TEXTO ÁUREO
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“Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é
que nos pode livrar; ele nos livrará do forno de fogo ardente e da tua
mão, ó rei” (Dn 3.17).
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VERDADE
PRÁTICA
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Se formos fiéis, a providência divina jamais
faltará.
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HINOS
SUGERIDOS
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178,
244, 296
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LEITURA BÍBLICA EM CLASSE DN 3.1-7,14
1. O
rei Nabucodonosor fez uma estátua de ouro, cuja altura era de sessenta côvados,
e a sua largura de seis côvados; levantou-a no campo de Dura, na província de
babilônia.
2.
Então o rei Nabucodonosor mandou reunir os príncipes, os prefeitos, os
governadores, os conselheiros, os tesoureiros, os juízes, os capitães, e todos
os oficiais das províncias, para que viessem à consagração da estátua que o rei
Nabucodonosor tinha levantado.
3.
Então se reuniram os príncipes, os prefeitos e governadores, os capitães, os
juízes, os tesoureiros, os conselheiros, e todos os oficiais das províncias, à
consagração da estátua que o rei Nabucodonosor tinha levantado; e estavam em pé
diante da imagem que Nabucodonosor tinha levantado.
4. E
o arauto apregoava em alta voz: Ordena-se a vós, ó povos, nações e línguas:
5.
Quando ouvirdes o som da buzina, da flauta, da harpa, da sambuca, do saltério,
da gaita de foles, e de toda a espécie de música, prostrar-vos-eis, e adorareis
a estátua de ouro que o rei Nabucodonosor tem levantado.
6. E
qualquer que não se prostrar e não a adorar, será na mesma hora lançado dentro
da fornalha de fogo ardente.
7.
Portanto, no mesmo instante em que todos os povos ouviram o som da buzina, da
flauta, da harpa, da sambuca, do saltério e de toda a espécie de música,
prostraram-se todos os povos, nações e línguas, e adoraram a estátua de ouro
que o rei Nabucodonosor tinha levantado.
14.
Falou Nabucodonosor, e lhes disse: É de propósito, ó Sadraque, Mesaque e
Abednego, que vós não servis a meus deuses nem adorais a estátua de ouro que
levantei?
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Analisar a tentativa de Nabucodonosor de instituir uma religião mundial.
- Conscientizar-se de que não podemos aceitar a idolatria.
- Compreender a fidelidade dos amigos
SUBSÍDIO I
INTRODUÇÃO
No capítulo 3 de
Daniel nos voltaremos para a instituição da religião humana. Veremos que
Nabucodonosor decidiu construir uma imagem e que essa deveria ser adorada. No
entanto, os servos de Deus, em obediência a Sua palavra, decidiram ser fiéis ao
Senhor, e não se prostraram diante dela. Além de ressaltar a fidelidade de
Ananias, Mizael e Azarias, destacaremos a providência divina, quando os jovens
foram lançados na fornalha de fogo, para serem mortos.
1. A RELIGIÃO DE NABUCODONOSOR
Em Dn. 3,
Nabucodonosor, em sua embriaguez pelo poder, constrói uma estátua. Ele pensava
ser um deus, não se contentou em ser apenas humano. Esse é o princípio do
pecado, tanto Lúcifer (Is. 14.14) quanto Adão e Eva quiseram ser iguais a Deus
(Gn. 3.5). A famigerada fome pelo poder tem levado alguns líderes a
atitudes insanas. Alimentados pela bajulação, até mesmo os líderes evangélicos
tem caído nesse pecado. Ainda bem que existem aqueles que não se dobram diante
desse servilismo. Os cultos às celebridades evangélicas estão causando estragos
às igrejas. Há aqueles que se negam a cultuar o ser humano, dando-lhe a glória
que somente pertence a Deus. A religião de Nabucodosor se destaca pelo
totalitarismo, apenas a sua palavra é final, com ninguém se aconselha. A
consciência dos seus súditos é controlada a fim de manter sua opressão. Esse
tipo de liderança é perigosa, porque escraviza as pessoas, e as coisifica (Dn.
3.7,8). Esse tipo de religião não vê pessoas, apenas súditos a serem usados,
que podem ser descartados. Muitas pessoas estão sofrendo, algumas delas fazendo
tratamento médico, por causa de feridas causadas em nome de Deus. Uma marca
dessa religiosidade babilônica é a intriga, o pouco caso em relação aos outros.
Existem inclusive aqueles que trabalham para denunciar aqueles que não se
dobram diante do autoritarismo. A inveja é a principal moeda nessas religiões
neuróticas e adoecedoras (Dn. 3.12). Os vassalos do rei denunciaram os jovens
servos de Deus, a fim de tirar proveito daquela condição. A fidelidade a Deus,
no entanto, deve ser inegociável, ainda que venhamos a perder
privilégios. Mais importante que está no auge é se encontrar no centro da
vontade de Deus (Rm. 12.1,2). Nem sempre a maioria tem razão, a verdade está na
Palavra de Deus, essa é a voz de Deus. A religião de Nabucodonosor é farisaica,
e foi denunciada por Jesus, por causa do culto ao exterior, em detrimento do
interior (Mt. 23).
2. A FIDELIDADE DOS SERVOS DE DEUS
Como testemunhas de
Deus, devemos nos posicionar, mesmo diante de ameaças (Dn. 3.15). Há crentes
que têm medo de perseguições, por isso buscam conveniências, às vezes fazendo
concessões. A igreja não deixa de crescer durante a perseguição, muito pelo
contrário, temos testemunhos de fidelidade justamente em tempos adversos.
Devemos orar pela paz, e buscar viver bem em sociedade, mas é preciso ter
cuidado, para não transformar a comodidade em comodismo. A defesa da nossa fé
não precisa ser odiosa, devemos demonstrar mansidão (I Pe. 3.15), e amor, até
mesmo aos inimigos (Mt. 5.44-48). A igreja de Jesus Cristo está susceptível às
perseguições (II Tm. 3.12). Ainda que no futuro leis sejam aprovadas, contrárias
aos fundamentos da fé cristã, não assumiremos os valores defendidos e
praticados pelo mundo (I Jo. 5.19). As consequências poderão ser desafiadoras,
mas devemos permanecer firmes, como fizeram os jovens na Babilônia (Dn.
3.17,18). Os cristãos continuarão a viver a partir dos princípios divinos,
independentemente das circunstâncias. A morte não deve ser motivo de temor,
pior que a morte é um cristianismo medíocre, que não se compromete com a
verdade divina (Mt. 10.28). Nesses dias que antecedem ao pleito eleitoral,
tenhamos cuidados para não nos dobrarmos diante de ideologias humanas. Também
sejamos cautelosos para não nos tornarmos meros moralistas, julgando os
pecadores sem dar-lhes a oportunidade de arrependimento. Se por um lado, muitos
estão se dobrando diante do deus-imoralidade, outros estão, com a maior
naturalidade, se deixando conduzir pelo deus-mamom. O mesmo Deus que reprova os
pecados sexuais (Mt. 5.32) também censura os adoradores do dinheiro (Mt.
6.24; I Tm. 6.10). Somente Deus deve ser adorado, essa é a mensagem
contundente de Jesus, profética para os dias atuais (Mt. 4.10).
3. A PROVIDÊNCIA DO SENHOR
Os jovens, fiéis
servos do Senhor, foram lançados na fornalha de fogo ardente, resultante da
fúria insana de Nabucodonosor (Dn. 3.15). Ele mandou aquecer a fornalha sete
vezes (Dn. 3.19) e mandou amarrá-los antes de lança-las no fogo (Dn. 3.20). Nem
sempre Deus livra os seus servos da fornalha, mas na fornalha (Is. 43.1-30). Os
cristãos que não querem mais sofrer, e que fogem da possibilidade de
perseguição, não compreenderam o preço do discipulado (Mt. 16.24). Há uma cruz
a ser carregada, com C. S. Lewis, não recomendamos o cristianismo a quem quer
uma religião confortável. A fé cristã nos tira do lugar comum, nos lança diante
da adversidade, também da incompreensão. Por causa da nossa fé, podemos ser
tratados como a escória do mundo, não poucas vezes assumidos como loucos (I Co.
1.17-23). Mesmo diante das perseguições, podemos confiar em Deus, Jesus
prometeu estar conosco (Mt. 28.20). Justamente nas horas mais adversas, quando
somos perseguidos por causa do amor a Cristo, sentimos mais de perto a Sua
presença. Aqueles que são perseguidos na defesa do evangelho são
bem-aventurados (Mt. 5.11,12). Deus promete, no meio da perseguição, nos dá o
escape, mesmo que esse venha com a morte. A galeria dos heróis da fé de Hb. 11
é uma demonstração dessa verdade. O Senhor pode decidir ser glorificado através
da passagem dos seus servos para a eternidade. Estevão se tornou o primeiro
mártir da fé cristã, mas para isso precisou sacrificar a própria vida, por amor
a verdade do evangelho de Jesus Cristo (At. 7.51-60). Mas o Senhor pode
soberanamente dar o livramento nesta vida, de maneira providencial como fez com
os jovens judeus na Babilônia (Dn. 3.24,25). Mas eles não foram salvos para a
glória pessoal, antes para dar glória a Deus (Dn. 3.26).
CONCLUSÃO
Nabucodonosor
reconheceu que o Deus de Ananias, Misael e Azarias era o Deus Poderoso (Dn.
3.28,29). As atitudes da igreja, em todo o tempo, como sal da terra e luz do
mundo (Mt. 5.13,14), devem apontar para Cristo. Ele é Cabeça da Igreja, e nós,
como corpo, devemos agir a partir dos Seus princípios. Uma igreja cristã
autêntica tem compromisso com a Cabeça, não em agradar a líderes meramente
religiosos (Cl. 1.18). Ainda que sejamos perseguidos, estamos certos que nada
nos separará do amor de Cristo (Rm. 8.39-37).
Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
SUBSÍDIO II
INTRODUÇÃO
A história narrada no capítulo
três ocorreu possivelmente no final do reinado de Nabucodonosor. O texto é mais
uma prova de que vale a pena ser fiel a Deus até mesmo quando somos desafiados
em nossa fé. Nabucodonosor já havia se esquecido da manifestação do poder de
Deus na revelação dos seus sonhos (Dn 2.1-49). Tornou-se um déspota que exigia
dos seus súditos um servilismo irracional. No meio da multidão dos súditos,
porém, estavam os três jovens hebreus, fiéis ao Deus de Israel, do qual não
transigiram de modo algum. [Comentário: Na história que o capítulo
3 de Daniel nos apresenta, percebe-se a obsessão do rei da Babilônia,
Nabucodonosor, pelo poder quando ele se engrandece e exige que seus súditos o
adorem como um deus. Os especialistas em Antigo Testamento afirmam que essa
história ocorreu quase ao final do seu reinado (Jr 32.1; 52.29). Temos mais uma
prova, aqui no capítulo três, de que vale a pena ser fiel a Deus até mesmo
quando nossa fé é desafiada. Aquele soberano esquecera da manifestação do poder
do Deus de Israel quando teve resposta na revelação dos seus sonhos, mas
embriagado pelo poder e pelo fulgor de sua própria glória, conseguiu com sua
presunção, chegar ao ápice da paciência de Deus; não se contentou em ser apenas
“a cabeça de ouro” da grande estátua
do seu sonho no capítulo dois. Ergue uma imensa estátua de ouro, tendo cerca de
30 m de altura, equivalente a oito andares de um edifício, e ordena que os
representantes das nações, seus súditos, se ajoelhassem e adorassem àquela
estátua que representava ele mesmo.Tornou-se um déspota que exigia dos seus
súditos um servilismo irracional. No meio da multidão dos súditos estavam os três
jovens hebreus fiéis ao Deus de Israel, que não temiam recusar-se a adorar a
outro deus que não YAHWEH.] Convido você para mergulharmos mais fundo nas
Escrituras!
I. A TENTATIVA DE SE INSTITUIR UMA RELIGIÃO MUNDIAL
1. A grande estátua. Embriagado pelo poder e pelo fulgor de sua própria
glória, o rei caldeu chegou ao ápice da presunção, não se contentando em ser
apenas "a cabeça de ouro" da grande estátua do seu
"primeiro" sonho (Dn 2.36-45). Nabucodonosor perdeu o bom senso e construiu
uma enorme estátua de ouro maciço (Dn 3.1). Também ordenou que os
representantes das nações, súditos seus, se ajoelhassem e adorassem a estátua
que o representava. A grande estátua de Nabucodonosor remete-nos a uma outra
estátua que será erguida pelo último império mundial gentílico, profetizado
como o reino do Anticristo que aparecerá no "tempo do fim" (Ap
13.14,15). [Comentário: Não parece provável que Nabucodonosor tenha
erigido uma imagem a um dos antigos deuses da Babilônia, visto que a terra
estava cheia de deidades e templos competindo entre si. É possível, no entanto,
que esse sonho tivesse marcado profundamente o rei, em relação ao seu lugar no
mundo e na história. Afinal, não era ele a cabeça de ouro? Não era ele o
primeiro e maior de todos os reis da terra? Não é difícil imaginar a crescente
vaidade desse déspota oriental, cuja mente pagã falhou em sondar o verdadeiro
significado das percepções espirituais que Deus havia tentado compartilhar com
ele. Essa estátua de dois metros e sessenta de largura e vinte e sete metros de
altura, que se elevava acima do campo de Dura, sendo visível a quilômetros de
distância, proclamava a todos o esplendor do homem que a havia projetado e a
glória do rei que ela simbolizava. O campo de Dura certamente ficava próximo de
Babilônia, mas sua localização exata é desconhecida. Qualquer que tenha sido o
motivo de Nabucodonosor, o decreto que convocava todos os líderes políticos do
reino, grandes e pequenos, não deixava dúvida quanto à exigência do rei.
Instantaneamente, após o sinal combinado de antemão se o som da orquestra
imperial, cada homem deveria prostrar-se em adoração diante da imagem. Roy
E. Swim. Comentário Bíblico Beacon. Daniel. Editora CPAD. Vol. 4. pag. 509.].
2. A diferença entre as
estátuas. É
necessário destacar a diferença entre a estátua do capítulo dois e a do
capítulo três de Daniel. Enquanto a estátua do capítulo dois era simbólica e
apareceu no sonho de Nabucodonosor, a do capítulo três era literal, construída
por ordem do rei caldeu. A estátua erigida tinha a forma de um obelisco que
revelava, segundo se supõe, a intenção vaidosa de Nabucodonosor em
autodeificar-se (cf. Dn 4.30). A
inauguração da estátua de ouro. Com o coração engrandecido, Nabucodonosor
desejou ser adorado como deus (vv.1-5). Não lhe bastou a revelação de que o
único Deus verdadeiro triunfaria na história (Dn 2.47). Ele preferiu exaltar a
si mesmo e aos seus deuses. O objetivo era escravizar todos os seus súditos e
obrigá-los a servirem as divindades caldeias. Ele queria uma religião totalitária
em que as pessoas obedecem não pela lealdade, mas pela força bruta (vv.5,6). [Comentário:
Elienai Cabral, em sua obra “Integridade Moral e Espiritual. O Legado do
Livro de Daniel para a Igreja Hoje” (Editora CPAD), escreve o seguinte: “A obsessão pelo poder faz a pessoa perder o
bom senso. O rei Nabucodonosor estava dopado pela ideia de ser o maior e perdeu
a autocrítica embriagado pelo próprio poder e cego pelo fulgor de sua própria
glória. Ele não se contentou em ser apenas a cabeça de ouro da estátua do seu
sonho. No capítulo dois havia uma estátua no seu sonho e no capítulo três ele
constrói literalmente uma estátua para si. Essa presunção vislumbra
profeticamente outra estátua (imagem) que será erguida pelo último império
mundial gentílico profetizado como o reino do Anticristo e será no “tempo do
Fim” (Ap 13.14,15). Outra lição que aprendemos neste capítulo é a diferença
entre a estátua do capítulo 2 e a do capítulo 3. A estátua do capítulo 2 era
simbólica que surgiu no sonho do rei Nabucodonosor e a estátua do capítulo 3
era literal, construída pelos homens. A estátua do capítulo 3 tinha a forma de
um obelisco e tinha um desenho um tanto grotesco que revelava a intenção
vaidosa de Nabucodonosor de impor-se pela idolatria do homem e sua auto deificação
aos olhos dos súditos”. Elienai Cabral. Integridade Moral e
Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag.
56-57].
3. A inauguração da estatua de
ouro. [Comentário: Matthew
Henry, no Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a Malaquias
(Editora CPAD), escreve o seguinte: “Uma
convocação geral dos estados do império para comparecerem à solenidade de
consagração dessa imagem (w. 2,3). Mensageiros são enviados a todas as partes
do reino para reunir os sátrapas, os prefeitos, os presidentes, todos os pares
do reino, com todas as autoridades civis e militares, os capitães e comandantes
das forças, os juízes, os tesoureiros ou recebedores gerais, os conselheiros,
os oficiais, e os governantes das províncias. Todos eles devem vir para a
consagração dessa estátua, sob pena de sofrerem a dor e o perigo do que lhes
sobrevirá depois disso. Ele convoca os grandes homens, para a grande honra do
seu ídolo. É, portanto, mencionado para a glória de Cristo que os reis lhe trarão
presentes. Se esse governante pode trazê-los para prestar homenagens à sua
estátua de ouro, ele não tem dúvida de que as pessoas inferiores farão o mesmo.
Em obediência às convocações do rei, todos os magistrados e oficiais desse
vasto reino deixam os serviços dos seus respectivos países, e vêm para a
Babilônia, para a consagração dessa estátua de ouro. Muitos deles fizeram
viagens longas e caras, em uma missão muito tola. Mas, assim como os ídolos são
coisas insensíveis, os adoradores também o são. Uma proclamação é feita
ordenando que todos os tipos de pessoas se apresentem diante da imagem, e que
ao sinal dado, caiam prostradas, e adorem a imagem, sob o tratamento e o
título: “A imagem de ouro que o rei Nabucodonosor erigiu”. Um arauto proclama
isso em voz alta por toda essa reunião de pessoas eminentes, com a sua numerosa
comitiva de servos e atendentes, e uma grande multidão de pessoas, sem dúvida,
que não foram convocadas. Que todos eles observem: 1. Que o rei rigorosamente
exigiu e ordenou que todos os tipos de pessoas se prostrassem e adorassem a
estátua de ouro. Não importavam quais eram os deuses que eles adoravam em
outros tempos. Agora, eles deveriam adorar esse. 2. Que todos eles deveriam
fazer isso exatamente ao mesmo tempo, em sinal de sua comunhão uns com os
outros nesse serviço idólatra, e que, para esse fim, a notícia deveria ser
comunicada através de um concerto de música, que igualmente serviria para
adornar a solenidade, amenizar e suavizar o pensamento daqueles que estivessem
relutantes a ceder, e levá-los a obedecer à ordem do rei. Essa alegria e júbilo
na adoração seriam muito condizentes com as mentes sensuais e carnais, que são
estranhas à adoração espiritual que é devida a Deus, que é espírito. HENRY.
Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a Malaquias. Editora
CPAD. pag. 838-839.].
SINOPSE DO TÓPICO (1)
Ao
construir a estátua e exigir que todos os súditos se encurvassem diante dela,
Nabucodonosor desejava instituir uma religião oficial.
II. O
DESAFIO À IDOLATRIA
1. A ordem do rei a todos os
seus súditos (vv.4-7). Nabucodonosor teve duas
motivações principais para construir a grande estátua (v. 1). Uma das
motivações era exibir-se perante os povos do mundo representados naquele
evento. As dimensões e a magnitude da estátua eram impressionantes:
Aproximadamente 27 metros de altura por 6 de largura. A soberba, arrogância e
insolência do rei não tinham limites. A Bíblia diz que "a soberba precede
a ruína" (Pv 16.18). A segunda motivação de Nabucodonosor era o anelo de
ser adorado como divindade pelos seus súditos. Por isso, ele deu ordens para
que todos os oficiais do reino se reunissem a fim de adorarem a sua estátua (Dn
3.1-7). [Comentário: A concordância geral da assembleia a essa
ordem (v. 7). Eles ouviram o som dos instrumentos musicais, tanto instrumentos
de sopro como instrumentos de mão, a buzina e o pífaro, a harpa, a sambuca, o
saltério, e a gaita de foles, a melodia dos quais eles a consideraram
arrebatadora (e adequada o bastante para estimular uma devoção que eles
deveriam então prestar), e imediatamente todos eles, como um só homem, como
soldados que estão acostumados a se exercitar pela batida de tambores, todos os
povos, nações, e línguas, caíram prostradas e adoraram a imagem de ouro. E não
foi surpresa quando foi proclamado que qualquer que não adorasse essa imagem de
ouro deveria ser imediatamente lançado no meio de uma fornalha de fogo ardente,
preparada para esse propósito (v. 6). Aqui estavam os encantos da música para
atraí-los a uma submissão, e os terrores da fornalha de fogo para
aterrorizá-los até a submissão. Assim cercados pela tentação, todos cederam
(exceto os servos de Deus). Note que a maioria seguirá o caminho que lhe for
indicado. Não há nada tão ruim que não possa atrair o mundo negligente por meio
de um concerto musical, ou que faça com que seja impelido por uma fornalha de
fogo ardente. E através de métodos como esses, a falsa adoração tem sido
estabelecida e mantida. HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo
Testamento Isaías a Malaquias. Editora CPAD. pag. 839. A tentativa de
criar uma religião totalitária (3.7). Ele queria uma religião que fosse capaz
de garantir a devoção e a lealdade dos súditos pela força imposta por seus
decretos. Na verdade, ele queria conquistar as pessoas, não pelo coração, mas
pela subserviência moral e física. Os súditos do reino dobrariam os seus
joelhos por medo, não por devoção. Nos tempos modernos nos deparamos com
religiões que causam terror e medo. A imposição de Nabucodonosor era, de fato,
uma inquisição instituída para obrigar as pessoas a se submeterem às exigências
do império. Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do
Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 58. Qualquer que
se não prostrar e não a adorar. Um modo temível de execução esperava os
desobedientes ao decreto. O tipo de fornalha evidentemente recebia o
combustível pelo alto, ao passo que era fechado por tijolos nos quatro lados.
Execuções pelo fogo eram comuns entre os antigos, em altares munidos de
fogueiras, grelhas em brasa, na fogueira ou em fornalhas. O código de Hamurabi
(25,110,157) menciona as fornalhas, embora essa forma de execução parecesse
reservada a criminosos especialmente perigosos. Heródoto (Hist. I.86; IV.69) diz-nos
que Ciro e os citas executavam dessa maneira bárbara. Os hebreus antigos também
não devem ser isentados. No caso presente, a alegada impiedade religiosa era
punida dessa maneira, e podemos supor que a desobediência era considerada um
crime sério contra o Estado. Dn 3.7 Portanto, quando todos os povos ouviram o
som da trombeta. A Adoração da Imagem. Ao ouvir o som de todos os instrumentos
listados no vs. 5 (com a exceção única da gaita de foles), todos os povos, de
todas as classes, de todas as nações, prostraram-se e adoraram a grotesca
imagem de Nabucodonosor. Quem enfrentaria o horroroso castigo ameaçado contra
os desobedientes à ordem real? Representantes de todo o povo adoravam, e em
breve todos “lá fora" estavam fazendo a mesma coisa. A superstição e a
idolatria ganharam o dia. Mas ainda raiaria outro dia quando a bondade e a
justiça seriam as vitoriosas. CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento
Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 3384.]
2. A intenção do rei e o espírito
do Anticristo. A intenção de
Nabucodonosor prenunciava o espírito do Anticristo, que levantará a imagem da
Besta para ser adorada no tempo do fim (Mt 4.8-10; Ap 13.11-17). A intenção do
rei era impor a religião diabólica de sua imagem para dominar o mundo, não só
nos campos material e político, mas também no espiritual. [Comentário: Nabucodonosor
teve duas motivações principais para construir a grande estátua. A primeira
motivação era exibir perante os povos do mundo representados naquele evento a
sua soberba e vanglória. O texto diz literalmente que “ele fez uma estátua de
ouro” (3.1). As dimensões e a magnitude da estátua eram impressionantes.
Imaginem uma estátua de Tl metros de altura e 6 metros de largura
aproximadamente. A soberba do Rei o tornou altamente arrogante e insolente, sem
limites. A Bíblia diz que “a soberba precede a ruína”(Pv 16.18). A segunda
motivação de Nabucodonosor era o anelo de ser adorado como deus pelos seus
súditos, por isso Ele deu ordens de que todos os oficiais do reino se reunissem
naquele evento no campo de Dura (Dn 3.1) para adorarem à sua estátua. Sua
intenção prenunciava o espírito do Anticristo que levantará a imagem da Besta
para ser adorada no tempo do Fim (Mt 4.8-10; Ap 13.14-17). A intenção do Rei
era impor a religião diabólica de sua imagem para dominar o mundo, não só no
campo material e político, mas espiritualmente. A acusação dos caldeus contra
os judeus (3.8-12). Os três hebreus estavam lá na grande praça por força da
ordem do rei. Todos os ilustres homens do império, os chefes de governos, os
sátrapas, os governadores das províncias, os sábios, os sacerdotes dos vários
cultos pagãos, todos estavam lá. A ordem era que quando a música fosse tocada
todos deveriam ajoelhar-se e adorar a estátua do rei. Quem não obedecesse seria
lançado na fornalha de fogo ardente. Os três jovens hebreus preferiam morrer
queimados naquela fornalha do que negar a fé no Deus de Israel. Os três jovens
hebreus, Ananias, Misael e Azarias quando foram para a Babilônia não tinham
mais que 18 a 20 anos de idade. Nesta experiência do capítulo três, eles
estavam na faixa dos 40 anos de idade, mas não sucumbiram nem fizeram
concessões que comprometessem a sua fé em Deus. Eles não esmoreceram moral ou
espiritualmente ante a ameaça de Nabucodonosor e a discriminação dos outros
príncipes do Palácio. Diante da ameaça da fornalha ardente eles estavam seguros
do cuidado de Deus, como falou o profeta Isaías: “Quando passares pelas águas,
estarei contigo e, quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares.
Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de
Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 58-59.]
3. Coragem para não fazer
concessões à idolatria (Dn 3.12). Os
três jovens hebreus estavam naquele local por força da ordem do rei. Todos os
grandes nomes do país, os chefes de governos, os sátrapas, os governadores das
províncias, os sábios, os sacerdotes dos vários cultos pagãos, todos estavam
lá. A ordem era que quando a música fosse tocada todos deveriam ajoelhar-se e
adorar a estátua do rei. Quem não obedecesse seria lançado na fornalha de fogo
ardente. Como sabemos, os três jovens hebreus preferiram morrer queimados a
negar. [Comentário: No
entanto, naquela imensa multidão, três homens permaneceram em pé, mesmo quando
todo o resto prostrou-se com o rosto em terra. Sua fé estava no verdadeiro Deus
vivo e na Palavra que ele havia dado a seu povo. Conhecendo a história do povo
judeu, tinham certeza de que o Senhor estava no controle e de que não havia
nada a temer. O profeta Isaías havia escrito: "Mas agora, assim diz o
Senhor, que te criou, ó Jacó, e que te formou, ó Israel: Não temas, porque eu
te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és meu. Quando passares pelas águas, eu
serei contigo; quando, pelos rios, eles não te submergirão; quando passares
pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti" (Is 43:1, 2). Ter
fé significa obedecer a Deus apesar dos sentimentos dentro de nós, das
circunstâncias a nosso redor ou das consequências diante de nós. E difícil reconstruir
os detalhes dos acontecimentos, mas tudo indica que o rei Nabucodonosor e seus
conselheiros ("caldeus") não estavam juntos enquanto assistiam à
cerimônia e o rei não havia exigido que se juntassem ao povo em sua adoração. E
possível que tivessem declarado sua lealdade em particular por considerarem um
insulto juntar-se "à ralé". Uma vez que os três homens hebreus tinham
cargos nas províncias (Dn 2.49), deviam estar presentes, mas não sabemos
exatamente onde. Ao que parece, Nabucodonosor não tinha como observá-los, mas
os caldeus podiam ver o que eles faziam e, sem dúvida, esses homens perversos
vigiavam e esperavam uma oportunidade de acusar os três estrangeiros que haviam
sido promovidos a líderes dos babilônios. Não sabemos se esse grupo de
conselheiros era o mesmo que havia sido envergonhado quando Daniel interpretou
o sonho do rei, mas se esse é o caso, esqueceram-se rapidamente de que os
"estrangeiros" haviam salvo a vida deles. A verdadeira fé não teme as
ameaças, não se impressiona com as multidões nem se abala com cerimônias
supersticiosas. A verdadeira fé obedece ao Senhor e confia que ele cuidará das
consequências. Esses três homens judeus conheciam a lei de Deus: "Não
terás outros deuses diante de mim [...]. Não as adorarás, nem lhes darás culto"
(Êx 20.3, 5). Uma vez que o Senhor falou sobre um assunto, isso está resolvido
e não há espaço para discussão nem necessidade de transigência. Prostrar-se
diante de uma imagem, ainda que uma só vez, quaisquer que fossem as desculpas
que pudessem dar, teria acabado com seu testemunho e rompido sua comunhão com
Deus. O tempo do verbo grego, em Mateus 4.9, indica que Satanás pediu a Jesus
que o adorasse apenas uma vez, e o Salvador se recusou. Sadraque, Mesaque e
Abede-Nego não se prostrariam diante da imagem de ouro nenhuma vez, pois isso
os levaria a servir os falsos deuses de Nabucodonosor para o resto da vida. WIERSBE.
Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. A.T. Vol. IV. Editora Central Gospel.
pag. 323-324.]
SINOPSE DO TÓPICO (2)
A fé dos
amigos de Daniel permitiu que eles não fizessem concessões à idolatria.
III. A
FIDELIDADE A DEUS ANTE A FORNALHA ARDENTE (DN 3.8-12)
1. Os jovens hebreus foram
acusados e denunciados (vv.8-12). O rei
foi informado da desobediência dos judeus. Ele ficou enfurecido e mandou que
eles fossem trazidos à sua presença. Os jovens hebreus foram interrogados, mas
mantiveram sua fidelidade ao Deus de Israel. Eles não se intimidaram diante das
ameaças, porque sabiam que Deus poderia intervir naquela situação. [Comentário:
A punição foi inevitável. A ordem do rei não podia voltar atrás. Os
inimigos dos três jovens hebreus não deram tréguas aos judeus. Depois de
acusados e denunciados tiveram que enfrentar e submeter-se à punição do rei. Os
seus algozes foram os mesmos que haviam sido poupados anteriormente da pena de
morte no episódio do sonho do rei no capítulo 2 e não tiveram a menor
consideração com seus pares dentro do Palácio. O rei, tão logo foi informado da
desobediência dos jovens hebreus, ficou enfurecido e os chamou diante de si.
Foram interrogados e, mais uma vez ameaçados com a punição da fornalha ardente,
mas os servos do Deus Altíssimo mantiveram sua fidelidade à fé judaica. Eles
não se intimidaram diante das ameaças porque sabiam que DEUS poderia intervir
naquela situação, e estavam prontos a serem queimados vivos sem trair a sua fé.
Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de
Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 60. O Rev. Hernandes Dias
Lopes escreve em sua obra DANIEL Um
homem amado no céu (Editora Hagnos): “As
pessoas ingratas têm memória curta (v. 8). Os caldeus tinham sido poupados da
morte pela intervenção de Daniel e seus amigos (Dn 2.5,18). Agora eles, de
forma ingrata, acusam as pessoas que lhes ajudaram, no passado, a se livrar da
morte. A ingratidão é uma atitude que fere as pessoas e entristece a Deus. A
acusação dos caldeus é maliciosa. A palavra hebraica significa “comer a carne
de alguém”. As pessoas invejosas tentam se promover buscando a destruição dos
concorrentes (v. 12). Os caldeus usam a arma da bajulação ao rei antes de
acusar os judeus. Eles acrescentam um fato inverídico: “Não fizeram caso de
ti”. Eles não querem informar, mas distorcer os fatos e destruir os judeus.
Isso, apenas porque esses judeus foram constituídos sobre os negócios da
província. A inveja foi o pecado que levou Lúcifer a ser um querubim
descontente, mesmo no céu, e a tornar-se um demônio. A inveja provoca
contendas, brigas, mortes e desastres. As pessoas fiéis, entretanto, entendem
que fidelidade é uma questão inegociável. A fidelidade a Deus é mais importante
que a preservação da própria vida. Esses jovens entenderam que agradar a Deus é
mais importante que preservar a própria vida. A principal lição desse texto não
é o livramento miraculoso, mas a fidelidade inegociável. Três jovens têm
coragem de discordar de todos; de preferir a morte ao pecado. Estão dispostos a
morrer, não a pecar. Transigir era uma palavra que não constava do vocabulário
deles. A fidelidade incondicional não é uma barganha com Deus. Muitas vezes,
nossa fidelidade a Deus nos levará à fornalha, à cova dos leões, à prisão, a
sermos rejeitados pelo grupo, a sermos despedidos de uma empresa, a sermos
rejeitados na escola. Nosso compromisso não é com o sucesso, mas com a fidelidade
a Deus. Ceder à pressão da maioria pode destruir sua vida mais que o fogo da
fornalha. Muitos jovens crentes são tentados a ceder. Jovens cristãos são
instados a se embriagar com seus amigos ou a perder a virgindade antes do
casamento. São tentados a mentir aos pais, a ver filmes indecentes, a curtir
músicas maliciosas do mundo. O mundo tem sua própria fornalha ardente à espera
daqueles que não se conformam em adorar seus ídolos. E a fornalha de ser
desprezado, ridicularizado. Os que são fiéis a Deus são chamados de
retrógrados. Cuidado com a opinião da maioria, ela pode estar errada e, via de
regra, está”. LOPES. Hernandes Dias. DANIEL Um homem amado no céu.
Editora Hagnos. pag. 53-54.]
2. A resposta corajosa dos
jovens hebreus (Dn 3.16-18). Aqueles
jovens sabiam que a fidelidade a Deus é algo inegociável. A lealdade desses
jovens era mais que uma qualidade de caráter. Era uma confiança inabalável em
Deus. A resposta resultava também do conhecimento que tinham do primeiro
mandamento do Decálogo (Êx 20.3-5). Deus busca homens e mulheres que lhe sejam
fiéis mesmo quando ameaçados. Por isso, mesmo inquiridos pelo rei caldeu,
Hananias, Misael e Azarias não se intimidaram e mantiveram sua posição (Dn
3.16-18). [Comentário: Responderam
Sadraque, Mesaque e Abede-Nego ao rei. O rei não precisou mandar tocar de
novo a música, nem os três cativos vacilaram , debateram e ficaram jogando na
tentativa de escapar do inevitável, por meio de argumentos espertos. O caso era
fácil: eles precisavam ser fiéis a YAHWEH e entregaram sua vida nas mãos Dele,
incondicionalmente. Assim, os três judeus responderam que não tinham
necessidade de defender-se. A defesa deles era YAHWEH, ou então não tinham
defesa alguma. Se ser alguém leal a YAHWEH era um crime, então eles eram os piores
criminosos, pois a lealdade deles era grande e sem hesitações. “A hesitação ou
a parlamentação com o pecado é fatal. Uma decisão sem hesitação é a única
vereda segura quando a vereda do dever é clara (ver Mat. 10.19,28)” (Fausset,
in Ioc.). “Há certa demonstração de orgulho aqui, como no caso da resposta de
Daniel ao rei, em Dan. 5.17. Era um orgulho derivado da consciência de que, na
qualidade de servos de Deus, eles eram superiores a qualquer potentado, e,
assim, não precisavam de sua clemência ou de seus dons" (Arthur Jeffery,
in Ioc.). Dn 3.17 Se o nosso Deus, a quem servimos, quer livrar-nos... Elohim,
o Poder (relativo a Elah, a palavra caldaica que aparece neste versículo), era
capaz. Eles estavam dispostos a submeter o Senhor a teste. Esperavam livramento
— ser tirados da fornalha, e não postos dentro dela. Esse seria um livramento
da mão perversa do rei idólatra. A tarefa era impossível para a
instrumentalidade humana. Nesse caso, somente o Ser divino poderia fazê-lo.
Ocasionalmente, todos os homens enfrentam situações em que “somente Deus é
capaz” e então são obrigados a entregar a vida nas mãos Dele. Oh, Senhor,
concede-nos tal graça! Ao serem submetidos a teste, eles também estavam
submetendo YAHWEH a teste. Dn 3.18 Se não, fica sabendo, ó rei. Se eles seriam
livrados ou não, não fazia nenhuma diferença. Eles sabiam que a idolatria
estava errada, mesmo quando se tratasse da idolatria do governo, a lei da
terra, mas eles não se envolveriam nisso, sem importar o que essa atitude lhes
custaria. O tema principal da história, pois, emerge: O martírio é preferível à
apostasia, uma lição que poucos judeus, na época do ataque babilônico e do
cativeiro, tinham aprendido. Judá estava perdida em sua
idolatria-adultério-apostasia. Este livro praticamente não usa o nome divino
YAHWEH, o qual, para os judeus piedosos, tinha-se tornado santo demais para que
fosse proferido. Portanto, o nome Deus é usado aqui, e aquele título especial é
evitado. CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo
por versículo. Editora Hagnos. pag. 3385.]
3. Reação à intimidação (Dn
3.16-18). Ao perguntar-lhes: "Quem é o Deus que
vos poderá livrar das minhas mãos? " (Dn 3.15), Nabucodonosor afrontou os
jovens em sua fé. Eles não tiveram
dúvida de que valia a pena permanecer fiéis ao Todo-Poderoso. Então, sem temor
e com grande fé, responderam ao rei: "Eis que o nosso Deus, a quem nós
servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará do forno de fogo ardente e da
tua mão, ó rei. E, se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus
deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste" (Dn 3.17,18). Os
três jovens não cederam às ameaças e não ficaram livres da fornalha, pois Deus
já os esperava ali. A companhia do quarto homem visto pelo rei dentro da fornalha
foi suficiente para que eles saíssem ilesos e sem um único fio de cabelo
queimado. Esta resposta dos jovens hebreus confronta a posição de muitos
crentes de hoje. Quão facilmente cedemos e até negamos a fé, fugindo do caminho
da provação. Todavia, Deus conta com crentes fiéis que sejam capazes de
responder às ameaças sem temer. [Comentário: “Eis que o nosso Deus, a
quem servimos; é que nos pode livrar” (3.17). Esta declaração dos três judeus
tinha a convicção da intervenção de Deus naquela situação. O rei ficou
enfurecido e intimidado, além dos jovens terem sido desafiados na sua fé com a
ousadia do Rei em dizer-lhes: “Quem é o Deus que vos poderá livrar das minhas
mãos?” (Dn 3.15), eles não tiveram dúvidas de que valia a pena permanecerem
fiéis a Deus. Então, sem temor e com grande fé responderam ao Rei: “Eis que o
nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará do
forno de fogo ardente e da tua mão, ó rei. E, se não, fica sabendo, ó rei, que
não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste”
(Dn 3.17,18). Esta resposta dos jovens hebreus se confrontada com o
cristianismo de muitos crentes hoje nos deixa preocupados. Quão facilmente
cedemos; negamos nossa fé; fugimos do caminho da provação, mas Deus conta com
crentes fiéis que sejam capazes de responder às ameaças satânicas de que não as
tememos. o Comentário Biblico Beacon traz o seguinte: O equilíbrio e a calma
dos três servos do Deus Altíssimo estavam em claro contraste com a fúria
incontida do rei. A ousadia da fé deles era equiparada à sua serenidade. Os
três responderam ao rei Nabucodonosor: Não necessitamos de te responder
(“defender-nos”, NVI) sobre este negócio. Eis que o nosso Deus, a quem nós
servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará do forno de fogo ardente e da
tua mão, ó rei. E, se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus
deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste (16-18). A verdadeira fé
não está ligada às circunstâncias nem às consequências. Ela está fundada na imutável
fidelidade de Deus. E a fé é decisiva no que tange à questão da fidelidade no
crente. Poderia ter parecido algo de menor valor racionalizar apenas um pouco.
Afinal, eles não deviam uma certa consideração ao rei? Porventura, eles não
poderiam dobrar seus joelhos, mas ficar em pé em seus corações? Uma pequena
concessão à limitada compreensão das coisas divinas por parte do rei seria uma
questão insignificante. Mas não! A reputação do caráter do Deus vivo e
verdadeiro dependia desse momento. Multidões de pagãos de muitos países estavam
observando. Quer Deus os libertasse das chamas, quer não, eles deveriam ser
fiéis em honrar o seu nome. Roy E. Swim. Comentário Bíblico Beacon.
Daniel. Editora CPAD. Vol. 4. pag. 510.]
SINOPSE DO TÓPICO (3)
Hananias,
Misael e Azarias mantiveram-se fiéis ao Senhor e foram libertos da fornalha.
CONCLUSÃO
A grande lição que aprendemos
com esses três jovens é que "eles confiaram suas vidas a Deus e não se
preocuparam com as consequências da fornalha". Mesmo que Deus não os impedissem
de morrer queimado eles não negariam a fé! Que tenhamos essa mesma fé para
enfrentar as tribulações da vida. [Comentário:
Ergue-se majestosa a grande Babilônia do rei Nabucodonosor. A maior e
mais soberba cidade do mundo, alargando suas fronteiras, dominando as nações,
chegando a subjulgar até mesmo os judeus. Toda a terra está sob o domínio desse
arrogante e truculento império. Nabucodonosor estava cego pelo próprio fulgor
da sua glória. Não satisfeito em ser o rei desse grande império, deseja ser
adorado como um deus e edifica uma estátua de ouro, ordena que todos os súditos
a adorem. A grande lição desta história é que o poder dos tiranos e dos
déspotas poderosos sempre encontram seus limites em pessoas fiéis a Deus. Os
três jovens hebreus se recusam a pecar. Mesmo ameaçados, distoam da multidão;
intransigentes, inconformistas, tinham a verdade como inegociável. Não
transigiram com os absolutos de Deus. Preferiram a morte que a infidelidade a
Deus. O livramento no fogo é a estratégia de Deus. Quando somos fiéis a Deus,
ele tem um encontro conosco na fornalha. Só temos duas escolhas: ou ficamos
fora da fornalha com Nabucodosor, ou dentro dela, com Cristo. Não há meio
termo. Mas o lugar de calor irresistível é também o lugar de comunhão intensa
com o Salvador. O quarto homem sempre vem ao nosso encontro na hora da aflição.
Na hora da dor, na hora da humilhação. Ele é o Deus do livramento. É o Deus das
causas perdidas. Jesus é o quarto homem que não o poupa da fornalha, mas o
livra do fogo.]
“NaquEle
que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de
vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Graça e Paz a todos que estão em Cristo!
Prof. Francisco Barbosa.
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