SUBSÍDIO I
Olá! Preparado para mais uma
lição? É importante que você faça um resumo da aula anterior antes de dar
início a nova lição. Em seguida faça a seguinte indagação: “Quem foi Isaque?”
Ouça os alunos com atenção é faça um pequeno resumo a respeito dele, pois o
enfoque da lição está no seu caráter. Para auxiliá-lo, observe o texto abaixo:
“Já haviam se passado 24 anos
desde que Abraão saíra de Ur dos Caldeus. E, apesar da promessa que o Senhor
lhe fizera quanto à posse das terras de Canaã, o patriarca continuava sem
herdeiros.
Para Deus nada é impossível. Naquele momento, o Senhor promete ao patriarca que um filho haveria de nascer-lhe do ventre amortecido de Sara. Esta, ao ouvir a boa-nova, ri-se do que Deus disse. Logo ela veria que apesar de seu riso, O Senhor cumpriria sua promessa. Ele sempre nos surpreende em nossas limitações.
Para Deus nada é impossível. Naquele momento, o Senhor promete ao patriarca que um filho haveria de nascer-lhe do ventre amortecido de Sara. Esta, ao ouvir a boa-nova, ri-se do que Deus disse. Logo ela veria que apesar de seu riso, O Senhor cumpriria sua promessa. Ele sempre nos surpreende em nossas limitações.
I. ISAQUE, O SORRISO TÃO
ESPERADO
Da promessa ao nascimento de
Isaque, passou-se um ano (Gn 18.10). Para quem já havia esperado tanto tempo,
aqueles meses correram rapidamente.
1. O nascimento do riso. No tempo apontado pelo Senhor,
eis que Sara dá à luz o seu unigênito. Na tenda do patriarca, ouve-se agora o
choro do filho da promessa, através do qual viriam heróis, reis e o próprio
Cristo (Mt 1.1,2). Ao embalar o filhinho, Sara comenta: “Quem diria a Abraão
que Sara daria de mamar a filhos, porque lhe dei um filho na sua velhice?” (Gn
21.7). Sara não riu quando do anúncio de seu filho? Pois o seu filho foi
chamado Isaque, que na língua hebraica significa “riso”.
II. ISAQUE, O BEM MAIS PRECIOSO DE ABRAÃO
Em Moriá, o Senhor não somente
provou a fidelidade de Abraão, como também introduziu Isaque na dimensão da fé
confessada por seu pai.
1. A provação das provações. Certa noite, o Senhor ordenou a
Abraão: “Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e
vai-te à terra de Moriá; e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas,
que eu te direi” (Gn 22.2). Na manhã seguinte, ainda de madrugada, o patriarca
conduziu o filho amado ao sacrifício supremo. O patriarca, todavia, tinha
absoluta certeza de que retornaria do Moriá com o filho, pois aos servos
ordenou claramente: “Ficai-vos aqui com o jumento, e eu e o moço iremos até
ali; e, havendo adorado, tornaremos a vós” (Gn 22.5; Hb 11.17-19).
2. O encontro de Isaque com
Deus. Não há dúvida de que o Senhor queria provar a fé do
patriarca. Todavia, era sua intenção também levar o jovem Isaque a um encontro
pessoal e fortemente experimental com o Deus de seu pai. A primeira lição que
Isaque aprende é que Deus proverá todas as coisas (Gn 22.8). Por isso, sem
nenhum temor, deita-se e deixa-se amarrar pelo pai ao altar do holocausto (Gn
22.9). Ele sabe que, no momento certo, o Senhor haverá de intervir, como de fato
interveio. Deus tinha planos para Isaque, e mostraria ao jovem que Ele cumpre
suas promessas. O Deus de Abraão seria também o Deus de Isaque.
III. O CASAMENTO DE ISAQUE
Se Isaque quisesse, poderia ter
se casado com uma das jovens daquela terra. Entretanto, ele sabia que as
cananeias eram idólatras e dadas ao pecado. Por isso, resolveu confiar no Deus
que tudo provê.
1. Uma esposa para Isaque. Sabendo que Isaque era um homem
espiritual e seletivo, Abraão encarregou seu mais antigo servo para buscar uma
esposa na Mesopotâmia para seu filho (Gn 24.1-7). Na cidade de Naor, o mordomo
orou ao Eterno: “Seja, pois, que a donzela a quem eu disser: abaixa agora o teu
cântaro para que eu beba; e ela disser: Bebe, e também darei de beber aos teus
camelos, esta seja a quem designaste ao teu servo Isaque” (Gn 24.14). A moça
que assim procedesse revelaria as seguintes virtudes: espiritualidade,
gentileza, respeito, disposição e amor ao trabalho. Eis que aparece Rebeca,
bela e formosa virgem, preenchendo todos esses requisitos.
2. O casamento de Isaque. Tendo consultado sua família e
recebido o consentimento desta, Rebeca acompanha Eliezer até chegarem onde
Isaque morava. O encontro de Isaque com Rebeca foi singular e romântico. Ele
saíra a orar, à tarde, quando avistou a jovem na feliz comitiva. Depois de
ouvir o servo do pai, ele a conduz à tenda da mãe e a toma por esposa (Gn
24.67). Assim Isaque foi consolado da perda de sua mãe, Sara.
3. Os filhos que não vinham. Rebeca também era estéril.
Isaque, todavia, ao invés de arranjar um herdeiro através de um ventre escravo,
como haviam feito seus pais, foi buscar a ajuda de Deus. Ele “orou
insistentemente ao Senhor por sua mulher” (Gn 25.21). Isaque se casou com
Rebeca quando tinha quarenta anos (Gn 25.20), e foi pai aos sessenta anos (Gn
25.26). Pela Palavra de Deus, entendemos que Isaque orou por vinte anos, até
ter sua oração respondida. Ele era um homem de oração, e não se deixou abater pelo
passar do tempo, pois tinha uma promessa de Deus para sua família. E Deus lhe
deu dois filhos: Esaú e Jacó. Por esses relatos, observamos que Isaque estava
longe de ser alguém apático e sem iniciativa. Era um homem que, através da fé,
estava sempre atuando no terreno das coisas impossíveis. Ele não recuava diante
das impossibilidades.
IV. ISAQUE, O BENDITO DO SENHOR
Desde a sua experiência no Moriá, Isaque fez-se ousadíssimo na fé. As bênçãos sobre a sua vida multiplicaram-se de tal forma, que ele já era visto pelos reis de Canaã como um príncipe de Deus.
1. Príncipe de Deus. Embora não fosse rei, Isaque
tornou-se tão grande que chegou a incomodar até mesmo o poderoso Abimeleque,
rei de Gerar (Gn 26.16). Este, vendo que o patriarca já lhe era superior em
bens e força, pediu-lhe uma aliança chamando-o de “bendito do Senhor” (Gn
26.29).
Naquela época, tal título
equivalia a ser chamado de príncipe de Deus.
2. Profeta de Deus. O dom profético de Isaque é
manifestado na bênção que impetra sobre os gêmeos. Mesmo Jacó havendo-o
enganado, fingindo ser Esaú a fim de roubar a primogenitura do irmão, o
patriarca não pôde anulá-la, pois suas palavras eram, na verdade, de Deus. Por
isso, diante dos rogos de Esaú, foi categórico: “Eis que o tenho posto por
senhor sobre ti, e todos os seus irmãos lhe tenho dado por servos; e de trigo e
de mosto o tenho fortalecido; que te farei, pois, agora a ti, meu filho?” (Gn
37.27). Naquele momento, Isaque profetizou não acerca de Jacó e Esaú, mas dos
povos que estes representavam.
CONCLUSÃO
CONCLUSÃO
A história de Isaque não é uma
simples biografia. É um relato de fé e de superações no campo pessoal,
doméstico e nacional. Do monte Moriá, onde se encontrou pessoal e
experimentalmente com Deus, até a sua morte, ele viveu como um príncipe de
Deus. Portanto, não se deixe abater pelas provações. Exerça a sua fé no campo
das impossibilidades” (ANDRADE, Claudionor de. Lições
Bíblicas. Rio de
Janeiro: CPAD, 2015).
Sugestão didática:
Professor, reproduza no quadro
as questões abaixo. Peça que os alunos formem grupos. Em grupo eles vão
responder as questões. Em seguida peça forme um único grupo e discuta com eles
as respostas.
1. O que significou o Moriá para
Isaque?
2. O que fez Isaque em relação à
esterilidade da esposa?
3. Em que sentido Isaque foi
profeta?
Telma Bueno
Editora responsável pela
Revista Lições Bíblica Adultos
SUBSÍDIO II
INTRODUÇÃO
Na aula de hoje nos voltaremos para a narrativa
bíblica a respeito de Isaque, e seu relacionamento com Deus. Inicialmente
destacaremos que esse foi prometido a Abraão, quando já em idade avançada. Em
seguida, atentaremos para o relacionamento do patriarca com seu filho,
especialmente por ocasião do pedido de sacrifício. Ao final, ressaltaremos a
benção de Deus sobre a vida de Isaque, para as orientações do Senhor a esse
patriarca.
1. ISAQUE, O FILHO PROMETIDO
Abraão e Sara, como muitos outros casais ao longo
da Bíblia, tiveram que lidar com a esterilidade. Ainda que o patriarca tivesse
recebido a promessa que se tornaria “pai de uma multidão”, o cumprimento da
palavra não se deu imediatamente. Apesar de ter passado por momentos adversos,
decorrentes de atitudes precipitadas, o patriarca aprendeu a esperar em Deus.
Isso porque muito antes, quando Deus chamou Abraão, prometeu fazer dele uma
grande nação (Gn. 12.1,2), que daria a terra de Canaã aos seus descendentes
(Gn. 17.7), e que os multiplicaria (Gn. 13.15-17). A promessa do nascimento de
Isaque, por causa da esterilidade de Sara, tornou-se algo engraçado, provocando
riso ao ouvirem a mensagem divina. O nome Isaque, em hebraico, significa
“riso”, esse foi o sentimento experimentado por Abraão e Sara. O patriarca
estava com 99 anos de idade, e sara se aproximava dos 90. A Palavra de Deus
pode parecer absurda, e às vezes, ir além da racionalidade humana, mas sabemos,
pela fé, que podemos confiar nas promessas de Deus (Hb. 6.12). Sabemos disso
porque Deus honrou a fé de Abraão, cumprimento no tempo certo sua promessa (Hb.
11.8-11). A Palavra de Deus sempre se cumpre, mas não no tempo dos homens, por
isso faz-se necessário cultivar a paciência (Tg. 1.1-8). Nesse particular
Abraão precisou amadurecer espiritualmente, por causa da precipitação dele e da
sua esposa, decidiram que o patriarca teria um filho com a serva. Em termos
aplicativos, o nascimento de Ismael, o filho de Abraão com a escrava,
representa o nascimento carnal do ser humano. O nascimento de Isaque, por sua
vez, representa o nascimento espiritual do crente. Essa alegoria, umas poucas
na Bíblia, é construída por Paulo, em sua Epístola aos Gálatas (Gl. 4.28,29), a
fim de admoestar os crentes à santificação espiritual (Gl. 5.22).
2. ISAQUE,
UM FILHO A SER SACRIFICADO
Mas o filho prometido a Abraão foi pedido em
sacrifício, para que Deus desse ao patriarca a oportunidade de amadurecer na
fé. A prova é algo normal na vida dos crentes, e tem propósitos diversos:
purificar nossa fé (I Pe. 1.6-9), aperfeiçoar nosso caráter (Tg. 1.1-4), ou
proteger do pecado (II Co. 12.7-10). A prova de Abraão seria uma demonstração,
para ele mesmo, da sua capacidade para confiar em Deus. O Senhor pediu ao
patriarca que oferecesse seu filho em sacrifício, e esse obedeceu, crendo que
Deus haveria de ressuscitá-lo (Gn. 22.5; Hb. 11.17-19). Abraão caminhou vários
dias até chegar ao Monte Moriá, durante essa jornada teve a oportunidade de se
aproximar de Deus. O Senhor permitiu que o patriarca cumprisse o ritual,
amarrasse o filho e o preparasse para o sacrifício. Mas não que o sacrifício
fosse consumado, pois Deus já havia provido um cordeiro para o holocausto (Gn.
22.14). É possível extrair algumas lições espirituais dessa relação entre o pai
(Abraão) e o filho (Isaque), “ambos caminharam juntos” (Gn. 22.6), fazia-se
necessário que o pai se desprendesse do filho (Gn. 22.16). Esse texto tem
relação com Cristo, o filho de Deus, que foi sacrificado pelos nossos pecados.
Jesus é o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo. 1.29), Ele levou o
fardo do pecado por nós (I Pe. 2.24). No que tange à prova de Isaque, há sempre
um depois (Hb. 12.11; I Pe. 5.10), pois dela resulta o amadurecimento. De igual
modo, precisamos estar cientes da realidade das aflições na terra, o próprio
Jesus advertiu Sua igreja a esse respeito (Jo. 16.33). O sofrimento tem um
caráter pedagógico, dependendo da maneira que for abordado, poderá oportunizar
amadurecimento espiritual (II Co. 4.17).
3. ISAQUE, UM FILHO PACIFICADOR
Isaque demonstrou ter aprendido com seu pai Abraão
a viver em pais, principalmente em relação ao episódio da contenda entre os
pastores desse patriarca e os de Ló (Gn. 13.5-18). O filho de Abraão foi um
homem esforçado nos trabalhos, mas isso incomodou os filisteus, que o
perseguiam (Gn. 25.15,16). Quando mais era perseguido pelos invejosos, mais se
dedicava a fazer aquilo que Deus havia projetado para sua vida. Às vezes, fugiu
para outras localidades, direcionadas por Deus, para evitar conflitos (Gn.
26.17). Abrir poços era uma necessidade para aquele patriarca, considerando que
a seca era uma realidade. Seus inimigos sabotaram os poços que ele mesmo cavou,
a fim de preservar sua família e rebanho. Mas ele continuou abrindo novos
poços, alargando o projeto de Deus para ele (Gn. 26.22-29). Aprendemos, com o
caráter de Isaque, a desenvolver o fruto do Espírito, especialmente a virtude
da pacificação. Eirene, em Gl. 5.22, é uma paz que se produz com Deus, através
do Espírito Santo. Essa paz não é compreendida pelo mundo, pois as pessoas
esperam o enfrentamento, principalmente diante das perdas materiais. Com Cristo
aprendemos que a paz não depende das circunstâncias, antes está firmada nas
promessas de Deus (Jo. 14.27). Devemos, portanto, fazer nosso trabalho, cumprir
nossas obrigações, respeitar nossos empregadores, e esperar o resultado do
trabalho (Ef. 6.5-8). Faz-se necessário esclarecer, no entanto, que os
empregados agem em conformidade com as leis trabalhistas, e essas devem ser
respeitadas tanto por empregadores quanto empregados. É nesse contexto que
podemos ter a convicção de que se formos trabalhadores fieis, o Senhor, como
fez com Isaque, nos dará o suficiente para viver, e com isso devemos ficar
contentes (I Tm. 6.6-10).
CONCLUSÃO
A narrativa bíblica sobre a vida de Isaque é
relevante não apenas para os judeus. Através desses capítulos de Gênesis,
compreendemos os propósitos de Deus para a humanidade. Ele sempre cumpre suas
promessas, seus planos jamais serão frustrados. E mais, sabemos que tudo
coopera para o bem daqueles que amam a Deus, e que são chamados segundo o Seu
desígnio (Rm. 8.28). Faz-se necessário, portanto, crer contra toda descrença
(Rm. 4.18-21), e se fundamentar na Palavra de Deus (Hb. 4.12), convictos da sua
fidelidade, com esperança na mensagem profética (II Pe. 1.21).
Prof. Ev. José
Roberto A. Barbosa
Extraído do Blog
subsidioebd
COMENTÁRIO E
SUBSÍDIO III
INTRODUÇÃO
O caráter de uma pessoa é
demonstrado por suas atitudes, testemunho e práticas. Isaque é um personagem da
Bíblia que tem grande significado para a história do povo de Israel. Seu nome
foi dado por Deus mesmo antes do seu nascimento conforme Gênesis 17.19. O
significado de seu nome é interessante: quer dizer "aquele que ri" ou
"ele ri", em alusão à reação de seu pai e de sua mãe, quando o anjo
anunciou seu nascimento, sendo seus pais de idade avançadíssima. [Comentário: Deus havia feito uma promessa
de conceder um filho a Abraão, como sabemos, houve descrença demonstrado no
fato de rirem-se, porque os dois estavam muito velhos para ter filhos. Quando
Abraão tinha 100 anos de idade e Sara tinha 90, Isaque nasceu (Gn 21.1-3).
Isaque significa ele riu, em alusão aos risos de
incredulidade de Abraão (Gn 17.17), de Sara (Gn 18.12-15), e de alegria pelo
nascimento do filho (Gn 21.5-7), o filho da promessa, finalmente nasceu no lar
do centenário Abraão “…E disse Sara: Deus me tem feito riso; e todo aquele
que o ouvir se rirá comigo.” (Gn 21.6). Como diz o intróito desta lição, “o
caráter de uma pessoa é demonstrado por suas atitudes, testemunho e práticas”,
a personagem que estudaremos demonstrou fraquezas algumas vezes, como no
episódio quando foi viver entre os filisteus e, temendo ser morto por causa de
sua bela esposa, mentiu e disse que era sua irmã, sendo repreendido pelo rei
dos filisteus por seu engano (Gn 26.9-10). Mas podemos observar nele um caráter
manso, pacificador e humilde como nos casos em que desenterrou e cavou mais
poços até Berseba, onde fez um pacto com Abimeleque, assim como nos dias de seu
pai. Uma nota interessante sobre este patriarca é que ele foi o único patriarca
cujo nome não foi mudado e também o único que não deixou Canaã. Comparado com
Abraão e Jacó, a história de Isaac relata poucos incidentes em sua vida. Morreu
quando tinha 180 anos, tornando-se o patriarca de vida mais longa. No caminho
para Moriá, o filho da promessa, agiu em obediência ao seu pai em se tornar o
sacrifício (v.9); Jesus orou: “Pai meu, se este cálice não pode passar de
mim sem eu o beber, faça-se a tua vontade” (Mt 26.37) – Isaque é “padrão”,
“ilustração”, “exemplo” ou “tipo”. de Cristo – o padrão do sacrifício de Isaque
por Abraão prefigura muitos eventos que espelham a morte e a ressurreição de
Jesus. Que belo exemplo de caráter!] Dito isto, vamos pensar
maduramente a fé cristã?
I. ISAQUE, O
FILHO DA PROMESSA
1. Promessa de Deus a Abrão. Para entender o caráter de Isaque, é importante conhecer a história que
moldou sua personalidade e forjou o seu caráter. A história de Isaque ocupa
nada menos que nove capítulos do livro de Gênesis. Filho de Abraão e Sara, pela
lógica humana seu nascimento seria absolutamente impossível. O "filho da
promessa" teria nascido "fora de tempo", na concepção dos
homens. Quando Deus chamou Abrão para sair de sua terra e ir para uma terra
estranha, fez-lhe promessas gloriosas. Uma delas era que ele seria "uma
grande nação", quando ele tinha 75 anos (Gn 12.2). Abraão já era idoso, e
sua esposa estéril. Parecia impossível o casal ter um filho. Quanto mais serem
pais de uma grande nação. [Comentário: Embora Abraão tenha tido um filho com a serva Agar (Ismael),
encontramos em Gn 22.15-16 uma alusão a um único filho, assim como, também, o
autor do livro de Hebreus se refere a Isaque como o filho unigênito, que
significa único filho gerado por seus pais (Hb 11.17). É interessante notar,
ainda, que a vida de Isaque se situa no meio da história de dois patriarcas
mais famosos: Abraão tem 287 referências na Bíblia, Jacó tem 365 e Isaque tem
131. Embora não tenha sido tão proeminente quanto seu pai e seu filho na
narrativa de Gênesis, Isaque foi fundamental no desenvolvimento da nação de
Israel e no cumprimento da aliança de Deus com Abraão e seus descendentes. É
através desse patriarca que se desenha o plano redentor do Senhor: Isaque foi
oferecido como sacrifício voluntário; é um tipo de Cristo em sua morte: ele
carregou em sues ombros a lenha para o holocausto até o Monte Moriá; Cristo
carregou a sua cruz ao Calvário, local próximo a Moriá. Orígenes comentou que
levar a lenha para o holocausto era dever do sacerdote. Portanto Isaque foi ao
mesmo tempo vítima e sacerdote, prefigurando o trabalho de Cristo na cruz.
Isaque mostra que Deus cumpre as promessas que faz. http://ibmorumbi.com/descobertas/view.asp?CID=54&ID=754]
2. Seu nascimento, um verdadeiro milagre. Ao ouvir que Sara seria "mãe de nações", Abraão riu
considerando coisa impossível para um homem de 100 anos e uma mulher de 90 (Gn
17.17). Percebendo Deus o pensamento de Abraão lhe fez saber que Ele é Fiel (Gn
17.19). Por ter rido, o nome do menino seria Isaque, que significa
"riso" ou "aquele que ri". Sua mãe, ao saber que teria um
filho aos 90 anos (Gn 18.9,10), também não se conteve e, a exemplo do marido,
também se riu no seu interior (Gn 18.12). Abraão aos 100 anos, e Sara com 90,
foram pais de um lindo bebé, que causou espanto a todos que souberam daquele
milagre. [Comentário: No tempo apontado pelo
Senhor, eis que Sara dá à luz o seu unigênito. Na tenda do patriarca, ouve-se
agora o choro do filho da promessa, através do qual viriam heróis, reis e o
próprio Cristo (Mt 1.1,2). Ao embalar o filhinho, Sara comenta: “Quem diria
a Abraão que Sara daria de mamar a filhos, porque lhe dei um filho na sua
velhice?” (Gn 21.7). Quando Isaque nasceu, isto foi um grande sinal de Deus
para Abraão, pois este filho somente pôde nascer com a intervenção do poder de
Deus! Deus disse que daria um filho a Abraão com a sua esposa Sara (Gn
17.15-22), e, quando Isaque nasceu, cumpriu-se a Palavra do Senhor; certamente
ele era o filho da promessa.]
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
Idade de Noventa e Nove Anos
Abrão agora estava com noventa e nove anos e Sarai
já há muito ultrapassara a idade de ter filhos. Mas treze anos após o
nascimento de Ismael e vinte e quatro anos depois da promessa original de Deus,
o Senhor apareceu a Abrão com uma mensagem e exigência.
(1) Deus se revelou como o "Deus Todo-Poderoso",
significando que Ele era onipotente e que nada lhe era impossível. Como Deus
Todo-Poderoso, Ele podia cumprir suas promessas, quando na esfera natural tudo
dizia ser impossível o seu cumprimento. Então, seria por um milagre que Deus
traria ao mundo o filho prometido a Abrão.
(2) Deus ordenou que Abrão andasse diante dEle e
que fosse 'perfeito'. Assim como a fé de Abrão foi necessária na efetuação do
concerto com Deus, assim também um esforço sincero para agradá-lo era agora
necessário, para continuação das bênçãos de Deus, segundo o concerto feito. A
fé de Abrão tinha que estar unida à sua obediência (Rm 1.5); senão ele estaria
inabilitado para participar dos propósitos eternos de Deus. Noutras palavras,
as promessas e os milagres de Deus serão realizados o seu povo busca viver de
maneira irrepreensível, tendo o seu coração voltado para Ele" (Bíblia de
Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 56).
II. UM HOMEM
ABENÇOADO POR DEUS
1. A prosperidade espiritual. Depois da morte de seu pai, já casado com Rebeca, e pai de Esaú e Jacó (Gn
25.19-23), Isaque foi buscar abrigo em Gerar, na terra dos filisteus, para
escapar da fome que ocorreu onde morava. Ali, Deus lhe falou que não descesse
ao Egito."[...] em tua semente serão benditas todas as nações da terra,
porquanto Abraão obedeceu ã minha voz e guardou o meu mandado, os meus
preceitos, os meus estatutos e as minhas leis. Assim, habitou Isaque em
Gerar" (Gn 26.4-6). [Comentário: As Bênçãos de Deus são tão evidentes sobre Isaque, o
sucessor escolhido para as promessas de Deus, como fora sobre seu pai Abraão
(Gn 21.22), assim, tornou-se muito rico (poderoso): “Isaque semeou naquela
terra, e no mesmo ano colheu o cêntuplo; e o Senhor o abençoou. E
engrandeceu-se o homem; e foi-se enriquecendo até que se tornou mui poderoso; e
tinha possessões de rebanhos e de gado, e muita gente de serviço; de modo que
os filisteus o invejavam” (Gn 26.12-14). Ao fixar-se naquela terra e por
ser um homem abençoado por Deus, agraciado com muitos animais e com muita gente
de serviço, Isaque despertou grande inveja nos filisteus, que se voltariam
contra ele em forma de retaliação. Seus inimigos começaram a entulhar os poços
de água, anteriormente construídos pelo seu pai Abraão. Diante daquela situação
conflituosa, o Rei dos filisteus, Abimeleque, pediu que Isaque saísse do meio
deles, pois achava que o centro da contenda fosse Isaque e sua gente. Que lição
maravilhosa para nós. Não o fato de ter enriquecido, mas o fato de ser, Isaque,
um pacificador! Mateus 5.9: “Bem-aventurados os pacificadores, porque eles
serão chamados filhos de Deus”. Estamos diante de uma qualidade
imprescindível para aquele que quer fazer parte do reino. O integrante do reino
deve ser um “pacificador”. Esta palavra vem do grego “eirhnopoiov” – eirenopoios
(esta palavra é uma derivação de “eirhnh” (eirene) – “paz“) e tem como
significado “promotor da paz“. Não significa somente fugir de discórdias e
contendas, mas também detectar o foco delas e jogar água, pacificando irmãos em
disputas, criando um clima de amizade e união no meio do povo de Deus. É
verdade que há situações onde a pacificação não depende somente de nós. Podemos
ser “agraciados” com um inimigo gratuito, que nos odeia sem causa! Porém, o
apóstolo Paulo é claro: “… se depender de vós, tende paz…” (Rm 12.18). Observe
que Paulo não fala somente da paz entre os irmãos, mas também da paz com “todos
os homens“, ou seja, estão envolvidos também aqui, aqueles que não são
convertidos, no meio dos quais precisamos ser promotores da paz. O escritor aos
Hebreus assevera que a paz deve ser “perseguida” a qualquer custo (Hb 12.14). O
verbo “seguir” é o termo grego “diwkw” – dioko, que quer dizer “correr
rapidamente para pegar uma pessoa ou coisa”, “buscar avidamente”. Devemos
buscar a paz a qualquer custo! Procurar avidamente por ela! Note que a palavra
paz é colocada junto com a palavra santificação, onde o autor nos diz que “…
sem a santificação ninguém verá o Senhor”. Não é isso sugestivo a nós? Sejamos
pacificadores, promotores de paz não somente na igreja, mas também no meio em
que vivemos! http://auxilioebd.blogspot.com.br/2015/12/licao-12-isaque-o-sorriso-de-uma_14.html]
2. A bênção divina é passada de
pai para filho. A bênção de Abraão foi transferida para Isaque, não pela
hereditariedade em si, mas pela sua fidelidade a Deus. Seu caráter, demonstrado
em sua conduta, agradou a Deus. E ele prosperou espiritualmente. [Comentário: A Abraão, Deus prometeu: "abençoarei os que te
abençoarem (te desejarem o
bem) e amaldiçoarei os que te
amaldiçoarem (te desejarem o
mal). Desde a sua experiência no Moriá, Isaque fez-se ousadíssimo na fé. As
bênçãos sobre a sua vida multiplicaram-se de tal forma, que ele já era visto
pelos reis de Canaã como um príncipe de Deus. A primogenitura era ritual e
estatuto em Israel, o filho mais velho recebia herança em dobro dos bens de seu
pai, além de ser o herdeiro do título do pai e, o mais importante, o sucessor
do pai no sacerdócio familiar. Isto incluiu a herança da terra, assim como a
autoridade para seguir com as bênçãos Divinas. O primogênito dos rebanhos e de
famílias humanas era considerado como pertencendo ao Senhor, e esperado que lhe
fosse dedicado http://auxilioebd.blogspot.com.br/2015/12/licao-12-isaque-o-sorriso-de-uma_14.htm. Isaque foi o filho bendito de Abraão. Deus era com ele e o
abençoou sobremaneira.]
3. A prosperidade material. "E semeou Isaque naquela mesma terra e colheu, naquele mesmo ano, cem
medidas, porque o SENHOR o abençoava" (Gn 26.12). Este é o segredo da vida
de Isaque. Ele era abençoado por Deus. Deus dá bênçãos espirituais e também
materiais, quando o homem obedece à sua voz. A produção dos seus campos lhe deu
cem por cento de colheita (Gn 26.12). É preciso entender que a prosperidade
material não é o objetivo da vida cristã, como propalam os adeptos da falsa
"teologia da prosperidade". Mas Deus promete abrir "as janelas
do céu" e derramar grande abundância; repreender "o devorador" e
fazer as nações perceberem que seu povo é bem-aventurado, para quem é fiel nos
dízimos e nas ofertas (Ml 3.10-12).[Comentário: Deus procurou estabelecer o concerto abraâmico com cada
geração seguinte, a partir de Isaque, filho de Abraão' (Gn 17.21). Noutras
palavras, não bastava que Isaque tivesse por pai a Abraão; ele, também,
precisava aceitar pela fé as promessas de Deus. Somente então é que Deus diria: 'Eu sou contigo, e abençoar-te-ei,
e multiplicarei a tua semente' (Gn 26.24). Durante os vinte primeiros anos
do seu casamento, Isaque e Rebeca não tiveram filhos. Rebeca permaneceu estéril
até que Isaque orou ao Senhor, pedindo que sua esposa concebesse. Esse fato
demonstra que o cumprimento do concerto não se dá por meios naturais, mas
somente pela ação graciosa de Deus, em resposta à oração e busca da sua face.
Isaque tinha de ser obediente para continuar a receber as bênçãos do concerto.
Quando uma fome assolou a terra de Canaã, por exemplo, Deus proibiu Isaque de
descer ao Egito, e o mandou ficar onde estava. Se obedecesse a Deus, teria a promessa
divina: ‘[...] confirmarei o juramento que tenho jurado a Abraão, teu pai'
(Gn 26.3)" (Bíblia de
Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.73). "Deus manteve
sua promessa de abençoar Isaque. Os vizinhos filisteus ficaram enciumados
porque tudo que Isaque fazia parecia dar certo, e assim tentaram livrar-se
dele. A inveja é uma força divisória, potente o suficiente para despedaçar a
mais poderosa nação ou os amigos mais íntimos. A desolada área de Gerar estava
localizada na extremidade de um deserto. A água era tão preciosa quanto o ouro.
Se alguém cavasse um poço, estava reivindicando aquela terra. Alguns poços
possuíam trancas para que os ladrões não roubassem água. Encher o poço de água
com sujeira era um ato de guerra, e também considerado um dos crimes mais
sérios que poderiam existir. Isaque tinha razão em revidar quando os filisteus
arruinaram seus poços, mas ele escolheu manter a paz. Ao final, os filisteus o
respeitaram por sua paciência" (Bíblia
de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 26).]
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"Em uma família de poderosos empreendedores,
Isaque era do tipo quieto, que cuida apenas de sua vida, até que foi
especificamente chamado para agir. Ele foi o filho único e protegido, desde o
momento em que Sara se livrou de Ismael, e até que Abraão arranjou seu
casamento com Rebeca. Em sua própria família, Isaque tinha a posição
patriarcal, mas Rebeca tinha o poder. E em vez de defender suas convicções,
Isaque achou mais fácil fazer concessões ou mentir, para evitar confrontos.
Apesar desses defeitos, Isaque fazia parte do plano de Deus" (Bíblia de
Estudo Cronológica Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 44).
III. LIÇÕES
DO CARÁTER DE ISAQUE
1. Um homem esforçado e
trabalhador. A prosperidade que Deus concedeu a Isaque chamou a atenção
dos filisteus. A bênção de Deus era tão grande que incomodava os filisteus (Gn
26.15,16). Há pessoas a quem Deus abençoa e os adversários ficam com inveja,
desejando o mal aos servos de Deus. Mas a maldição não alcança os que são fiéis
a Deus. Balaão foi convocado para amaldiçoar os filhos de Israel. Mas não
conseguiu. "Como amaldiçoarei o que Deus não amaldiçoa?" (Nm 23.8).
Deus converteu a maldição em bênção (Ne 13.2 b; Pv 10.22). [Comentário: Em toda a história de Isaque vemos Deus agindo com
providência. Desde a sua infância até a sua velhice. Deus abençoou a sua
lavoura e seu gado, a ponto de despertar a inveja dos filisteus (Gn 26.12,14),
contudo, esta bênção veio através da obediência deste patriarca e de seu
esforço caracterizado por cavar e desentulhar poços. Obedeceu à voz do Senhor e
permaneceu em Gerar, onde o Senhor falou que mesmo na terra seca lhe
abençoaria grandemente (Gn 26.3-6). Ali em Gerar, Deus começou a prosperar
tudo o que Isaque punha sobre as suas mãos (Gn 26.12-14). Devido as afrontas
dos filisteus, Isaque mudava-se para outro lugar e Deus providenciava águas
(Gn 26.22-25). A atitude pacífica de Isaque e a consequente prosperidade,
levou Abimeleque que o havia expulsado, querer fazer aliança, reconhecendo que
algo sobrenatural estava sobre o patriarca. Parecia que as águas corriam para
onde Isaque ia (Gn 26.26-33).]
2. O caráter pacífico de Isaque. Ao sofrer terrível oposição dos invejosos e ser aconselhado a sair do
lugar onde prosperara, Isaque não fez questão alguma. Foi habitar "no vale
de Gerar" (Gn 26.17). Honrando o nome e a memória do seu pai, Isaque
reabriu os poços que seu pai abrira e foram tapados pelos filisteus, e chamou
os poços com os mesmos nomes dados por Abraão (Gn 26.18). Os pastores de Gerar
questionaram os outros poços que Isaque abrira, mas ele não os con¬frontou (Gn
26.19,21). [Comentário: Deus abençoou a sua lavoura e seu gado, a ponto de despertar
a inveja dos filisteus no meio dos quais morava (Gn 26.12,14). O próprio rei
Abimeleque chegou ao ponto de pedir-lhe: "Aparta-te de nós porque muito
mais poderoso te tens feito do que nós" (Gn 26.16). Porém. Isaque era um
pacificador, Sem reclamar. sem contender ele foi-se dali e fez seu assento no
vale de Gerar e habitou ali (Gn 26.17). Onde há contendas, sempre há prejuízos.
Devemos evitar todo o espírito de contenda, quer no lar, na igreja ou mesmo com
os do mundo, pois onde há contendas, há operação de demônios. A sua mansidão “é
vista em sua submissão sem resistência a seu pai ao tornar-se o sacrifício sobre
o altar de Moriá, e em sua recusa a discutir quando os pastores de Gerar
reivindicavam os poços. Ele possuía uma natureza afetuosa, profundamente ligado
à mãe, chorando por sua morte, e sendo depois confortado em seu amor por
Rebeca. Seu espírito mediador pode ter contribuído para seu afeto expansivo.
Ele era um homem que vivia em contato com Deus. Embora não tenha as visitações
dramáticas que foram concedidas ao seu pai, Abraão, Isaque obedeceu aos
mandamentos de Deus. O altar, a tenda e o poço simbolizavam os principais
interesses de sua vida” (Dicionário
Bíblico Wycliffe. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2006, p.990).]
3. Um caráter resiliente. Após perder a posse de dois poços, Isaque não desistiu. Mais do que
resistente, ele foi resiliente. Soube enfrentar as oposições sem se exasperar.
Soube praticar a longanimidade (Gl 5.22). Continuou mandando abrir poços:
"E partiu dali e cavou outro poço; e não porfiaram sobre ele. Por isso,
chamou o seu nome Reobote e disse: Porque agora nos alargou o Senhor, e crescemos
nesta terra" (Gn 26.22,23). Era o "poço do alargamento"
concedido por Deus. Livre da contenda, Isaque "subiu dali a Berseba,"
(Gn 26.28,29). Ali, Isaque e Abimeleque, rei de Gerar, fizeram um juramento de
que seriam amistosos. Daí, Berseba significar "juramento", ou
"poço do juramento. Em meio a essas experiências, "[...] apareceu-lhe
o SENHOR naquela mesma noite e disse: Eu sou o Deus de Abraão, teu pai. Não
temas, porque eu sou contigo, e abençoar-te-ei, e multiplicarei a tua semente
por amor de Abraão, meu servo" (Gn 26.24). [Comentário: “Resiliência significa a habilidade de persistir nos
momentos difíceis mantendo a esperança e a saúde mental. Pessoas altamente
resilientes, tornam-se mais fortes após situações difíceis. Porquê isso
acontece? Porque elas
desenvolvem confiança em si mesmas aprendendo novas formas de lidar com os
eventos. Em geral, a resiliência depende de algumas condições psicológicas
internas e externas. No nível interno, são favorecidas as pessoas otimistas,
que assumem a responsabilidade pelas próprias escolhas, que prezam a autonomia,
que estabelecem vínculos sociais e familiares positivos e que são flexíveis no
que diz respeito à mudança de posicionamentos, sentimentos e pensamentos. Ao
nível das condições externas estão as relações positivas, àquelas que promovem
suporte afetivo/material, acolhimento e cumplicidade.”https://angelitascardua.wordpress.com/2010/02/04/o-que-e-resiliencia/. Esta resiliência tinha uma fonte externa – as promessas de
Deus.]
4. Obediência e submissão. Certamente, esses são os aspectos mais marcantes do caráter de Isaque. Ele
soube honrar seu pai e sua mãe, como manda o Senhor (Êx 20.12). A prova mais
eloquente desse caráter foi demonstrada, quando Deus falou com Abraão e ordenou
que ele oferecesse o seu filho em holocausto (Gn 22.2). Isaque foi amarrado
sobre o altar para o sacrifício, e não se rebelou. Mas obedeceu. Submeteu-se à
vontade do pai. Deus não permitiu que Abraão o imolasse. E proveu um cordeiro
para ser oferecido em seu lugar (Gn 22.11-13). Uma figura de Cristo oferecido
em nosso lugar como "o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo"
(3o 1.29). Deus aceitou o gesto de Abraão como realizado pela fé (Hb 11.17-19). [Comentário: A obediência, segundo definem os dicionaristas, é o ato de
submeter-se à vontade de alguém. Nesta lição, porém, você vai aprender que, em
se tratando do crente, a obediência não é tão restrita, como querem os
filólogos. Ela está profundamente ligada a fé, através da qual somos
introduzidos à presença do Deus invisível, a quem voluntária e conscientemente
nos submetemos. Por crermos na sua soberania sobre todas as coisas, nos
dispomos a viver em obediência à sua Palavra, à Igreja e àqueles que Ele
estabeleceu para ministrar sobre o seu povo. Leia
mais:http://www.assembleiadedeusembrejo.com/discipulado/estudo-discipulado-1/li%C3%A7%C3%A3o-7-o-discipulo-e-a-obedi%C3%AAncia. Veja os efeitos da obediência na vida dos que a praticam:
a.Os que obedecem à Deus têm o Espírito Santo: – ‘E
nós somos testemunhas acerca destas palavras. Nós e também o Espírito Santo,
que Deus deu àqueles que lhe obedecem’ (Atos 5.32).
b.Os que obedecem à Deus são inabaláveis: – ‘Todo
aquele, pois, que escuta estas minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao
homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha’ (Mateus 7.24).
c.Os que obedecem à Deus são conhecidos: – ‘Quanto à
vossa obediência é ela conhecida de todos. Comprazo-me pois em vós, e quero que
sejais sábios no bem, mas símplices no mal’ (Romanos 16.19).
d.Os que obedecem à Deus glorificam: – ‘Visto como,
na prova desta administração, glorificam a Deus pela submissão que confessais
quanto ao evangelho de Cristo, e pela liberalidade de vossos dons para com
eles, e para com todos’ (2 Coríntios 9.13).
e.Quem obedece à Deus é irrepreensível: – ”De sorte
que, meus amados, assim como sempre obedecestes, não só na minha presença, mas
muito mais agora na minha ausência, assim também operai a vossa salvação com
temor e tremor… para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis
no meio duma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como
astros no mundo’ (Filipenses 2.12-15). Extraído de:http://pibcascavel.org.br/curso-basico-de-discipulado-licao-07-o-discipulo-e-a-obediencia/]
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor, procure enfatizar as características do
caráter de Isaque. Mostre que a sua mansidão "é vista em sua submissão sem
resistência a seu pai ao tornar-se o sacrifício sobre o altar de Moriá, e em
sua recusa a discutir quando os pastores de Gerar reivindicavam os poços. Ele
possuía uma natureza afetuosa, profundamente ligado à mãe, chorando por sua
morte, e sendo depois confortado em seu amor por Rebeca. Seu espírito mediador
pode ter contribuído para seu afeto expansivo.
Ele era um homem que vivia em contato com Deus.
Embora não tenha as visitações dramáticas que foram concedidas a seu pai,
Abraão, Isaque obedeceu aos mandamentos de Deus. O altar, a tenda e o poço
simbolizavam os principais interesses de sua vida" (Dicionário Bíblico
Wycliffe. led. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 990).
CONCLUSÃO
A Bíblia nos mostra quão importante foi Isaque
para história do povo de Deus. O seu nome se inclui entre os três patriarcas
mais citados no Antigo Testamento e também no Novo. O Deus de Israel é o Deus
de Abraão, de Isaque e de Jacó. Que Deus nos abençoe para que nos espelhemos no
caráter de Isaque para o fortalecimento da nossa fé no Deus Todo-Poderoso. [Comentário: Pelo que vimos até aqui, podemos destacar algumas
características de Isaque, que nos mostram o quanto ele era um homem comum,
como nós:
Piedade e paciência – “Certa tarde, saiu ao campo
para meditar” (Gn 24:63). Ele estava meditando quando a caravana que trazia
Rebeca se aproximou. Sua paciência é indicada pela disposição de esperar 40
longos anos até o tempo de Deus para o seu casamento com Rebeca.
Vida de oração – uma característica que se repete na
história dos patriarcas é a dificuldade das esposas engravidarem. Sara, Rebeca
e Raquel tiveram que esperar muitos anos para ter filhos. Isaque orou a Deus
por sua esposa, e Deus respondeu a sua oração. Esaú e Jacó nasceram depois de
uma espera de 20 anos (Gn 25).
Obediência e fé – houve fome na terra (Gn 26) e
Isaque deve ter tido a tentação de ir para o Egito a fim de fugir da escassez
de alimento como o fez seu pai Abraão (Gn 12:10). Mas Deus lhe apareceu e
disse: “Permaneça nesta terra mais um pouco, e eu estarei com você e o
abençoarei” (Gn 26:3). Isaque obedeceu e Deus o abençoou de tal maneira que
seus vizinhos filisteus tiveram inveja dele. Depois de passar algum tempo em
Gerar, Isaque mudou-se para Berseba e novamente Deus lhe apareceu confirmando
as promessas feitas (Gn 26:24): “Eu sou o Deus de seu pai Abraão. Não tema,
porque estou com você; eu o abençoarei e multiplicarei os seus descendentes por
amor ao meu servo Abraão”.
Fraqueza e egoísmo – ele fingiu que Rebeca era sua
irmã quando foi morar em Gerar, porque sendo ela muito bonita, ele temeu por
sua vida (Gn 26:7). Agindo assim, ele deixou Rebeca completamente desprotegida
em relação ao assédio de outros homens. É marcante a semelhança de sua conduta
com seu pai Abraão, que agiu duas vezes assim em relação a Sara: no Egito (Gn
12:10-20), e em Gerar (Gn 20:1-18). Novamente, Deus usou o rei filisteu
Abimeleque (“pagão de moral elevada”) para repreender Isaque por mentir movido
pelo medo (Gn 10:8-11) http://www.ibmorumbi.com/pgs/view_printer.asp?CID=52&ID=755.] “Ora,
àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar e apresentar-vos
irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória. Ao único Deus sábio,
Salvador nosso, seja glória e majestade, domínio e poder, agora, e para todo o
sempre. Amém”. (Judas 24-25).
Francisco Barbosa
Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br
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