SUBSÍDIO I
INTRODUÇÃO
Na aula de hoje estudaremos a partir dessa seção da
I Epístola a Timóteo os perigos das heresias. Em seguida, exortaremos, com o
apóstolo Paulo, quanto à importância de permanecer na sã doutrina. Ao final,
com base nessa mesma Epístola, ressaltaremos a necessidade de manter-se fiel e
diligente no ministério que o Senhor nos confiou. Atestaremos, após esse
estudo, que a mensagem do Apóstolo se aplica aos dias atuais, marcados por
heresias que comprometem a verdade do evangelho.
1. A APOSTASIA DOS
ÚLTIMOS DIAS
As falsas doutrinas costumam entrar sorrateiramente
no seio da igreja cristã, e na maioria das vezes, deixam de ser percebidas. O
fundamento das heresias geralmente é moral, não necessariamente teológico. A
teologia ortodoxa tem sofrido por causa de muitas pessoas que advogando uma
nova revelação, se afastam dos ensinamentos bíblicos, tão somente para
respaldar seus desvios da Palavra. Os falsos mestres dos tempos de Paulo não
temiam a Deus, por isso viviam em lassidão, deixaram de sentir os danos do
pecado. A consciência deles estava cauterizada (gr. kauteriazo), isto é, perdeu
a sensibilidade. Nenhum cristão convicto da sua fé deve ser acostumar com o
pecado, antes devemos odiá-lo em nós mesmos, e buscar viver em santificação.
Por outro lado, precisamos ter cautela para não entrar pelo caminho do
ascetismo. A heresia que estava se espalhando em Éfeso proibia o que Deus havia
criado para o ser humano, até mesmo o casamento. Em Gn. 1.28 e 9.3 atestamos
que tanto o casamento quanto a alimentação foram criados por Deus, não apenas
para a reprodução e nutrição, mas também para o prazer. O casamento, ao
contrário do que postula a filosofia relativista, foi instituído por Deus, de
acordo com Seus parâmetros (Gn. 2.18; 2.24; Mt. 19.3-12; I Co. 7.1-24). O
próprio sexo dentro do casamento é legítimo, pois venerado é o leito sem mácula
(Hb. 13.4). No que tange ao ascetismo, é preciso ter cuidado, pois muitos que
proíbem demais, estão se firmando não na graça de Deus, mas em méritos
legalistas (Cl. 2.8-11). O ascetismo exagerado pode se tornar um motivo de
vaidade, e uma tentativa de deixar de depender da providência divina. Jesus
ressaltou que todos os alimentos são puros (Mc. 7.14-23), isso também foi
ensinado por Pedro (At. 10), e confirmado por Paulo (I Co. 10.23-33). O
vegetarianismo, por exemplo, pode ser uma opção pessoal, mas sem qualquer valor
espiritual (Rm. 14.1,2), é preciso, no entanto, ser ponderado, para não ferir a
consciência dos mais fracos (Rm. 13.13-24).
2. A IMPORTÂNCIA DA SÃ
DOUTRINA
Uma das melhores maneiras dos pastores evitarem a
heresia é investir na formação bíblica da sua igreja, através do estudo e
meditação, enfatizando a sã doutrina. Inicialmente faz-se necessário que esses
se posicionem em relação aos ensinamentos falsos, e os denunciem perante a
igreja. Há pastores que não fazem mais apologética, se acostumaram de tal
maneira às falsas doutrinas que perderam o foco espiritual. Os ministros são
verdadeiros servos (gr. diakonos) da igreja, servindo a mesa com o genuíno
alimento espiritual. Mas para isso eles mesmos precisam investir no estudo
bíblico, pois somente serão pastores-mestres se se tornarem alunos. O
conhecimento da verdade é a única maneira de combater o erro, ninguém pode
identificar o falso se antes não tiver contato com o verdadeiro. Algumas
doutrinas estão sendo disseminadas nas igrejas evangélicas brasileiras que nada
têm de bíblicas. Há líderes de renome nacional que disseminam suas ideias, sem
que essas tenha respaldo bíblico. A teologia da ganância, normalmente
denominada de prosperidade, é um equívoco. O acúmulo de riquezas nada tem a ver
com espiritualidade, ninguém é mais ou menos crente pela quantia que tem ou
deixa de ter. Por outro lado, alguns estão confundido marxismo com
cristianismo, e adotando uma pauta ideológica que também não se fundamenta na
Palavra. O evangelho de Cristo não está alicerçado no pensamento individualista
e consumista da direita, e muito menos no pensamento materialista e coletivista
da esquerda. O evangelho dá ao homem a responsabilidade de escolher, inclusive
de decidir se distanciar de Deus, ainda que tenha que colher o fruto do que
plantou (Gl. 6.7). De igual modo, devemos ter responsabilidade social, pois
Cristo nos chamou para viver no mundo, e nos identificar com aqueles que passam
por necessidade (Lc. 4.18; Mt. 11.5). Os cristãos que se preocupam com as
causas sociais, e que se respaldam na ortodoxia bíblica, devem ser respeitados
sem que sejam rotulados de adeptos da esquerda.
3. FIDELIDADE E
DILIGÊNCIA NO MINISTÉRIO
Espera-se que o pastor seja fiel aos seus líderes,
o princípio da autoridade deve ser respeitado. No entanto, nenhum líder deve se
submeter a doutrinas que não tenham fundamento bíblico. Há pastores que sob a
justificativa de que são autoridade suprema querem inserir “fábulas profanas”
dentro das igrejas. Há líderes que adoram as novidades, vivem buscando saber
qual o movimento da moda, para não ficarem ultrapassados. Faz-se necessário
identificar e refutar os contradizentes, isto é, os que não seguem o evangelho,
e que estão indo após ensinamentos falsos (Tt. 1.14; II Tm. 4.4). A norma
basilar de autoridade na igreja evangélica é a Palavra de Deus, todos estão
submissos a ela, pastores e mestres. No catolicismo é a tradição que dita as
regras da igreja, mas não na orientação protestante. Todos aqueles que assumem
a tribuna devem fazê-lo com temor e tremor, cientes de que prestarão contas a
Deus a respeito do que anunciam. Ao mesmo tempo, a fidelidade à liderança da
igreja é um pressuposto, espera-se que um líder tenha outros líderes, a fim de
prestar-lhe obediência. Mas essa deve se firmar nas Escrituras, pois elas são a
norma de fé da igreja cristã. O pastor também deve ser um homem piedoso (gr.
eusebeia), dedicado à vida espiritual. Isso quer dizer que o obreiro do Senhor
deve ser reverente, por isso deve separar tempo para se dedicar à leitura da
Bíblia e à oração. O cuidado com o corpo também é necessário, pois esse é
templo do Espírito Santo (I Co. 6.19,20) e instrumento para o serviço (Rm.
12.1,2). O foco do pastor não está no culto ao corpo, mas em uma vida
espiritual, na intimidade diária com Deus, pondo sua esperança no Deus Vivo (I
Tm. 4.9-11). O pastor deve ser um exemplo para os fiéis na palavra, no
procedimento, no amor, na fé, na pureza, e também no estilo de liderança, sem
agir como dominador do rebanho (I Pe. 5.3). Os pastores jovens não devem ser
desprezados pelos mais velhos (I Tm. 4.12), antes admoestados para que cresçam
no ministério do Senhor.
CONCLUSÃO
Por fim, Paulo recomenda a Timóteo, e se aplica à
liderança da igreja atual, que se dedique à leitura pública das Escrituras (I
Tm. 4.13), tal como faziam os sacerdotes em Israel (Ne. 8.8). Isso tem a ver
com a exposição bíblica, prática que está sendo abandonado nas igrejas
evangélicas. Faz-se necessário ler, explicar e aplicar as Escrituras, essa é a
base de sustentação da igreja. Devemos fazê-lo não apenas dependendo da
meditação (I Tm. 4.15), mas também do poder (gr. carisma) do Espírito Santo (I
Tm. 4.14). É fundamental ensinar e viver o que se ensina, é assim que se cuida
de si mesmo e da doutrina (I Tm. 4.16).
Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
COMENTÁRIO E
SUBSÍDIO II
INTRODUÇÃO
Nesta lição vamos
enfatizar o cuidado que os líderes devem ter com os falsos mestres a fim de que
não destruam o rebanho do Senhor. Timóteo foi enviado à igreja de Éfeso para
combater os falsos mestres e suas heresias e é exortado por Paulo para que realize
a sua missão com excelência. [Comentário: Paulo inicia
esta carta a Timóteo com alertas sobre falsos mestres “te pedi quando parti
para a Macedónia, espero que fiques aí em Éfeso para avisar algumas pessoas que
não ensinem outra doutrina“ (1Tm 1.3). Ele também refutou alguns dos
ensinamentos perigosos: “O Espírito diz claramente que nos últimos tempos,
alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas
de demônios.” (1Tm 4.1). É vital para a Igreja, especialmente na igreja
local, vigiar constantemente o que está sendo ensinado, porque é fácil para
falsas doutrinas serem inseridas. “Cuidem de vocês mesmos e de todo o
rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu vigilantes. Sejam pastores
da igreja de Deus, que Ele comprou com Seu próprio sangue. Eu sei que depois
que eu sair, lobos ferozes penetrarão no meio de vocês e não pouparão o
rebanho. Há mesmo alguns de vocês que torcerão a verdade só para arranjar
adeptos. Então não baixe a guarda! Lembre-se que por três anos, eu nunca parei
de alertar cada um de vocês, noite e dia com lágrimas” (At 20.28-31). Foi
esta a razão pela qual Paulo deixou Timóteo em Éfeso. Paulo refere-se ao
problema dos efésios como “loquacidade frívola”, “fábulas” e “sabedoria falsa”,
e menciona genealogias como se os cristãos de Éfeso estivessem interessados em
descobrir suas origens. Através do Judaísmo daquela época, elaboradas
interpretações fantasiosas do Antigo Testamento estavam-se espalhando com
rapidez. E como os efésios estivessem numa posição que permitia o conhecimento
de tudo o que surgia, os cristãos estavam sempre contando novidades e
especulando como poderiam encaixar a última novidade em sua teologia eclética.
Deste modo, passavam o tempo falando e argumentando, mais do que realmente realizando
algo. Encontramos o mesmo perigo hoje! Precisamos saber reconhecer um Falso
Mestre: (1.3 a 11)
a. Falsos mestres ensinam doutrinas diferentes
A palavra usada por Paulo para “diferente” é
“heteros” que significa radicalmente diferente, de outro tipo. Isso significa
que estavam ensinando algo completamente estranho à Palavra de Deus.
b. Falsos mestres se ocupam com superstições e
polêmicas
Falsos mestres gostam de fábulas, mitos, ficções e
superstições. Experiências místicas não são a base de nossa fé, mas a pura
Palavra de Deus.
c. Falsos mestres gostam de especulações
inúteis
Falsos mestres vivem falando de
mistérios e coisas aparentemente profundas, mas que nada mais são que
especulações da mente humana.
d. Falsos mestres pretensiosamente falam do
que não entendem
A pretensão está sempre associada ao orgulho e
arrogância. A vaidade de alguns é vista na sua ambição:
·
Desejam ser reconhecidos como um pregador, que nada aprendeu com os
demais.
·
Desejam ser reconhecidos como pessoas criativas.
·
Desejam ser reconhecidos como o autor de um novo conceito ou doutrina.
·
Querem ser reconhecidos como o fundador de um novo movimento.
e. Falsos
mestres se apoiam na justiça própria
Os versos 8 a 11 mostram que os falsos mestres que
se infiltraram na Igreja eram mestres judaizantes. Eles rejeitavam o ensino de
que a salvação é pela graça e fé somente, antes ensinavam que uma pessoa
somente poderia ser salva sendo bom o suficiente para agradar a Deus. Nada de
errado em querer ser bom e agradar a Deus, o problema é quando buscamos justiça
própria para sermos aceitos diante de Deus. A lei foi dada para mostrar o
quanto somos pecadores e não para nos tornarmos aceitáveis diante de Deus. A lei
fora dada para que buscássemos a graça de Deus]. Vamos pensar
maduramente sobre a fé cristã?
1. A APOSTASIA DOS
HOMENS
1. A apostasia. A igreja em Éfeso estava sob o ataque dos
falsos mestres. Paulo não se omitiu nem se intimidou diante deles, mas com
coragem e ousadia combateu os ensinos heréticos que estes disseminavam. Ele
tomou todas as providências necessárias para coibir a ação maligna. Paulo foi incisivo
ao advertir Timóteo, para que ele doutrinasse a igreja em Éfeso a fim de que os
irmãos não viessem apostatar da fé cristã. O que significa apostasia? Significa
“abandono premeditado e consciente da fé cristã”. Sabemos que no Antigo
Testamento foram muitas as apostasias cometidas pelos israelitas. Para Deus a
apostasia é vista como um “adultério espiritual”. [Comentário: Do
grego antigo απόστασις [apóstasis], "estar longe de")
tem o sentido de um afastamento definitivo e deliberado,
uma renúncia de sua anterior fé ou doutrinação. Ao contrário da crença popular,
não se refere a um mero desvio ou um afastamento em relação à sua fé e à
prática religiosa. O apostata pode manifestar-se abertamente ou de modo oculto.
No mundo do primeiro século, a apostasia era um termo técnico para a revolta
política ou deserção. E, assim como no primeiro século, a apostasia ameaça o
Corpo de Cristo hoje. A Bíblia adverte sobre pessoas como Ário (c. 250-336 AD),
um sacerdote cristão de Alexandria, Egito, que foi treinado em Antioquia no
início do quarto século. Em aproximadamente 318 d.C., Ário acusou o bispo
Alexandre de Alexandria de adotar o Sabelianismo, um falso ensino que afirmava
que o Pai, o Filho e o Espírito Santo eram apenas diferentes papéis ou modos
assumidos por Deus em vários momentos. Ário estava determinado a enfatizar a
unidade de Deus. No entanto, ele foi longe demais em seu ensinamento da
natureza de Deus. Ário negou a Trindade e introduziu o que aparentava ser,
sobre a superfície, uma diferença insignificante entre o Pai e o Filho. Ário
afirmou que Jesus não era homoousios (da mesma
essência) como o Pai, mas sim homoiousios (de essência
semelhante). Apenas uma letra grega - o iota (i) - separava os dois. Ário
descreveu a sua posição desta forma: "O Pai existia antes do Filho.
Houve um tempo em que o Filho não existia. Portanto, o Filho foi criado pelo
pai. Portanto, embora o Filho tenha sido a maior de todas as criaturas, ele não
era da essência de Deus." Ário era muito inteligente e fez o seu
melhor para atrair as pessoas ao seu lado. Chegou ao ponto de compor pequenas
canções que ensinavam a sua teologia, as quais ele tentou ensinar a todos que
quisessem ouvir. Sua natureza cativante e posição reverenciada como um
pregador, assim como viver em negação de si mesmo, também contribuíram para a
sua causa. Com relação à apostasia, é fundamental que todos os cristãos
compreendam duas coisas importantes: (1) como reconhecer a apostasia e
professores apóstatas, e (2) por que o ensino apóstata é tão mortal.]
2. Doutrinas de demônios (v.1). Os falsos
mestres eram e continuam sendo uma ameaça para a Igreja de Cristo. Há uma
igreja, na América Central, cujo líder e fundador dizia ser Jesus Cristo. Esse
“falso Cristo” faleceu há pouco tempo. Na igreja por ele fundada, um dos
símbolos mais importantes é o número 666, a quem atribuem perfeição e
santidade, quando a Palavra de Deus diz que tal número é símbolo que identifica
“a besta” ou o Anticristo (Ap 13.18). Isso é exemplo de “doutrina de demônio”. O
líder precisa estar atento e alertar suas ovelhas quanto a estas doutrinas. [Comentário: Nos dias de hoje centenas de falsos
ensinos assaltam tanto a igreja como a Escritura e, portanto, isso exige um
minucioso exame de como devem ser tratados os que promovem as falsas doutrinas.
Embora pessoa alguma, com um sincero desejo de servir a Cristo, deseje
ardentemente acusar outro irmão de estar cometendo erros em seu ministério, os
profetas do Velho Testamento, o próprio Senhor Jesus Cristo e os apóstolos deixaram
claro que muitos viriam em o nome do Senhor, professando segui-Lo e, contudo,
pelos seus ensinos fraudulentos, negando-O ou apresentando uma imagem deturpada
de Deus, bem diferente daquela que nos é apresentada na Escritura Sagrada.
Paulo disse: “Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse, e agora
também digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo, cujo fim é a
perdição; cujo Deus é o ventre, e cuja glória é para confusão deles, que só
pensam nas coisas terrenas” (Fp 3.18-19). Falsos mestres, falsos apóstolos,
falsos profetas e falsos irmãos podem danificar e até mesmo destruir a
simplicidade da fé em Cristo: “... tive por necessidade escrever-vos, e
exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos” (Jd 3).
Jesus avisou que muitos seriam enganados por aqueles que afirmam falar em o
nome de Deus (Mt 24.5, 11, 24). Em relação às heresias, temos, digamos uma
fonte delas pairando sobre a Igreja. Parece que vivemos temporadas ou “modas”
de heresias. Já vimos a onda da “Batalha Espiritual”, também passamos pela
“Cura interior”, passamos pelos momentos das unções, “Unção do urso, do leão,
do riso, do papagaio, da galinha caipira”, também vimos a “Confissão Positiva
ou Palavra de Vitória”, a “Teologia da Prosperidade”, “Maldição Hereditária”,
e, recentemente uma onda muito forte com os movimentos de crescimento da Igreja
com retorno a práticas judaizantes também trazendo de volta o uso do shofar,
candelabro e quase que o tabernáculo inteiro além das festas e rituais judaicos
para o culto. Novas teologias também gracejam em nosso meio. Teologias de cunho
neo-ortodoxo ou até mesmo liberal que dão novo significado às doutrinas
clássicas montando uma nova imagem de Deus, do homem e de seus relacionamentos.
Igualmente, temos o teísmo aberto, a teologia relacional, teologia da
libertação, teologia existencial, teologia da esperança, etc. Isso indica que
os desafios continuam sendo grandes para preservarmos a sã doutrina, mas
tenhamos em mente o que o apóstolo nos ensinou na carta aos Filipenses que
devemos estar “lutando juntos pela fé evangélica” (Fp 1.27). Não por uma fé
qualquer, mas a evangélica, que provém realmente do evangelho de Jesus Cristo..
O fundador da falsa igreja na América Central a quem o comentarista se refere,
é o Sr. José Luis de Jesús Miranda (Ponce, 22 de abril de 1946 - Miami, 8 de
agosto de 2013), líder religioso porto-riquenho, fundador da Creciendo en
Gracia (Growing In Grace International Ministry, Inc.), um movimento que afirma
ensinar a "doutrina da Graça". Ele afirmava ser Jesus Cristo e também
o Anticristo, e possuir uma tatuagem do número "666" em seu
antebraço. Ele se autodenominava como "Jesucristo Hombre" (que
significa "Jesus Cristo Homem"). A sua igreja proclama-se o “Governo
de Deus na Terra” e possui um símbolo similar ao dos Estados Unidos. José
afirmava ter mais de 100 mil seguidores devotos pelo mundo. Afirmava ser o
anticristo, mandava os seguidores tatuarem o ‘número da besta’ (666) no corpo.
Ao contrário do que se possa pensar, é cada vez mais popular. O '666' tatuado é
associado ao mal, mas segundo José Luis, é um mal-entendido. Deus disse que o
'anticristo' é a melhor pessoa na Terra. O anticristo significa que não deve
olhar para Jesus Cristo pois ele não era cristão. Para saber mais, siga este
link:http://www.napec.org/heresiologia/cresciendo-en-gracia/por-dentro-do-creciendo-en-gracia-escandalos-e-falsas-doutrinas/]
3. Espíritos enganadores. Os falsos
mestres eram mentirosos e faziam de tudo para que os crentes da Igreja em Éfeso
seguissem “espíritos enganadores”. Sabemos que Satanás é enganador. Ele
procura, de todas as formas, iludir os crentes a fim de que estes abandonem a
fé verdadeira. Atualmente, temos visto a atuação de muitos espíritos
enganadores. A internet tem contribuído para disseminar muitas heresias e
enganar muitos que são fiéis ao Senhor. Uma das doutrinas malignas que se
tornou comum, nos tempos
atuais é a desvalorização do casamento heterossexual
(homem e mulher), enquanto o casamento entre homossexuais vem sendo incentivado
pelos meios de comunicação. [Comentário: Talvez a arma
mais poderosa de satanás na sua guerra contra a Igreja seja
exatamente o erro religioso (Ef 6.10-20). Talvez não haja uma arma mais eficaz
do que esta: difundir o erro de tal forma que as pessoas fiquem confusas e,
assim, a verdade do Evangelho e o progresso da Igreja seja obstaculado. Satanás
tem comissionado seus demônios como “espíritos enganadores” que se intrometem
no seio da igreja para enganar. Não temos que adivinhar onde estão e como
operam tais espíritos, porque temos o Espírito Santo, que habita na vida da
Igreja para revelar os ardis e as obras de engano. O Pastor Elienai Cabral
escreveu seu artigo intitulado “Espíritos Enganadores”: “A expressão
espíritos enganadores pode ter uma referência dupla, tanto a demônios
literalmente como a homens que se tornam agentes de demônios. A Bíblia os
identifica como “homens maus e enganadores... enganando e sendo enganados” (2Tm
3.13; 2Jo 7 e 2Pe 2.1). Existem pessoas que se colocam a serviço de Satanás
para propagar e disseminar doutrinas falsas e negar as verdades divinas. Essas
pessoas tornam-se, indubitavelmente, “espíritos enganadores”. “Últimos tempos”
equivale à expressão “últimos dias” do apóstolo Pedro em sua mensagem no Dia de
Pentecostes (At 2.17). A palavra de Paulo a Timóteo mostra que Satanás opera e
manifesta o mistério da iniquidade nestes últimos tempos, quando se constata a
exploração do misticismo em nome do Evangelho de Cristo. “Espíritos
enganadores” se intrometem no seio das igrejas e produzem falsos sinais e
prodígios para impressionar as pessoas. Aqueles crentes incautos e símplices
acabam se deixando levar pelo engano. A Palavra de Deus é torcida e heresias
surgem de modo assustador. Os espíritos de engano envolvem a muitas pessoas, as
quais acabam se tornando instrumentos de iniquidade sob o comando subjetivo de
Satanás. Esse tipo de problema tem produzido, também, racionalismo barato e
incredulidade quanto aos milagres sobrenaturais. Para deter a operação do
espírito do engano, a liderança evangélica precisa ensinar mais a Palavra de
Deus ao povo. A liturgia de nossos cultos está sendo sufocada por programações
tão extensas e intensas que não há mais espaço para a Palavra de Deus. Somente
a Palavra poderá sufocar e deter ao poder dos espíritos enganadores que se
intrometem em nossas igrejas”. Disponível em:
http://www.cpadnews.com.br/blog/elienaicabral/fe-e-razao/4/espiritos-enganadores.html]
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“O Espírito Santo revelou explicitamente que
haverá, nos últimos tempos, uma rebeldia organizada contra a fé pessoal em
Jesus Cristo.
Muitos crentes se desviarão da fé porque deixarão
de amar a verdade (2Ts 2.10) e de resistir às tendências pecaminosas dos
últimos dias. Por isso, o evangelho liberal dos ministros e educadores
modernistas encontrará pouca resistência em muitas igrejas.
A popularidade dos ensinos antibíblicos vem,
sobretudo pela ação de Satanás, conduzindo suas hostes numa posição cerrada à
obra de Deus. A segunda vinda de Cristo será precedida de uma maior atividade
de satanismo, espiritismos, ocultismos, possessão e engano demoníacos, no mundo
e na igreja.
A proteção do crente contra tais enganos e ilusões
consiste na lealdade total a Deus e à sua Palavra inspirada, e a
conscientização de que os homens de grandes dons e unção espirituais podem
enganar-se, e enganar os outros com suas misturas de verdade e falsidade. Essa
conscientização deve estar aliada a um desejo sincero do crente praticar a
vontade de Deus (Jo 7.17) e de andar na justiça e no temor dEle.
Os crentes fiéis não devem pensar que pelo fato da
apostasia predominar dentro do cristianismo nesses últimos dias, não poderá
ocorrer reavivamento autêntico, nem que o evangelismo segundo o padrão do NT
não será bem-sucedido. Deus prometeu que nos ‘últimos dias’ salvará todos
quanto invocarem o seu nome e que se separarem dessa geração perversa, e que
Ele derramará sobre eles o seu Espírito Santo” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, p.1870).
2. A FIDELIDADE DOS
MINISTROS
1. O bom ministro (v.6). Timóteo
deveria dar instruções ao rebanho do Senhor, agindo como um “bom ministro de
Cristo”. Segundo o Comentário Bíblico Beacon, “a palavra grega
traduzida por ministro (diakonos) é a mesma palavra traduzida por
‘diáconos’ em 3.8”. O bom ministro é aquele que serve a Igreja, exortando,
ensinando e discipulando suas ovelhas. Pois todo o crente precisa estar firmado
na fé e na doutrina cristã (v.6b). O bom ministro zela pela vida espiritual do
rebanho do Senhor. O pastor precisa ser um estudioso da Bíblia a fim de
“conhecer a sabedoria e a instrução” para entender as palavras da prudência (Pv
1.2). O estudo das Escrituras conduz o pastor e as ovelhas à sabedoria, em
todos os aspectos da vida. [Comentário: O jovem pastor
Timóteo deveria expor (o termo no grego expressa a ideia de conselho, sugestão
e não de ordem) essas coisas. Se assim o fizer, Timóteo terá comprovado ser de
fato um bom ministro de Cristo. O apóstolo não usa, aqui, a expressão
'excelente ministro', mas somente bom. Assim, Paulo deixa nítida a verdade de
que ser considerado um bom ministro de Cristo é a posição mais excelente que um
obreiro pode lograr. Tornar-se bom ministro de Cristo, depois de ser chamado,
exige disciplina e prudência gerais. Em primeiro lugar, é importante
considerar o fato de que a palavra “ministro”, usada nesse versículo, não se
refere apenas a pessoas que exercem um ofício ordenado no âmbito da Igreja.
Quando lemos essa palavra é comum pensarmos de imediato no Pastor. É verdade
que o Pastor é um Ministro, mas essa palavra possui sentido mais abrangente.
Seu significado é de “servo”, ou “aquele que serve”, de modo que ela não se
aplica unicamente aos servos ordenados e sim a todos que se dedicam na causa de
Cristo, ou seja, todos os cristãos. Neste sentido, o comentarista foi
restritivo ao Pastor, mas ele é abrangente, é para todos os crentes! Exorta: o
bom Ministro e que ele adverte as pessoas quanto ao erro e à mentira, para
isso, deve esmerar-se no estudo das Escrituras, dedica-se a um viver piedoso e
ao Ministério.]
2. Rejeitando as fábulas profanas. “Mas rejeita
as fábulas profanas e de velhas e exercita-te a ti mesmo em piedade” (v.7). As “fábulas
profanas e de velhas”, segundo o Comentário Bíblico Beacon, seriam
as superstições ou mitos e lendas a respeito de determinados assuntos. Paulo
ensina a Timóteo que tais crendices são profanas e não edificam a Igreja.
Quando os crentes não são orientados a lerem a Bíblia, nem tampouco a
estudarem, quase sempre se portam como meninos espirituais. Daí porque há tanto
emocionalismo e modismos nos cultos. Tais pessoas, por não conhecerem a Palavra
e não estarem firmados nela, acabam sendo levadas por todo vento de doutrinas e
engano dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente (Ef 4.14). [Comentário: Se por um lado o ministro deve
advertir as pessoas quanto ao erro e a mentira, por outro ele não deve praticar
o erro e a mentira, mas a verdade. Fábulas profanas são histórias não reais,
inventadas para se opor ao que é santo. Fábula de velha caduca era o modo da
época de falar de uma história sem importância. A orientação bíblica é para que
o Ministro não gaste suas energias com a mentira, mas as rejeite, e dedique-se
ao conhecimento da verdade. Muitas pessoas investem tanta energia em conhecer
aquilo que contraria o Evangelho, que não conseguem se dedicar ao conhecimento
da Palavra de Cristo. Isso é o que Paulo condena nesse versículo. O ministro de
Cristo deve ser um perito no conhecimento da Palavra de Deus, pois ela é a
espada do Espírito, por meio da qual toda mentira e engano devem ser
eliminados.]
3. O exercício físico e a piedade (v.8). Paulo não
estava desaprovando a ideia do bem-estar físico. O que ele queria dizer, para
uma comunidade que valorizava excessivamente os exercícios físicos e o corpo, é
que tais práticas, ainda que saudáveis, só serviam para esta vida. Enquanto que
“a piedade para tudo é
proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que
há de vir” (v.8b). Sabemos que o nosso corpo é templo do Espírito Santo, por
isso, precisa ser bem cuidado. [Comentário: O que significa
exercitar-se na piedade (vs.7b)? Quais resultados esse exercício produz? O
Ministério, independente da frente de trabalho em que estivermos, não é apenas
uma questão de princípio teórico. Ele é meio pelo qual servimos uns aos outros,
sendo canais que distribuem a graça de Deus. Na linguagem de Pedro, somos
“despenseiros da multiforme graça de Deus” (1 Pedro 4:10). Por isso, não é
preciso apenas preparo intelectual, mas preparo integral. Eis a razão pela qual
Paulo disse a Timóteo que cuidasse tanto de si mesmo quanto de seu ensino. Uma
coisa jamais pode se dissociada da outra, pois uma das características de um
Ministro excelente é a piedade. Piedade traduz a ideia de conformidade à
vontade de Deus, a ideia de santidade. É digno de nota o fato de Paulo atribuir
a Timóteo o dever de se exercitar na piedade. A ideia é a de um esforço
contínuo em direção à santidade. Trata-se do ato diário de mortificar a si
mesmo, a fim de ser controlado pela vontade de Cristo Jesus. Em outros textos,
Paulo enfatiza a necessidade de esforço para alcançar uma vida de santidade (2
Co 7:1; Fp 2:12). A fim de incentivar Timóteo a se exercitar na piedade, Paulo
traça um paralelo entre o exercício físico e o exercício espiritual (1 Tm
4:8-9). Willian Hendricksen resume em dois pontos o ensino de Paulo. Segundo
ele, o que Paulo está dizendo é que: 4.1 – As bênçãos que procedem do exercício
físico, por maiores que sejam, são definitivamente inferiores à recompensa que
a vida piedosa promete. O primeiro, no melhor dos casos, promove a saúde, o
vigor, e a beleza física. Essas coisas são maravilhosas, e devem ser
apreciadas. O segundo, porém, promove a vida eterna. 4.2 – A esfera em que o
exercício físico é de proveito é muito mais restrita do que aquela em que a
vida eterna concede sua recompensa. O primeiro tem a ver com o aqui e agora; o
segundo tem a ver com o aqui e agora, mas também atinge o além. (Comentário do
Noto Testamento: 1 e 2 Timóteo e Tito, Cultura Cristã). A importância desse
tópico é ratificada pela expressão “fiel é esta Palavra e digna de inteira
aceitação”, usada apenas quatro vezes nas Cartas Pastorais, para enfatizar a confiabilidade
da Palavra de Deus em Suas promessas e exortações. O uso dessa expressão, nesse
ponto, indica que Paulo desejava que Timóteo olhasse para ele de maneira
especial. A disciplina espiritual é essencial àqueles que desejam ser bons
Ministros de Cristo Jesus. Texto extraído de
http://www.ipbvilagerti.org.br/um-excelente-ministro]
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Líderes eclesiásticos, pastores de igrejas locais
e dirigentes administrativos da obra devem lembrar-se de que o Senhor Jesus os
têm como responsáveis pelo sangue de todos os que estão sob seus cuidados. Se o
dirigente deixar de ensinar e pôr em prática todo o conselho de Deus para a
igreja, principalmente quanto à vigilância sobre o rebanho, não estará ‘limpo
do sangue de todos’. Deus o terá por culpado do sangue dos que se perderem, por
ter deixado de proteger o rebanho contra os falsificadores da Palavra” (Bíblia
de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, p.1677).
3. A DILIGÊNCIA NO
MINISTÉRIO
1. O ensino prescritivo. “Manda estas
coisas e ensina-as” (v.11). Era uma determinação de Paulo a Timóteo, para que
ele não fraquejasse na ministração da doutrina à igreja em Éfeso, visto que as
heresias estavam se espalhando com certa facilidade. A exortação de Paulo é de
grande valor para os dias atuais, em que, em muitas igrejas, há um desprezo
pela Palavra de Deus. [Comentário: Qual a
importância da autoridade do Ministro no ensino? De onde essa autoridade é
derivada? A necessidade da autoridade no ensino do Ministro é uma constante no
ensino de Paulo a Timóteo. Diferentes termos refletem isso: “prescreve” (1 Tm
5:7); “repreende” (1 Tm 5:20); “exorta” (1 Tm 6:17). Ao apontar para essa
autoridade, ele não está defendendo um tipo de liderança autoritária; a
Escritura orienta os líderes cristãos a que liderem não como dominadores do
rebanho, mas como pastores (1 Pe 5:3). Assim, a exortação do apóstolo é para
que os Ministros de Deus orientem, repreendam e guiem os seus conservos, em
nome de Deus, com autoridade, chamando-os à sensatez. Essa autoridade procede
essencialmente de Cristo, que designa o Ministro ao trabalho, mas ela também é
resultado de sua seriedade para com a Palavra de Deus e de sua vida se
conformar com essa Palavra.]
2. O exemplo dos fiéis (v.12). Timóteo era um
jovem pastor, com cerca de 30 a 35 anos, e fora enviado para doutrinar uma
igreja, onde já havia anciãos ou presbíteros, com mais idade. Por isso, Paulo o
exorta a ser um exemplo em tudo. O pastor, não importa a idade que tenha,
precisa ter consciência de que será sempre um exemplo para o seu rebanho, por
isso, precisa ter cuidado com seu modo de falar, agir e até de se vestir. [Comentário: A credibilidade de um líder cristão e
sua autoridade, dependem diretamente de uma vida exemplar. Timóteo era um jovem
Ministro, e Paulo o orienta a adquirir o respeito de seus liderados (vs.12).
“Ninguém despreze a tua mocidade”, não por meio de uma imposição autoritária,
mas mediante uma vida padrão. Assim, a vida de Timóteo deveria ser modelo para
os demais. Um Ministro de Cristo deve poder dizer como o Apóstolo Paulo: “Sede
meus imitadores, como também eu sou de Cristo.” (1 Co 11:1). O Ministro deve
ser padrão no que diz (palavra), nas ações (procedimento), na prática da
caridade (amor), na confiança em Deus (fé), e nas suas motivações cristãs
(pureza).]
3. O cuidado que o ministro deve ter com o
aprendizado. “Persiste em ler, exortar e ensinar, até que eu vá” (v.13). Um
ministro do evangelho precisa estar constantemente estudando e aprendendo para
que possa exortar, ensinar a Igreja. Infelizmente, há pastores que nunca leram
a Bíblia toda. Além da Bíblia é preciso ler outros livros que vão edificar o
pastor e contribuir para a edificação da Igreja. É importante também
ressaltar
que neste versículo o vocábulo “ensinar” tem o sentido de instruir
doutrinariamente na verdade. Todavia, para “ensinar”, o líder precisa gostar de
aprender. [Comentário: Timóteo parece ter ouvido as
orientações apostólicas. Isso pode ser visto na confiança que o próprio
Apóstolo Paulo depositou no jovem Pastor. Sabemos que Timóteo foi solenemente
ordenado Ministro mediante a imposição de mãos do Presbitério, do qual fazia
parte o Apóstolo Paulo (1 Tm 1:6; 4:15). Além disso, Timóteo foi companheiro de
Paulo em algumas de suas viagens missionárias, e foi algumas vezes enviado pelo
Apóstolo para auxiliar algumas Igrejas, dentre elas as de Corinto e Filipos. A
recomendação de Paulo a respeito de Timóteo, quando o enviou aos filipenses,
resume-se nas seguintes palavras: “A ninguém tenho de igual sentimento que,
sinceramente, cuide dos vossos interesses; pois todos eles buscam o que é seu
próprio, não o que é de Cristo Jesus. E conheceis o seu caráter provado, pois
serviu ao Evangelho, junto comigo, como filho ao pai.” (Fp 2:20-22)]
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“‘Ninguém despreze a sua mocidade [...]’ (1Tm
4.12). A palavra grega é neotes, que indica uma pessoa que é
adulta, mas abaixo dos 40 anos. No mundo antigo, não era esperado que uma
pessoa com a idade de Timóteo, provavelmente nos seus 30 anos de idade, tivesse
obtido o discernimento e a sabedoria requerida para os líderes.
Podemos entender, em virtude do ambiente social, no
qual os pagãos e judeus igualmente esperavam que uma pessoa tivesse entre 40 e
60 anos para ser qualificado a compreender e aconselhar, por que Timóteo, com
30 anos de idade, pode ter estado hesitante em afirmar sua autoridade.
É significativa a apresentação de novos critérios
pelos quais a igreja deve avaliar os seus líderes. O que qualifica uma pessoa
para a responsabilidade de liderança na igreja de Deus não é a idade, mas sim o
caráter. Timóteo e os líderes devem dar exemplo para os crentes no modo de
falar, na vida, no amor, na fé e na pureza” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário
Histórico-Cultural do Novo Testamento. 7ª Edição. RJ: CPAD, 2012,
p.471).
CONCLUSÃO
Temos que ter cuidado, pois atualmente muitos estão
apostatando da fé e se deixando levar por doutrinas de homens e de demônios.
Para combater os falsos ensinos, o pastor deve conhecer a Palavra de Deus e
ensiná-la ao rebanho. O pastor e seus auxiliares precisam conhecer as doutrinas
bíblicas a fim de que possam ensinar a sã doutrina.
Que o Senhor guarde os ministros e as igrejas dos
ataques do maligno, da apostasia nesses últimos tempos que antecedem a vinda de
Jesus. [Comentário: Nunca se ouviu
falar de tantos escândalos com obreiros de Deus como nos últimos dias. Será que
não primamos mais a excelência de “nosso ministério” do que a excelência de
Cristo? Ser um bom ministro de Cristo só glorifica a Cristo, edifica, fortalece
e afasta os hereges. Devemos viver o ministério com esmero, primando a
excelência deste, para ver se, de alguma maneira, sejamos considerados “bons
ministros”. Pois, em nenhum lugar do Novo Testamento, com exceção do que
sabemos do ministério do Salvador, houve algum louvor à excelência do
ministério apostólico, humano, ou outro qualquer servo. O Senhor Jesus diz que,
no último dia, chamará seus servos de “bom e fiel servo”, não de
"excelente" (Mt 25.21). Ser chamado de “bom e fiel” já será uma excelência
para todos os fiéis ministros!] NaquEle que me garante: "Pela graça sois
salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”.
Francisco Barbosa
Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br.
SUBSÍDIO ENSINADOR CRISTÃO
Apostasia,
fidelidade e diligência no Ministério
Muitos confundem “apostasia” com o desvio de uma
pessoa em relação a uma “instituição religiosa”. Não podemos insistir nesse
tipo de dúvida, pois a apostasia está descrita na Bíblia como um acontecimento
sério e pouco comum. Sim, não é comum quem teve um encontro pessoal com Deus,
provando da sua boa Palavra, apostatar-se da fé, mas é biblicamente possível
também não podemos confundir simples frequentadores de templos com lavados e
remidos no sangue de Jesus.
A palavra “apostasia” vem do vocábulo do grego
antigo apóstasis, que significa “estar longe de”, isto é, no
sentido de “revolta”, “rebelião”, “afastamento doutrinário e religioso”,
“apostasia da verdade”. Por isso, apostasia se refere, ao contrário da crença
popular, uma decisão deliberada, consciente, aberta ou oculta, contra fé
genuína do Evangelho.
Na “esteira” da apostasia precedem os ensinos
falsos, malignos e fantasiosos. São as “doutrinas de demônio” que o apóstolo
Paulo menciona na epístola. Uma das maneiras desses ensinos manifestarem-se na
igreja é os seus propagadores elegerem um tema da Bíblia como ênfase
doutrinária, como se o fiel que não conhecesse aquele assunto não teria acesso
aos “mistérios de Deus”. Assim, no interior do homem que influência outras
pessoas com esses falsos ensinos, nasce a egolatria e cresce a síndrome de
autossuficiência.
O apóstata não se vê apóstata. Não reconhece nem
considera a possibilidade de ele ter-se transformado deliberadamente num
apóstata da fé. Por isso, o elemento fundamental para ele voltar atrás é quase
impossível de ocorrer: o arrependimento. Para os ministros de Cristo defenderem
a Igreja da apostasia, antes de tudo, eles precisam honrar a fé em Jesus
Cristo, a simplicidade do Evangelho, servindo a igreja com amor e fidelidade.
Sendo arautos de Deus para toda boa obra. Os ministros de Deus, os servidores
da Igreja de Cristo, devem estar aptos a ensinar e a contradizer os falsos
ensinadores. Rejeitando as “fábulas profanas”, ensinamentos que em nada edificam
a Igreja de Cristo.
Portanto, aos ministros de Cristo cabe a diligência
na fé, ensinando as Sagradas Escrituras e apresentando-se como modelos ideais
que estimulem os fiéis a viver a fé. Persistirem na pesquisa, no estudo
exaustivo e sistemático das Escrituras Sagradas. Que o Senhor nosso Deus guarde
o seu povo da apostasia!
Que o Senhor guarde
o seu povo!
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