Vídeo I
Pr. Elinaldo Renovado - Comentarista da Lição
Vídeo II
Prof. Fábio Segantin
SUBSÍDIO I
O CASAMENTO BÍBLICO
INTRODUÇÃO
Diferentes modelos de casamentos são apresentados à sociedade, principalmente na mídia, como alternativos. Mas, de acordo com a Bíblia, a Palavra de Deus, existe apenas um padrão bíblico para o casamento. Na lição de hoje, mostraremos, a princípio, que a Bíblia, a Palavra de Deus, determina como deve ser o casamento, ainda que as culturas modernas, e pós-modernas, queiram impor seus modelos antibíblicos.
1. BÍBLIA, PALAVRA DE DEUS
Um dos objetivos principais daqueles que se opõem ao padrão bíblico para o casamento, é descredenciar a autoridade da Bíblia. Para tanto, afirmam que a Bíblia não passa de um livro humano, e que, por isso, é produto da cultura e de uma época. Por conseguinte, tentam inculcar na sociedade que os valores exarados nas Escrituras não mais se aplicam aos dias atuais. É muito comum ouvir expressões tais como “papel cabe tudo”, ou “a Bíblia é a palavra de homens”. No entanto, uma análise criteriosa da Bíblia mostrará que ela apresenta consistência interna e externa que comprava que se trata de Palavra de Deus, não apenas de homens. A Bíblia não é apenas um livro, mas uma biblioteca – bíblia, plural de livros em grego, composta de 66 livros, sendo 39 do Antigo e 27 do Novo Testamento. Os textos foram escritos por homens, ao longo de 1.500 anos, a divisão em capítulos e versículos foi feita no século XV d. C. A Bíblia, ainda que tenha sido escrita por humanos, não é exclusivamente humano, pois, conforme aponta Pedro, ela foi inspirada por Deus (II Pe. 1.20,21). Paulo assegura que toda a Bíblia, de Gênesis a Apocalipse, é divinamente inspirada, theopneustos em grego, isto é, soprada por Deus (II Tm. 3.16,17). Por conseguinte, ela é proveitosa, é útil para revelar os desígnios de Deus, e principalmente, para sua santificação em Jesus Cristo. Tudo o que foi escrito nas Escrituras tem um propósito, Deus, Aquele que inspirou os autores humanos, assim o fez para a edificação do Seu povo (Rm. 15.4; I Co. 10.11). Por isso a Bíblia deve ser amada e estudada por todos aqueles que professam a fé cristã (I Pe. 3.15; II Tm. 2.15; Is. 34.16; Sl. 119.130). A principal razão para considerar a Bíblia é que o Senhor Jesus lhe conferiu autoridade (Jo. 7.17), tendo em vista que as Escrituras testificam a respeito dEle (Lc. 24.44). Mas é preciso que a Bíblia seja interpretada apropriadamente, atentando para o texto e o contexto, com discernimento espiritual (I Co. 2.14), reconhecendo também nossas limitações (I Co. 13.12).
2. A COSMOVISÃO HUMANA SOBRE O CASAMENTO
O pressuposto daqueles que defendem modelos diferentes de casamento, conforme já apontamos anteriormente, é o de que a Bíblia é um livro meramente cultural, por conseguinte, pode ser questionado. A cultura, de fato, é uma produção humana, e, em sua vertente antropológica, não existem culturas superiores ou inferiores, todas elas são diferentes. A Bíblia também está repleta de aspectos culturais, costumes que variaram de geração para geração. No entanto, há princípios da Bíblia que são supraculturais, isto é, estão para além das culturas locais, e transculturais, podem ser aplicados em todas as culturas, pois a Palavra de Deus é eterna, viva e eficaz (Ml. 3.6; Hb. 4.12). As propostas de casamento, ou contratos que tramitam nas legislações humanas, estão fundamentadas na cosmovisão humanista. O fundamento não é a Bíblia, mas a filosofia pós-moderna, que se sustenta no princípio relativista – não existe verdade, apenas vontade de verdade. Os defensores do casamento poligâmico, homossexual e dissolúvel não têm compromisso com a verdade bíblica, justamente porque não acreditam que ela seja a verdade. Os países que adotaram modelos alternativos, diferenciados da Bíblia, para o casamento, são aqueles que podem ser categorizados como pós-cristãos. O Brasil ainda é considerado um dos principais países cristãos do mundo, mesmo que muitos dos que são contabilizados como cristãos não passam de nominais. Por isso, mesmo aqueles que se dizem cristãos, por desconhecerem a Bíblia, apoiam projetos e propostas legislativas para o casamento que nada têm de bíblicas. Aqueles que professam a fé em Cristo, e que são verdadeiramente cristãos, por conhecerem as Escrituras, que não podem se afastar dos padrões bíblicos para o casamento.
3. O CASAMENTO BÍBLICO
O princípio fundamental do casamento bíblico é o de que Deus, e não os homens, o ordenou, portanto o casamento não é uma opção, mas uma orientação divina. A primeira cerimônia de casamento foi realizada pelo próprio Deus no Jardim do Éden (Gn. 1.28), tornado homem e mulher, uma só carne (Gn. 2.24). A união do primeiro homem e mulher no Éden reafirma o modelo bíblico para o casamento: monogâmico, heterossexual e indissolúvel. A natureza pecaminosa, carnal, impulsionou os primeiros homens à bigamia e poligamia (Gn. 4.18; 5.25), que resultou em invejas e intrigas (I Sm. 1.4-8). Os patriarcas, que optaram pela poligamia, pagaram um custo alto pela decisão (Gn. 29.21-23; 28-31; 30.1-10), bem como os reis de Israel (I Rs. 11.4.7-9). No Novo Testamento, tanto Jesus quanto Paulo foram contundentes quanto à proibição da poligamia (Mt. 19.3-6; I Co. 7.1,2), não permitindo que essa fosse uma prática comuns entre os cristãos, especialmente entre aqueles que atuam no ministério pastoral (I Tm. 3.2,12). A heterossexualidade é outro aspecto do casamento cristão, já que Deus criou “macho e fêmea” (Gn. 1.26; 2.24). Na religião judaica, o homossexualismo deveria ser punido com a morte, sendo este considerado uma abominação aos olhos de Deus (Lv. 18.22). Não há brecha para a prática homossexual no contexto cristão, sendo essa reprovada pelo apóstolo Paulo (Rm. 1.26). Mas isso não deve ser motivo para homofobia, não podemos esquecer que Jesus ama a todos, inclusive aos homossexuais, por isso, devemos orar por eles, e conduzi-los à verdade, que é Cristo. Não podemos esquecer que todos pecaram (Rm. 3.23), não apenas os homossexuais, e que o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna (Rm. 6.23). O casamento cristão deve ser indissolúvel, portanto, não separe o homem o que Deus ajuntou (Mt. 19.6). Leis e mais leis estão sendo criadas pelas autoridade a fim de favorecer o divórcio, mas os cristãos seguem o princípio bíblico para o casamento, por isso, independentemente das leis humanos, optam por obedecer antes a Deus do que aos homens (At. 5.29).
CONCLUSÃO
Vivemos em uma cultura pós-moderna, e pós-cristã, que nega o Absoluto, e defende o relativismo. Diante desse contexto, nós, os cristãos, precisamos nos fundamentar na doutrina bíblica. No que tange ao casamento, o modelo bíblico é o monogâmico, heterossexual e indissolúvel. Não podemos, enquanto cristãos comprometidos com a Palavra, fazer concessões. Os modelos humanistas, que estão sendo admitidos na sociedade contemporânea, têm fundamentação na filosofia, não na Bíblia Sagrada, a Palavra de Deus.
BIBLIOGRAFIA
ADAMS, J. E. A vida cristã no lar. São Paulo: Fiel, 2011.
KOSTENBERGER, A. J. JONES, D. J. Deus, Casamento e Família: reconstruindo o fundamento bíblico. São Paulo: Vida Nova, 2011
Prof. José Roberto A. Barbosa
Twitter: @subsidioEBD
SUBSÍDIO
II
O matrimônio é um passo importante na vida de
todos. Não é por acaso que existe um grande número de livros abordando o
assunto. E o principal conteúdo que se dedica ao tema é a Bíblia, a Palavra de
Deus. Há quem afirme que existem mais de quinhentas referências nas páginas do
Antigo e Novo Testamento referindo-se ao casamento.
O casamento aos moldes bíblicos vai muito além da
união emocional e da junção de corpos, é um compromisso moral e legal, que
transcende à esfera espiritual. Para compreender o quanto é significativo aos
cristãos a tradição do casamento, é necessário investir algum tempo em estudo
bíblico. Por desinteresse em saber qual é a vontade divina para o homem e a
mulher é que há nos dias atuais na sociedade pós-moderna tantos casos de
infidelidade conjugal, desentendimentos dentro de lares e um grande número de
divórcios. A falta de conhecimento da Palavra de Deus leva o povo à destruição
(Oséias 4.6; 1 Coríntios 7.3-5).
Um
príncipe encantado para a princesa
O noivo próximo ao altar. O templo decorado de
maneira impecável especialmente para a cerimônia. A entrada de uma bela
garotinha, a caminhar sobre um tapete vermelho no corredor central, segurando
delicadamente com luvas brancas um vaso de pétalas onde está o par de alianças,
causam a admiração dos convidados; a marcha nupcial e a noiva ao entrar com um
lindo vestido branco acompanhada de seu pai vestido com roupa de gala causam
admiração ainda maior de todos. Os nubentes ouvem o pastor falar sobre o que
representa a união matrimonial, estimula os dois a trocarem juras de fidelidade
e amor eterno um ao outro, solicita que coloquem anéis na mão esquerda um do
outro, a beijarem-se, e depois permite que saiam com braços entrelaçados pelo
corredor da igreja, enquanto todos os olhares e flashes de câmeras fotográficas
e câmeras de filmagem estão sobre eles. Esta é a cena que nove entre dez jovens
garotas sonham viver um dia, e acreditam que após vivenciá-las serão feliz para
sempre.
Mas será que apenas esse evento representa o
casamento como Deus idealizou? A Bíblia não apresenta padrão ou ordem
cerimonial específica referente ao casamento, mas sem dúvida toda pompa e
circunstância cerimonial lembra o grau de importância que é a união de um homem
com uma mulher aos olhos do Criador de todas as coisas. Porém, há muito mais
que isso.
O principal objetivo da cerimônia de casamento deve
ser deixar claro aos convidados presentes, e indiretamente para todas as
pessoas ausentes, que os noivos estão compromissados mais seriamente um com o
outro, realizaram um pacto solene diante de Deus de união a dois por toda a
vida e em todas as circunstâncias. É um importantíssimo testemunho cristão para
a sociedade secular. Se houver no coração dos noivos mais do que a mera
afiliação religiosa, houver compromisso real com Deus, então, com certeza a
aliança de ambos será também na esfera espiritual e Deus os manterá em nível de
sucesso conjugal, bem distantes das taxas de infelicidade e divórcio que tem
sido uma constante entre casais seculares. A genuína fé em Cristo salva o
cristão de sofrer muitos males (Mateus 6.13; Hebreus 13.4).
Projeto:
felicidade a dois
Gênesis 2.18, 21-24 é uma das mais importantes
referências-chave sobre o matrimônio aos moldes bíblicos, aliás é a descrição
do primeiro casamento. Neste texto vemos que o casamento tem a ver com
intimidade e companheirismo mútuo. O trecho revela que o Criador observou Adão
solitário e constatou que a solidão não era boa para ele, então providenciou
uma companhia idônea, que veio a ser Eva, feita por Deus a partir da costela do
homem enquanto este dormia em sono profundo. Neste relato sobre a união
matrimonial, o Senhor apresentou as diretrizes à felicidade ao determinar que o
marido e a esposa vivessem juntos, um em função do outro, e que tal relação se
mantivesse independente da relação de seus pais.
Felicidade
e santidade
A Bíblia dá a definição com clareza daquilo que
deve ser incluído na vida a dois. Deus criou o casamento porque, entre outros
motivos, a união conjugal é um instrumento para manter o homem e a mulher em
santificação, mantê-los separados da imoralidade sexual que há no mundo.
Salvo um lápso de memória, todas as vezes que li
sobre casamento, sempre encontrei em 1 Coríntios 7.27 ("Estás ligado à
mulher? Não busques separar-te. Estás livre de mulher? Não busques
mulher.") uma interpretação que nos leva para a questão de celibato ser
melhor do que estar casado. Mas, "não procurar mulher" neste trecho,
considerando como contexto os versículos 1 ao 7 do mesmo capítulo, também
poderia ser uma recomendação para não praticar sexo fora do laço matrimonial,
pois a ação é pecado de fornicação, prostituição, isto é, tal junção carnal aos
olhos de Deus é ato imoral.
A
incontinência da mulher samaritana
Junto ao poço de Jacó, Jesus Cristo dialogou em
particular com uma mulher, e revelou o seu parecer sobre a importância da
instituição casamento. De acordo com a fé judaica, não bastava que um homem
convivesse com uma mulher em união sexual para que eles fossem considerados
esposo e esposa. E tal conceito se estende ao cristianismo. O respeito ao
casamento do próximo deve ser praticado: Romanos 13.9; 1 Corintios 6.10;
Apocalipse 21.8.
"Disse-lhe Jesus: Vai, chama o teu marido, e
vem cá. A mulher respondeu, e disse: Não tenho marido. Disse-lhe Jesus:
Disseste bem: Não tenho marido; porque tiveste cinco maridos, e o que agora
tens não é teu marido; isto disseste com verdade." - João 4.16-18.
Relacionamento
conjugal
O marido que é verdadeiramente discípulo de Cristo,
permanece na Palavra, reconhece sem resistência que precisa ser acompanhado por
toda a vida pela esposa - descrita por Deus como mulher idônea. Aceita a
informação bíblica, sem problema de orgulho, que ela é a pessoa eleita pelo
Criador para ser a sua ajudadora, pois não tem competência para viver
desacompanhado. Convive com ela como a única parceira íntima. Ele sabe que o
homem que encontra uma mulher que o ama alcançou o favor divino. Vide: João
8.31; Gênesis 2.18; Provérbios 18.20.
A relação do homem com a mulher ilustra a relação
entre Cristo e a Igreja. A esposa foi criada para ser amada pelo marido. O
marido deve praticar o grande amor que Cristo praticou em favor da Igreja,
quando deu sua vida em favor dela. Ao marido está ordenado que ame sua esposa
no estilo do amor mais profundo que é o amor sacrificial, de proteção com a
própria vida. Deus ordena ao homem que dê para a companheira um abraço de total
segurança. A mulher sábia valoriza a proteção do marido, reconhece que seu
esposo é servo do Senhor neste detalhe de proteção, apenas as tolas são capazes
de destruir um casamento em que é querida por um esposo tão amoroso (Efésios
5.23-32; Provérbios 14.1).
Quando, com amor sacrificial, o marido mantém sua
atenção para a mulher e ela reconhece isso e se submete ao marido conforme as
Escrituras Sagradas recomendam, então, o resultado é uma relação em santidade
e, além disso, com muita felicidade.
As Escrituras Sagradas projetam o plano divino do
casamento de maneira muito expandida, podemos dizer que é uma proposta poética
do Criador para suas criaturas.
Fonte: Eliseu Antonio Gomes
Blog Verdade Profética
Nenhum comentário:
Postar um comentário