SUBSÍDIO I
INTRODUÇÃO
Somos tentados a sermos senhores do nosso destino, como diz um conhecido
poema, capitães da própria alma. Nos tempos de “quem sabe faz a hora”, é
comum às pessoas dispensarem os cuidados de Deus. Na lição de hoje atentaremos
para a necessidade de não incorrermos no risco de julgar os outros. Em seguida,
nos voltaremos para a soberania de Deus, diante das possibilidades das decisões
centradas no ser humano. Por fim, destacaremos o perigo da arrogância humana,
manifestada na presunção, e a importância da humildade na vida do cristão.
1. NÃO JULGAR OS OUTROS
As múltiplas atribuições eclesiásticas nos fazem esquecer de que somos
membros da mesma família. Tiago nos lembra de que Deus, em Jesus, nos ensinou a
amar uns aos outros, e a tratar o próximo como a nós mesmos (Tg. 2.8). Em
relação aos nossos irmãos, quando os julgamos, nos tornamos senhores sobre
eles. Devemos sempre lembrar que Deus, e não nós, é o verdadeiro legislador
(Tg. 4.12). Há crentes que não perdem a oportunidade de se colocar diante dos
outros membros da igreja. Existem igrejas que, no sentido bíblico-etmológico do
termo, são desgraçadas, os membros não têm misericórdia uns dos outros. Há
aqueles que torcem, e em alguns casos, favorecem a queda dos irmãos e irmãs na
igreja. Philip Yancey costuma dizer que encontra mais graça entre os Alcoólicos
Anônimos (AA) do que em determinadas comunidades cristãs. Existem crentes
capazes se sentir satisfação com a queda dos outros, e transformá-las em
fofoca. E o pior, há os que não se preocupam em ajudar em ver o outro em
condição de risco. Quando os vê caídos, ao invés de estender a mão, aproveitam
a oportunidade para usar a língua contra o próximo. As igrejas, muito mais do
que templos, deveriam ser comunidades de acolhimento. As igrejas não devem
fomentar a discórdia, considerando que essa é uma obra da carne (Gl. 5.17-19).
Muito pelo contrário, nossa tarefa é a de construir pontes, não muralhas diante
dos nossos irmãos. A divisão na igreja, como ocorria em Corinto, é
característica de congregações carnais (I Co. 3.1-3). As “panelinhas”
somente servem para incentivar a discórdia, a beleza da igreja está justamente
na capacidade de conviver, inclusive com os diferentes. Quem nos julga é a
palavra de Deus, ela aponta quando pecamos, e nos dar a possibilidade de
arrependimento. Como cristãos devemos fazer o mesmo, até mesmo nos casos de
disciplina, essa deve ser feita com amor, visando o reestabelecimento o transgressor
(I Co. 5.1-13).
2. A SOBERANIA DE DEUS A BREVIDADE DA VIDA HUMANA
Somente Deus é soberano, isto é, Ele determina, ao Seu tempo, a
realização dos seus desígnios. Devemos reconhecer que Deus é Senhor da Sua
vontade, Ele não precisa pedir conselhos (Rm. 11.34). Por isso, faz-se
necessário reconhecer que diante da complexidade da vida, é Deus que está no
comando de todas as coisas (Tg. 4.14). Mas nós, enquanto seres limitados, não
podemos determinar como será o futuro, mesmo que tenhamos os devidos cuidados
(Pv. 27.1). Jesus reprovou a confiança própria ao contar a parábola do rico
insensato (Lc. 12.16-21). Aqueles que acham que são senhores do seu destino,
que não depositam sua confiança em Deus, não passam de tolos. Vita brevis, essa
é uma declaração latina clássica, que quer dizer “a vida é breve”. Devemos ter
sempre diante dos nossos olhos a realidade da morte. Se as pessoas se
lembrassem disso de vez em quando, teriam motivos para serem mais humildes. Jó
reconheceu que seus dias eram mais velozes do que a lançadeira do tecelão (Jó
7.6). E afirma ainda que nossa vida na terra pode ser comparada a uma sombra
(Jó. 8.9) e como se isso não fosse suficiente, defende que o homem nascido de
mulher é de poucos dias e cheio de tribulação (Jó. 14.1,2). Moisés, nas
palavras de um salmo, também diz que “acabam os nossos anos como um suspiro,
pois passa rapidamente e nós voamos” (Sl. 90.9,10). Não podemos ter a ilusão de
que somos capazes de controlar nosso futuro. Evidentemente não estamos
estimulando a falta de planejamento, que também é um equívoco. Antes devemos
colocar nossos projetos diante de Deus, sabendo que somente Ele será capaz de
levar nossos planos adiante. Como fazem as pessoas do presente século, não
devemos imaginar que estamos no controle das nossas vidas. Quando o Titanic foi
construído, tiveram a audácia de firmar que nem Deus seria capaz de afundá-lo,
mas a história mostrou o contrário. A torre de Babel é um exemplo bíblico de
projeto humano, distanciado das orientações divinas e que resultou em ruína
(Gn. 11).
3. A PRESUNÇÃO HUMANA, UM PERIGO DIANTE DE DEUS
Somos seres frágeis, mas nem todas as pessoas se apercebem desse fato.
Há aqueles que pensam que são indestrutíveis. Antes de qualquer coisa,
destacamos nossa ignorância em relação ao futuro, e que nossa vida passa como
um vapor (Tg. 4.14). Por isso, precisamos ter consciência da nossa dependência
de Deus (Tg. 4.15). Trilhar o caminho da presunção é demasiadamente perigoso
para o cristão. Isso porque a presunção nos faz acreditar que somos senhores do
nosso destino (Tg. 4.16). Esse pensamento pode nos conduzir à desobediência,
por desconsiderarmos Deus, tornando-O desnecessário. A desobediência
premeditada conduz à apostasia, impossibilitando o retorno. Há cristãos que por
desconsiderarem Deus, e se acharem senhores das suas vidas, se desviam do
caminho. A mensagem de Pedro é de advertência a esse respeito: seria melhor que
não tivessem conhecido o caminho da justiça, do que o conhecer e ter se
desviado dele (II Pe. 2.21). Devemos seguir o exemplo de Jesus, que aprendeu a
obediência ao Pai, e se submeteu até o fim à Sua vontade (Jo. 4.34). Fazer a
vontade do Pai precisa ser nossa principal doutrina (Jo. 7.17). Paulo nos
conclama a entender a vontade do Senhor (Ef. 5.17), além de ressaltar que essa
é boa, agradável e perfeita (Rm. 12.2). Entregar-se à vontade própria é
demonstração de presunção, é tornar-se escravo dos próprios caprichos. Ser
cristão genuíno é uma atitude de rendição, uma disposição a dizer não a si
mesmo, a confiar em Deus. Ser cristão é ponderar, e saber que não é senhor do
seu destino, muito menos capitão da sua alma. Ser cristão é uma entrega
incondicional à vontade de Deus, uma demonstração de confiança. Quando
dependemos de Deus, fazemos nossos projetos, acompanhamos sua execução, mas
estamos cientes dos nossos limites. E independentemente dos resultados,
reconhecemos que Deus é o Senhor, e que tudo fará conforme Seus desígnios (Rm.
8.28).
CONCLUSÃO
A mensagem de Tiago é oportuna para os dias atuais, considerando que
muitas pessoas tornaram Deus desnecessário em suas vidas. Há aqueles que
acreditam em Deus, mas vivem como se Ele não existisse. Como cristãos genuínos,
devemos colocar o Senhor em cada situação da nossa existência. As mais simples
decisões do cotidiano podem ser postas aos pés do Pai, através da oração. Os
cristãos, ao contrário do que afirma a filosofia humanista, não é senhor do seu
destino, muito menos capitão da sua alma. A vida do cristão está nas mãos de
Deus, Ele é, verdadeiramente, o capitão das nossas vidas e o Senhor das nossas
almas.
Prof. Ev. José Roberto A.
Barbosa
SUBSÍDIO II
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Analisar os perigos de se colocar como juiz dos irmãos.
- Conscientizar-se da brevidade da vida.
- Mostrar que a arrogância e a autossuficiência são pecados.
PALAVRA CHAVE
Julgar: Pronunciar sentença (de condenação ou de
absolvição); sentenciar.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A lição dessa semana é a continuação dos conselhos práticos de Tiago aos
seus leitores. Os assuntos com maior destaque são a “relação social entre os
irmãos” e o “planejamento da vida”. Aprenderemos que, uma vez nascidos de novo,
não podemos nos relacionar de maneira conflituosa com os outros. Outro aspecto
importante que estudaremos é que o planejamento da nossa vida tem de estar de
acordo com a soberana vontade de Deus — único legislador e juiz da vida. Ele é
quem sempre terá a última palavra. [Comentário: Qual o
perigo de se julgar alguém ou falar mal? Na sequência do estudo da epístola
universal de Tiago, estudaremos hoje a passagem de Tg. 4:11-17. Continuando com
as preciosas lições de conselhos práticos, Tiago afirma que quando falamos mal
de um irmão ou o julgamos nos tornamos juízes. Jesus nos alerta para que antes
de julgar o nosso próximo devemos examinar a nós mesmos (Mt 7.1-3). Somos
falhos, imperfeitos e não conhecemos o que vai no interior de cada um, isso,
por si só, já nos torna incapazes de lançar juízo contra nossos irmãos. Somente
Deus pode julgar o homem com retidão, Ele é santo, justo e conhece as nossas
verdadeiras intenções. A Revista Ensinador Cristão (CPAD), n°59, p.41, traz o
seguinte: “Nos versículos 13-15, Tiago
lembra-nos da brevidade da vida e da soberania de Deus sobre ela. Quem é
verdadeiramente o juiz perfeito, senão Deus? Nós somos simples assistentes, e
muitas vezes, os próprios réus necessitados do perdão divino”. Revista
Ensinador Cristão CPAD, n°59, p.41. Em suma, o resumo da Lei está em dois
mandamentos: amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós
mesmos. Você ama seu irmão? Não o julgue! Quando julgamos já estamos
descumprindo a lei divina. Nesta lição, portanto, estudaremos duas questões
principais abordadas por Tiago: o perigo de se fazer julgamentos precipitados e
indevidos contra pessoas e a capacidade de reconhecer os atos de Deus em nossos
planos. Estas questões estão presentes em nosso dia a dia, afinal, qual de nós
nunca emitiu um juízo de valor sobre uma atitude ou sobre a vida de outra
pessoa? Ou quem de nós jamais fez planos pessoais sem se lembrar de Deus?] Convido você para mergulharmos mais fundo nas
Escrituras!
I. O PERIGO DE COLOCAR-SE COMO
JUIZ (Tg 4.11,12)
1. A ofensa gratuita. Não há postura mais problemática em uma igreja
local quanto a do “disse-me-disse”. Infelizmente, tal comportamento parece ser
uma questão cultural. Algumas pessoas parecem ter satisfação em destilar
palavras que machucam. O que ganham com isso? Um ambiente incendiado por
insinuações maldosas, onde elas mesmas passam a maior parte das suas vidas
sofrendo e levando outros a sofrerem. Assim, Tiago inicia a segunda seção
bíblica do capítulo quatro abordando o relacionamento interpessoal entre os
crentes (v.11). Devemos evitar as ofensas e as agressões gratuitas, pois o
“irmão ofendido é mais difícil de conquistar do que uma cidade forte; e as
contendas são como ferrolhos de um palácio” (Pv 18.19). As ofensas só trazem
angústias, tristezas e desgraças. [Comentário: Outra vez Tiago aborda a questão da fala e o
cuidado com aquilo que falamos. Devemos estar prontos para falar com as pessoas
exortando-as, aconselhando-as e ensinando-as a serem melhores e estarem mais
próximas de Deus. O cristão deve evitar falar mal das pessoas e assim não
atrair para si um duro julgamento. Tiago trata do perigo de nos colocarmos no
lugar de Deus para exercer juízo contra uma pessoa. Mas de que forma pode um
servo de Deus aparentemente assumir a posição de juiz? Quando abre a boca para
falar mal de outras pessoas. O apóstolo não entra em detalhes. Basta a ele
apenas dizer que não devemos falar mal uns dos outros, pois quem fala mal de
seu irmão fala mal da lei, e por sua vez, quem fala da lei não é mais
observador, e sim juiz. Comentando o texto de Pv 18.19, Pv 18.19, Russell Norman
Champlin escreve o seguinte: “O irmão ofendido resiste mais que uma fortaleza.
O hebraico original, neste versículo, é dificílimo de compreender, se não mesmo
impossível; por isso também vários significados têm sido sugeridos, dentre os
quais destacamos dois: (1.) Fala-se aqui (tal como diz a King James Version) de
um irmão ofendido. É mais difícil “conquistá-lo de volta” para a amizade do que
capturar uma cidade forte. As pessoas sentem muito as ofensas e tornam-se duras
de coração, não querendo reconciliar-se. (2.) Ou então o irmão é ajudado
(Revised Standard Version), conjectura feita pela Septuaginta sobre o que este
versículo quer dizer. Temos de lembrar que essa versão da Septuaginta foi
traduzida por judeus eruditos de Alexandria, que deveriam ser excelentes
conhecedores do idioma hebraico. Se o significado, realmente, for o do irmão
ajudado, devemos compreender que essa ajuda fará desse homem um aliado (e não
um inimigo), e ele se tornará uma cidade forte. A versão siríaca e a Vulgata
Latina, bem como o Targum, concordam com essa tradução. Adicione-se a isso a
tradução da Imprensa Bíblica Brasileira. Mas a nossa versão portuguesa — a
Atualizada — fica com a primeira possibilidade. Sinônimo ou Antítese. Se
estiver correta a primeira significação, acima, então a segunda linha do
provérbio fortalece a ideia com uma adição sinônima. As divergências entre
irmãos (amigos) tornam-se como as barras que guardam um castelo e não podem ser
quebradas. Em outras palavras, a disputa nunca será solucionada, e a alienação
tornar-se-á permanente. Mas, se está correto o segundo sentido, que se vê
acima, então a segunda linha métrica forma uma antítese. Em contraste com a boa
união entre irmãos (amigos), haverá a contenda que separa e aliena, e, como as
barras de um castelo, não podem ser quebradas. “A amargura das querelas entre
ex-amigos é proverbial” (Ellicott, in loc.). A situação ideal é esta: Irmãos
unidos são mais fortes do que um castelo; eles resistem juntos com maior vigor
do que as barras de ferro de proteção de um castelo. CHAMPLIN, Russell
Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos.
pag. 2630.].
2. Falar mal dos outros e ser juiz da lei (Tg 4.11). O pecado de falar mal do
outro foi por Tiago tratado com clareza ainda no versículo 11. Quem empresta os
seus lábios para caluniar e emitir falso testemunho, além de estar pecando,
coloca-se como o juiz do outro, mas não cumpridor da lei. Nós, servos de
Cristo, fomos chamados para ser discípulos, não juízes. Quem busca estabelecer
condições para amar o próximo não pode ser discípulo de Jesus de Nazaré. Já
imaginou se hoje, Deus, o nosso Pai, tratasse-nos numa posição de Juiz?
Provavelmente estaríamos perdidos! [Comentário: «...não
faleis mal uns dos outros...» O texto grego usa o termo «katalaleo»,
que pode ser traduzido por «falar mal de»,
«degradar», «difamar». Frequentemente aplicado ao ato de dizer palavras duras
contra uma pessoa ausente, que não pode se defender. Tiago aplica o seguinte
conselho aqui: «Não tenhais por hábito,
conforme vindes fazendo, de difamar a outros». Isso proíbe a maledicência e
os boatos, o disse-me-disse, que, na verdade, tem sua origem no ódio e no
despeito, sentimentos que não devem reinar no cristão. Tiago defende a ideia de
que ao fazer uso impróprio da fala, busca-se suplantar a lei, que é o
verdadeiro agente condenador nas mãos de Deus (Ef 5.4; Sl 101.5; 2Co 12.20; 1Pe
2.1; Rm 1.30). Quem age assim, viola a régia lei do amor (Tg 2.8; Lv 19.18). O
homem que se tornou culpado e que acaba de ser erguido do chão pelo Senhor com
sua clemência e presenteado com seu perdão e todo o seu amor, não pode em
absoluto se arvorar imediatamente em juiz sobre outros (Mt 18.23-34). Por isso
Tiago, no contexto da palavra “Humilhai-vos
perante o Senhor, e ele vos exaltará”, aborda mais um ponto na vida da
igreja, o julgamento sobre outros. Quando falamos mal, “pelas costas”, estamos
em perigo de rapidamente perder a atitude do versículo 10: “Humilhai-vos perante o Senhor.” Quem
julga eleva-se sobre os demais e se arroga o direito de sentenciá-los, bem como
de assumir uma posição especial diante de Deus. Assim tornamos a abrir as
portas ao espírito falso.].
3. O autêntico Legislador e Juiz pode salvar e destruir (Tg 4.12). Com o objetivo de demonstrar
o porquê de não podermos nos colocar como juízes dos outros, o texto bíblico
recorda do quanto somos pecadores e declara que há apenas um Legislador
(criador das leis) e Juiz (apto para julgar a todos) (v.12). Apenas o Criador
tem o poder de salvar e destruir. Portanto, antes de emitir uma palavra de
julgamento contra uma pessoa, responda a esta questão: “Tu, porém, quem és, que
julgas a outrem?”. [Comentário: Tiago remove qualquer
direito que pudéssemos reivindicar de criticar o nosso próximo, explicando que
por trás do espírito de crítica, está uma atitude que usurpa a autoridade do
verdadeiro Legislador e Juiz. Não deve haver críticas ásperas e severas no
corpo de Cristo. O princípio defendido por Tiago aqui, não proíbe a ação
adequada de uma igreja contra um membro que está agindo em flagrante
desobediência a Deus, conforme ensina Paulo em 1Co 5.6. Na verdade, Tiago está
preocupado com as palavras críticas que condenam ou julgam as ações dos outros
e a sua posição perante Deus. Ele está confrontando as pessoas que poderiam ser
tentadas a se colocar como algozes que espreitam a vida de outros crentes. Não
pense que uma simples critica a um irmão ou espalhar um boato não seja algo tão
grave - especialmente em comparação com outros pecados. As Escrituras afirmam
que isto como um pecado de suma gravidade, porque infringe a lei do amor e
tenta usurpar a autoridade de Deus. Russell Norman Champlin escreve o seguinte:
“O problema de não julgar: O texto não é
contra a ideia de fazermos juízos morais, de tentar ajudar a outros a
corrigirem os seus caminhos tortuosos. É óbvio que se um crente não pudesse
fazer aquilatações dessa natureza, dizendo, «Irmão, você está errado nisto ou
naquilo», então a instrução cristã se tornaria vaga e inoperante. Nada existe no
texto à nossa frente que tire a severidade da instrução ou da reprimenda
morais. Contudo, quando vemos um irmão em uma falta flagrante, devemos procurar
«restaurá-lo» com amor e paciência (ver Gl 6.1). Aquele que age assim, de
acordo com o mesmo versículo, compreende o tempo todo, que ele mesmo poderia
cair no mesmo erro, não sendo tão superior e elevado que esteja acima da mesma
forma de tentação. O que o texto condena, pois, é a atitude de censurar, que
degrada a outrem, ao mesmo tempo que exalta a si mesmo, ou que profere críticas
negativas, que não edificam, mas apenas degradam. Ao mesmo tempo, tais pessoas
geralmente exaltam a si mesmas, desfazendo da realidade do discipulado cristão
de outrem. Toda a censura ou crítica negativa, pois, é atitude condenada.
Algumas vezes, infelizmente, há uma linha divisória muito estreita entre a
critica positiva e a crítica negativa, até onde podemos ver as coisas. Deus é
quem conhece a diferença. A critica positiva se dá quando um crente, no
espírito de amor, busca ajudar a um outro por aquilo que diz, e aprende a
dizê-lo com gentileza, sem motivo ulterior de auto-exaltação. A crítica
negativa se verifica quando o indivíduo não se importa realmente em ajudar a
outro, mas antes, se aproveita da ocasião para fazer o outro parecer errado, e
ele mesmo, bom, em contraste. Essa forma de crítica ocorre quando o indivíduo
age a fim de prejudicar ou humilhar. Se procuramos prejudicar e humilhar a
outros, embora criticando o que está de acordo com os fatos, eventualmente
seremos prejudicados e humilhados, pelas línguas venenosas de outros. E assim é
verdade aquele declaração: Não basta que o teu conselho seja verdadeiro; A
verdade crua prejudica mais que a falsidade aberta. (Alexander Pope, Essay on
Criticism). (Ver também Tg. 3:2 e 6).CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo
Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 6. pag.
69.].
SINOPSE
DO TÓPICO (1)
Falar mal de um irmão e julgá-lo é pecado, pois só
existe um único Juiz e Legislador entre os crentes, Jesus Cristo.
II. A BREVIDADE DA VIDA E A
NECESSIDADE DO RECONHECIMENTO DA SOBERANIA DIVINA (Tg 4.13-15)
1. Planos meramente humanos (Tg 4.13). É comum algumas vezes falarmos “daqui tantos
anos vou fazer isso”, “em 2018 eu farei aquilo”, etc. É verdade que precisamos
planejar a vida. Entretanto, todo planejamento deve ser feito com a sabedoria
do alto. Isto é uma dádiva de Deus. Todavia, infelizmente nos acostumamos à
mera rotina e tendemos a planejarmos o futuro sem ao menos nos lembrarmos de
que Deus, o autor da vida, tem de ser consultado, pois tudo o que temos é fruto
da sua bondade e misericórdia. [Comentário: Tiago agora apresenta outro assunto: o fazer
planos para o futuro. Ele entende que podemos fazer planos, desde que
dependamos de Deus para realizá-los. A vida humana é comparada a um vapor ou
fumaça, que se desvanece em pouco tempo e por causa dessa brevidade da vida
humana, não somos impedidos de planejar o futuro, mas sim excluir Deus dos
nossos planos. As lições de Tg 4.13 se aplicam a qualquer situação que
exija planejamento. Planejar não é mau, o problema a que Tiago se refere,
entretanto, é que Deus não está incluído nestes planos. O cristão que planeja
com arrogância, pensando que pode ir onde quiser e que pode permanecer ali por
quanto tempo quiser. A sua maneira de planejar, fazer negócios e usar o
dinheiro pode ser honesta, mas em nada difere do planejamento de qualquer homem
que vive à margem da fé, distanciado dos padrões de Deus.]
2. A incerteza e a brevidade da vida (Tg 4.14). “A vida é um vapor que
aparece por um pouco e depois se desvanece”. Eis uma séria advertência de Tiago
para nós! O ser humano muitas vezes se esquece da sua real condição. Fazemos os
planos para amanhã ou depois, mas ninguém tem a certeza do futuro que lhe
espera. A nossa vida é breve, passa como a fumaça. Lembre-se de que a nossa
existência terrena é passageira e que, por isso, devemos viver a vida segundo a
vontade de Deus, esperança nossa. [Comentário:
Planejar não é errado, errado é
fazê-lo à margem da vontade divina para nós, há um problema com planejamentos:
ninguém sabe o que acontecerá amanhã, para não dizer dentro de um ano (Pv 27.1;
Lc 12.16-21). Os destinatários desta missiva de Tiago estavam fazendo planos
como se o seu futuro estivesse garantido. Note que não é sugerido que estes não
deveriam fazer planos por causa de um possível desastre, mas que sejam
realistas sobre o futuro, confiando em Deus para orientá-los. Como o futuro é
incerto, é ainda mais importante que nós dependamos completamente de Deus.
Tiago já explicou que a vida humana é incerta, é como uma neblina que cobre o
campo pela manhã e depois é dissipada pelo sol. Não importa quanto tempo
vivamos, nossa vida é curta! Isto é assustador? Não deve ser, ao contrário,
deve ser um estimulador para o cristão fiel, isso porque ele entende que hoje é
o dia de viver para Deus! Então, não importando quando a nossa vida termine,
teremos cumprido os planos que Deus tem para nós! Russell Norman Champlin, em
obra já citada aqui, comentando a brevidade da vida, escreve que “A
mentalidade da segurança e do planejamento carnais se esboroa ante o fato
brutal da mortalidade e da fragilidade do homem. Pouco tempo depois dessas
palavras de Tiago terem sido escritas, o desastre e a morte caíram sobre
Jerusalém com tremenda força. Ê bem possível que alguns dos leitores originais
desta epistola tenham morrido debaixo do açoite de Roma”. CHAMPLIN,
Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora
Candeias. Vol. 6. pag. 70-71. O Comentário Bíblico Contemporâneo
(Editora Vida), comentando Tg 4.14, traz o seguinte: “Em contraste com o caráter racional e seguro de seus planos, sobressai
a insegurança desta vida: Ora, não sabeis o que acontecerá amanhã. De fato, a
vida é eminentemente efêmera: O que é a vossa vida? É um vapor que aparece por
um pouco, e logo se desvanece. Os planos estão traçados; as projeções lançadas.
Todavia, tudo gira em torno de uma vontade superior à deles, a de Deus, que não
foi sequer consultado no planejamento. Naquela noite mesmo uma doença pode
derrubar alguém; de súbito, seus planos se evaporam. Os planos deles se
resumirão numa pequena viagem até a sepultura fria, no interior de um esquife.
Esses homens assemelham-se ao rico louco da parábola de Jesus, o qual ganhara
grandes margens de lucro honesto mediante investimentos agrícolas em sua
fazenda. Sentindo-se seguro, o ricaço traça planos para uma aposentadoria
confortável “Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma”
(Lucas 12:16-21). Ao pensar unicamente numa esfera mundana, os negociantes
crentes da carta de Tiago tinham uma falsa sensação de segurança. Era preciso
que encarassem a morte, e percebessem que não tinham nenhum controle desta vida”.
Peter H. Davids. Comentário Bíblico Contemporâneo. Editora Vida. pag. 146.
Ao fazermos nossos planos, devemos considerar um fato fundamental: a natureza
transitória da vida - uma enfermidade, morte acidental ou a volta de Cristo
podem abreviar nossa vida, assim como o sol da manhã dissipa a neblina (Pv 27.1;
Jó 7.7, 9,16; SI 39.5-6). Em Lc 12.15, Jesus adverte as multidões contra a
avareza e as lembra de que “a vida de um homem não consiste na abundância dos
bens que ele possui”. Numa rápida parábola, ele ilustra o argumento usando a
figura de um homem rico que, à semelhança do negociante de Tiago, fez planos
definidos para aquisição de mais bens, mas foi impedido de executá-los por sua
morte (Lc 12.16-20).]
3. O modo bíblico de abordar o futuro (Tg 4.15). Após compreendermos que
a existência humana é finita e Deus é o infinito Absoluto, o versículo 15 nos
ensina a ter um estilo de vida diferente. A consciência da nossa limitação, bem
como da transitoriedade e a brevidade da vida, deve incidir sobre o nosso modo
de viver ao mesmo tempo em que deve servir como ponto de partida para
confiarmos ao Senhor todos os nossos planos. Só com essa consciência,
buscaremos realizar a vontade de Deus que é boa, perfeita e agradável (Rm
12.2). Portanto, agiremos assim: “Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos
isto ou não”. Tal postura não é falta de fé, ao contrário, é fé na Palavra de
Deus. [Comentário: Fomos gerados de novo, e como nova criatura não podemos viver de uma
forma independente do nosso Criador; os nossos planos não podem ignorá-Lo, deixá-Lo
à margem. Esta nova vida exige que nossos planos incluam a frase: “Se o Deus quiser”. É legal
fazermos planos para o futuro, mas devemos fazê-lo reconhecendo a vontade e
soberania divinas. Isto é muito mais do que simplesmente dizer: “Se Deus quiser”, quando falarmos
a respeito dos planos futuros, porque esta frase também pode perder seu
significado. Isto significa planejar com Deus ao fazermos os nossos planos. Os
nossos planos devem ser avaliados pelos padrões e objetivos de Deus, e nós
devemos orar por eles quando estivermos ouvindo o conselho de Deus.]
SINOPSE
DO TÓPICO (2)
A vida do homem é frágil e breve, por isso,
precisamos reconhecer que somos dependentes do Criador.
III. OS PECADOS DA ARROGÂNCIA E
DA AUTOSSUFICIÊNCIA DO SER HUMANO (Tg 4.16,17)
1. Gloriar-se nas presunções (Tg 4.16a). Pensar que podemos
controlar a nossa vida é de uma presunção orgulhosa que afronta o próprio Deus.
Nós somos as criaturas e Deus, o Criador. Infelizmente, muitos fazem os seus
planos desprezando o Senhor como se fosse possível deixá-lo fora do curso da
nossa vida. Não sejamos presunçosos e arrogantes! Reconheçamos as nossas
fragilidades, pois somos pó e cinza (Gn 18.27; Jó 30.19). Mas Deus, o nosso
Pai, é tudo em todos por Cristo Jesus, o nosso Senhor (Cl 3.11). [Comentário: Tiago agora nos dirige a
evitarmos a vanglória, e a considerá-la não somente algo tolo, mas como algo
maligno. “Mas, agora, vos gloriais em
vossas presunções; toda glória tal como esta é maligna” (v.16). Eles tinham
esperanças de vida e prosperidade, e de grandes realizações no mundo, sem a
devida consideração por Deus; e aí se vangloriavam dessas coisas. Essa é a
alegria das pessoas mundanas, se vangloriarem de todos os seus sucessos, e
mais, às vezes até se vangloriarem dos seus projetos antes de saber que sucesso
obterão. Como é comum que os homens se vangloriem de coisas que não possuem, a
não ser do que brota da sua própria vaidade e presunção! Toda glória tal como
esta, diz o apóstolo, é maligna; é tola e é nociva. A palavra-chave aqui é jactância,
visto que indica uma atitude interna. O orgulho é a vindicação de quem se jacta
em vão, de quem vindica uma habilidade que na verdade não possui. Trata-se de
vindicação de controle e de posição na vida mencionada em 1 João 2.16, mas tal
vindicação é falsa, porque o mundo em cujo contexto a jactância é proferida
está desaparecendo. Temos aí as vindicações presunçosas e o comportamento cheio
de ostentação pelos quais os homens procuram impressionar-se uns aos outros e,
com frequência, acabam iludindo-se uns aos outros” Adaptado de Peter H.
Davids. Comentário Bíblico Contemporâneo. Editora Vida. pag. 147.]
2. A malignidade do orgulho das presunções (Tg 4.16b). A gravidade da presunção
e da arrogância humana pode ser comprovada na segunda parte do versículo
dezesseis: “toda glória tal como esta é maligna”. O livro de Ezequiel conta-nos
a história do rei de Tiro. Ali, a malignidade, a arrogância e o orgulho humano
levaram um poderoso rei a perder tudo o que tinha. Ele era poderoso em sabedoria
e entendimento, acumulando para si riquezas e poder. Mas seu coração tornou-se
arrogante, enchendo o interior de violência, iniquidades, injustiças do
comércio e profanação dos santuários (Ez 28.4,5,16,18). Em pouco tempo o seu
fabuloso império desmoronou. Não há ser humano no mundo que resista às
tentações da arrogância, do poder e do orgulho. Triste é o final de quem se
entrega à malignidade do orgulho das presunções humanas. [Comentário: Matthew Henry comentando
Tg 4.16b, escreve: “Quando os homens se
vangloriam de coisas mundanas e de seus projetos ambiciosos, quando na verdade
deveriam observar os humildes deveres expostos anteriormente (w. 8-10), isso é
uma coisa muito maligna. É um grande pecado aos olhos de Deus, vai conduzi-los
a grandes frustrações, e vai comprovar a sua destruição no final. Se nos
alegramos em Deus porque nosso tempo está em suas mãos, que todos os eventos
estão à sua disposição e que Ele é o nosso Deus do concerto, essa alegria é
boa; a sabedoria, o poder e a providência de Deus estão então ocupados em fazer
com que todas as coisas cooperem para o nosso bem. Mas, se nos alegramos na
nossa própria confiança e nas nossas vanglorias presunçosas, isso é maligno. É
um mal que precisa ser cautelosamente evitado por todos os homens sábios e bons.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE
Edição completa. Editora CPAD. pag. 846. Russell Norman Champlin, por sua
vez, diz de Tg 4.16b: “«...maligna...» No
grego é «poneros», que significa «errado», «prejudicial», por ser mal.
(Comparar isso com Tg 2:4; Mat. 5:19; João 3:19; 7:7; I João 3:12; Col. 1:21 e
Atos 25:18). O presente versículo fala especificamente sobre o «orgulho da
vida» (ver I João 2:16). Trata-se da confiança equivocada dos ímpios, em sua habilidade
de levarem uma vida baseada na arrogância, sem sofrerem perturbação ou perda.
Trata-se do indivíduo que pensa que não precisa da providência divina em sua
vida. Ele é o seu próprio bem; ele adora a si mesmo”. CHAMPLIN,
Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora
Candeias. Vol. 6. pag. 71.]
3. Faça o bem (v.17). Fazer o bem é uma afirmação da Epístola de
Tiago que lembra as suas primeiras recomendações de não sermos apenas ouvintes,
mas praticantes da Palavra (Tg 1.22-25). Ora, se nós ouvimos, entendemos,
compreendemos e podemos fazer o que deve ser feito, mas não o fazemos, estamos
em pecado. Deus condena o pecado de omissão! Não sejamos omissos quanto àquilo
que podemos e devemos fazer! Como discípulos de Cristo não podemos recuar.
Antes, temos de perseverar em perseguir o alvo que nos foi proposto até o fim
(Fp 3.14). [Comentário: Tg 4.17
resume todo o conteúdo dos capítulos 1 a 4 e todo o problema ético contido em
toda a carta de Tiago. Em um sentido mais amplo, Tiago acrescenta estas
palavras como uma admoestação para que todos os seus leitores façam o que ele
escreveu: Aquele, pois, que sabe fazer o bem e o não faz comete pecado. Eles
foram avisados, de modo que não têm desculpa. O Comentário Bíblico Beacon
(CPAD), comenta: “O versículo 17 pode ser
entendido como uma exortação conclusiva do tema apresentado nos versículos
13-16. “Aqueles a quem as palavras foram dirigidas tinham, até certo ponto,
falhado por meio da negligência; agora que essas coisas foram apresentadas de
forma bastante clara, eles estão na posição de saber como agir; se, apesar de
saberem agora como agir de forma correta, negligenciarem o curso apropriado,
então isso é pecaminoso”.16 Mas essa verdade também é ressaltada em outras
partes da Bíblia. Palavras semelhantes são apresentadas por JESUS: “E o servo
que soube a vontade do seu senhor e não se aprontou, nem fez conforme a sua
vontade, será castigado com muitos açoites” (Lc 12.47). Em um sentido real, o
versículo 17 pode ser aplicado a diversos aspectos até aqui na epístola (cf.
1.22; 2.14; 3.1,13 e 4.11). Phillips apresenta uma excelente paráfrase desse
versículo: “Sem dúvida, vocês concordam com a teoria acima. Bem, lembrem-se que
se um homem sabe o que é certo e não o faz, essa omissão é considerada pecado
real”. A. F. Harper. Comentário Bíblico Beacon. Tiago. Editora CPAD.
Vol. 10. pag. 187.]
SINOPSE
DO TÓPICO (3)
Que jamais venhamos permitir que a presunção e o
orgulho dominem os nossos corações e que nos faça acreditar que podemos
controlar nossa vida.
CONCLUSÃO
Vimos nesta lição as duras advertências de Tiago. Infelizmente, as
transgressões descritas na epístola são quase que naturais na atualidade. Não
são poucos os que difamam, caluniam e falam mal do próximo. Comportam-se como
os verdadeiros juízes, ignorando que com a mesma medida com que medem os
outros, eles mesmos serão medidos (Mc 4.24). Vimos também que ainda que façamos
os melhores planos para a nossa vida, devemos nos lembrar de que a vontade de
Deus é sempre o melhor. Que aprendamos com Tiago a perdoar ao outro e
submetermo-nos à vontade do Pai. [Comentário:
Qual o perigo de se julgar alguém ou falar mal?” Tiago afirma que falar
mal de um irmão ou julgá-lo é tornar-se juiz. Quando condenamos uma pessoa,
estamos condenando o nosso próximo e aquEle que o criou, o próprio Deus.
Somente o Todo-Poderoso tem poder para julgar e legislar em favor das suas
criaturas. Nós temos a tendência de limitar os pecados a atos específicos -
fazer algo errado. Mas Tiago nos diz que não fazer o que é certo também é
pecado. Mentir é um pecado; conhecer a verdade e não dizê-la também pode ser um
pecado. Falar mal de alguém é um pecado; evitar esta pessoa quando você sabe
que ela precisa da sua amizade também é um pecado. Nós devemos estar dispostos
a ajudar os outros conforme o Espírito Santo nos orientar.]
“NaquEle que me garante: "Pela graça sois
salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Graça e Paz a todos que estão em
Cristo!
Francisco Barbosa
Nenhum comentário:
Postar um comentário