SUBSÍDIO I
INTRODUÇÃO
As obras dos cristãos não podem ser incompatíveis com sua fé, na
verdade, diante dos homens, a fé somente pode ser demonstrada por meio das
obras. Na aula de hoje atentaremos para essa relação necessária na vida cristã.
Os teólogos costumam explicá-la utilizando duas palavras: ortodoxia (doutrina
correta) e ortopraxia (prática correta). Além dessa relação, destacaremos,
nesta lição, que somos sal da terra e luz do mundo, e nos voltaremos para
alguns exemplos bíblicos de fé manifesta por meio das obras.
1. A RELAÇÃO ENTRE FÉ E OBRAS
Em sua Epístola Tiago destaca que há uma relação direta e necessária
entre a fé (ortodoxia) e obras (ortopraxia). Existe uma tendência aos extremos
no movimento evangélico, aqueles que defendem que devemos priorizar a fé, e
outros, esse ao que me parece maioria, que defende meramente a prática. Mas uma
não se sustenta sem a outra, não existe uma prática apropriada a menos que essa
esteja alicerçada na sã doutrina (II Tm. 4.3). No texto de Tiago, a fé e as
obras devem ser demonstradas em obediência, isso inclui compromisso com Cristo,
esse ensinado coaduna-se a posição paulina (Rm. 1.5; Gl. 5.6). Essa posição precisa
ser reafirmada constantemente no movimento evangélico, principalmente porque
estamos testemunhando aquilo que Bonhoeffer denominou de graça barata. Para
esse mártir alemão, a graça barata é um perigo para a igreja, pois “é um
inimigo mortal (...) quer dizer a venda no mercado como qualquer produto (...)
dos pecados, as consolações da religião são jogados a preço de queima (...) é a
negação da Encarnação, da realidade do Espírito Santo, graça e fruto, figueira
sem fruto”. O cristianismo autêntico está em declínio em alguns contextos
evangélicos, na ânsia por aumentar seus adeptos, muitos líderes estão fazendo
concessões que deveriam ser inegociáveis. A marca da fé cristã continua sendo o
amor-agape, sem este não passamos de barulho (I Co. 13), isso pode ser
constatado no fato de que muitos lembram Jo. 3.16, mas esquecem do que está
escrito em I Jo. 3.16. Além disso, precisamos resgatar, em nossas igrejas, a
doutrina do novo nascimento, ao invés de querer transformar nossos encontros em
meros espetáculos (Jo. 3.3). Esse cristianismo barato é irrelevante, algumas
“igrejas” locais não fazem a menor falta se forem fechadas. Simplesmente porque
elas não representam Cristo na terra, na verdade há algumas que prestam
desserviço a causa do Reino de Deus. A igreja de Jesus Cristo não pode esquecer
que é o Corpo, e deve agir com tal, sendo as mãos do Senhor no auxílio aos
necessitados, andando milhas para levar a agradável mensagem de vida eterna
(Cl. 1.24).
2. LUZ DO MUNDO E SAL DA TERRA
A igreja de Jesus, para ser relevante, deve saber que é sal da terra e
luz do mundo. Sem assumir essa característica, seremos apenas uma agremiação
humana (Mt. 5.13). Como sal a igreja tem a missão de evitar que o mundo se
torne insípido. Por esse motivo Jesus não nos tirou do mundo, orou ao Pai para
que nos livrasse dos mal (Jo. 17.15). Alguns crentes querem se voltam para o
isolacionismo, usam até a doutrina do arrebatamento para apregoarem um
escapismo irresponsável. Mas como cristãos devemos assumir nossa
responsabilidade, não apenas denunciando os pecados morais, também os sociais.
O mundo não sabe, mas precisa da igreja, ela é a causa do império do mal não
está ainda reinando em sua plenitude, pois o Espírito Santo nela habita (II Ts.
2.6,7). Mas há igrejas que se tornaram como o mundo, se venderam aos caprichos
deste tempo presente. Como Demas, amam o presente século, e se afastar da
missão para a qual foi chamada (II Tm. 4.10). Há igrejas que perderam o brilho,
não podem mais dizer que são luz do mundo, tornando-se insípidas, para nada
mais prestam, apenas para ser pisadas pelos homens. Uma igreja relevante é
luzeiro no mundo, ela dispersa as trevas, e por causa da sua atitude profética,
é temida, até mesmo pelas autoridades (Fp. 2.15). Mas uma igreja que se vendeu
à corrupção não consegue mais denunciar o pecado, algumas delas estão em
conchavo direto com os poderes mundanos. A igreja profética de Jesus Cristo
deve se posicionar diante do pecado, não pode se omitir quando o direito dos
mais pobres é vituperado, quando leis injustas são promulgadas para a opressão
(Is. 10.1). A luz da igreja precisa brilhar, cada vez mais forte, refletindo a
imagem dAquele que nos chama para Deus e o próximo (Mt. 22.37-40). Está na hora
de abandonarmos a fé meramente intelectiva, isto é, que se baseia em axiomas,
mas que não se materializa em obras, dignas de arrependimento (Mt. 3.8). O
verbo crer – pisteuo em grego – revela ação, um compromisso com o objeto da
crença. Existem cristãos que conhecem bem as doutrinas bíblicas, são
verdadeiras enciclopédias ambulantes, mas que não vivem a partir dos princípios
exarados nas Escrituras.
3. EXEMPLOS BÍBLICOS DE FÉ E OBRAS
Tiago destaca alguns exemplos bíblicos de personagens que demonstraram
sua fé pelas obras, dentre eles Abraão e Raabe. A fé (gr. pistis) a respeito do
qual aborda o apóstolo está em consonância com a galeria da fé de Hebreus 11,
que pode muito bem ser traduzida como fidelidade. Existem exemplos bíblicos
nesse capítulo que revelam o compromisso daqueles que creem, que se fundamentam
não no visível, antes confiam na Palavra de Deus, são esses que agradam a Deus
(Hb. 11.1,6). Mesmo diante da perseguição devemos permanecer firmes na Palavra
de Deus, cientes que as promessas a nós feitas haverão de se cumprir, o Senhor
prometeu e Ele é fiel, passará o céu e a terra, mas Suas palavras não haverão
de passar (Mt. 24.35). Abraão foi justificado quando creu, é nesse sentido que
o justo vive da fé, tendo ele saído da sua terra, do meio da sua parentela, e
seguido em obediência, pelo caminho determinado por Deus (Gn. 12.1; Rm.
4.11-16). Tiago, no contexto da sua Epístola, aborda o aspecto prático da fé de
Abraão, que se encontra em Gn. 22.9-12, quando se pôs a sacrificar seu filho
Isaque, em obediência ao Senhor (Tg. 2.21-24). O patriarca acreditava que o
mesmo Deus que havia lhe dado um filho não permitiria que esse fosse morte, e
se isso viesse a acontecer, o Senhor o restauraria à vida (Gn. 22.5,6). Raabe
também demonstrou fé através das suas obras, sendo lembrada inclusive na
galeria da fé de Hb. 11.31. O reconhecimento da fé de Raabe revela que Deus não
faz acepção de pessoas, pois por meio da fé essa prostituta, a fim de preservar
a sua vida, protegeu os espias israelitas antes de aquele povo entrar na terra
prometida (Js. 2.1-24). Mais interessante ainda é o fato de essa mulher fazer
parte da genealogia de Jesus (Mt. 1.5). Não importa os pecados que as pessoas
tenham cometido no passado, depois de terem se arrependido e se voltado para o
evangelho, a diferença é feita na fidelidade, na disposição para viver e morrer
pela causa de Cristo (Mt. 5.11,12).
CONCLUSÃO
A lógica humana é tendenciosa aos extremos, há aqueles que defendem uma
fé meramente intelectiva, mas essa até os demônios têm (Tg. 2.19). Os cristãos
autênticos demonstram sua fé em Deus através de ações, até mesmo diante das
situações adversas, essa é a verdadeira fidelidade. Portanto, “nós também, pois estamos rodeados de tão
grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço, e o pecado que tão de
perto nos rodeia, e corramos com perseverança a carreira que nos está proposta” (Hb. 12.1).
Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
SUBSÍDIO
II
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE Tiago 2.14-26
14 - Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé e não tiver
as obras? Porventura, a fé pode salvá-lo?
15 - E, se o irmão ou a irmã estiverem nus e tiverem falta de mantimento
cotidiano,
16 - e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentar-vos e fartai-
-vos; e lhes não derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá
dai?
17- Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma.
1 8 - Mas dirá alguém: Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra- -me a
tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras.
19 - Tu crês que há um só Deus? Fazes bem; também os demônios
o creem e estremecem.
20 - Mas, ó homem vão, queres tu saber que a fé sem as obras é morta?
21 - Porventura Abraão, o nosso pai, não foi justificado pelas obras,
quando ofereceu sobre o altar o seu filho lsaque?
22 - Bem vês que a fé cooperou com as suas obras e que, pelas obras, a
fé foi aperfeiçoada,
23 - e cumpriu-se a Escritura, que diz: E creu Abraão em Deus, e foi-Ihe
isso imputado como justiça, e foi chamado o amigo de Deus.
24 - Vedes, então, que o homem é justificado pelas obras e não somente
pela fé.
25- E de igual modo Raabe, a meretriz, não foi também justificada pelas
obras, quando recolheu os emissários e os despediu por outro caminho?
26 - Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também
a fé sem obras é morta.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Descrever as questões de autoria, local, data e destinatário da epístola.
- Entender o propósito da epístola.
- Destacar a atualidade da epístola
PALAVRA CHAVE
Fé: Confiança absoluta em alguém. A primeira das três
virtudes teologais: fé, esperança e amor.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A lição de hoje trata da fé manifestada através das obras (Tg 2.14-26).
Além de tal assunto ser imprescindível à vida cristã, pois, sem fé é impossível
agradar a Deus (Hb 11.6), é preciso reafirmar que o crente é salvo pela graça,
por meio da fé (Ef 2.8,9). Devendo o cristão andar por ela (2 Co 5.7), tendo em
vista de que tudo aquilo que não é de fé, culmina em pecado (Rm14.23).
Entretanto, a fé não é uma fuga da realidade. Por isso, Jesus ensinou que a fé
deve ser praticada (Mt 5.22-48). Nesta lição, igualmente, Tiago mostra que uma
fé viva é autenticada pela produção de boas obras, pois não há antagonismo
algum entre ambas - fé e obras. Conforme aprenderemos, na vida cristã, fé e
obras não são distintas, mas complementares. [Comentário: Esta
lição se reveste de um caráter urgente e importante: a fé demonstrada através
das obras. O texto de ouro afirma que o propósito de todas as boas obras entre
os homens é glorificar o Pai Celestial (Jo 14.12-15). Nós não fazemos boas
obras para alcançarmos o favor de Deus, fazemos porque já fomos alcançados pelo
favor de Deus. Não as fazemos como por obrigação, mas esta demonstração nasce
agora naturalmente de um coração regenerado. A grande questão que levou à
Reforma Protestante no início do século XVI por Martinho Lutero, quando através
da publicação de suas 95 teses, em 31 de outubro de 1517 na porta da Igreja do
Castelo de Wittenberg, foi: "A salvação é somente pela fé ou pela fé mais
as obras?" Aqui está a diferença crucial entre o Cristianismo Bíblico e a
maioria dos cultos “Cristãos”. Quando lemos em Tiago acerca da fé e obras,
nota-se que ele está negando a crença de que a pessoa possa ter fé sem produzir
quaisquer boas obras (Tg 2.17-18). A ideia é que a fé genuína em Cristo
produzirá uma vida transformada e boas obras, a pessoa que é verdadeiramente
justificada pela fé produzirá boas obras em sua vida (Tg 2.20-26). Em Efésios
2.10, Paulo nos informa que fomos criados para as boas obras! Logo, não pode
haver crente que não produza boas obras!] Tenhamos todos uma excelente e abençoada aula!
I. DIANTE DO NECESSITADO, A NOSSA FÉ SEM OBRAS É MORTA (Tg 2.14-17)
1. Fé e obras. Ao
ler desavisadamente a Epístola de Tiago o leitor pode afirmar que ela contradiz
os ensinamentos do apóstolo Paulo quanto à doutrina da salvação pela fé (Rm
4.1-6). Todavia, ao estudarmos cuidadosamente o tema em questão, veremos que os
ensinos paulinos e os de Tiago em hipótese alguma se contradizem. Quando Paulo
escreve sobre as obras, ele se refere à Lei - o orgulho nos rituais judaicos e
na obediência a um sistema de regras religiosas enquanto que Tiago, às obras de
misericórdia ao próximo necessitado. O meio-irmão do Senhor não se opôs ao
apóstolo dos gentios. Enquanto Paulo anunciava ao pecador a salvação pela graça
mediante a fé (Ef. 2.8), Tiago doutrinava os crentes sobre a impossibilidade de
vivermos a fé de Cristo sem manifestar os frutos de arrependimento (Mt 3.8). O
primeiro preocupou-se com a causa da salvação e o segundo, com o efeito dela. [Comentário: O Rev. Hernandes Dias
Lopes, Pr Titular da 1ª Igreja Presbiteriana de Vitória-ES, comentando o texto
de Tiago capítulo 2, em sua obra intitulada TIAGO Transformando provas em triunfo (Editora Hagnos) afirma: “O capítulo 2 da Carta de Tiago é um dos
textos mais importantes da Bíblia. Muitos estudiosos não conseguiram
entendê-lo. Lutero pensou que Tiago estivesse contradizendo Paulo (Rm 3.28 - Tg
2.24; Rm 4.2-3 - Tg 2.21). Logo, Lutero chamou Tiago de carta de palha e sentiu
que a carta de Tiago não tinha o peso do Evangelho. Mas será que Tiago está
contradizendo Paulo? Absolutamente não. Eles se complementam. Paulo falou que a
causa da salvação é a justificação pela fé somente. Tiago diz que a evidência
da salvação são as obras da fé. Paulo olha para a causa da salvação e fala da
fé. Tiago olha para a consequência da salvação e fala das obras. Paulo deixa
isso claro: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de
vós, é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie. Porque somos
feitura sua, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus antes
preparou para que andássemos nelas” (Ef 2.8-10). Calvino diz que a salvação é
só pela fé, mas a fé salvadora não vem só. Ela se evidencia pelas obras. A
questão levantada por Paulo era: “Como a salvação é recebida?” A resposta é:
“Pela fé somente”. A pergunta de Tiago era: “Como essa fé verdadeira é
reconhecida?” A resposta é: “Pelas obras!” Assim, Tiago e Paulo não estão se
contradizendo, mas se completando. Somos justificados diante de Deus pela fé,
somos justificados diante dos homens pelas obras. Deus pode ver a nossa fé, mas
os homens só podem ver as nossas obras”. LOPES. Hernandes Dias. TIAGO
Transformando provas em triunfo. Editora Hagnos. pag. 45-46.]
2. O cristão e a caridade. “A fé não acompanhada de ação é morta”,
declara Tiago. “Fazer”, “realizar” e “agir” são atitudes que integram a
religião pura e imaculada: ajudar os necessitados nas suas necessidades. A fé,
quando não produz tais frutos, é morta. A fim de ilustrar tal verdade, Tiago
inquire retoricamente os servos de Deus dizendo que se oferecermos, a um irmão
ou a uma irmã, que estejam padecendo necessidade, apenas uma palavra de
“incentivo” e não lhes dermos as coisas de que eles necessitam, isso não
resolverá o problema. Diante de alguém necessitado, o que precisa ser feito?
Orar e despedi-lo sem nada? Se assim procedermos, nossa oração não servirá para
nada. Aliás, como ensina João, a pessoa que não se compadece dos necessitados
não tem o amor de Deus em sua vida (1 Jo 3.17,18). Tal aspecto já havia sido
ensinado por Jesus ao dizer que, no socorro àqueles que precisam de ajuda,
acolhemos o próprio Senhor (Mt 25.40). [Comentário: Embora o termo caridade tenha perdido sua força
em nossa língua, ainda nos traz à mente a ideia de um sentimento ou uma ação
altruísta de ajuda a alguém sem busca de qualquer recompensa. Caridade, é
melhor traduzida como amor, sua origem é a palavra grega agapé.
A língua portuguesa dá diversas interpretações possíveis à palavra amor, mas no
original grego, assume um significado especifico, que tem mais sentido como um
comportamento uma escolha do que propriamente com sentimentos, tendo como
possíveis significados: afeição ou benevolência, amor caridoso e querido. O
Comentário Bíblico Beacon (Editora CPAD), comentando o texto de Tiago 15-16,
afirma o seguinte: “Têm sido descritos
como uma “pequena parábola” com a aplicação dada no versículo 17. João usa um
argumento similar: “Ora, aquele que possuir recursos deste mundo, e vir a seu
irmão padecer necessidade, e fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer
nele o amor de Deus?” (1 Jo 3.17, ARA). A intolerância de Tiago com a fé sem
prática aparece de forma aguda na seguinte paráfrase: “Se vocês tiverem um
amigo que está necessitado de alimento e vestuário, e lhe disserem: ‘Bem,
adeus, e que Deus o abençoe; aqueça-se e coma bem’, e depois não lhe derem
roupas ou alimentos, que bem faz isso?” (A Bíblia Viva). Clarke comenta: “Ao
falar isso para eles, sem lhes dar nada, o proveito deles será igual à sua fé
professada. Sem essas obras, que são os frutos genuínos da verdadeira fé, qual
será o seu proveito no dia em que Deus virá sentar e julgar a sua alma?” A.
F. Harper. Comentário Bíblico Beacon. Tiago. Editora CPAD. Vol. 10. pag. 169.
Ao se referir à religião pura e imaculada, Tiago não pensa em uma organização
com um corpo de doutrinas, mas em uma postura adequada diante de Deus, ou seja,
qual a forma verdadeira de culto que agrada a Deus. Tiago nos adverte que se
pensamos ser religiosos sinceros, mas não atentamos para as três verdades aqui
descritas nossa religião é vã.]
3. A “morte” da fé: A concepção de fé apresentada na Epístola de Tiago
é a confiança em Deus: “Tu crês que há um só Deus?” (v.19). Logo, as obras de
que Tiago fala, consistem na expressão da vontade de Deus, ou seja, amar o
próximo, visitar os enfermos, defender os direitos dos pobres, praticar a
justiça, etc. Esta é a fé viva em Deus! A epístola nos ensina que se amamos o
outro, não amamos segundo as nossas s concupiscências, mas segundo o amor de
Deus por nós. Este amor nos estimula a amar o ser humano independentemente de
quem ele seja. Ame o próximo e mostrará uma fé viva. Não ame, e se confirmará:
a tua é fé está morta. [Comentário: O Cristianismo possui uma
doutrina chave, central: a fé. A
salvação é pela fé (Ef 2.8,9), o justo vive pela fé (Rm 1.17). Sem fé é
impossível agradar a Deus (Hb 11.6). Tudo o que é feito sem fé é pecado (Rm
14.23). Em Hebreus 11 encontramos a galeria da fé, em que homens e mulheres
creram em Deus, viveram e morreram pela fé. Fé é a confiança de que a Palavra
de Deus é verdadeira, não importam as circunstâncias. Nem todas as pessoas que dizem crer em Jesus estão salvas (Mt
7.21) Qual é o tipo de fé que salva uma pessoa? A resposta dos apóstolos é: Crê
no Senhor Jesus Cristo (At 8.31). Fé significa crer e confiar firmemente no
Cristo crucificado e ressurreto como nosso Senhor e Salvador pessoal (ver Rm
1.17). Importa em crer de todo coração (At 8.37; Rm 6.17; Ef 6.6; Hb 10.22).
Uma vez gerada no crente, essa fé produzirá frutos, como resultado do caráter
de Cristo novamente formado no homem (Ef 2.2,3; Gl 5.19-21). A fé que não
produz vida, que não gera transformação, é uma fé espúria (Mt 7.21).].
SINOPSE
DO TÓPICO (1)
O autor da epístola é Tiago, o meio-irmão de JESUS.
A carta foi escrita provavelmente em Jerusalém, entre os anos 45 e 49 d.C. e
dirigida aos cristãos dispersos da Palestina bem como as igrejas de outras
regiões.
II - EXEMPLOS VETEROTESTAMENTÁRIOS DE FÉ COM OBRAS (Tg 2.18-25)
1- Não basta “crer”. Tiago afirma que a crença teórica em Deus não
significa muita coisa. Os demônios, igualmente, creem e estremecem diante do
Altíssimo (Lc 8.26-33; Mc 5.1-10). Em outras palavras, eles “creem”, ou sabem,
que Jesus é o Filho de Deus. Entretanto, a confissão dos demônios não implica
um compromisso de obediência a Deus. A verdadeira fé, porém, manifesta-se na
prática coerente do servo de Deus com tudo aquilo em que ele diz crer. O autor
da epístola demonstra que a fé não consiste em um discurso, mas em convicção
autêntica, seguida da prática de obras de amor, pois é justamente isso que
Jesus fez e ainda faz (At 10.38; Hb 13.8), Exemplificando esse ensino
da fé compromissada com a ação, Tiago utiliza
dois ricos exemplos do Antigo Testamento. [Comentário: Tg 2.19 nos fala de um tipo de fé que é morta,
que atinge apenas o intelecto, e afirma que essa é a fé dos demônios, fé que
atinge o apenas o intelecto e, quando muito, as emoções. Na leitura de Tiago
também entendemos que os demônios possuem fé num estágio mais avançado que
muitos crentes! A fé dos demônios é intelectual e emocional! Logo, crer é
tremer não é o mesmo que ser salvo. Ninguém é salvo pelo conhecimento que venha
a adquirir nem pelas emoções que venha a demonstrar, mas segundo Tiago, pela
vida que vive (Tg 2.18). O Comentário Bíblico Beacon (Editora CPAD), citado
anteriormente, comenta este texto assim: “No que os demônios creem? Warren
Wiersbe responde a essa pergunta, dizendo: em primeiro lugar, os demônios creem
que Deus é um só. Os demônios creem na existência de Deus. Eles não são nem
ateístas nem agnósticos. Eles creem na “shemma” judaica: “Ouve ó Israel, o
Senhor nosso Como saber se minha fé é verdadeira ou falsa Deus é o único
Senhor”. Mas essa crença dos demônios não pode salvá-los. Algumas versões
colocam a primeira parte do versículo 19 em forma de pergunta (como ocorre na
ARC): Tu crês que há um só Deus?. Tiago responde: Fazes bem (v. 19). Até aqui,
tudo bem — mas isso não é suficiente: também os demônios (daimonia) crêem e
estremecem. Apenas fé — no sentido de reconhecer Deus sem responder a Ele em
ação obediente — é uma religião que mesmo os demônios professam (cf. Mt 8.29;
Mc 1.24). Mas essa fé não é uma fé salvadora; eles apenas estremecem (“tremem”,
NVI). “A fé que eles têm é mostrada pelo seu terror, uma emoção de interesse
próprio, mas isso não os salva”.3 João Wesley comenta acerca daqueles que têm
uma fé tão limitada: “Isso prova somente que vocês têm a mesma fé dos demônios
[...] eles [...] tremem com a expectativa terrível do tormento eterno. Essa fé
certamente não pode justificá-los nem salvá-los”. Tg 2.20 A expressão: queres
tu saber? (v. 20, lit., você gostaria de saber?), introduz esse novo rumo na
argumentação. A pergunta parece inferir uma relutância que beira a perversidade
no homem questionado. O sentido correto seria: “Você realmente quer uma prova
irrefutável?”. O homem vão significa “insensato” (NVI) ou “de cabeça vazia”.
Trench diz que esse tipo de homem “é alguém em quem a sabedoria superior não
encontrou espaço, mas que está inchado com uma vaidade vã do seu próprio
discernimento”.5 Tiago repete aqui sua premissa básica de que a fé sem as obras
é morta (“inútil”, NVI; lit., sem obras, inativa). Essa fé sem vida não produz
nada de importante. A. F. Harper. Comentário Bíblico Beacon. Tiago.
Editora CPAD. Vol. 10. pag. 171.]
2- Abraão. O
patriarca Abraão, conhecido como “pai da fé”, obedeceu a Deus quando o Senhor
lhe pediu seu amado filho, Isaque. O patriarca de Israel já havia demonstrado
confiança em Deus quando decidiu, por à um ato de fé e obediência, partir para
uma terra desconhecida (Hb I 11.8,9). Agora, Abraão estava diante de uma prova
de fé ainda mais dura: imolar o seu filho amado e oferecê-lo em sacrifício a
Deus. Uma fé levada até as últimas consequências! A obra de Abraão demonstrou a
sua confiança em Deus independente das circunstâncias. E nós, como estamos
diante de Deus? Cremos quando vai tudo bem, e está tudo certo ou cremos apesar
das circunstâncias? [Comentário: P fato
de Abraão ser considerado o pai da fé não significa dizer que ele foi o
primeiro homem a ter a fé em Deus, entretanto, a Palavra de Deus dá um destaque
ao patriarca, pois Abraão creu em Deus e foi considerado um homem justo. A
justificação de alguém não é demonstrada através de uma mera profissão de fé ou
uma fé solitária. Uma pessoa mostra que é justa pelas coisas que faz. Nenhuma
das nossas obras merece uma justificação absoluta diante de Deus. Somente os
méritos de Cristo garantem essa justificação. Só confiando exclusivamente em
Cristo podemos ser feitos justos diante de Deus. Aqui, Tiago repreende todas as
formas de antinomismo que procuram ter Jesus como Salvador, sem aceitá-lo como
Senhor. No mesmo sentido em que Paulo demonstrou que confiança em nossas
próprias obras é fatal, Tiago ensina que confiança numa fé vazia ou morta é
igualmente mortífera. O Rev. Hernandes Dias Lopes, em obra já citada, afirma: “A fé salvadora conduz à ação. Tiago cita
dois exemplos de fé que produziram ação; primeiro, o exemplo de Abraão. Gênesis
15.6 diz que Abraão creu e isso lhe foi imputado para justiça. Gênesis 22.1-19
mostra a obediência de Abraão ao oferecer o seu filho para Deus, crendo que
Deus poderia ressuscitá-lo (Hb 11.19). Abraão não foi salvo por obedecer a esse
difícil mandamento. Sua obediência provou que ele já era salvo. Abraão não foi
salvo pela fé mais as obras, mas pela fé que produz obras. Como, então, Abraão
foi justificado pelas obras, uma vez que já tinha sido justificado pela fé (Gn
15.6; Rm 4.2,3)? Pela fé, ele foi justificado diante de Deus, e sua justiça foi
declarada. Pelas obras, ele foi justificado diante dos homens, e sua justiça
foi demonstrada. A fé do patriarca Abraão foi demonstrada por suas obras”. LOPES.
Hernandes Dias. TIAGO Transformando provas em triunfo. Editora Hagnos. pag.
53-54.]
3. Raabe. Outro
exemplo apresentado por Tiago é o de é Raabe, uma mulher gentia e prostituta
que vivia em Jericó durante a conquista da terra de Canaã pelos judeus. Quando
Josué enviou os espias para olharem a terra, Raabe os escondeu e, mais tarde,
os ajudou a escapar dos guardas de Jericó. A atitude de Raabe levou os espias a
prometerem que nenhum mal aconteceria a ela quando os israelitas tomassem a
cidade (Js 2.1-24). Raabe teve fé no Deus de Israel! Na certeza de que Deus
daria aquela cidade ao seu povo, ela agiu para proteger os espias enviados por
Josué. Por isso, Raabe, a prostituta de Jericó, foi justificada e constituída
na linhagem do nosso Salvador, Jesus Cristo (Mt 1.5). É uma grande mulher que
consta como a heroína da fé (Hb 11.31). [Comentário:
Tiago 2.25 corrobora com Hb 11.17-19, 31. Tiago enfatiza que o princípio
que ele tem defendido é universal e que não há espaço para exceções. Raabe era
“gentia, mulher e prostituta”. O autor de Hebreus ressalta que a ação de Raabe
foi “por fé”. Tiago, não negando isso, afirma que ela foi justificada pelas
obras, no sentido de que suas ações eram uma prova da sua fé. Ela creu e agiu.
Ela ouviu a Palavra de Deus e reconheceu que estava em uma cidade condenada.
Ela não somente entendeu â mensagem, mas seu coração foi tocado (Js 2.11), e
assim fez alguma coisa: protegeu os espias (Hb 11.31). Ela arriscou sua própria
vida para proteger os espias. Mais tarde ela fez parte do povo de Deus (Mt 1.5)
e tornou-se membro da genealogia de Cristo. Isso é graça que opera a fé
salvadora. O julgamento final sobre a vida de uma pessoa leva em consideração a
justiça que esta pessoa mostra por meio de suas obras. Depois de falar da
grande fé de Abraão, o patriarca de Israel, Tiago cita o exemplo de Raabe,
estes dois personagens foram justificadas com base nas obras que resultaram da
sua fé. O contaste não é entre a fé e as obras, mas entre a fé genuína e a
falsa.]
SINOPSE
DO TÓPICO (2)
O propósito geral da epístola de Tiago era
orientar, consolar e fortalecer a Igreja de CRISTO que estava sendo perseguida.
III - A METÁFORA DO CORPO SEM O ESPÍRITO PARA EXEMPLIFICAR A FÉ SEM
OBRAS (Tg 2.26)
1- Uma analogia do corpo sem espírito. Para os que conhecem a Palavra de Deus, é
inconcebível a ideia de um corpo vivo sem o espírito e a alma (At 20.9,10; 1 Ts
5.23). O teólogo britânico, John Stott, escreveu: “O nosso próximo é uma
pessoa, um ser humano, criado por Deus. E Deus não o criou como uma alma sem
corpo (para que pudéssemos amar somente sua alma), nem como um corpo sem alma
(para que pudéssemos preocupar-nos exclusivamente com seu bem-estar físico),
nem tampouco um corpo-alma em isolamento (para que pudéssemos preocupar-nos com
ele somente como um indivíduo, sem nos preocupar com a sociedade em que ele
vive). Não! Deus fez o homem um ser espiritual, físico e social. Como ser
humano, o nosso próximo pode ser definido como „um corpo-alma em
sociedade'" (Cristianismo Equilibrado, CPAD). Sem o espírito, o fôlego de
vida, o ser humano não é nada. Só podemos ser considerados humanos quando as
esferas espiritual, física e social estão inseparáveis. Qual a relação desse
assunto com a fé? [Comentário: O texto
de Tg 2.26 pode ser lido de diferentes formas; alguns o leem assim: Assim como
o corpo sem respiração está morto, assim é a fé sem obras. E então eles mostram
que as obras acompanham a fé, assim como a respiração acompanha a vida. Outros
leem assim: Assim como o corpo sem a alma está morto, assim a fé sem obras está
morta também. E então eles mostram que assim como o corpo não tem ação, nem
beleza, mas se torna uma carcaça repugnante, depois que a alma se foi, assim
uma mera profissão sem obras é inútil, aliás, repugnante e ofensiva. HENRY. Matthew. Comentário Matthew
Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa. Editora CPAD. pag. 837.]
2. Da mesma maneira: fé sem obras é morta. “Assim como o corpo sem
o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta” (v.26). Tiago nos
ensina que não faz sentido expressarmos uma fé verbalmente se ela não tem ação
concreta. Como as pessoas constatarão que eu creio de todo coração em Deus? À
medida que os meus atos em relação a elas revelarem o amor do Criador. Se não
houver obras de misericórdia, amor, honestidade e carinho ao próximo, a nossa
fé estará morta, sepultada. Podemos citar de cor e salteado o Credo Apostólico,
o credo da nossa denominação e milhares de versículos da Bíblia. Mas se não
ouver ação, tudo não passará de argumentos sem vida. Deus nos livre dessa
ignomínia! [Comentário: A fé e
as boas obras são muito importantes uma para a outra, assim como o corpo é
importante para o espírito. As boas obras não são acrescentadas à fé; na
verdade, o tipo certo de fé é a fé que realiza “obras”, que resulta em boas
obras. Se não fosse assim, o cristianismo não seria nada mais do que um
conceito. Ninguém é levado a agir se não tiver fé; a fé de uma pessoa não será
real a menos que a leve à ação. A ação é a obediência a Deus. Isto nos leva de
volta às palavras de Tiago na primeira parte deste capítulo, a respeito do
cuidado pelos outros. O crente deve fazer o que Deus o chama para fazer -
servir a seus irmãos e irmãs em Cristo, recusar-se a discriminá-los, e
ajudá-los com boas obras. Entender como a fé e as obras trabalham juntas ainda
não quer dizer que a nossa vida será diferente. Tiago está a ponto de continuar
com uma série de situações de vida que todos nós iremos encontrar. É nestes
eventos cotidianos que nós demonstramos se a nossa fé está viva ou morta. De
tempos em tempos, precisamos checar a nossa pulsação espiritual, verificando se
a nossa vida está de acordo com a Palavra de Deus. Mas nós também precisamos
ter pessoas ao nosso redor, o corpo de Cristo, a quem possamos perguntar: “Como
você me vê colocando em ação a minha fé em Cristo?” Comentário do Novo
Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 2. pag. 677. Tiago
conclui esta passagem, reafirmando seu tema central: a sem obras é morta. Do mesmo
modo que o corpo sem seu espírito vivificante, ou “fôlego de vida” (Gn 2.7),
não passa de um cadáver, assim também a fé, sem as obras que lhe dão
vitalidade, é morta. Novamente percebemos que Tiago está preocupado não com que
as obras sejam “acrescentadas” à fé, mas, sim, com que se possua o tipo certo
de fé, uma fé operante. Sem este tipo de fé, o cristianismo torna-se uma
ortodoxia estéril e perde todo o direito de ser chamado de fé. Um tanto quanto
ironicamente, ninguém mais do que Lutero captou com tanta força a mensagem
básica de Tiago 2.14-26 (em seu prefácio a Romanos): “Oh! esta fé é uma coisa
poderosa, sempre ativa e viva. Para ela, é impossível não praticar coisas boas
sem cessar. Ela não pergunta se as boas obras devem ser praticadas, mas, antes
que a pergunta seja feita, ela já as praticou e está constantemente a
realizá-las. Portanto, qualquer pessoa que não pratica tais obras é uma
descrente. Ela tateia e olha ao redor em busca de fé e boas obras, mas não sabe
o que é a fé nem o que são as boas obras. Mas, mesmo assim, ela vive falando,
usando muitas palavras, acerca de fé e boas obras”. Douglas J. Moo. Tiago.
Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 116-117.]
SINOPSE
DO TÓPICO (3)
Num tempo de superficialidade espiritual e de confusão
entre “salvação pela fé” e '‘salvação pelas obras”, a epístola de Tiago é uma
mensagem atual sobre a fé posta em prática.
CONCLUSÃO
Sabemos que o ser humano está vivo porque ele tem atividade cerebral
intacta, os pulmões funcionam rotineiramente, o coração bombeia o sangue,
irrigando todo o corpo. Isto é, o corpo humano está se movimentando
naturalmente. Da mesma forma é a fé. Uma fé viva em Deus através do seu Filho,
Jesus Cristo, justifica o homem de todo o pecado (Rm 5.1; Tg 2.18-25). Mas uma
fé sem obras está morta! É como um corpo humano que não tem vida. Não respira
mais. Que possamos viver todas as implicações reais de nossa crença em Deus. [Comentário: Algumas pessoas imaginam que podem agradar a
Deus se o acolherem no coração e na mente, mas pouco fizerem por ele com suas
ações; e que, por isso mesmo, podem cometer pecados sem fazer violência à fé e
sem temor; ou, em outras palavras, que podem ser adúlteros, mas ao mesmo tempo,
ser castos, que podem envenenar seus pais, e, contudo, ser piedosos! A julgar
por tal raciocínio, aqueles que pecam, mas são piedosos, podem ser lançados no
inferno, e, contudo, serem perdoados! Mas ideias como essas são produzidas pela
hipocrisia de amigos declarados do Maligno. Em Tiago 2.14-26 vemos o apóstolo
chamando a atenção dos cristãos quanto a práticas das boas obras como
demonstração da fé que professavam ter em Cristo, ele nos alerta que uma fé
incapaz de produzir frutos, é morta e pior, é a fé dos demônios.]
“NaquEle que me garante: "Pela graça sois
salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Graça e Paz a todos que estão em
Cristo!
Francisco Barbosa
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