Estamos no período da Festa da Páscoa. Festa esta, comemorada,
principalmente pelas crianças de maneira a comer guloseimas de chocolate. Mas
você já se questionou se é assim mesmo, com ovos de chocolate, bombons, coelhos,
que a Bíblia descreve a Páscoa?
Você já procurou saber o significado de cada um destes elementos? Se é
uma festa religiosa, ela tem que ter simbolismos religiosos. Mas será que é
isso mesmo que acontece com a festa da Páscoa de nossos dias?
Vamos descortinar esta páscoa contemporânea e depois compare-a com a
verdadeira Páscoa bíblica, e assim tire suas próprias conclusões.
COMO SURGIU A PÁSCOA NÃO BÍBLICA?
Antes do nascimento de Jesus, alguns povos do norte da Europa cultuavam
uma deusa chamada Eostre, a deusa da
Fonte, Fertilidade e da Vida. Anualmente, a cada primavera eles promoviam um
festival em honra a ela. Este festival comemorava a chegada da "nova
vida". E chamavam este festival de
Easter (páscoa, em inglês) derivando de seu nome.
Estes povos possuíam 4 festas anuais, de acordo com as 4 estações do ano.
A primavera para eles falava de um tempo de celebrar vida nova, o renascimento
da natureza vinda da morte e prática de boas ações. Havia rituais pagãos
típicos de fertilidade e orgias sexuais. Virgens eram sacrificadas em adoração
a deuses e deusas da fertilidade (Pan, Isis, Demeter, Ceres, Eostre).
Normalmente os festivais ocorriam em santuários, o mais famoso santuário
dos deuses da fertilidade era chamado de "Minha vara", santuário repleto de imagens fálicas, ao
redor das quais havia muita dança para honrar o órgão sexual masculino. Tais
práticas eram usadas em festivais de primavera no Egito antigo, Babilônia, a
Grécia e entre os Druidas na Grã-Bretanha e Europa.
Fato marcante nestes rituais satânicos eram dois elementos altamente
significativos:
1. Ovos
- Desde tempos antigos os ovos são símbolos de fertilidade, sexo e vida
nova. Sempre foram elementos importantes nas celebrações da estação da
primavera pagã. A lenda de Orphic da origem do Universo diz que a Terra foi
chocada de um ovo enorme. Em grande parte das sociedades pagãs, do Egito e
Mesopotâmia até as Ilhas britânicas, os ovos eram brilhantemente decorados e
dados como presentes com votos de fertilidade e sucesso sexual.
2. Coelhos
- Estes animais eram adorados pelos pagãos como deuses da fertilidade, e viam
neles símbolo de luxúria, vigor sexual e reprodução. Nas tradições do Egito e
Pérsia o deus coelho era honrado particularmente na estação da primavera.
3. Coelho não bota ovos - Conta-se de uma
história pagã que havia um grande pássaro que quis tornar-se um coelho. A Deusa
Eostre então o transformou num coelho, e em gratidão o coelho vinha a cada
primavera, durante o Festival em honra a ela, e botava lindos ovos.
A PÁSCOA BÍBLICA, A VERDADEIRA FESTA EM HONRA AO NOSSO DEUS
O que é verdadeiramente a Páscoa
Páscoa no hebraico é pessach que significa passagem ou passar por cima: “... é a páscoa do Senhor" (Ex.12:11), "Porque o Senhor passará para ferir os egípcios..." (Ex.12:23), "É o sacrifico da páscoa ao Senhor que passou por cima das casas dos filhos de Israel..." (Ex.12:27). Primeiro ela foi instituída pelo próprio Deus – Êxodo 12.
A Páscoa é na verdade uma festa comemorativa para lembrar do tempo em que
Deus livrou o povo de Israel do cativeiro egípcio. A história é magnífica,
conta que estando o povo de Israel cativo no Egito, Deus enviou a Moises para
libertar ao seu povo. Mesmo tendo sido Moisés criado com o Faraó, este não
permitia que o povo de Israel fosse solto, após o Senhor Deus enviar nove
pragas sobre o povo egípcio, ainda assim o Faraó não quis libertar o povo,
então o Senhor Deus mandou o décimo e último flagelo sobre os egípcios, onde o
anjo da morte viria fazer justiça, matando os primogênitos do Egito, e passaria
por cima da casa dos israelitas e o mal não lhe atingiria. Deste que,
espargissem o sangue de um cordeiro novo e limpo, sobre os as portas das casas.
Os elemento desta Páscoa eram:
1. O Cordeiro – representa o próprio Senhor Jesus que foi morto e derramou seu sangue por nossos pecados.
2. Pães Asmos – Pão sem fermento, fala da necessidade de separação das contaminações.
3. Ervas amargas – Faz menção que quando se estava sob o jugo do diabo, nossa vida eram amargas.
A PÁSCOA DOS CRISTÃOS
Os Judeus têm a sua maneira própria e sagrada de comemorar a Páscoa, pois
para eles a Páscoa representa uma lembrança viva de que eles são o povo
escolhido por Deus.
Em comparação ao que houve com o povo de Israel, para nós cristãos, esta
Páscoa fala da redenção que nos dá o Senhor Jesus, livrando-nos do jugo e da
escravidão de Satanás.
Assim como um cordeiro foi sacrificado no dia da páscoa para a libertação
dos judeus do Egito, Cristo foi sacrificado para a libertação dos nossos
pecados: “... Ele salvará o seu povo dos pecados deles" (Mt.1:21);
"...pelo seu sangue nos libertou dos nossos pecados" (Ap.1:5);
"...Cristo, nosso cordeiro pascal, foi imolado" (I Co.5:7). Cristo se
fez oferta pelo pecado. Há uma perfeita identificação entre o pecado do crente
e a oferta pelo pecado (Jo.3:14). Esta identificação é ainda mais evidente no
Antigo Testamento, pois "a palavra hebraica hattâ't usada para traduzir
pecado é derivada de uma forma verbal que significa purificar, de modo que o
substantivo significa um sacrifício que obtém a purificação.”
A páscoa foi realizada na sexta-feira. Três dias depois os judeus
deveriam comemorar a festa das primícias (Lv.23:12). Esta festa indicava a
ressurreição após três dias. O primeiro molho de trigo que fosse colhido, isto
é, as primícias, deveria ser movido perante o Senhor (Lv.23:10,11). Este mover
do trigo era símbolo da vida que, ao contrário de um animal morto, inerte e sem
movimento, se expressa pelo mover da vida (At.17:25,28). Na ressurreição o
corpo de Cristo que estava inerte no túmulo foi movido por Deus e a terra se
abalou (Mt.27:51-54; Mt.28:2; Hb.12:26,27). Cristo foi vivificado no espírito
(IPe.3:18). Mas a oferta só poderia ser feita após três dias depois da páscoa.
Isto tem a ver com a ressurreição que ocorreu somente três dias depois da morte
de Cristo.
O local exato da morte de Cristo não se sabe. As Escrituras mencionam o
lugar onde Cristo foi crucificado, que se chamava Calvário (Lc.23:33). Em
hebraico (aramaico) o nome é Gólgota (Jo.19:17) que significa Lugar da Caveira
(Mt.27:33).
Jesus Cristo não poderia ser crucificado fora da Judéia, muito embora
tenha sido crucificado fora de Jerusalém (Hb.13:11,12; Jo.19:20; Mt.21:39). A
Judéia, local do templo de Salomão, era o local onde Deus havia escolhido para
habitar (I Rs.9:3). Com isto Deus queria mostrar que só há um Caminho para a
salvação. Os sacrifícios da páscoa não podiam ser realizados em qualquer lugar,
mas somente naquele lugar onde Deus havia determinado. Os sacrifícios e
adoração fora de Jerusalém era considerado pecado (I Rs.12:25-33; I Rs.13:9,10;
I Rs.8:29,33,38,44; Dn.9:3; Jo.4:20).
CONCLUSÃO
De alguma maneira, a páscoa pagã surgiu no meio da Igreja, e a Páscoa
Bíblica desapareceu; o cordeiro de Páscoa, imaculado desapareceu, e foi colocado
no lugar dele um coelho sobrenatural. Como tudo isso aconteceu? Como Jesus
Cristo ressuscitou na primavera, e os pagãos cultuavam a deusa Eostre nesta
mesma época, as práticas pagãs velhas tomaram lugar na celebração da Páscoa na
vida da Igreja.
Não havia nenhuma celebração de páscoa, com ovos e coelhos, na Igreja nos
primeiros séculos. Mas as atividades do Ritual à deusa Eostre começaram a tomar
o lugar da Pessach, e lentamente a páscoa cresceu, sendo abraçada finalmente
pela Igreja como uma celebração anual da Ressurreição.
Mais é bom que saibamos que a comemoração da Páscoa de nossos dias é um
ato de idolatria e falta de respeito para com o nosso Deus e muito embora
muitos cristãos pensem que idolatria é somente culto prestado a deus falso. Pelo
estudo das Escrituras descobrimos que culto falso prestado ao Deus verdadeiro
também é idolatria. Se alguém pretende agradar ao Deus verdadeiro por meios
estranhos às Sagradas Letras, realiza culto falso e comete o pecado da
idolatria. Somente o Sacrifício do Calvário realizado por Cristo, tem valor
para Deus. Jesus é o Caminho (Jo.14:6). Deus não aceita outro sacrifício além
do sacrifício de Cristo realizado no Calvário. Desse modo, ordenando que os
sacrifícios fossem realizados no templo, Deus estava querendo demonstrar que só
há um caminho para a salvação. - JESUS O CORDEIRO PASCAL, FILHO DE DEUS, QUE
TIRA OS PECADOS DO MUNDO.
Temos que ensinar aos nossos filhos o verdadeiro significado da Páscoa e
festejar reverenciando a magnitude de Deus em relação ao povo de Israel e a
nossa salvação em Jesus Cristo. É preciso esclarecer que o comercio e a
propaganda em torno de vendas na época da Páscoa no induz a idolatria e a
mentira. Somos responsáveis pela formação do caráter e dos valores da nova
geração e temos o compromisso de divulgar a verdade em nome de Deus.
Walter Souza Borges / Bacharel em Teologia
AMÉM.
ResponderExcluir