos séculos.
As teorias humanas vêm e vão-se e caem no esquecimento e se cobrem com a poeira
do tempo, mas a Palavra de Deus permanece para sempre!] “NaquEle que me garante: "Pela
graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus"
(Ef 2.8)”.
Francisco Barbosa
Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br.
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