INTRODUÇÃO
A celebração da Santa Ceia sempre teve um lugar
especial como memorial da morte e ressurreição do Senhor. Na lição de hoje
estudaremos a respeito da instituição desse evento para a fé cristã.
Inicialmente refletiremos a respeito das orientações de Jesus quando a essa
celebração. Em seguida, nos voltaremos para as advertências paulinas, no
contexto da igreja de Corinto. E finalmente, deixaremos instruções práticas
quanto ao procedimento apropriado na celebração da Ceia do Senhor.
1. O ENSINAMENTO BÍBLICO DA CEIA DO SENHOR
A celebração da Ceia foi uma das ordenanças
deixadas pelo Senhor (Mt. 26.26-30; I Co. 11.23-25). Os discípulos poderiam se
envolver com outras atividades e esquecerem o principal, o valor da morte e
ressurreição de Cristo. Por isso, para eles, bem como para nós hoje, a Ceia tem
um significado rememorativo. Os elementos da Ceia – o pão e o cálice – são
símbolos do sacrifício do Cordeiro de Deus para a nossa salvação (formas
figuradas como em Jo. 15; 10.9; 6.35). O pão representa o Seu corpo (I Pe.
2.22-24) e o cálice simboliza o sangue do Senhor (Mc. 14.24). A Ceia deve ter
observação contínua (Lc. 22.14-20) como o fizeram os primeiros discípulos (At.
2.42; 20.7; I Co. 11.26). Mas é preciso que haja atenção em relação ao
significado dessa celebração, o descaso e a irrelevância dada à Ceia são
pecados graves com consequências trágicas (I Co. 11.30). Recomendamos, por
ocasião da Ceia do Senhor: 1) sinceridade na apreciação (Lc. 22.17-19); 2)
autoexame em reconhecimento dos pecados (I Co. 11.27-29); 3) comunhão com os
irmãos (I Co. 10.16-17); e 4) esperança quanto à manifestação do Senhor, no dia
que Ele vier (I Co. 11.25,26). A Ceia do Senhor, por conseguinte, aponta para o
passado – lembrança da morte e ressurreição de Cristo; o presente – todas as
vezes que o fazemos demonstramos nossa identificação com Cristo; e futuro –
antecipamos escatologicamente o dia em que celebraremos novamente, com Cristo.
A celebração da Ceia remete aos tempos antigos, na instituição da páscoa
judaica, o pasah ou “passar por cima”, episódio em que os israelitas foram
salvos da mortandade no Egito (Ex. 12.13). Os israelitas continuaram celebrando
a páscoa como um ritual (Dt. 16.1-4), como tipo do Cordeiro de Deus que haveria
de vir para tirar o pecado do mundo (Jo. 1.29; I Co. 5.7).
2. A CELEBRAÇÃO DA CEIA EM CORINTO
Com base em I Co. 11.21, depreendemos que, em
Corinto, a Ceia não era uma refeição simbólica apenas, como acontece em nosso
meio nos dias atuais, mas uma refeição de verdade. Fica claro também pelo texto
que cada um dos participantes levava uma porção de comida que era compartilhada
uns com os outros. Mas em razão dos partidarismos na igreja, os grupinhos se formavam
também para comer. Uns comiam primeiro, outros depois, tudo se fazia para
evitar contatos. Paulo não tinha motivos para elogiar a igreja por essa
desunião e falta de controle (v. 17), pois, além das divisões, havia aqueles
que tinham mais condições (v, 18), levavam muita comida e bebida, exageravam,
enquanto que outros ficavam com fome, numa nítida demonstração de segregação
social e financeira. Comiam antes que os outros chegassem, principalmente os
escravos que não podiam chegar mais cedo. Como consequência, o Apóstolo chama a
atenção dos crentes de Corinto para que não se apropriem indignamente da ceia
do Senhor. Essa indignidade, pelo contexto da passagem, não é prioritariamente
moral, antes uma ausência de discernimento quanto ao significado do corpo e do
sangue do Senhor (v. 27). Antes de se apropriar dos elementos da Ceia, é
preciso que o crente examina-se, veja quais são suas reais intenções na
participação do pão e do cálice (v. 28), e, principalmente, do seu lugar no
Corpo de Cristo (v. 29), quando isso deixa de ser uma regra, o resultado é a
morte tanto espiritual quanto física (v. 30-32), portanto, se tão somente para
comer, que o faça em casa, pois a celebração da ceia não é apenas comida e
bebida (v. 33,34).
3. ORIENTAÇÕES PRÁTICAS PARA A CEIA DO SENHOR
Algumas igrejas deixam de dar a Ceia do Senhor o
valor devido. Como nos dias dos crentes de Corinto, testemunhamos uma
banalização dessa ordenança. É preciso ter cuidado, pois por causa disso
existem muitos fracos e doentes, e até alguns que dormem. Uma igreja
genuinamente evangélica celebra a Ceia observando os seguintes princípios: 1)
que a Ceia é uma ordenança do Senhor (24,25); 2) que se trata de um memorial
divino (v. 24,25); 3) que anuncia, profeticamente, a vinda do Senhor (v. 26); 4)
que deve ser precedida de um autoexame a fim de identificar a real motivação da
celebração (I Co. 11.25); 5) para tanto, o cristão precisa discernir o valor
espiritual da celebração da ceia (v. 29); 6) deva ser um momento de gratidão a
Deus em reconhecimento pelo seu gracioso amor em Cristo (v. 24); 7) deve ser
restrita aos discípulos de Cristo (Lc. 22.14); 8) trata-se de um momento de
profunda devoção e solene louvor ao Senhor (Mt. 26.30). No ato da celebração da
ceia os cristãos têm a oportunidade de refletir a respeito do significado da
mensagem da cruz de Cristo. Não somos merecedores de participar desse evento,
conforme lembrou Calvino, graças a Cristo nos tornamos dignos de nos aproximar
da mesa. Não são nossas credenciais morais que nos fazem aptos para celebrar a
ceia. Os coríntios pecavam na celebração porque não “discerniam” o corpo e o
sangue do Senhor. Isso não apoia a doutrina da transubstanciação (os elementos
se transformam no corpo e sangue de Cristo), muito menos da consubstanciação
(os elementos unem-se às moléculas da carne e do sangue de Cristo), antes
reforça a natureza simbólica (emblemática), e memorial dessa celebração. É
importante ressaltar que existem muitos que tomam o pão e o cálice
indevidamente, sem saber o que estão fazendo. Esses estão lançando Cristo ao
vitupério, crucificando novamente Aquele que morreu pelos pecadores.
Durante a Ceia temos também a oportunidade de nos identificarmos com todos os
cristãos, de todos os tempos e épocas. Com eles, assumimos que fomos redimidos
pelo mesmo sangue, que foi derramado na mesma cruz, e pelo mesmo Cristo.
CONCLUSÃO
Se atentarmos para I Co. 11.25,26, concluiremos que
a celebração da Ceia do Senhor aponta tanto para o passado quanto para o
presente e o futuro. Em relação ao passado, ela é um memorial da morte de
Cristo na cruz do Calvário, para redimir os pecados dos crentes. No presente, é
um ato de renovação da comunhão com Cristo, bem com os demais membros do Corpo
(I Co. 10.16,17). Quanto ao futuro, anuncia o dia da manifestação do Senhor
quando estaremos com Ele em corpos glorificados (Mt. 8.11; 22.1-14).
Prof. Ev. José Roberto A.
Barbosa
COMENTÁRIO E SUBSÍDIO II
INTRODUÇÃO
Sem dúvida, a Páscoa
era uma das festas mais importantes do judaísmo, e a sua celebração era
carregada de valor simbólico. O seu ritual era metódico e meticuloso pois
lembrava um dos momentos mais importantes da história do povo de Deus da Antiga
Aliança - a libertação do cativeiro egípcio! A sua celebração anual mobilizava
toda a nação judaica.
Quando instituiu a
Santa Ceia, por ocasião da celebração da última Páscoa, Jesus tinha em mente
esses fatos. Sabedor de que a Páscoa era apenas um tipo do qual Ele era o
antítipo (ou uma figura da qual Ele era o cumprimento), Ele demostrou alegria e
satisfação por poder celebrá-la na companhia de seus discípulos. Apenas algumas
horas depois, o Filho do Homem estaria libertando o seu povo, não mais de um
cativeiro humano, mas do cativeiro do pecado! [Páscoa é a festa que marca o início do calendário
bíblico de Israel e delimita as datas de todas as outras festas na Bíblia. Pessach
(do hebraico פסח, passagem) a Páscoa judaica é também conhecida como
"Festa da Libertação", e celebra a libertação dos hebreus da
escravidão no Egito em 14 de Nissan no ano aproximado de 1280 a.C. A primeira
celebração de Pessach ocorreu há 3.500 anos, quando Deus enviou as Dez pragas
do Egito sobre o povo egípcio. Antes da décima praga, Moisés foi instruído a
pedir para que cada família hebréia sacrificasse um cordeiro e molhasse os
umbrais (mezuzót) das portas com o sangue do cordeiro, para que não fossem
acometidos pela morte de seus primogênitos. Como recordação dessa libertação, e
do castigo de Deus sobre o Faraó, foi instituída para todas as gerações o
sacrifício de Pessach. Note que Pessach significa passagem,
porém a passagem do anjo da morte, (pois o Senhor “passou” sobre as
casas dos filhos de Israel, poupando-os. Ex 12:27), e não a passagem dos
hebreus pelo Mar Vermelho ou outra passagem qualquer, apesar do nome evocar
vários simbolismos. Interessante que, um segundo Pessach era celebrado em 14 de
Iyar, para pessoas que na ocasião do primeiro Pessach estivessem
impossibilitadas de ir ao Tabernáculo, fosse por motivos de impureza ou por
viagem. Páscoa fala de memória, de identidade. É uma festa instituída para que
jamais Israel se esquecesse quem foi, quem é e o que deve ser.] Vamos pensar
maduramente sobre a fé cristã?
1. ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA ÚLTIMA CEIA
1. A instituição da páscoa judaica. A festa da Páscoa
era uma das celebrações que ocorria na primavera. A palavra é derivada do verbo
hebraico pasah, com o sentido de "passar por cima". Essa festa tem
sua origem nos dias que antecedem o êxodo dos israelitas do Egito, conforme
narrado em Êxodo 12. Até esse momento, Faraó relutava em deixar os israelitas
partirem conforme a determinação do Senhor. A consequência dessa obstinação do
governante egípcio foi o julgamento divino que veio na forma de uma grande
mortandade nos lares egípcios. Somente os primogênitos das famílias egípcias
seriam atingidos, pois os hebreus estavam protegidos com o sangue do cordeiro
pascal (Êx 12.13). O sangue do cordeiro era um tipo do sangue de Cristo, o
cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29; 1 Co 5.7). [Festa instituída por Deus para Israel, na época do Êxodo, para celebrar
a noite em que o Senhor Jeová poupou todos os recém nascidos primogênitos dos
israelitas e matou todos os primogênitos dos egípcios (Êx 12.1-30,43-49). A
palavra hebraica pesah (do grego pascha) tem uma origem incerta. G. E.
Mendenhall a relaciona com a palavra acadiana pashu, que consta na carta Amarna
74.37 para descrever a paz ou a segurança que resulta do estabelecimento de uma
aliança (BASOR, #133 [1954], p. 29). B. Couroyer sugere que este termo é uma
transliteração de duas palavras egípcias p3 sh, 'Te coup" (o golpe, a pancada),
e que ele refere-se ao golpe infligido pelo Senhor à terra do Egito na décima
praga. Ele acredita que a expressão egípcia foi colocada ao lado de uma raiz
hebraica composta pelas mesmas consoantes, pasah, que significa saltar ou
passar (por cima) como em 1 Reis 18.26. Devido à sua conexão com a isenção dos
primogénitos de Israel, pesah veio a ter o sentido da misericordiosa intenção
de Jeová ao passar por cima das casas que foram marcadas com sangue
("Uorigine égyptienne du mot 'Pâque'", Revue Biblique, LXII [1955],
481-496). O verbo pasah ocorre em Êxodo 12.13,23,27, onde obviamente significa
que o Senhor pulou ou saltou por cima e, desse modo, poupou as casas israelitas
quando feriu os egípcios (Outro verbo com os mesmos radicais significa mancar ou
ser manco; 2 Samuel 4.4.) A outra única ocorrência, no sentido de poupar ou
proteger, está em Isaías 31.5, onde pasah está em um paralelo com outros três
verbos que significam "proteger", "libertar" e
"salvar". É possível que em Isaías o significado possa ter sido
estabelecido pelo uso em Êxodo 12 e não por refletir o significado original da
raiz. Portanto, não se pode afirmar que o substantivo pesah deriva ou não do
verbo pasah, que originalmente significava passar por cima. Quanto à observação
cerimonial da festa da Páscoa no AT, Veja Festividades; Sacrifícios; Adoração.
No AT, é feita uma
referência à celebração da primeira Páscoa por Moisés, com a aspersão de sangue
para que os primogênitos israelitas não fossem tocados (Hb 11.28). Existem
muitas outras referências a festas da Páscoa durante a vida do Senhor Jesus.
Ainda criança, todos os anos Ele era levado por seus pais a Jerusalém para a
Festa da Páscoa (Lc 2.41). No quarto evangelho, três Páscoas são
definitivamente mencionadas durante o ministério do Senhor Jesus (Jo 2.13,23;
6.4; 11.55; 12.1; 13;1; 18.28,39; 19.14) e acredita-se que a festa mencionada
em João 5.1 seria a quarta Páscoa. Na época de Cristo, o cordeiro pascal
(geralmente um cordeiro ou cabrito de um ano, mas veja Êxodo 12.5) era ritualmente
sacrificado na área do Templo. Essa refeição, no entanto, podia ser comida em
qualquer casa da cidade. Um grupo comunitário, como o de Jesus e seus
discípulos, podia celebrar a Páscoa em conjunto, com se formasse uma unidade
familiar. Cerca de 120.000 a 180.000 judeus compareciam a Jerusalém para essa e
outras festas anuais, sendo que a grande maioria deles era formada por
peregrinos vindos de países da Diáspora (J. Jeremias, Jerusalém in the Time of
Jesus, Filadélfia. Fortress, 1969, pp. 58-84). Depois da destruição do Templo
no ano 70 d.C, as provisões para o sacrifício de um animal, sob a forma de um
ritual, cessaram totalmente e a Páscoa dos judeus passou a ser uma simples
cerimônia familiar, uma refeição sem derramamento de sangue. Atualmente, apenas
os samaritanos (q.v.), em sua cerimônia anual da Páscoa no monte Gerizim,
sacrificam cordeiros ou cabritos visando cumprir a ordem de Êxodo 12. Uma
última passagem do NT desenvolve claramente o significado tipológico da Páscoa
e da Festa dos Pães Asmos para o cristão. Paulo conclama os coríntios a
eliminar o fermento da malícia e da iniquidade, e observar diariamente a festa
"porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós" (1 Co 5.7).
Dessa forma, Paulo declara diretamente que Cristo é o "nosso Cordeiro
pascal", conforme o pronunciamento de João Batista de que Jesus é "o
Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo" (Jo 1.29). Devido a estas
passagens, e a ensinos semelhantes, a Igreja primitiva veio a entender que a
Ceia do Senhor (q.v.) substitui completamente a celebração da Páscoa. PFEIFFER
.Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 1467-1468.]
2. O ritual da páscoa judaica. A páscoa
judaica obedecia a um ritual detalhado (Dt 16.1-4). Todavia, de acordo com
Êxodo 12.3-12, os preparativos teriam início aos dez do mês com a escolha de um
cordeiro, ou cabrito, para cada família. A família, sendo pequena poderia então
convidar o vizinho. O cordeiro, que seria guardado até ao décimo quarto dia,
deveria ser de um ano e sem defeito. No final do décimo quarto dia era imolado.
O sangue era posto sobre as ombreiras e vergas das portas das casas judaicas. O
cordeiro deveria ser comido assado e com pães asmos e ervas amargas. O resto
que sobrasse deveria ser queimado. Os participantes da Páscoa deveriam ter os
lombos cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão. Era a Páscoa do Senhor. [O relato da instituição desse rito se encontra em Êxodo 12. Deus ordena
a Israel que o observe (w. 1,2). A observância do rito, além dos atos
litúrgicos prescritos no relato, exige à disposição um cordeiro ou um cabrito,
macho de um ano, sem defeito (v. 5); pães ázimos e ervas amargas (v. 8). Estas
recomendações dirigem-se ao círculo familiar (v. 3), podendo estender-se à
vizinhança (v. 4). O cordeiro devia ser assado inteiro, e aquilo que não era
comido no banquete devia ser queimado antes do dia seguinte (v. 10). Os
comensais deviam comê-lo em pé e devidamente trajados para uma longa viagem (v.
11). Nos tempos de JESUS, conforme indica Raphael Martins, a cerimônia pascal
havia recebido a influência dos gregos e dos romanos que celebravam seus
ágapes, não como escravos, mas como um povo livre e independente, ou seja,
comiam recostados em divãs providos de almofadas. O Pesach significa na língua
hebraica “passar por cima”, “passar por sobre”. Na língua portuguesa foi
traduzida por “Páscoa”. O Pesach surgiu em face da tradição de que o anjo
destruidor, ou anjo da morte, “passou por sobre” as casas cujo sangue do
cordeiro imolado assinalava. “Porque, naquela noite, passarei pela terra do
Egito e ferirei na terra do Egito todos os primogênitos, desde os homens até
aos animais... O sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; quando
eu vir o sangue, passarei por vós...” (Ex 12.12,13). A passagem do anjo da morte
constituiu a última praga sobre o Egito, forçando o Faraó a libertar o povo
hebreu, possivelmente entre os anos de 1400-1200 a.C. O Pesach, na descrição de
McKenzie, mostra numerosas variantes que apontam para uma origem e
desenvolvimento complexos. O Pesach, segundo a grande maioria dos estudiosos,
era anterior à instituição no capítulo 12 de Êxodo. A festa original era
pastoril nos seus primórdios, onde os pastores celebravam o nascimento de
ovelhas na primavera; e esse termo também faz alusão à forma como as ovelhas
costumam “saltar por cima” dos obstáculos. Seja como for, por meio da
historização, a Páscoa se tomou a grande festa nacional de Israel, que
celebrava sua constituição como povo de Iahweh, acentua McKenzie. naquela
noite, comerão a carne assada no fogo; com pães asmos e ervas amargas a
comerão” (v. 8) Ázimos, no hebraico maccot, significa “pães sem fermento”. A
festa dos “pães sem fermento” está registrada em Êxodo 23.15, ao lado de outras
duas. No momento da instituição do Pesach ela aparece em correlação com a
mesma, como festa histórica que celebra a libertação de Israel da opressão
egípcia. O caráter da cerimônia indica que se tratava de uma festa agrícola de
agradecimento pelo início da colheita. No Novo Testamento é sempre mencionada
em conexão com o Pesach (Mt 26.17; Mc 14.12). Em memória dos sofrimentos dos
hebreus no Egito são comidas ervas amargas: chicória, escarola, agrião, salsa,
rabanete, amêndoa,
tâmara, figo e passa. Esses ingredientes eram misturados com
vinagre, formando uma espécie de molho, cor de tijolo (haroset, em hebraico),
lembrando seu antigo ofício no Egito. Roberto dos Reis Santos. A Santa
Ceia. Editora CPAD. pag. 12-14.]
2. A CELEBRAÇÃO DA ÚLTIMA CEIA
1. A preparação. Ao responder à pergunta dos discípulos sobre
onde se daria os preparativos da Páscoa, Jesus encaminha-os a um homem com um
cântaro de água (Lc 22.10). Lucas deixa claro que Cristo, como filho de Deus e
capacitado pelo Espírito Santo, possuía conhecimento prévio dos fatos. O
expositor bíblico Anthony Lee Ash, observa que o homem com um cântaro de água
seria facilmente notado, pois esse era um trabalho de mulher. Os hospedeiros
costumavam oferecer suas casas durante a festa, em troca das peles de animais e
utensílios usados para a refeição. O preparo da Páscoa incluiria a busca de
fermento na casa e o preparo dos vários elementos da refeição. [Cedo naquela quinta-feira os discípulos começaram a fazer os
preparativos para a Páscoa. “No primeiro dia dos pães asmos, (aqui Mateus
emprega o coloquialismo comum que combinava as duas grandes festas) vieram os
discípulos a Jesus e lhe perguntaram: Onde queres que te façamos os
preparativos para comeres a Páscoa? (Mt 26.17). Fica evidente do relato de
Mateus que Jesus já tinha arranjado de antemão muitos dos detalhes para essa
noite. Com tantas israelitas visitantes que vinham anualmente a Jerusalém para
a festa, era comum que os habitantes da cidade mantivessem aposentos que eles
alugavam para que os visitantes pudessem ter um lugar privado para comer a
refeição da Páscoa com os amigos e a família. Jesus tinha evidentemente
providenciado o uso de um desses locais para ele e os seus discípulos – um
cenáculo, que provavelmente foi colocado à sua disposição por alguém que Jesus
conhecia e que era por sua vez um crente em Jesus, mas talvez desconhecido dos
discípulos. Essa pessoa nunca é identificada por nome em quaisquer dos relatos
evangélicos. Em todo caso, Jesus tinha evidentemente feito em segredo esses
arranjos, para evitar que ficasse conhecido com antecedência onde ele estaria
nessa noite com os discípulos (Se Judas tivesse conhecimento prévio do local da
Última Ceia, teria sido uma questão simples para ele revelar ao Sinédrio onde
eles poderiam encontrar Jesus. Mas era necessário ao plano de Deus que ele
celebrasse a Páscoa com os seus discípulos antes de ser traído). Muitos
preparativos precisavam ser feitos. O cordeiro não apenas necessitaria ser
morto no templo e depois ser levado de volta para ser assado, mas outros
elementos da refeição também precisavam estar preparados. Os principais entre os
elementos de uma Páscoa eram o pão sem fermento, o vinho e um prato feito de
ervas amargas. A responsabilidade de preparar esses elementos provavelmente foi
dividida entre alguns dos discípulos. E a tarefa de organizar a sala e a mesa
estava já sendo cuidada por um criado do proprietário do cenáculo. De Lucas
22.8 ficamos sabendo que Pedro e João foram especificamente designados para
encontrar o homem e ajudar a preparar o Cenáculo. Marcos diz que eles deveriam
localizar o homem, segui-lo até a sua casa, e então repetir ao dono da casa o
que Jesus tinha lhes dito. Lá eles encontrariam “um espaçoso cenáculo mobiliado
e pronto” (Mc14.15). Eles “fizeram como Jesus lhes ordenara e prepararam a
Páscoa”(Mt26.19). A Última Páscoa – John MacArthur Jr. http://docslide.com.br/documents/a-pascoa-de-jesus.html]
2. A celebração e substituição. Jesus possuía
consciência de que a sua morte na cruz se aproximava e que Ele era o Cordeiro
de Deus do qual o cordeiro da Páscoa era apenas um tipo (Jo 1.29). Com certeza
milhares de cordeiros foram sacrificados em Jerusalém nessa data, mas somente
Jesus era o "Cordeiro de Deus que tiraria o pecado do mundo" (Jo
1.29). Se a Páscoa judaica marcou a libertação do sofrimento do cativeiro
egípcio, agora Jesus, através do seu sofrimento, libertaria a humanidade da
escravidão do pecado. Pedro e João fazem os preparativos exigidos sobre a
última Páscoa (Lc 22.7-20) e é durante a celebração da última Páscoa que Jesus
instituiu a Ceia do Senhor (Lc 22.19,20). No contexto da Nova Aliança a Ceia do
Senhor substituiu a Páscoa judaica (1 Co 11.20,23). [A última Ceia é
exposta nos evangelhos sinópticos como uma refeição pascal. O evangelho de João
(18:28; 19:14) apresenta o fato de que a refeição foi tomada antes da
celebração, e Jesus foi crucificado ainda naquele mesmo dia (lembrando que,
para os judeus, o dia começava às 06:00 horas). Talvez o Senhor Jesus tenha
antecipado a refeição por algumas poucas horas. Nesse caso o quarto evangelho
expõe a correta cronologia quanto à questão. O ensino paulino sobre a última
ceia (1Co 11.23-26) faz com que a mesma seja um memorial tanto da morte
libertadora de Cristo quanto da expiação. Ambos os elementos faziam parte da
páscoa do Antigo Testamento, segundo já vimos. Paulo não menciona
especificamente a páscoa, daquela seção, embora ele o faça em 1Co 5. 7. Eusébio
aceitava o conceito da páscoa cristã no sacrifício de Cristo (ver Hit. 5,23,1).
E essa também era a ideia tradicional da Igreja antiga. É interessante que a
palavra hebraica para páscoa, pascha, é tão parecida com a palavra grega para
sofrer, péscbo, que alguns cristãos antigos fizeram a ligação entre elas,
embora não haja qualquer conexão histórica entre esses termos. Cristo sofreu e
ele é a nossa páscoa, um jogo de palavras empregado por Eusébio. Para os
cristãos, a palavra grega anámne (memorial), é uma palavra-chave. A ceia do
Senhor é um memorial que deve ser mantido vivo, até que o Senhor retorne. Essa
é a ênfase paulina, que não se vê nos evangelhos sinópticos, embora apareça em
Lucas 22.19. Provavelmente, esse elemento foi uma adição cristã às declarações
feitas por Jesus, embora sugerida pelo que ele havia dito, se é que ele mesmo
não ensinou assim. Por outro lado, é possível que Mateus e Marcos tenham
omitido uma afirmação genuína de Jesus, e que Paulo e Lucas preservaram. O que
é certo é que Jesus reinterpretou a páscoa em consonância com as suas próprias
experiências. A páscoa, pois, foi encarada pela Igreja cristã como uma daquelas
muitas coisas que receberam cumprimento e adquiriram maior significação na
pessoa de Cristo, retendo o tipo de símbolo e de lições acima. A ideia de pacto
também se faz presente. YAHWEH firmou um pacto com a emergente nação de Israel.
E Jesus estabelece um pacto com sua emergente Igreja. Não nos deveríamos esquecer
desse aspecto. A páscoa do Antigo Testamento marcava o começo de urna saída da
escravidão; e, de fato, era o
poder por detrás dessa libertação. Assim também,
em Cristo, encontramos um êxodo que nos liberta da velha vida com sua
escravização ao pecado. No sentido teológico, algo foi realizado que não
poderia ter sido realizado pela lei. Esse é o tema principal tanto de Paulo
(com sua doutrina da justificação pela fé) quanto do tratado aos Hebreus. O
êxodo judaico libertou um povo inteiro da servidão física. O êxodo cristão
oferece a todos os homens a libertação do pecado, bem como a outorga do Reino
da Luz, onde impera perfeita liberdade. CHAMPLIN, Russell Norman,
Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 5. Editora Hagnos. pag.
101-102]
3. OS ELEMENTOS DA ÚLTIMA CEIA
1. O vinho. O terceiro Evangelho faz referência ao uso do
cálice por duas vezes, a primeira delas antes de mencionar o pão (Lc 22.17,20).
Mas essa reversão da ordem dos elementos não modifica em nada o significado da
Ceia. Nesse particular, a liturgia cristã segue o modelo dos outros
evangelistas e de Paulo, onde o uso do vinho é precedido pelo pão (Mc 14.22-26;
Mt 26.26-30; 1 Co 11.23-25).
Tomando o cálice,
Jesus falou: "Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue, que é
derramado por vós" (Lc 22.20). O sentido desse texto é que o vinho é um
símbolo da Nova Aliança que foi selada com o sangue de Jesus, o Cordeiro de
Deus (Êx 12.6,7,13; 24.8; Zc 9.11; Is 53.12). [Havia uma sequência
bem estabelecida no processo de comer uma Páscoa. Primeiro, um cálice de vinho
era distribuído, o primeiro de quatro cálices compartilhados durante a
refeição. Cada pessoa tomaria um gole de um cálice comum. Antes de passar o
cálice Jesus deu graças (Lc 22.17). Depois que o cálice inicial era passado,
havia uma lavagem cerimonial para simbolizara necessidade de limpeza moral e
espiritual. Parece ter sido durante essa lavagem cerimonial que os discípulos
“suscitaram também entre si uma discussão sobre qual deles parecia ser o maior”
(Lc22.24). João relata que Jesus “levantou-se da ceia, tirou a vestimenta de
cima e, tomando uma toalha, cingiu-se com ela. Depois, deitou água na bacia e
passou a lavar os pés aos discípulos e a enxugar-lhos com a toalha com que
estava cingido” (Jo 13.4,5). Tomando o papel do mais baixo servo, Cristo assim
transformou a cerimônia de limpeza numa lição prática sobre a humildade e a
verdadeira santidade. A lavagem externa nada vale se o coração estiver
contaminado. E o orgulho é uma prova segura da necessidade de uma limpeza do
coração. Cristo tinha feito uma observação semelhante para os fariseus em
Mateus 23.25-28. Agora ele lavou os pés dos discípulos, ilustrando que até
mesmo crentes com corações regenerados precisam ser lavados periodicamente da
corrupção externa do mundo. O cálice de vinho distribuído por Jesus não
representava o seu sangue que lhe corria nas veias enquanto lhes falava, mas
seu sangue que em breve seria derramado por eles na morte. Após a lavagem
cerimonial e comerem as ervas amargas, o segundo cálice era passado. Era nesse
momento que o cabeça da casa (nesse caso, sem dúvida Jesus) explicava o
significado da Páscoa (cf.Êx12,26,27). Em uma Páscoa judaica tradicional, a
criança mais jovem faz quatro perguntas pré-determinadas, e as respostas são
recitadas de uma narrativa poética do Êxodo. A circulação do segundo cálice
seria acompanhada pelo cântico de salmos.Tradicionalmente, os salmos cantados
na Páscoa eram do Hallel (hebraico para “louvor”; essa é a mesma palavra
da qual Aleluia é derivada), O Hallel consistia de seis salmos que começava com
o Salmo 113. Os salmos de Hallel eram provavelmente cantados em ordem, os
primeiros dois sendo cantados nesse momento na cerimônia. O cordeiro assado
seria servido na seqüência. O chefe da casa cerimonialmente lavaria as suas
mãos novamente, e partiria e distribuiria pedaços do pão sem fermento às
pessoas ao redor da mesa, para ser comido com o cordeiro.]
2. O pão. Após tomar o pão, dar graças e partir, Jesus disse:
"Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isso em memória de
mim" (Lc 22.19). Jesus usa a expressão: "isto é o meu corpo" com
sentido metafórico, da mesma forma que Ele disse: "Eu sou a porta"
(Jo 10.9). O pão era um símbolo do corpo de Jesus da mesma forma que o vinho
era do seu sangue. A palavra "oferecido" traduz o verbo grego didomi,
que também possui o sentido de entregar. Esse mesmo verbo é usado nos textos de
Isaías 53.6,10,12, onde há uma clara referência a um sacrifício (cf. Êx 30.14;
Lv 22.14). O corpo de Jesus seria oferecido vicariamente em favor dos
pecadores. [Na noite em que seria a última dos hebreus no
Egito, Deus os preparou para uma saída repentina, mas não sem se alimentarem. A
ordem divina aos hebreus não foi apenas para que sacrificassem um cordeiro e
colocassem o sangue dele na entrada da casa, mas também para que se
alimentassem de pão sem fermento, ervas amargas e do próprio cordeiro. Cada um
deles tinha uma representação para os hebreus, que deveria ser passada de
geração a geração, para que se lembrassem do quanto Deus operou grandemente em
prol dos filhos de Israel. De acordo com a descrição bíblica, o pão deveria ser
sem fermento. A massa não deveria passar pelo processo de fermentação, ou seja,
seria levada ao fogo tão logo estivesse pronta, sem ter de esperar para
crescer. A ideia era mostrar que os israelitas teriam pouco tempo para preparar
sua última refeição como escravos, pois logo sairiam para uma grande jornada. E
evidente que o uso do fermento poderia fazer com que a massa dobrasse seu
tamanho e alimentasse mais pessoas, mas a orientação divina indicava a pressa
com que os judeus iriam comer para saírem logo do Egito. COELHO,
Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e o Caminho a
Terra Prometida. Editora CPAD. pag. 40. Nas terras do antigo Oriente o
pão e o vinho, assim como determinados produtos, eram as formas mais comuns de
alimentação. O pão, iehem, que aparece cerca de duzentas e oitenta vezes no
Antigo Testamento, em termos gerais significa “alimento”, “sustento”, indicando
sua presença indispensável para o sustento do povo hebreu. O pão era o
principal alimento. A expressão “comer pão”, em hebraico, significava “fazer
uma refeição”. O pão devia ser tratado com respeito, sendo proibido jogar fora
até as migalhas. Talvez os judeus utilizassem cães domésticos para esta função
— comer “... das migalhas que caem da mesa dos seus donos” (Mt 15.27). “E,
tomando um pão, tendo dado graças, o partiu...” (Lc 22.19) O pão não podia ser
cortado, mas partido. Esse gesto era comum entre as famílias judaicas, onde o
pai, ao iniciar uma refeição, tomava um pão e, após dar graças ao Senhor,
partia-o em pedaços e distribuía-os entre os membros de sua família. Cristo não
diz apenas
que o pão significa Seu corpo, mas Ele deixa claro que era o “corpo
dado em favor de” nós. Foi no corpo de Cristo que nosso pecado foi lançado. Foi
na humanidade de Cristo que toda impiedade foi imputada. Foi na carne d’Ele que
todo o sofrimento foi consumado. Esse corpo foi entregue por nós e é isso que
precisamos lembrar enquanto provamos aquele pão. Assim, sempre que meus dentes
trituram aquele pão, eu me lembro do chicote triturando o corpo de Jesus, da
cruz, da zombaria, do sofrimento indizível. Acredito que é disto que precisamos
lembrar quando tomamos o pão.]
CONCLUSÃO
Participar da Ceia
do Senhor é um privilégio do qual todo cristão deve se alegrar. Não se trata de
um ritual vazio, mas de uma celebração carregada de significado, porque aponta
para o sacrifício do calvário. A Ceia celebra a vitória de Cristo, o Cordeiro
de Deus, sobre o pecado e suas consequências.
Ao participarmos da
Ceia, devemos manter uma atitude de eterna gratidão ao Senhor por nos haver
dado vida quando nos encontrávamos mortos em nossos delitos. Assim como os
antigos judeus não deveriam celebrá-la com fermento em seus lares, da mesma
forma não devemos comemorar a Ceia com o velho fermento do pecado. Celebremos a
Ceia com os asmos da sinceridade. [A morte de Cristo, que ocorreu exatamente no
período da páscoa, sempre foi considerada um evento capital para os primeiros
cristãos, e daí por diante, durante todo o cristianismo. Jesus é chamado de
nosso "Cordeiro pascal (1Co 5.7). Isso tem sido associado pelos cristãos à
ideia de expiação e livramento, que nos liberta dos inimigos da alma. A ordem
de não ser partido nenhum osso do cordeiro pascal foi aplicada por João às
circunstâncias da morte de Jesus Cristo (Êx 12.46 e Jo 19.36), pelo que foi
estabelecido um vínculo entre os dois eventos, fazendo o primeiro ser símbolo
do segundo. A ideia de expiação, como é patente, faz parte vital da questão. O
cristão (tal como os antigos israelitas) deve pôr de lado o antigo fermento do
pecado, da corrupção, da malícia e da desobediência, substituindo-o pelos pães
asmos da sinceridade e da verdade. A santificação faz parte necessária da
experiência cristã. O apóstolo Paulo, em sua Primeira Carta aos Coríntios,
tratou de maneira objetiva sobre a Ceia do Senhor. Jesus mesmo instituiu esse
sacramento como um meio de graça para sua igreja. Somente aqueles que foram
remidos e lavados no sangue do Cordeiro e confessam o nome do Senhor Jesus
devem participar desse banquete da graça. Só aqueles que discernem o que Cristo
fez na cruz são chamados para participar dessa ordenança. A participação
desatenta e descuidada da Ceia do Senhor produz resultados desastrosos. Em vez
de edificação vem juízo. Em vez de deleite espiritual vem disciplina. Paulo
menciona três níveis dessa disciplina: Enfraquecimento, doença e morte. Entre
os crentes de Corinto havia gente fraca, enferma e alguns haviam sido ceifados
pela disciplina divina. O pecado sempre produz resultados desastrosos,
sobretudo, na vida dos crentes. A Ceia do Senhor é um momento de auto-exame e
arrependimento, mas também de profunda gratidão e alegria. Devemos nos
aproximar da Mesa do Senhor com santa reverência e santo temor e ao mesmo tempo
com profunda gratidão e imensa alegria. Devemos celebrar essa festa não com o
fermento da maldade e da malícia, mas com os asmos da sinceridade e da verdade
(1Co 5.7,8).] NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por
meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”.
Francisco Barbosa
Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br.
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