SUBSÍDIO I
INTRODUÇÃO
Tiago conclui sua Epístola apresentando vários conselhos aos seus
ouvintes. Na aula de hoje atentaremos para esses conselhos, ressaltando sua
atualidade para a igreja contemporânea. O primeiro deles diz respeito à
importância da paciência, precisamos aprender a suportar as aflições e esperar
em Deus. O segundo está relacionado às orações, devemos interceder por aqueles
que estão aflitos, e confiar na eficácia da oração. O terceiro orienta quanto à
restauração dos desviados, e também da unção com óleo.
1. A IMPORTÂNCIA DA PACIÊNCIA
Em uma sociedade imediatista as pessoas não têm mais paciência para
esperar. A mensagem de Tiago, a esse respeito, é bastante pertinente. Devemos
aguardar, sobretudo, a volta do Senhor Jesus, sem perder a esperança (Tg.
5.7-11). Nos atuais há aqueles que não mais aguardam a vinda do Senhor,
tornaram-se tão secularizados que são incapazes de se voltarem para as verdades
espirituais. Essa esperança nos coloca em uma posição ética, principalmente no
uso da língua, tendo o cuidado de não fazer juramentos inapropriados (Tg.
5.19). A paciência do agricultor deve servir de inspiração para todos os
cristãos, considerando que somos desafiados pela Palavra a ter esperança,
mesmo diante das adversidades. O agricultor não tem controle do tempo, por isso
entrega-se ao Deus da providência que, ao Seu tempo, enviará a chuva. Como
cristãos, somos advertidos a frutificar, devemos ser produtivos na fé (Lc.
13.6-9; Gl. 5.22,23). Os profetas de Deus nos deixam o exemplo de paciência,
pois mesmo sendo vituperados, não se distanciaram da Palavra de Deus. Estevão,
em seu sermão, lembrou o sofrimento dos profetas, que se sacrificaram na defesa
da revelação que receberam de Deus (At. 7.52). As perseguições, conforme nos
ensinou Jesus, não devem nos distanciar da verdade, muito pelo contrário, somos
bem-aventurados por sofrer por causa do Senhor (Mt. 5.11,12). Paulo deixa
claro, pera seu filho na fé Timóteo, que todos aqueles que querem viver
piamente padecerão perseguição (II Tm. 3.2). O fundamento da nossa esperança
está na Palavra de Deus, pois tudo o que nela está escrito serve para
constância e consolação, para não perdermos a esperança (Rm. 15.4).Tiago lembra
que Jó foi um homem que padeceu muitas aflições, mesmo assim, não perdeu a
esperança diante das adversidades, antes glorificou o Senhor (Jó. 13.15). Deus
tem Seus propósitos, e para isso permitirá que sejamos afligidos, com vistas à
maturidade espiritual do crente (Jó. 42.5).
2. A EFICÁCIA DA ORAÇÃO DO JUSTO
Diante da provação, devemos encontrar conforto não apenas na Palavra,
mas também na oração. Ao invés de murmurar, precisamos nos voltar para a
oração, buscando consolo na presença do Senhor. Através da oração Deus, de
acordo com Sua soberana vontade, pode modificar as situações. Quando Deus não
muda o curso da adversidade, nos dá através da oração, a força para enfrentá-la
(II Co. 12.7-10). Através da meditação na palavra e na oração Deus alegra o
coração do crente, dando-lhe poder para superar os momentos de aflições (Tg.
5.13). A maturidade cristã é medida pela capacidade do crente enfrentar as
aflições com fidelidade (Hb. 11). Mesmo diante do sofrimento o cristão pode
cantar hinos de louvores a Deus (Jó. 35.10), como fizeram Paulo e Silas na
prisão (At. 16.25). Devemos orar pelos nossos irmãos, sentindo suas necessidades,
intercedendo pelas suas dificuldades, inclusive cura das enfermidades.
Inicialmente destacamos que os crentes não estão imunes às doenças, conforme
apregoam alguns adeptos da teologia da saúde. O cristão pode ser afligido por
doenças, considerando que estamos em um mundo caído, portanto estamos sujeitos
às mesmas intempéries pelas quais passam os descrentes. Nem todas as doenças
são resultantes de pecados, algumas delas servem para que o Senhor seja
glorificado (Jo. 9.3,4). Mas existem casos específicos de enfermidades que
decorrem de pecado, são doenças que se alojam no corpo e na alma por causa de
práticas pecaminosas (Tg. 5.15,16). Em tais casos, os presbíteros da igreja
devem ser chamados, e o pecador deve confessar seu pecado em arrependimento, e
Cristo, o Paracleto, perdoará os pecados, podendo também restituir a saúde (I
Jo. 1.9). Em tais casos os presbíteros deverão orar impondo as mãos sofre o
enfermo, e a oração da fé, em conformidade com a vontade de Deus, será eficaz
na cura do doente (I Jo. 5.14,15). Os presbíteros também devem ungir o enfermo
com óleo, e ouvir a confissão daquele que se encontra em pecado. A confissão,
no contexto de Tiago, tem um valor terapêutico, através das palavras, o pecador
recebe não apenas o perdão de Deus, mas também se desfaz do fardo da
culpa. Não devemos desprezar a oração, pois essa é poderosa em seus
efeitos, podemos realizar muito para o Senhor, se dependermos dEle através da
oração (Tg. 5.17,18). Tiago nos lembra do exemplo de Elias, que era um homem
sujeitos as mesmas fraquezas que temos, mas que confiou em Deus, e teve
resposta das suas orações em momento oportuno (I Rs. 18.41-46). A instrução em
oração pelos desviados é uma tarefa importante para os cristãos, em amor
devemos conduzi-los ao caminho da verdade (Lc. 22.32). Uma das missões dos
crentes é arrebatar do fogo aqueles que se encontram em condição de risco ao
longo da jornada da fé (Jd. 23).
3. A UNÇÃO COM ÓLEO
A unção com óleo não é uma assunto simples de ser tratado, e tem gerado
variadas controvérsias teológicas ao longo da história da igreja cristã. Tiago
recomenda a unção com óleo, pelos presbíteros, àqueles que os chamam, para
confessarem seus pecados, e obterem saúde, através da oração (Tg. 5.14). É
preciso deixar bem claro o que está revelado nesse texto, inicialmente a unção
deve ser dada indistintamente, sem que a pessoa tenha solicitado. Não há
qualquer respaldo bíblico para a unção de objetos, como acontece em algumas
igrejas evangélicas. A unção com óleo não deve ser entendida como um sacramento,
como o fazem algumas igrejas, defendendo que essa é necessária para que a
pessoa seja salva. A unção com óleo não é suficiente para que alguém seja
salvo, a salvação depende da graça de Deus, demonstrada em fé com
arrependimento de pecados (Ef. 2.8.9). A unção com óleo, no texto de Tiago,
nada tem a ver com extrema unção, trata-se de uma intervenção não para morte,
mas para a vida. Devemos compreender o texto também no contexto da época, o
óleo era um componente medicinal entre os judeus, associado ao tratamento de
algumas enfermidades. Com base nesse princípio, temos respaldo para consultar
os médicos, e fazer o tratamento conforme nos é orientado, ao mesmo tempo em
que confiamos na intervenção divina, o próprio Jesus lembrou que os doentes
precisam de médicos (Mt. 9.9-13). A instrução pra que os presbíteros da igreja
orem pelos enfermos, ungindo-os com óleo é uma orientação comum, que nada tem
de especial. O próprio óleo em si mesmo não tem poder, independentemente da sua
procedência, seja do Brasil ou de Israel. Diante dos excessos que temos
testemunhado em algumas igrejas, precisamos manter o equilíbrio espiritual a
esse respeito. Não devemos proibir a unção com óleo, mas precisamos reprovar os
exageros, compreendendo que sua função principal é restaurar a saúde física,
sobretudo espiritual do enfermo.
CONCLUSÃO
Tiago desafia os crentes a viver uma vida cristã autêntica, sobretudo,
equilibrada, que se fundamente em extremismos. Seus conselhos são práticos, e
nos orientam para uma fé que seja manifesta através de obras. Mesmo diante das
adversidades, devemos manter a fé firme no Senhor, que prometeu que retornaria
para buscar Sua igreja (Jo. 14.1). Enquanto isso não acontece, devemos resistir
às tentações, e ser fortes diante das provações. Na comunidade de fé precisamos
ajudar uns aos outros, orando por aqueles que se encontram em condição de
fragilidade, restaurando-lhe ao caminho da verdade (Jo. 14.6).
Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
SUBSÍDIO II
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE Tiago 5.7-20.
Tiago 5
7. Sede pois, irmãos, pacientes até à vinda do Senhor. Eis que o
lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até que
receba a chuva temporã e serôdia.
8. Sede vós também pacientes, fortalecei os vossos corações; porque já a
vinda do Senhor está próxima.
9. Irmãos, não vos queixeis uns contra os outros, para que não sejais
condenados. Eis que o juiz está à porta.
10. Meus irmãos, tomai por exemplo de aflição e paciência os profetas
que falaram em nome do Senhor.
11. Eis que temos por bem-aventurados os que sofreram. Ouvistes qual foi
a paciência de Jó, e vistes o fim que o Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito
misericordioso e piedoso.
12. Mas, sobretudo, meus irmãos, não jureis, nem pelo céu, nem pela
terra, nem façais qualquer outro juramento; mas que a vossa palavra seja sim,
sim, e não, não; para que não caiais em condenação.
13. Está alguém entre vós aflito? Ore. Está alguém contente? Cante
louvores.
14. Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem
sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor;
15. E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se
houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados.
16. Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros,
para que sareis. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.
17. Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu
que não chovesse e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra.
18. E orou outra vez, e o céu deu chuva, e a terra produziu o seu fruto.
19. Irmãos, se algum dentre vós se tem desviado da verdade, e alguém o
converter,
20. Saiba que aquele que fizer converter do erro do seu caminho um
pecador, salvará da morte uma alma, e cobrirá uma multidão de pecados.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Compreender o valor da paciência e da proibição de juramento;
- Saber a respeito do real significado da unção dos enfermos, e
- Conscientizar-se da importância da conversão de um irmão.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Depois de estudarmos os principais assuntos da Epístola de Tiago, nessa
última lição do trimestre, chegamos às seções finais da carta (vv.7-20). Nessa
ocasião, analisaremos os ensinos práticos e atuais que o meio-irmão do Senhor
escreveu para os seus leitores. São conselhos bíblicos práticos, perenes e
necessários ao nosso relacionamento com Deus e a uma boa convivência na igreja
local bem como em sociedade.. [Comentário:
Tendo falado do lugar da oração em relação à doença, Tiago oferece uma
inferência resumida que ilustra o poder da oração. As culpas que Tiago
particularmente tem em mente podem ser aquelas de uma pessoa doente, que
poderiam ter sido a raiz de sua doença, ou a dos crentes em geral.
Independentemente, ele não recomenda uma confissão pública geral de todos os
pecados sem qualquer tipo de discrição. Os crentes, na maioria da igreja, era
pobre, eram explorados pelos ricos e perseguidos por causa da sua fé. Tiago
encorajou os crentes para que tivessem paciência até à volta do Senhor. Ele
descreve um tipo de paciência que não é passiva, mas que envolve ação.
Finalizando o estudo desta maravilhosa missiva, vamos estudar a sessão em que
Tiago exemplifica alguns recursos úteis para uma aplicação pessoal. O princípio
da paciência não significa muito, a menos que nós possamos aplicá-lo à nossa
vida. Convido você para mergulharmos mais fundo agora, nesta ultima sessão de
Tiago e vermos as muitas maneiras pelas quais Deus nos dá direção e
encorajamento.] Vamos?
I. O VALOR DA PACIÊNCIA E A
PROIBIÇÃO DO JURAMENTO (Tg 5.7-12)
1. O valor da paciência e da perseverança (vv.7,8). No versículo sete Tiago
evoca uma imagem agrícola para exemplificar o valor da paciência e da
perseverança. Tal imagem é comum aos destinatários de sua época. O líder da
Igreja em Jerusalém nos ensina que tanto a paciência quanto a perseverança são
valores que devem ser cultivados, não em alguns momentos, mas durante a vida
toda. A fim de vencermos as dificuldades, privações, inquietações e sofrimentos
da existência terrena, precisaremos da paciência e da perseverança. Essas
características também estão relacionadas à nossa esperança na vinda do Senhor.
Sejamos pacientes e perseverantes em aguardá-la, pois ela, conforme nos diz as
Escrituras, está próxima (Fp 4.5; Hb 10.25,37; 1 Jo 2.18; Ap 22.10,12,20). [Comentário:
Tiago começa esta ultima seção de sua carta recomendando um tipo diferente
de paciência aos crentes. Uma paciência ativa, que deve permanecer até à vinda
do Senhor. Exercer essa paciência deveria ser um grande desafio para aqueles
crentes, e não é menos desafiador para nós. Vinte e um séculos se passaram
desde que o Senhor Jesus prometeu retornar para buscar os seus, e a Igreja do
Senhor tem tido de conviver com um mundo que muda a forma de pensar sempre para
pior, e que diariamente descobre novas formas de transgredir os mandamentos
divinos. Os crentes devem ser pacientes mesmo em meio às injustiças. Precisamos
ser perseverantes, confiar em Deus em meio às dificuldades, e recusarmos a
vingança pelas injustiças que são cometidas contra cada um nós (Tg 1.2,12; Sl
37). Não é uma paciência inativa! Há trabalho a ser realizado: servir a Deus,
cuidar uns dos outros, e proclamar as Boas Novas. Chegará o momento, uma
ocasião em que a paciência não será mais necessária: a vinda do Senhor, o
momento em que tudo será corrigido. Tiago, e a igreja primitiva, viviam em
constante expectativa da volta de Cristo, e é o que cada um de nós hoje,
precisamos fazer. Como nós não sabemos quando Cristo irá retornar, para trazer
a justiça e remover toda a opressão, devemos esperar com paciência (veja 2 Pe
3.8-10).]
2. O valor da tolerância de uns para com os outros (v.9). Mais uma vez a Palavra
do Senhor reitera o cuidado com a língua, pois se não soubermos usá-la
acabaremos por cometer falsos julgamentos contra as pessoas. No versículo nove,
Tiago adverte-nos acerca do dia do juízo divino. O Juiz está às portas! Ele sim
julgará com retidão e, justamente por isso, não podemos nos ocupar emitindo
opiniões e comentários falsos contra quaisquer pessoas, quer sejam estas parte
da igreja, quer não. [Comentário: Estes crentes, que estavam
enfrentando a perseguição de fora e os problemas de dentro da igreja,
naturalmente poderiam se achar resmungando e criticando uns aos outros. Tiago
não quer que eles se encham de ressentimentos e amarguras uns em relação aos
outros — isto somente destruiria a unidade de que eles precisam tão
desesperadamente. Recusar-se a se queixar uns contra os outros faz parte da
virtude de ser paciente (5.7). Queixar-se uns dos outros indica uma atitude
descuidada em relação às palavras. Tiago já mencionou o grande Juiz (4.12).
Este Juiz não está longe, mas já está à porta. Tiago está advertindo os crentes
a que não estejam envolvidos em julgamentos, brigas. críticas ou mexericos
quando aquele a quem deveriam servir retornar. O conhecimento da presença de
Cristo não é apenas confortante; ele também pode ser condenador – especialmente
quando nós começamos a nos comportar como se Ele estivesse longe. O foco
aqui muda da paciência com os pecadores fora da igreja para a paciência um com
o outro dentro da Igreja. Alguém escreveu o seguinte: Caminhar em amor com os
santos de cima será uma maravilhosa glória; Mas, caminhar com os santos aqui em
baixo, bem, isso já é uma outra história! Em tempos de dificuldades, a
paciência é provada e somos tentados a nos queixar (v. 9; lit., gemer, ou seja,
reclamar ou resmungar) uns contra os outros. Tiago adverte os cristãos a não
apontarem para os erros de outra pessoa, para que não sejais condenados. A
proximidade da vinda de Cristo serve como advertência contra o fracasso do
cristão bem como para a consolidação da sua constância. A. F. Harper.
Comentário Bíblico Beacon. Tiago. Editora CPAD. Vol. 10. pag. 192.]
3. Aflição, sofrimento e juramento (vv.10-12). O ensino desses três
versículos, primeiramente, alude à aflição e a paciência dos profetas que
falaram em nome do Senhor. De igual modo, posteriormente, trata da paciência de
Jó e o fim que o Senhor lhe concedeu após tamanha aflição e sofrimento (Ez
14.14,20; Hb 11.23-38). Os crentes a quem Tiago escreveu sentiam-se orgulhosos
por ser comparados aos personagens do Antigo Testamento. Ao experimentar as
aflições, eles sabiam que assim como Deus concedera graça a Jó (Jó 42.10-17),
da mesma forma daria a eles. No versículo doze, após o exemplo do poder de Deus
em relação aos seus servos, os profetas e Jó, Tiago admoesta-nos a que não
caiamos no erro de jurar pelo céu ou pela terra. Nossas palavras não são
poderosas para garantir o juramento. Não! Tudo depende de Deus e da sua
vontade. Tiago nos ensina que não devemos fazer tais juramentos, pois a palavra
do discípulo de Jesus deve se resumir ao sim ou ao não (Mt 5.33-37). Isto deve
ser suficiente! [Comentário: O
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal (Editora CPAD) comentando este
texto de Tiago, traz o seguinte: “Tiago está se referindo às palavras de Jesus
em Mateus 5.34-37. Jurar era um costume comum, e Tiago queria que esta prática
fosse suspendida entre os crentes. As pessoas ofereciam garantias verbais
desrespeitosas ou arrogantes que elas mesmas podiam reverter através de alguns
detalhes legais. Como garantias em negrito em um texto de boa impressão, estes
juramentos tinham a intenção de criar uma impressão de verdade - mas as pessoas
que os pronunciavam não esperavam realmente ficar presas a eles. Os cristãos
não deviam fazer nenhum juramento para garantir a veracidade daquilo que
diziam. A nossa honestidade deve ser inquestionável. Os crentes não precisam
fazer juramentos, pois as suas palavras devem ser sempre verdadeiras. Não deve
haver motivo para que eles precisem reforçar as suas palavras com um juramento.
Deus irá julgar as suas palavras. Será que devemos fazer juramentos no
tribunal? Os juramentos proibidos aqui são aqueles das conversas normais, e não
os juramentos formais feitos em um tribunal. Os juramentos legais têm o
objetivo de colocar quem os faz em uma obrigação legal. O perjúrio é um crime
grave. A maioria dos estudiosos conclui que Tiago não deseja que nós nos
recusemos a fazer juramentos no tribunal. Uma pessoa que tenha a reputação de
exagerar ou de mentir não pode conseguir que alguém creia nela somente através
de sua palavra. Por exemplo, esta pessoa poderia dizer: “Eu prometo!”, ou: “Eu
juro!” Os cristãos não devem nunca ser assim. Seja sempre honesto, para que os
outros creiam nos seus simples “sim” e “não”. Evitando as mentiras, as
meias-verdades, e as omissões da verdade, você ficará conhecido como uma pessoa
digna de confiança.” Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal.
Editora CPAD. Vol. 2. pag. 690.].
SINOPSE
DO TÓPICO (1)
Como cristãos devemos cultivar a paciência e a perseverança
até a volta de Jesus.
II. -
A UNÇÃO DE ENFERMOS E COMO DEUS OUVIU A ELIAS (Tg 5.13-18)
1. Oração e cânticos (Tg 5.13). Diante das adversidades, ou nos períodos de
bonança, a Bíblia nos recomenda a adorar a Deus. Se estivermos tristes e angustiados,
devemos buscar o Senhor em oração; se estivermos alegres, devemos cantar
louvores a Deus. Em ambas as situações, Deus deve ser adorado! Como é bom
sermos acolhidos pelo Senhor. Se tivermos de chorar, choremos na presença dEle;
se tivermos de cantar, entoemos louvores diante dEle. Dessa maneira, seremos
maravilhosamente consolados pelo Criador. [Comentário: É comum que nos preocupemos com muitas coisas e
que nos queixemos de tantas outras; até mesmo chegamos a jurar vingança contra
aqueles que nos causam sofrimento; Talvez tenhamos deixado que a ira ardesse em
nosso interior... Mas Tiago diz que a resposta correta para o sofrimento é
continuar orando sobre ele (Sl 30; 50.15; 91.15). Esta não será necessariamente
uma oração pedindo o fim do sofrimento, mas pedindo paciência e forças para
suportá-lo. Se formos suficientemente bem-aventurados, a ponto de nos sentirmos
felizes, devemos agradecer a Deus cantando louvores ao Senhor (1 Co 14.15; Ef
5.19; Cl 3.16). Pelo fato de nosso louvor ser dirigido a Deus, cantar é, na
verdade, uma outra forma de oração. Como diz Paulo em Ef 5.18-20, o louvor
deveria estar em nossos lábios quando a vida proporciona alegria; e deveria
haver louvor mesmo debaixo de pressão quando nos lembramos da bondade de Deus.
Quando o homem natural, que vive sem Deus, sofre, é comum que acuse a Deus e o
mundo, que se ire e diga: “Agora é que não creio em mais nada.” Quando
vivemos de costas para Deus, o sofrimento nos impele ainda mais para longe
dEle; quando estamos voltados para Deus, o sofrimento nos impele para mais
perto dEle.]
2. A oração da fé (vv. 14,15). A orientação de se chamar os presbíteros, ou
anciãos da comunidade cristã, para orar por um enfermo e ungi-lo com azeite,
denota a ideia de respeito que os crentes tinham com esses ministros. Os
presbíteros serviam ao povo de Deus com alegria. Isso também indica que a
atitude de ungir o enfermo com o óleo não deve ser banalizada em nosso meio.
Hoje, as pessoas ungem bens materiais, bairros e até cidades. Isso é
esoterismo! A base bíblica em o Novo Testamento fala do acolhimento ao enfermo
para que ele seja curado. É a "oração da fé" que, além de curar o
doente, faz com que ele sinta igualmente o perdão dos seus pecados. [Comentário: A oração em tempos de
enfermidade não é apenas um dever do crente, acima de tudo, é um privilégio em
Cristo! Certamente, esta prática deveria ser o normal em nossa vida! Tiago diz:
Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele.
O presbitério era constituído pelos líderes reconhecidos ou apontados na
congregação local desde os anos 40 e 50 d.C. (At 11.30; 14.23). Sua função não
era muito diferente do pastor dos nossos dias. Orar sobre ele significava orar
estando em pé ao lado (“sobre”) do leito do enfermo. Um significado secundário
da palavra sobre (Gr. epi) poderia ser orar junto a, em vez de
sobre ele. A prática de ungir com azeite em conexão com cura é mencionada
somente mais uma única vez no Novo Testamento (Mc 6.13). É bom lembrar que para
nós, essa unção serve como um símbolo de obediência à admoestação da Palavra de
Deus e como uma forma de encorajamento à fé do doente. Nos tempos do Novo
Testamento, esse pode ter sido natural usado em cooperação com a oração. A
unção era um meio de cura, que tinha um significado espiritual, porque era para
ser administrado em nome do Senhor. Em todo caso, Tiago nos assegura que é a
oração da fé que salvará o doente, e o Senhor o levantará (v. 15).]
3. Oração e confissão (v.16-18). Esse é um texto maravilhoso, mas
infelizmente, desprezado por muitos. Ele rechaça a "confissão entre os
irmãos". É um incentivo a koinonia, ou seja, à união e ao amor fraternal
entre os salvos. Como todos somos pecadores, em vez de acusarmo-nos uns aos
outros, devemos realizar confissões públicas para ajudarmo-nos mutuamente. Uma
vez confessada a nossa culpa e tendo orado uns pelos outros, seremos sarados.
Tiago lança ainda mão do conhecido profeta Elias, para mostrar que até mesmo um
homem como ele, que foi usado poderosamente por Deus, era igual a nós e sujeito
às mesmas paixões. Todavia, o profeta orou e Deus ouviu o seu clamor. De fato,
a oração de um justo pode muito em seus efeitos. [Comentário:
Não é o plano de Deus que o seu povo esteja só. Os membros do corpo de Cristo
devem poder contar com os outros para apoio e oração, especialmente quando
estão doentes ou sofrendo. “Confessai, pois, os pecados uns aos outros”: aqui o
foco principal é o enfermo. Que nos dias de enfermidade não apenas esperemos
uma “aprazível visita”, mas aproveitemos essa situação limítrofe em que nos
encontramos para um desnudamento total de nossa vida perante Deus, na qual os
irmãos são testemunhas e parceiros de oração! É melhor ser envergonhado um
pouco agora do que ser obrigado, por ocasião do grande dia, a “ser manifesto
com isso perante o tribunal de Cristo” (2Co 5.10). Quando ele perdoa nossos
pecados, eles serão eternamente esquecidos (cf. Mq 7.18s; Is 38.17; Sl 32.1s).
Por um lado, os irmãos visitantes não precisam (toda vez que prestam esse tipo
de serviço) também fazer uma confissão completa acerca de sua vida, mas por
outro lado deve ficar explícito que aquele que está sentado à beira do leito
depende do perdão de Deus tanto quanto o acamado. Os presbíteros devem estar
preparados para atender à necessidade de oração de qualquer membro, e a igreja
deve estar alerta para orar pela cura de qualquer pessoa que esteja enferma.
Cada pessoa que ora sabe que há tempos em que o Espírito Santo a ajuda em sua
oração. Mas Tiago deixa claro que as pessoas que têm suas orações respondidas
não precisam ser santos sobre-humanos, diferente das pessoas comuns. Tiago
apresenta um exemplo de oração do Antigo Testamento como já tinha apresentado
anteriormente exemplos de fé nos versículos 10-11. “Elias era humano como nós”
(v. 17, NVI. Cf. 1 Rs 17.1; 18.1, 42-45). 5 Ele era um homem exatamente igual a
nós — com os mesmos recursos disponíveis de Deus que estão disponíveis para
nós. Todo verdadeiro cristão que serve a Deus, como os presbíteros, é
encorajado a orar a oração da fé. A admoestação de Tiago para orar por cura do
doente e sua ilustração da oração de Elias por chuva nos assegura que Deus
responde à oração num domínio natural. A oração não apenas nos transforma, mas
por meio dela, Deus também muda as coisas.]
SINOPSE
DO TÓPICO (2)
Precisamos acolher os enfermos com nossas
interseções e orações.
III.
A IMPORTÂNCIA DA CONVERSÃO DE UM IRMÃO (Tg 5.19,20)
1. O cuidado de uns para com os outros (v.19). Nos versículos finais da
epístola, a conversão é ilustrada como literalmente retornar à verdade original
da qual alguém um dia se afastou. A mensagem é bem clara: só podemos alcançar
quem se desviou da verdade se formos em busca de tal pessoa. Para ir precisamos
exercer um cuidado especial e amoroso de uns para com os outros (Fp 2.4). [Comentário: Finalmente, Tiago está
pronto para encerrar sua carta, mas, ao fazê-lo, segue o costume generalizado
de mencionar seu propósito. Dirigindo-se aos crentes (meus irmãos), Tiago lhes
propõe uma situação: se algum dentre vós se desviar da verdade, e alguém o
converter. Falar de desviar-se é falar de um abandono sério da verdade, como a
idolatria (e.g., Isaías 9:16). A vida cristã pode ser descrita como um modo de
viver oposto à morte; desviar-se do caminho da vida é perambular pela larga
estrada que conduz ao inferno (Mateus 7:13-14). Os caminhos da vida e da morte
nunca se cruzam, visto que, como Tiago sustenta (4:4), o mundo e Deus
excluem-se mutuamente. Esta ilustração nos traz à memória O Peregrino de
Bunyan. A verdade não diz respeito a fatos intelectuais, mas a um modo de vida.
Tiago não está interessado em erros doutrinários, não quer “pôr os pingos nos
is” escatológicos, não almeja “arregaçar as mangas”, mas preocupa-se com uma
verdade central: Jesus é Senhor! O livro todo procura demonstrar o que
significa o senhorio de Jesus na vida concreta do povo de Deus. Se Jesus não
for obedecido, o crente terá perdido a verdade central, e ficará atolado num
pantanal de pecado e morte. Se um crente se desvia, o resto da comunidade não
deve simplesmente permitir-lhe que vá, mas deve tentar trazê-lo de volta (se
alguém o converter). Como ensinaram Paulo (Gálatas 6:1) e João (1 João
5:16-17), o objetivo não é o julgamento, mas a restauração. Entretanto, a
restauração e o perdão não podem sobrevir sem o arrependimento (cf. Lucas
17:3-4). Por isso, a primeira tarefa não é “aceitar” alguém que vai afundando,
mas alcançar essa pessoa, fazê-la cair em si, levá-la a dar as costas para seu
mau caminho e reconduzi-la ao bom caminho. Peter H. Davids. Comentário
Bíblico Contemporâneo. Editora Vida. pag. 161-162.]
2. A proximidade do ensino de Tiago com o de Jesus. É importante
ressaltarmos que o ensino da Epístola de Tiago encontra-se em plena harmonia
com o Evangelho de Jesus (Mc 12.30,31). Com muita clareza percebemos que o fio
condutor que perpassa toda a epístola é justamente o da Lei do Amor:
"Amarás o Senhor teu Deus de todo o coração" e o "o teu próximo
como a ti mesmo". [Comentário: O erro
do pecador desgarrado é tão grave a ponto de levar à morte — à morte eterna e
espiritual -, se ele não for trazido de volta (veja I Co 11.30; I Jo 5.16).
Mas, quando o crente se arrepende e retorna para junto de Deus, Deus irá
perdoar apagar e esquecer os pecados desta pessoa (veja Sl 32.1; 1 Pe 4.8). O
contexto é um tanto obscuro sobre a identidade do desgarrado. Trata-se de um
crente desviado, ou é uma pessoa do grupo que não creu verdadeiramente e está
se desviando? Os cristãos discordam se é ou não possível que as pessoas percam
a sua salvação, mas todos concordam que aqueles que se afastam da sua fé ou que
não a confessam genuinamente tem problemas sérios e precisam se arrepender.
Entretanto, fica claro o que este versículo quer dizer: nós devemos trazer de
volta o desgarrado - não discutir sobre se a pessoa estaria ou não perdida se
não o fizéssemos. O que começou com um incentivo para suportar as dificuldades
com alegria agora tem a sua conclusão com um apelo para que uns cuidem dos
outros. Os crentes devem prosseguir na sua fé juntos. É Deus quem salva e
protege, mas Ele permite que estejamos envolvidos com a vida de outros
cristãos. É um a experiência inesquecível testemunhar a acolhida cristã
oferecida a alguém que se desviou e retornou, ver o perdão de Deus trabalhando
por intermédio do corpo de Cristo quando os crentes aceitam a pessoa que está
arrependida. Sob o ponto de vista da eternidade, deve ser realmente como se uma
coberta fosse estendida sobre uma multidão de pecados. A carta de Tiago é o
cristianismo com as mangas arregaçadas para o trabalho. É o guia prático de
trabalho para a vida na fé cristã. Ela expressa o que significa seguir a Jesus
Cristo no dia a dia. Tiago enfatiza a fé em ação. As teorias são para os
teólogos, mas Tiago está interessado na vida! A vida correta é a evidência e o
resultado da fé. A igreja deve servir com compaixão, falar afetuosamente e
sinceramente, viver em obediência aos mandamentos de Deus, e amar uns aos
outros. O corpo de crentes deve ser um exemplo dos princípios do céu aplicados
na terra, levando as pessoas a Cristo por meio do amor a Deus e do amor que uns
têm pelos outros. Se nós verdadeiramente acreditarmos na Palavra de Deus, nós a
viveremos dia após dia. A Palavra de Deus não é meramente alguma coisa que nós
lemos, ou algo sobre o que refletimos, mas é algo que colocamos em prática. Comentário
do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol. 2. pag. 693.]
SINOPSE
DO TÓPICO (3)
Precisamos buscar aqueles que se desviaram e cuidar
destes para que se reconciliem com o Senhor e sejam restaurados.
CONCLUSÃO
Chegamos ao fim do estudo panorâmico e conciso da Epístola de Tiago. Que
cada professor e, igualmente cada aluno, não importando a idade, cresça mais e
mais em Cristo, para a glória e o louvor de Deus Pai. O nosso desejo é
que a Igreja do Senhor cresça diariamente no temor de Deus, em sua santidade,
demonstrando a fé em Cristo Jesus através das boas obras, pois esta é a vontade
do nosso Pai (Tg 1.22,23,25). [Comentário: Tiago
nos leva a esforçar-nos, em época de grande apostasia, com coração, lábios e
mãos para que outros não fiquem aquém das expectativas de Cristo e faz com que
nós mesmos não fiquemos aquém delas, mas superemos esse tempo repleto de
tentações. É como quando alguém se agita em uma noite fria de inverno, na qual
todos correm o risco de adormecer e congelar, visando mantê-los acordados;
assim permanece pessoalmente acordado e é salvo. – Na verdade a carta não
encerra com um voto de bênção, como outras cartas do NT, mas é com essa
importante observação que Tiago conclui sua carta tão benéfica para nosso
cotidiano como cristãos e particularmente para a multidão que corre em direção
do alvo.]
“NaquEle que me garante: "Pela graça sois
salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Graça e Paz a todos que estão em
Cristo!
Francisco Barbosa
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Bibliológico
"A paciência de Jó (5.10,11)
Esses versos marcam a transição dos
ensinamentos de Tiago sobre a nossa responsabilidade por aqueles que estão fora
da comunidade da Igreja, para com os que estão dentro dela, à luz do julgamento
de Deus. Faz essa transição através de dois exemplos que os crentes devem seguir;
'os profetas que falaram em nome do Senhor' (v. 10) e a fidelidade de Jó em
suas adversidades (v. 11). Nos dois exemplos, o ponto que Tiago deseja
enfatizar é que devemos considerar aqueles que perseveram como abençoados. Por
saberem que 'o Senhor é muito misericordioso e piedoso', Jó e os profetas foram
pacientes frente às aflições que sofreram.
Os crentes precisam imitar o exemplo da
perseverança de Jó sem se 'desviarem da verdade' (5.19) de que Deus é a
imutável fonte de 'toda boa dádiva e de todo dom perfeito' (1.17). Precisam
imitar o exemplo dos profetas falando 'em nome do Senhor', isto é, usando de
seu discurso para mostrar a divina 'misericórdia e piedade' (v.11) para que
possamos trazer de volta aqueles que se desviaram da verdade por atos pecaminosos
ou por terem acusados a Deus por suas dificuldades (1.13). Aqueles que assim
fizerem serão abençoados com a vida eterna e com o perdão de seus pecados
(5.20)" (ARRINGTON, French L; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário
Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2004, p.
1687)
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Bibliológico
"Cobrindo uma Multidão de Pecados (5.19,20)
Tiago conclui sua carta encorajando-nos a fazer, por nossos semelhantes,
o mesmo que ele fez por meio de seus escritos ao povo de Deus, 'às doze tribos
que andam dispersas' (1.1). Se observarmos uma pessoa 'desviando-se da
verdade', a vontade de Deus é que façamos com que ela volte (v. 19), porque 'o
Espírito que em nós habita tem ciúmes' (4.5, nota NVI), quando 'segundo a sua
vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade' (1.18). Dessa forma, nós também
nos tornamos 'servos de Deus e do Senhor Jesus Cristo' (1.1).
A 'verdade', da qual alguns se 'desviavam', representa a convicção de
Tiago de que Deus é a fonte de 'toda dádiva e de todo dom perfeito' (1.17), e
de nada que seja mau ou pecaminoso. Para Tiago, esse 'erro' teológico (v.
20) tem profundas consequências éticas. Aqueles que creem que Deus é a fonte de
todas as coisas ruins em sua vida (1.13) duvidarão que Deus esteja disposto e
desejoso de lhes conceder como dádiva generosa, a sabedoria de que necessitam
(1.5-8). Seus esforços frustrados de aprender essa sabedoria através das
lutas da vida, mostrarão que permanecem 'inconstantes', desejosos de agradar a Deus,
mas ao mesmo tempo possuidores de uma 'concupiscência' que tenta a 'pecar'
(1.14,15). Tais pessoas não podem ser trazidas de volta para Deus através de
palavras de condenação (4.11,12), somente sendo novamente convencidas de sua
misericórdia serão capazes de confiar nEle e de 'receber com mansidão a palavra
nela enxertada'" (1.21; cf. 4.7-10) (ARRINGTON, French L; STRONSTAD, Roger
(Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2. ed. Rio de Janeiro,
CPAD, 2004, p. 1689)..
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
nº 59. p. 42. Lição 13 - A Atualidade dos últimos conselhos de Tiago
Caro professor, mais um trimestre se finda. Nesta oportunidade é hora de
fazermos um balanço da nossa atividade de magistério cristão. É necessário que
algumas perguntas sejam feitas, tais como: Tenho alcançado os objetivos
propostos em cada lição? Os meus alunos têm crescido espiritualmente e como
pessoas? Estas, são perguntas que só você pode fazê-las e respondê-las
O autoexame sincero é fundamental para nortear o nosso árduo trabalho no
magistério cristão.
Antes de iniciar a última lição faça uma síntese dos temas tratados ao
longo de todo o trimestre. É importante o professor fazer este procedimento
para que os alunos percebam o fio condutor da lição trimestral e saibam que cada
lição está concatenada desde a primeira até a décima terceira. Escolha os temas
que, como professor, você achar mais importante fazendo um sintético comentário
sobre eles.Então poderás anunciar o assunto da última lição que é a conclusão
da carta de Tiago, destacando os últimos conselhos que servem de auxílios
atuais para a vida cristã hoje. É necessário destacar os quatro os conselhos
principais expostos na presente seção da carta de Tiago (5.7-20): o valor da
paciência; a proibição de juramentos; a unção dos enfermos e a disposição de
converter um irmão do erro.
Vale a pena também recordar que no início da epístola o tema da tentação
foi evocado por Tiago como um evento que gerava Paciência. Agora a paciência é
retomada no capítulo cinco. Aqui, um conselho de Tiago chama atenção: “Sede vós
também pacientes, fortalecei o vosso coração, porque já a vinda do Senhor está
próxima”. Num tempo marcado pela dor, em que o povo de Deus vive, este conselho
do meio-irmão do Senhor continua atual e em plena vigência: “fortalecei o vosso
coração”. Mas para quê? Para não se enfraquecer com as ilusões da vida, os
escândalos divulgados, sabendo que o tempo que precede a vinda de Cristo
é um tempo marcado pela falta de fé e pela falta de esperança em Deus. Por
isso, o conselho para sermos pacientes!
Com paciência vamos peregrinando a nossa vida aqui no mundo, amando a
Deus e ao próximo. Buscando viver a autenticidade da fé segundo o Evangelho de
Cristo. Não abrindo mão da nova aliança estabelecida por Deus a todos os
quantos creem no seu Filho.