COMENTÁRIO E SUBSÍDIO I
Resumo da lição
Com o propósito delineado acima
mencionado, o primeiro tópico faz uma reflexão acerca das bênçãos espirituais
que os salvos receberam da parte de Deus. O tópico menciona que essas bênçãos
possibilitam uma nova vida em Cristo e por causa delas devemos cultivar um
coração grato a Deus. Isso é decorrente da nova posição em Cristo em que os
salvos estão. Esse tema pode e deve ser bem explorado por você neste tópico.
Uma vez desfrutando de uma nova
posição em Cristo, o segundo tópico aponta para uma vida cristocêntrica no
mundo, onde há uma consciência de que o plano de Deus elaborado desde a
fundação do mundo, e executado por Cristo Jesus, leve em conta a salvação dos
pecadores e a restauração de todas as coisas.
Neste planejamento salvífico, o
Espírito Santo tem um papel preponderante, por isso, o terceiro tópico
explicita como o Espírito Santo faz morada na vida do salvo, o identifica como
propriedade de Cristo e garante-lhe a vida eterna.
Uma sugestão
A lição diz respeito a assuntos
como “plano de salvação”, “nova vida em Cristo”, “bênçãos espirituais” e o
“Espírito Santo como agente sustentador de tudo isso”. É muito importante que
você destaque o papel do Espírito Santo no plano divino de salvação. Para isso,
o subsídio bíblico-teológico do terceiro tópico da lição lhe ajudará. Ali, o
texto mostra o Espírito Santo como o “selo” da nossa fé em Cristo. Aqui é bom
também fazer uma distinção entre “selo do Espírito Santo” e “Batismo no
Espírito Santo”. Algumas pessoas tendem a confundir essas expressões. Como fica
claro no texto, o selo do Espírito confirma o papel do Espírito Santo na
redenção do pecador. Essa analogia que o apóstolo Paulo faz é uma assertividade
grandiosa, pois isso revela que pelo Espírito do Senhor somos propriedade
exclusiva de Deus (1 Pe 2.9).
Subsídio extraído da Revista Ensinador Cristão - Ano 21 nº81
(Jan/Fev/Mar)
COMENTÁRIO E SUBSÍDIO II
INTRODUÇÃO
Nesta lição, veremos a definição
da palavra “bênção”; pontuaremos as bênçãos de Deus ministradas por meio da
santíssima Trindade destacando cada uma das pessoas; mostraremos que Deus
planejou de antemão conceder bênçãos espirituais aos seus servos e que essas
bênçãos revelam a grandeza, a excelência e a perfeição do projeto divino.
I – DEFINIÇÃO DA PALAVRA BÊNÇÃO
A palavra “benção” segundo o
dicionarista Houaiss significa: “graça concedida por Deus” (2001, p. 432).
Teologicamente benção significa: “todo e qualquer bem dispensado por Deus ao
homem” (ANDRADE, 2006, p. 81 – acréscimo nosso). A palavra grega é “eulogia”
que significa: “benefício, graça divina”. No capítulo 1 de Efésios Paulo
destacou a fonte das bênçãos: “Deus pai”; a natureza das bênçãos: “bênçãos
espirituais”; e, por fim, a esfera das bênçãos: “nos lugares celestiais”.
Matthew Henry (2008, p. 578) alerta que: “deveríamos aprender a reconhecer as
coisas espirituais e celestiais como as coisas principais, as bênçãos
espirituais e celestiais como as melhores bênçãos”.
II – AS BÊNÇÃOS DE DEUS
MINISTRADAS POR MEIO DA SANTÍSSIMA TRINDADE
O crente é apresentado como o
recipiente de toda sorte de bênção espiritual (Ef 1.3). O Pai decidiu redimir
as pessoas para si próprio (Ef 1.3-6); o Filho, pelo preço de sua morte
sacrificial, também é o Redentor, e aquEle através do qual a Igreja é a
escolhida (Ef 1.7-12), e o Espírito Santo aplica a presença viva e a obra de
Cristo à Igreja e à experiência humana (Ef 1.13-14) (ARRINGTON, 2003, p. 1197).
Todas as três Pessoas da Santíssima Trindade participam desta provisão de
bênçãos espirituais. Notemos:
2.1 O Pai, a fonte das bençãos. Paulo iniciou a epístola aos Efésios reconhecendo e louvando o Pai
como a fonte de todas as bênçãos: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus
Cristo, o qual nos abençoou [...]” (Ef 1.3). Bendito é, em grego, “eulogetos”,
que é palavra composta de “eu”, que significa “bem”, e “logetos”, que significa
“falar”. Literalmente, o grego transmite a ideia de “falar bem” ou “elogiar”
(BEACON, 2006, p. 119). O apóstolo bendiz ao Pai porque Ele nos bendisse: “o
qual nos abençoou” (Ef 1.3-b); e, isto Ele fez “para louvor e glória da sua
graça” (Ef 1.6). Tiago nos diz que: “toda a boa dádiva e todo o dom perfeito
vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de
variação” (Tg 1.17).
2.2 O Filho Jesus, o agente e a
condição das bençãos. As bênçãos decorrentes da
salvação, são condicionais, ou seja, elas são pertencentes aqueles que estão em
Cristo: “Bendito o Deus e Pai [...] o qual nos abençoou com todas as bênçãos
espirituais nos lugares celestiais em Cristo” (Ef 1.3). A expressão “em Cristo”
aparece aproximadamente 30 vezes na epístola inteira, e as expressões
relacionadas — “nele”, “em quem” e “no qual” — ocorrem 11 vezes (Ef
1.1,3,4,5,6,7,9,10,12 e 13). Esses dois vocábulos “em Cristo” aparecem 164
vezes nas epístolas paulinas. Isso significa que é exclusivamente em conexão
com Cristo que somos abençoados com todas as bênçãos espirituais. Em termos
gerais, revela que nenhuma dessas maravilhosas dádivas seria possível sem
Cristo (BAPTISTA, 2020, p. 25).
2.3 O Espírito, o aplicador das
bençãos. O Pai a planejou a salvação, o Filho a
providenciou e o Espírito Santo a aplicou. É a terceira pessoa da Trindade quem
nos leva a nos apropriarmos dessas bençãos, sendo o selo, a garantia de que
somos sua propriedade (Ef 1.13); e, o penhor da nossa herança (Ef 1.14).
III – AS BÊNÇÃOS QUE OBTIVEMOS
DO PAI
3.1 Ele nos elegeu (Ef 1.3,4). A primeira coisa que Paulo destacou como bênção, é que o Pai
nos elegeu (Ef 1.3). A expressão grega que aparece é “eklegomai” que significa:
“selecionar, escolher, escolher para si mesmo”. É bom dizer que essa escolha
foi baseada na presciência divina, atributo que lhe dá condições de antever as
coisas antes que aconteçam. Deus viu aqueles que, mediante a pregação
evangélica, receberiam a Cristo como Salvador e a estes Ele elegeu: “Eleitos
segundo a presciência de Deus [...]” (1 Pd 1.2). Confira ainda: (Rm 8.29).
Certo teólogo disse: “a eleição ou escolha de Deus não é arbitrária, de forma
que alguns sejam destinados à salvação e outros à perdição, sem levar em conta
a disposição de cada indivíduo. O âmbito da salvação é a todos os homens, como
a Bíblia copiosamente declara (Jo 3.16; Rm 10.13). Os eleitos são constituídos,
não por decreto absoluto, mas por aceitação das condições do chamado de Deus,
as quais são arrependimento (Mt 4.17; 9.13; Lc 24.47; At 2.38; 3.19; 8.22) e da
fé (Mc 16.16; Rm 10.9; Ef 2.8)” (BEACON, 2006, p. 121 – acréscimo nosso). É bom
destacar também que o apóstolo deixou claro que esta eleição foi: (a) coletiva,
não individual: “nos elegeu”; (b) condicional: “nos elegeu nele” (em Cristo);
e, (c) proposital: “para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em
caridade” (Ef 1.4-b).
3.2 Ele nos adotou (Ef 1.5). Em Efésios 1.4,5 está escrito que fomos predestinados por Deus
para adoção de filhos “e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo
[…]”. A palavra grega traduzida para “adoção” é “huiothesia” é uma palavra
composta formada de “huios” que significa: “filho”, e “thesis” que por sua vez
é “posição ou colocar” (Rm 8.15,23; 9.4, Gl 4.5; Ef 1.5). Portanto, seu sentido
primário é: “colocar como filho”, “dar a alguém a posição de filho”. Os
principais textos que tratam dos crentes como filhos de Deus são (Ef 1.5; Gl
4.4,5; Rm 8.15-17; Jo 1.12; 2 Co 6. 18; Rm 8.15; 23; Gl 4.6; Hb 12.6; Hb 6.12;
1Pe 1.3,4; Hb 1.14). Como consequência dessa filiação, o crente passa a ter
todos os direitos e privilégios de filho: “E, se nós somos filhos, somos, logo,
herdeiros também, herdeiros de Deus e coerdeiros de Cristo […]” (Rm 8.17). O
status de filhos traz-nos alguns privilégios, a saber: (a) tratar a Deus como
Pai nas nossas orações e de receber o perdão de nossos pecados (Mt 6.9); (b) ter
o testemunho do Espírito acerca da nossa salvação, o qual clama “Aba, Pai”,
dando-nos o testemunho de que somos filhos de Deus (Rm 8.15,16); (c) sermos
amados por ele, enquanto ignorados pelo mundo (1Jo 3.1); (d) ter o privilégio
de sermos guiados pelo Espírito Santo (Rm 8.14), (e) gozamos do cuidado do Pai
(Mt 6.32) e da liberdade de lhe pedir o suprimento das nossas necessidades (Mt
7.11); (f) podemos lhe pedir o Espírito Santo (Lc 11.13) e gozarmos do direito
a ter uma herança nos céus (G1 4.7; 1Pd 1.4).
3.3 Ele nos fez agradáveis (Ef 1.6). O pecado nos tornou inimigos de Deus (Rm 5.10), pois estávamos
fazendo o que agradava a nossa carne e desagradava a Deus, sendo assim por
natureza filhos da ira (Ef 2.3). No entanto, ao recebermos Cristo, como nosso
Salvador, Ele nos tornou agradáveis a Deus, por Sua graça maravilhosa: “Para
louvor da glória de sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado” (Ef
1.6).
IV - AS BÊNÇÃOS QUE OBTIVEMOS DO
FILHO
Ainda no capítulo primeiro da
epístola aos Efésios, Paulo elencou as bênçãos que recebemos por meio do Filho
de Deus, Jesus Cristo. Vejamos:
4.1 Ele nos redimiu (Ef 1.7-a). Paulo diz que Jesus nos redimiu (Ef 1.7-a). Aqui, a
palavra-chave é redenção no grego “apolytrosis”. E o substantivo do verbo
“apolytroo”, que no grego clássico significa “libertar por meio de resgate”.
Era termo usado para falar de “comprar de volta um escravo ou cativo,
libertá-lo mediante o pagamento de um resgate” (BEACON, p. 124). Paulo diz que
Cristo nos resgatou com o preço de sangue (Ef 1.7). Outras passagens paulinas
também enfatizam a questão do custo (1Co 6.20; 7.23; 1Tm 2.6), coisa que o
próprio Jesus afirmou (Mt 20.28). Os fariseus fizeram a observação de que
nenhum homem pode perdoar pecados a não ser Deus (Mc 2.7). O fato do Senhor
Jesus Cristo perdoar é evidência de que é Deus (Mc 2.10).
4.2 Ele nos congregou (Ef 1.10). Paulo afirmou que Cristo veio “congregar” em si todas
as coisas (Ef 1.10). A palavra grega “anakephalaiõsasthai” que significa:
“fazer convergir”, e era usada no sentido de juntar várias coisas e
apresentá-las como sendo uma só (FOULKES, 2011, p. 45). Devido ao pecado,
vieram ao mundo desordem e desintegração intermináveis; mas ao final, todas as
coisas serão restauradas à sua função original e à sua unidade pelo fato de
terem sido trazidas à obediência a Cristo (Cl 1.20). A expressão “todas as
coisas” inclui “tanto as que estão nos céus como as que estão na terra” (Cl
1.16-19) e devem ser reunidas em Cristo.
V - AS BÊNÇÃOS QUE OBTIVEMOS DO
ESPÍRITO SANTO
Nessa última estrofe da
doxologia de Efésios, o Espírito Santo pelo menos recebe duas designações: “um
selo e uma garantia” (Ef 1.13,14). Notemos:
5.1 O Espírito Santo como um
selo (Ef 1.13). Os que recebem o Espírito Santo são
identificados por Deus como pertencentes a Cristo. Esses crentes são “selados”
como propriedade particular de Cristo no momento da conversão (Ef 1.13; 4.30).
Acerca do selo, convém afirmar que:
a) O selo fala de um direito de
posse. Deus nos selou com o seu Espírito porque agora somos seus (1 Co 6.19).
b) O selo fala de segurança e
proteção. O selo romano sobre a tumba de Jesus era a garantia de que ele não
seria violado (Mt 27.62-66). Assim o crente pertence a Deus (1 Co 6.19).
c) O selo fala de autenticidade.
Fomos selados com o Espírito Santo (Ef 4.30), como propriedade de Deus (Rm
8.9).
5.3 O Espírito é o penhor (Ef 1.14). O penhor era o primeiro pagamento efetuado na aquisição
de uma propriedade. Paulo usou em suas epístolas a linguagem de que o Espírito
Santo nos foi dado como penhor (2 Co 1.22; 5.5; Ef 1.14), deixando claro que o
Senhor deu-nos o Espírito Santo, como garantia de que somos sua propriedade
exclusiva.
CONCLUSÃO
Vimos nesta lição que Deus
planejou de antemão conceder bênçãos espirituais aos seus servos. Essas bênçãos
revelam a grandeza, a excelência e a perfeição do projeto divino. O plano de
salvação arquitetado pelo nosso Criador é algo incomensurável. Em Cristo, Ele
estava reconciliando o mundo consigo mesmo. Essa é uma doutrina gloriosa que
revela o imenso amor de Deus. Em Cristo, fomos eleitos para desfrutar desse
maravilhoso plano.
Ev. Caramuru
Afonso Francisco. Disponível em: https://www.portalebd.org.br
COMENTÁRIO E SUBSÍDIO III
INTRODUÇÃO
Nesta lição vamos
abordar a grandeza, a excelência e a perfeição do projeto divino para conceder
bênçãos espirituais aos seus escolhidos. Desde a eternidade, aprouve a Deus
executar um plano de restauração e reconciliação com a humanidade caída. Por
isso que, na Carta, o apóstolo Paulo se mostra profundamente agradecido pela
revelação do mistério que estivera oculto desde todos os tempos. Ele nos
convida a louvar e a glorificar a Deus pela sua bondade e misericórdia para com
todos os pecadores. [Lições Bíblicas
CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2020. Lição 2, 12 Abril, 2020]
A Leitura Bíblica em
Classe base para esta lição descreve o plano principal de Deus para a salvação
no que diz respeito ao passado (a eleição, vs. 3-6a), ao presente (a redenção,
vs. 6b-l 1) e ao futuro (a herança, vs. 12-14). Pode ser vista também como enfatizando
o Pai (vs. 3-6), o Filho (vs. 7-12) e o Espírito (vs. 13-16). Paulo escreve
essa carta para falar que a igreja é um povo muito abençoado. Ao focar sua
atenção nessas bênçãos superlativas, o apóstolo prorrompe em bendita doxologia,
dizendo: “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo”. De acordo
com Westcott, essa passagem (Ef 1.3-14) é “um salmo de louvor pela redenção e
consumação das coisas criadas, cumpridas em Cristo peio Espírito segundo o
propósito eterno de Deus” (Westcott, B. F. St. Paul’s Epistle to the
Ephesians. Grand Rapids, MI: William B. Eerdmans Publishing Company, 1950, p.
4.). William Barclay afirma que, “Em grego a longa passagem que vai do
versículo 3 ao 14 é uma só oração. É tão longa e tão complicada porque representa
nem tanto o enunciado de um raciocínio como um lírico canto de louvor. A mente
de Paulo avança, não porque esteja pensando logicamente, mas sim porque os dons
e as maravilhas de Deus desfilam perante seus olhos e penetram em sua
mente” (O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay. p. 24). Vamos
pensar maduramente a nossa fé cristã?
I. A NOVA POSIÇÃO EM CRISTO
No passado
estávamos perdidos e condenados à morte eterna, mas por sua infinita graça,
Deus nos outorgou em Cristo o privilégio da salvação.
1. A Doxologia. Após expor os versículos de abertura da Epístola
(1.1,2), o apóstolo Paulo apresenta uma sequência de texto que se caracteriza
pela verdadeira adoração e bondade ativa de Deus (1.3-14). Ele começa pela
frase “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo” (v.3), onde “bendito”
significa “digno de louvor”. O apóstolo dá sequência até o versículo 14 por
meio de um maravilhoso tributo ao Eterno e suas muitas bênçãos concedidas aos
homens. Nesse trecho bíblico trata-se de um hino teológico de gratidão,
caracterizado pela repetição do seguinte refrão: “Para louvor e glória da sua
graça” (v.6) ou “para louvor da sua glória” (vv.12,14). Aquele ao qual devemos
adorar está identificado na expressão “Deus e Pai de Jesus Cristo”, uma clara referência
à Santíssima Trindade com ênfase na natureza divina de Jesus, seu Filho. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º
Trimestre 2020. Lição 2, 12 Abril, 2020]
Bendito deriva da
mesma palavra grega para "elogio", que quer dizer louvar ou
recomendar. Essa é a suprema obrigação de todas as criaturas. O propósito
último da salvação é a glória de Deus (Fp 2.13; 2Ts 1,11-12). No Novo
Testamento, a palavra grega eulogetos, “bendito”, é usada somente com
referência a Deus. Só ele é digno de ser bendito. Os homens são benditos quando
recebem suas bênçãos; Deus é bendito quando é louvado por tudo o que
gratuitamente confere ao homem e ao seu mundo. Aqui podemos destacar três
verdades: 1ª. A fonte de nossas bênçãos: Deus, o Pai, nos faz ricos em Jesus
Cristo; 2ª. A natureza de nossas bênçãos: nós temos toda sorte de bênção
espiritual, e 3ª. A esfera das bênçãos: “Nas regiões celestiais em Cristo”.
2. As bênçãos
espirituais. Obviamente que as bênçãos
espirituais não são materiais, mas provenientes dos “lugares celestiais”, isto
é, do reino espiritual. Essas bênçãos são mencionadas na longa passagem de
Efésios (1.3-14), tais como: Deus nos elegeu para sermos santos (1.4);
predestinou-nos para sermos filhos (1.5); nos fez agradáveis para si (1.6);
remiu-nos por meio do sangue de Cristo (1.7); acolheu-nos por sua vontade
redentora (1.8-12); revelou-nos a Palavra da verdade (1.13a); selou-nos com o
Espírito Santo da promessa (1.13b); ainda garantiu a validade da promessa
(1.14). Tais bênçãos provêm de Deus, que planejou a redenção; do Filho, que a
realizou; e do Espírito Santo, que a garante. Essas bênçãos nos conduzem a
exclamar como Paulo: “Bendito Seja Deus!”. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2020.
Lição 2, 12 Abril, 2020]
Em sua graça
providencial, Deus já deu aos cristãos toda sorte de bênçãos (Rm 8.28; Cl 2.10;
Tg 1.17; 2Pe 1.3). "Espiritual" não se refere às bênçãos não
materiais como contrárias às materiais, mas à obra de Deus, o qual é a fonte
divina e espiritual de todas as bênçãos. “nas regiões celestiais” diz respeito
à esfera do domínio completo e celestial de Deus, do qual provem todas as
bênçãos. Todas as bênçãos elencadas são “Em Cristo”; As bênçãos superabundantes
de Deus pertencem somente aos cristãos que são seus filhos pela fé em Cristo,
de modo que o que ele tem pertence a eles — incluindo a sua justiça, os seus
recursos, os seus privilégios, a sua posição e o sou poder (Rm 8.16-17).
3. A nova
condição. A expressão “em Cristo”
significa que somos abençoados com toda bênção espiritual, a partir de Sua
pessoa e obra realizada no calvário (Jo 1.3; Hb 5.9; 9.12); relaciona-se ainda
com a nossa experiência de conversão a Ele (2 Co 5.17). Essa nova vida é
conferida somente para quem está “em Cristo”, isto é, o oposto da antiga vida
“em Adão” escravizada pelo pecado (Rm 5.11-15). Desse modo, não andamos mais em
trevas, mas como filhos da luz (Rm 5.8). Portanto, nossa nova posição é
caracterizada pela salvação “em Cristo” e, por isso, desfrutamos de todos os
benefícios advindos dessa redenção. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2020.
Lição 2, 12 Abril, 2020]
A nossa vida está “em”
Cristo, em união com Ele, para ser vivida na harmonia prática que esta relação
gera e implica. No Céu (regiões celestiais) – Estamos em Cristo (Ef 1.3); Na
terra – Cristo está em nós (1Co 1.30; 3.22,23; 2Co 2.14).
“Gálatas 3:26-28 nos dá
uma compreensão da frase "em Cristo" e o que significa. "Pois
todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus; porque todos
quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes. Dessarte, não
pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher;
porque todos vós sois um em Cristo Jesus." Paulo está falando com os
cristãos na Galácia, lembrando-lhes de sua nova identidade desde que colocaram
sua fé em Jesus Cristo. Ser "batizado em Cristo" significa que se
identificam com Cristo, tendo deixado suas velhas vidas pecaminosas e recebendo
plenamente a nova vida em Cristo (Marcos 8:34, Lucas 9:23). Quando respondemos
à atração do Espírito Santo, Ele "nos batiza" na família de Deus. 1
Coríntios 12:13 diz: "Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados
em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos
nós foi dado beber de um só Espírito." Vários lugares da Escritura se
referem ao crente estando "em Cristo" (1 Pedro 5:14; Filipenses 1:1,
Romanos 8:1).” (gotquestions)
SUBSÍDIO
DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
O primeiro tópico tem
por objetivo refletir a respeito da nova posição em Cristo que o crente agora
desfruta diante de Deus. Assim, você pode abrir esta lição indagando aos alunos
a respeito do que eles entendem por “nova posição em Cristo”. É importante que você
estabeleça o mínimo de tempo para ouvir as respostas e considerações deles.
Aqui, a fim de adentrar na explicação do tópico, há a oportunidade de você
fazer uma recapitulação do conceito e consequências do Pecado na vida do Homem
e da provisão de Deus para a salvação do ser humano como introdução ao fato de
que, hoje, o crente tem uma nova posição diante de Deus. Assim, você pode expor
com clareza o conteúdo do primeiro tópico
II. UMA VIDA CRISTOCÊNTRICA NESTE MUNDO
Embora o pecado
tenha adentrado ao mundo, Deus projetou a primazia de Cristo na remissão dos
pecadores e na restauração de todas as coisas para o louvor de Sua glória.
1. A revelação do
mistério. A frase “descobrindo-nos o
mistério da sua vontade” (1.9) sinaliza a revelação da verdade que estava
oculta aos santos de Deus (Cl 1.26). Essa verdade diz respeito aos decretos
eternos que Deus planejara, por sua soberana vontade, com o propósito de salvar
os pecadores (Jo 3.16). Essa vontade divina é revelada segundo o seu
beneplácito, isto é, de acordo com o que Lhe agrada fazer por amor e
misericórdia (Rm 9.15,16; 11.32). Sua vontade foi executada conforme o seu
desígnio por intermédio de Cristo para que o Filho em tudo tivesse a
preeminência (Cl 1.16-20). [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2020. Lição 2, 12
Abril, 2020]
Do mistério. No Novo Testamento, essa palavra não tem a sua conotação
atual, ao contrário, refere-se a algo escondido em épocas passadas, mas que foi
dado a conhecer agora (1Co 4.1; Ef 5.32; 6.19; Cl 1.25-26; 1Tm 3.9,16). O
mistério mais comum no Novo Testamento é que Deus concederia salvação aos
gentios, bem como aos judeus (Ef 3.3-9). Essa palavra é usada para referir-se à
verdade do Novo Testamento não revelada anteriormente. William Barclay cai
dizer que “Este mistério consistia em que o evangelho estava aberto também aos
gentios. Aqui radicava o grande segredo de Deus. Até Jesus chegar tinha
parecido que os judeus eram o povo escolhido de Deus. Agora Deus tinha revelado
que seu amor e seu cuidado, sua graça, sua misericórdia, as boas novas de Deus,
estavam destinados não só aos judeus, mas também a todo mundo”. (O
NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay. p. 32)
2. A plenitude dos
tempos. Paulo revela que o plano
divino é fazer convergir em Cristo todas as coisas (1.10). Isso inclui tudo o
que foi criado por Cristo, para Cristo e o que subsiste em Cristo (Jo 1.1-3; Hb
1.2,3). Implica dizer que todo o universo, céus e terra estarão submissos a
autoridade e soberania de Cristo (Rm 14.11; 2 Co 10.5). Nesse sentido, a
ruptura provocada pelo pecado de Adão é restaurada completamente em Cristo.
Essa declaração não tem conotação universalista, a idéia de que no fim todos
serão salvos, mas que finalmente tudo será como Deus planejou: Cristo a cabeça
da Igreja e também a cabeça do Universo (1.21-23). A dispensação ou a
administração desse plano será na plenitude dos tempos (1.10). Aqui, a palavra
grega para “tempos” não é chronos, que traz uma ideia de cronologia, mas
kairos, que se refere ao tempo divino previamente determinado para que todas as
coisas estejam sob o domínio de Cristo (At 1.7). [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2020.
Lição 2, 12 Abril, 2020]
No final da história
deste mundo, Deus reunirá os cristãos no reino milenar, que Paulo denomina aqui
de "dispensação da plenitude dos tempos", que significa o final da
História (Ap 20.1-6). Depois disso, Deus reunirá todas as coisas com ele mesmo
na eternidade e o novo céu e a nova terra serão criados (Ap 21,1ss). O novo
universo será totalmente unificado sob Cristo (1Co 15.27-28; Fp 2.10-11).
Hernandes Dias Lopes citando John Stott (A mensagem de Efésios, p. 20,21), diz:
“O plano de Deus para a plenitude dos tempos, quando o tempo voltar a fundir-se
na eternidade, é fazer convergir nele (em Cristo) todas as coisas, tanto as do
céu como as da terra (1.10). No tempo presente, ainda há discórdia no Universo,
mas, na plenitude do tempo, esta cessará, e aquela unidade pela qual ansiamos
virá com o domínio de Jesus Cristo”. (Lopes, Hernandes Dias. Efésios:
igreja, a noiva gloriosa de Cristo — São Paulo: Hagnos, 2009. p. 29).
Encerrando essa discussão, William Barclay afirma que “Acontece que estamos
vivendo numa época em que os homens perderam a fé em que este mundo tenha algum
sentido. Mas o cristão tem fé em que neste mundo está-se desenvolvendo o
propósito divino; e Paulo tem a convicção de que esse propósito é que um dia
todas as coisas e todos os homens cheguem a ser uma família em Cristo. Paulo vê
que toda a história esteve partindo neste sentido. Em seu conceito, este segredo,
este mistério, não foi captado até que veio Jesus. E — segundo Paulo — a Igreja
tem a grande missão de realizar esse desígnio de unidade que é o propósito
divino revelado em Jesus Cristo” (O NOVO TESTAMENTO Comentado por
William Barclay. p. 34). “Assim, a grande surpresa foi a descoberta que,
no plano divino, tanto judeus quanto gentios desfrutam das mesmas bênçãos
celestiais (Ef 3.6), e o impacto mais surpreendente foi saber que Deus
projetara reconciliar ambos os povos — judeus e gentios formando um único povo,
a Igreja (2.1-22)”. (BAPTISTA, Douglas. A IGREJA ELEITA – Redimida
pelo Sangue de Cristo e Selada com o Espírito Santo da Promessa. CPAD, 1ª
edição, 2020. p. 29).
3. Louvor da sua
glória. O apóstolo enfatiza que as
bênçãos são destinadas aos crentes judeus e gentios – a Igreja. Paulo muda do
pronome “nós” (ele e os judeus) para o “também vós” (os gentios), indicando que
em Cristo os crentes de ambos os povos são herdeiros da promessa (1.11-13). Ele
ratifica igualmente que o propósito da eleição não é outro senão louvar e
glorificar a Deus (1.12,14). Isso assinala não somente adorá-Lo com palavras e
ações, mas também levar outros a fazer o mesmo (1 Pe 2.12). Por conseguinte,
tudo o que somos, fazemos ou possuímos vem de Deus, pois começa na Sua vontade
e culmina na Sua glória (At 17.28). [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2020.
Lição 2, 12 Abril, 2020]
Cristo é a fonte da
herança divina do cristão, a qual é tão certa que é mencionada como se já
tivesse sido recebida (1Co 3.22-23; 2Pe 1.3-4). A glória de Deus é o supremo
propósito da redenção. Em Cristo, temos uma linda herança (1Pe 1.1- 4) e também
somos uma herança.
SUBSÍDIO
TEOLÓGICO
“Devemos reconhecer, já de início, ser
o conhecimento a respeito de Jesus Cristo igual e ao mesmo tempo diferente ao
de outros assuntos. Como líder espiritual do Cristianismo, Jesus é o objeto do
conhecimento e também da fé. Ele produz ainda, dentro de nós e mediante o
Espírito Santo, conhecimentos espirituais. Os cristãos acreditam universalmente
que Jesus continua vivo hoje, séculos depois da sua vida e morte na Terra, e
que Ele está na presença de Deus Pai, no Céu. Mas esta convicção certamente
provém da fé salvífica, mediante a qual a pessoa encontra Jesus Cristo e é
regenerada, por meio do arrependimento e da fé, tornando-se assim nova
criatura. O conhecimento de Jesus como Salvador leva, através da experiência,
ao reconhecimento imediato da existência pessoal de Jesus no presente. Dessa
maneira, o conhecimento de Jesus é diferente do conhecimento do de outras
figuras históricas” (HORTON, Stanley (Ed.).
Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de
Janeiro: CPAD, p. 302).
III. O ESPÍRITO SANTO, PENHOR DA NOSSA
HERANÇA
O Espírito Santo
desempenha importante papel no plano de salvação idealizado por Deus Pai.
1. O selo do
Espírito Santo. Aquele que
ouve a Palavra de Deus – o Evangelho da Salvação – e que por meio da fé, se
rende a Cristo, recebe o selo do Espírito Santo no momento da conversão (Tt 3.5-7).
Nos tempos bíblicos, o selo era usado como sinal de propriedade e posse
pessoal. Ao conceder o Espírito Santo ao crente, Deus identifica os que
pertencem a Cristo, pois o Espírito testifica daqueles que são filhos de Deus
(Rm 8.9,15,16) e o Maligno não lhes toca (1 Jo 5.18). Assim, a terceira pessoa
da Santíssima Trindade tem o papel fundamental de regenerar, purificar e
santificar o pecador (1 Co 6.11). Ele é quem convence o ser humano do pecado,
da justiça e do juízo (Jo 16.7,8); e que também produz no crente o verdadeiro
relacionamento com Deus por meio do fruto do Espírito (Gl 5.22,23). [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º
Trimestre 2020. Lição 2, 12 Abril, 2020]
O Espírito Santo é
referido como o "penhor", "selo" e "garantia" no
coração dos cristãos (2Co 1.22; 5.5, Ef 1.13-14; 4.30). Um selo é aquilo que
transmite autoridade, ou estabelece a autenticidade, a validade, e veracidade
de um documento ou de uma declaração. No mundo antigo, quando se despachava um
vulto, uma cesta ou um pacote, era selado como garantia de que procedia do
remetente e que estava intacto. O selo indicava de onde procedia o pacote e a
quem pertencia. O Espírito Santo é o selo de Deus sobre o Seu povo, a Sua
reivindicação sobre nós como pertencentes a Ele. É o Espírito Santo aquele que
conduz o homem ao conhecimento de Deus; aquele que o capacita para enfrentar a
vida e não desfalecer; aquele que lhe diz o que deve fazer e lhe dá forças para
fazê-lo. O Espírito Santo nos mostra a vontade de Deus e nos capacita a realizá-la.
Relativo à citação “e o
Maligno não lhes toca (1 Jo 5.18)”, uma vez que o cristão pertence a Deus,
Satanás deve operar dentro da soberania de Deus e não pode ir além do que Deus
permite, como no exemplo de Jó (Jó 2.5; Rm 16.20). Embora Satanás possa perseguir,
tentar, provar e acusar o cristão, Deus protege seus filhos e estabelece
limites definidos para a influência ou poder de Satanás (2.13; Jo 10.28;
17.12-15).
O Espírito produz o
fruto (atitudes piedosas que caracterizam a vida somente daqueles que pertencem
a Deus pela fé em Cristo e possuem o Espírito de Deus) que consiste de nove
características ou atitudes as quais estão, de modo insolúvel, ligadas umas às
outras e são ordenadas aos cristãos ao longo de todo o Novo Testamento.
2. O penhor da
nossa herança. O termo
grego arrabon pode ser traduzido como “depósito”, “penhor”, “garantia” ou ainda
“primeira parcela” (1.14). A palavra tem origem semítica e era usada nas
transações comerciais para assegurar o preço ou garantir o pagamento de algo.
Paulo ensina que o Espírito Santo é o depósito que garante a nossa herança em
Cristo (2 Co 1.21,22). Tudo isso significa que aquele que tem o selo do
Espírito Santo tem a salvação garantida (1.14). Isso não quer dizer que o
crente está salvo para sempre, independente de sua conduta, mas que a redenção
está validada aos eleitos em Cristo que permanecem fiéis (Mt 24.13). [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º
Trimestre 2020. Lição 2, 12 Abril, 2020]
O próprio Espírito de
Deus vem habitar no cristão, assegurar a sua salvação eterna e preservá-la.
Esse selo do qual Paulo fala diz respeito a uma marca oficial de identificação
colocada numa carta, num contrato ou em qualquer outro documento. Por meio
disso, esse documento estava, oficialmente, sob a autoridade da pessoa cujo
timbre estava no selo. O selo expressa quatro verdades principais: 1) segurança
(Dn 6.17; Mt 27.62-66); 2) autenticidade (1Rs 21.6-16); 3) domínio (Jr 32.10);
e 4) autoridade (Et 8.8-12). O Espírito Santo é dado por Deus como garantia da
herança futura do cristão em glória (2Co 1.21). William Barclay diz que, “no
grego clássico, arrabon significava o sinal em dinheiro que um comerciante
tinha de depositar com antecedência ao fechar um contrato, dinheiro que
perderia caso a operação não se consumasse”. (Barclay, William.
Palabras Griegas Del Nuevo Testamento). A possessão do Espírito Santo é o
selo e o sinal de que o homem pertence a Deus. A experiência do Espírito Santo
que temos neste mundo é uma antecipação das alegrias e bênçãos do céu; e ao mesmo
tempo é a garantia de que um dia entraremos na plenitude do conhecimento, do
poder e da alegria. É a garantia de que algum dia entraremos na plena possessão
da felicidade e a bem-aventurança de Deus.
SUBSÍDIO
BÍBLICO-TEOLÓGICO
“O Espírito Santo como
o Selo de nossa Fé em Cristo (1.13). Essa é a primeira referência
que aparece em Efésios a respeito do papel do Espírito Santo na redenção. Daí
em diante, Paulo raramente deixa de mencionar os aspectos de sua atuação na
vida cristã. O crente é marcado, ou selado, em Cristo com o selo do Espírito
Santo da promessa. Aqui encontramos duas questões: ‘selo’ e o Espírito Santo da
“promessa”:
1) Na antiguidade, o
selo era um sinal de propriedade ou de posse pessoal. Concedendo o Espírito
Santo como um selo, Deus nos marca em Cristo, como aqueles que autenticamente
lhe pertencem (cf.2 Co 1,2) [...].
2) A designação
‘prometido’, referindo-se ao dom do Espírito, como aparece em Atos 2, está
relacionada principalmente à promessa de Joel 2.28,29, tal como foi interpretada
e aplicada por Pedro no livro de Atos, e no restante do Novo Testamento. Quando
Paulo empregou essa expressão em Efésios, quis dizer que o Espírito Santo virá
para transmitir ‘sabedoria e revelação’, a fim de podermos conhecer melhor a
Deus e sermos informados a respeito das implicações de nossa vida ‘em Cristo’ (1.17-20)
[...]” (ARRINGTON, French L.;
STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol.2.
Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p.402).
CONCLUSÃO
Nessa porção da
Epístola aos Efésios o plano divino revelado resulta na reconciliação do ser
humano com Deus por meio de Cristo e na restauração de todas as coisas visíveis
e invisíveis. Ambos os propósitos devem redundar em louvor e glória ao Deus
Eterno. Na plenitude dos tempos todo o desígnio divino estará plenamente
executado. [Lições Bíblicas
CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2020. Lição 2, 12 Abril, 2020]
Para concluir, notemos
que o penhor da nossa herança é o próprio Espírito Santo, e, de forma muito
interessante, a palavra grega usada para penhor também pode ser usada para
indicar um anel de noivado! Cristo é o Noivo, e a Igreja a noiva, o Espírito
Santo é o sinal, o pagamento antecipado para o casamento há muito esperado
entre os dois (Ap 19.7,8). Em Efésios, ficamos sabendo que nós, os remidos do
Senhor, somos descritos como bens do Senhor, que custaram o sangue de Seu
próprio Filho.
Francisco Barbosa
Disponível no blog:
auxilioebd.blogspot.com.br
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