SUBSÍDIO I
INTRODUÇÃO
Os dons espirituais e ministeriais são dados à igreja com vistas à
edificação dos santos. Para tanto, conforme estudaremos na aula de hoje, devem
ser utilizados como graça, não como merecimento. A partir desse fundamento,
ninguém se colocará sobre os demais na igreja, reconhecendo que somos um, em
Cristo. O alicerça do uso apropriado dos dons espirituais é o amor-agape, sem o
eles não passarão de metal que soa ou címbalo que retine (I Co. 13.1).
1. MULTIFORMIDADE DOS DONS ESPIRITUAIS E MINISTERIAIS
Os dons do Espírito são dádivas de Deus, distribuídos para a igreja como
LHE apraz, com vistas à edificação do Corpo de Cristo (I Co. 12.7; 14.4,12). Há
um problema quando o cristão pensa ser proprietário de determinado dom. Isso
porque os dons pertencem ao corpo de Cristo, à coletividade, para a unidade dos
membros (I Co. 12.14-30). Cada dom é importante quando percebido na totalidade,
e se algum deles, como o de profecia, é considerado melhor, é justamente pela
funcionalidade, a possibilidade de edificação de toda a igreja (I Co.
14.1). É importante destacar que os dons são de propriedade do Espírito
Santo, que distribui de acordo com as necessidades da igreja, para o que for
útil (I Co. 12.11). A manifestação dos dons espirituais na igreja, em
conformidade com I Co. 12-14, deve ser normatizada, a fim de evitar excessos e
desordens no culto (I Co.14.40). Ninguém deve confundir dons espirituais com
espiritualidade, isso quer dizer que uma igreja pode ser fervorosa, mas pouco
espiritual, e às vezes, carnal (I Co. 3.3). A espiritualidade depende do amor-agape,
que exime a igreja de carnalidades, ainda que essa seja dotada de vários
carismas (I Co. 13). Em Ef. 4.11 nos deparamos com os dons ministeriais, que
são diferentes dos dons espirituais de I Co. 12 e 14. Os dons ministeriais são
também denominados de dons da ressurreição, ou dons de Cristo. Isso porque em
Ef. 4 Paulo revela que Cristo, ao ressuscitar, deu pessoas-dons à igreja. Essas
pessoas-dons atuam no ministério: apóstolos, profetas, evangelistas, pastores,
mestres e doutores. Essas pessoas servem na/para igreja, a fim de que os
crentes cresçam em maturidade (Ef. 4.15,16). Ao longo do livro de Atos
identificamos várias manifestações desses dons, tanto os espirituais quanto os
ministeriais. À luz desse livro é possível compreender a função desses dons não
apenas para a igreja primitiva, mas também para a igreja dos dias atuais. Uma
igreja poderosa depende do poder do Espírito Santo para cumprir sua missão na
terra (At. 1.8). Esse mesmo Espírito possibilita que os crentes sejam usados
nos seguintes dons: profecia, línguas, interpretação, fé, milagres, curas,
sabedoria, conhecimento e discernimento de espíritos. Cristo, o Senhor da
igreja, presenteia a igreja com ministérios, pessoas que servem a igreja:
apóstolos, profetas, evangelistas, pastores, mestres e doutores.
2. A GRAÇA E SABEDORIA DE DEUS NOS DONS
A graça de Deus se há manifestado em Cristo, trazendo salvação para
todos aqueles que buscam justificação em Seu sacrifício (Tt. 2.14). Ele é o
Maior dom de Deus entregue à humildade, trata-se de uma demonstração do amor
divino (Jo. 3.16). Paulo reconhece que Deus prova Seu amor para conosco em que
Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores (Rm. 5.8). Devemos sempre dar
graças a Deus pelo Seu Dom Inefável, que é o próprio Cristo, expressão da
salvação de Deus, do Seu favor imerecido (II Co. 9.15). Se não merecíamos a
salvação, e fomos alcançados pela graça de Deus, devemos agir de igual modo em
relação aos dons a nós disponibilizados. Por causa do sacrifício de Cristo
somos agora coerdeiros com os judeus das riquezas espirituais que Deus nos deu
na aliança com Abraão (Gl. 3.29). O mistério de Deus nos foi revelado, nos
tornamos membros de um mesmo corpo (Ef. 4.4). Cristo é o Cabeça desse corpo
(Ef. 5.22), os membros são participantes uns dos outros, para o serviço (Ef.
4.10-13). Os dons disponibilizado para igreja, sejam eles espirituais ou
ministeriais, fazem parte das riquezas insondáveis de Cristo (Ef. 3.8), também
o que Paulo denomina de “suprema riqueza” (Ef. 2.7). Mas isso é parte de uma
revelação maior, que haverá de ser manifestada na eternidade, quando
receberemos as dádivas prometidas por Deus (II Co. 5.10). Devemos trabalhar
para o Senhor, buscar com zelo os melhores dons (I Co. 12.31), e rogar ao
Senhor da seara, para que envie obreiros para o ministério (Mt. 9.37). Aqueles
que são agraciados com tais dons, ou com qualquer favor de Deus, devem agir
como Paulo, assumindo que “é o menor entre os santos” (Ef. 3.8). A manifestação
dos dons na igreja não deve ser motivo de orgulho, como estava acontecendo
entre os coríntios, e também em algumas igrejas cristãs da atualidade. A
multiforme sabedoria de Deus, que outrora esteve oculta no Senhor, tornou-se
manifesta, inclusive aos anjos. Paulo diz que “os principados e potestades”
tornaram-se conhecedores desse maravilhoso mistério (Ef. 3.10). Os anjos não
são oniscientes, por isso a revelação da igreja, em Cristo, foi-lhes uma
surpresa. Através da igreja o Senhor mostra aos anjos, e a todos os povos, sua
disposição para aceitar os pecadores, independentemente da condição étnica.
Coube a Paulo, o Apóstolo dos Gentios, tornar-se despenseiro dessa grande
verdade (Ef. 3.9).
3. AMOR, GRAÇA E EXPECTAÇÃO NO USO DOS DONS
Os dons espirituais e ministeriais fazem parte de uma dimensão
escatológica. Devemos exercitá-los na igreja na expectação. As promessas em
relação à vinda de Jesus continuam firmes (II Pe. 3; Ap. 22.20). Muitas igrejas
abandonaram o ensino a respeito do retorno de Cristo, talvez porque algumas
delas se tornaram por demais secularizadas. Mas não podemos esquecer a bendita
esperança da igreja, o dia em que Cristo virá para arrebatar e ressuscitar
aqueles que dormem (I Ts. 4.13-17). Por outro lado essa esperança não deve
conduzir os crentes à paralisia (II Ts. 3.6), muito pelo contrário, Pedro
admoesta seus leitores à vigilância na oração, utilização dos dons, sobretudo
que mantenham o amor (I Pe. 4.7,8). O amor-agape é o fundamento de qualquer
atitude cristã, isso porque através deste é manifesto o fruto do Espírito (I
Co. 13). Entre os aspectos do fruto elencados por Paulo em Gl. 5.22 o amor é o
primeiro deles, mostrando que esse deve ser a base das relações cristãs. É por
meio do amor que o cristão é reconhecido neste mundo, não pela manifestação dos
dons espirituais (Jo. 13.34,35). Pedro cita Pv. 10.12, ao declarar que “o ódio
excita contendas, mas o amor cobre todas as transgressões”. Isso quer dizer,
com base em Tg. 5.20 e I Co. 13.4,7, que aqueles que amam não se alegram com o
pecado dos outros. Enquanto Cristo não volta, devemos ser instrumentos de Deus
para a graça, vivermos não para nós mesmos, mas para os outros. Isso implica em
uma disposição para o amor, a tratar as pessoas com a mesma graça com a qual
fomos agraciados. O amor-agape na igreja deve mover os cristãos à unidade, como
o Senhor Jesus expressou, devemos orar para que todos sejam um (Jo. 17.21).
Esse amor-agape é o vínculo da perfeição que promove a paz (Ef. 4.3; Cl. 3.14).
CONCLUSÃO
Os dons espirituais e ministeriais, e também os títulos eclesiásticos,
são favores de Deus para a igreja, com vistas à edificação do Corpo de Cristo.
Esses dons são provenientes da Trindade: Pai-Filho-Espírito. A igreja deve
colocar-se em posição de humildade, debaixo da autoridade Cristo, que é o
Cabeça da igreja. Os dons e títulos eclesiásticos não podem ser motivo de
arrogância ou prepotência, mas de serviço em humildade, tendo Cristo como maior
exemplo. Esses dons estão em uma dimensão escatológica, apontando para a
manifestação de Cristo, que nos fará conhecedores das suas riquezas insondáveis.
Somos gratos a Deus pelos dons espirituais, pelas pessoas-dons, e também pelos
títulos eclesiásticos. Nossa maior riqueza, no entanto, é o Seu Dom Inefável:
Jesus Cristo (Jo. 3.16).
Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
SUBSÍDIO II
INTRODUÇÃO
O Altíssimo revelou para a Igreja um mistério oculto desde a fundação do
mundo. Pelo Espírito Santo, o Senhor trouxe luz para o seu povo usando os “seus
santos apóstolos e profetas” para mostrar que esse mistério é Cristo em nós, a
esperança da glória. Era a multiforme sabedoria do Pai manifestando-se para
pessoas simples como eu e você. [Comentário: No encerramento deste
trimestre, estudaremos os dons espirituais e ministeriais, os quais revelam que
Deus tem muitas maneiras de agir e que a unidade da Igreja é construída em meio
à diversidade. “O Senhor, com sabedoria,
fundou a terra; preparou os céus com inteligência” (Pv 3.19). A sabedoria
de Deus e sua inteligência divina sempre agiram juntas para que o Eterno
alcançasse seus objetivos e propósitos, ao criar todas as coisas. Encerrando o
estudo dos dons espirituais, concluímos que a sabedoria de Deus transcende a
tudo o que nossa limitada percepção pode compreender. Ela é multiforme, sendo
manifestada desde a criação de todas as coisas, numa demonstração de
planejamento perfeito, jamais alcançado pela mente humana. Em Salmos
encontramos esta declaração: “Ó Senhor,
quão variadas são as tuas obras! Todas as coisas fizeste com sabedoria; cheia
está a terra das tuas riquezas” (SI 104.24). É por isso mesmo que o
incrédulo é chamado de néscio, porque em sua arrogância e presunção, não
percebe que Deus se mostra através da Revelação Geral - o universo, o
macrocosmo, a imensa complexidade do microcosmo, observado nos microuniversos
das células ou das moléculas dos elementos da natureza, não podem ter sido
fruto do acaso cego, mas de uma mente sobrenatural, dotada de sabedoria e
inteligência além da imaginação limitada do homem.] Tenhamos todos uma excelente e abençoada aula!
I. OS DONS ESPIRITUAIS E
MINISTERIAIS
1. São diversos. Na passagem bíblica de 1 Coríntios 12.8-10 são
mencionados nove dons do Espírito Santo. Há outros dons espirituais noutras
passagens da Bíblia já mencionados em lições anteriores deste trimestre, como
Romanos 12.6-8; 1 Coríntios 12.28-30; 1 Pedro 4.10,11 e Hebreus 2.4. São dons
na esfera congregacional. Em Efésios 4.7-11 e 2 Timóteo 1.6 vemos dons
espirituais na esfera ministerial da Igreja. [Comentário: Já temos estudado acerca da quantidade dos dons
espirituais na introdução do trimestre, lá dissemos que Paulo nos oferece cinco
listas de dons espirituais listadas em Romanos 6.6-8; 1 Coríntios 12.8-10; 1
Coríntios 12.28; 1 Coríntios 14; Efésios 4.11-13. É muito provável que ainda haja
dons não especificados no NT, o certo é que não há crentes sem dom nem crente
possua todos os dons (12.29-31). É o Espírito Santo quem os distribui a cada
um, como Ele quer, visando um fim proveitoso: a edificação do Corpo de
Cristo.São passagens como a de 1Coríntios 12 e Romanos 12 que atribuem ao
Espírito Santo a decisão sobre quais dons distribuir e a quem dentre os
convertidos, esses dons serão confiados. “Há
diferentes formas de atuação, mas é o mesmo Deus quem efetua tudo em todos. A
cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito, visando ao bem comum”
(1Co 12.6-7). O maravilhoso disso é saber que não pode existir Igreja local sem
o exercício dos dons espirituais! Assim, manifesta-se o poder de Deus e sua
multiforme sabedoria, e somos os instrumentos usados por Ele para a edificação
e o fortalecimento espiritual da igreja: “Assim,
também vós, como desejais dons espirituais, procurai sobejar neles, para a
edificação da igreja” (1Co 14.12).]
2. São amplos. A
sabedoria de Deus é multiforme e plural. É manifesta em seus dons espirituais e
ministeriais nas mais variadas comunidades cristãs espalhadas pelo mundo. [Comentário: Os dons são vários; a graça
é uma só! Pneumatikon nos fala que os dons espirituais são coisas
caracterizadas pelo Espírito Santo, charisma nos ensina que eles são dons da
graça de Deus. A Bíblia King James, Versão Autorizada (KJV), em 1Co 12.1
menciona “dons espirituais”. No grego lemos simplesmente “espirituais” (ton
pneumatikon), significando “coisas caracterizadas ou controladas pelo
Espírito”. Dons espirituais são, portanto, em primeiro lugar, coisas
controladas ou caracterizadas pelo Espírito, logo, todos os dons são
carismáticos, isto é, todos os dons são livremente dados por um Deus gracioso.
o Espírito distribui cada um deles ao cristão (1 Co 12.11). Em 1Co 12.4-6, o
Filho de Deus determina ao cristão o modo específico como o dom é manifestado
no corpo (1 Co 12.12-27); no versículo 6, o Pai provê a força ao cristão no
exercício do dom (1Co 12.28). Deus opera Sua vontade por meio de Seu povo de
muitas maneiras. Ninguém foi colocado no corpo para ser igual a outro membro
nem para exercer a mesma função. O Espírito é o mesmo [...] o Senhor é o mesmo
[...] o mesmo Deus. Embora as pessoas recebam dons diferentes do Altíssimo, Deus
e Sua obra estão unidos. Sejam quais forem os dons que diversas pessoas tenham
ou não, o único Deus opera todas essas coisas (v. 11). O Reverendo Hernandes
Dias Lopes escreveu em Blog o seguinte sobre os dons espirituais à luz da
Bíblia: “Os dons espirituais são uma capacitação sobrenatural dada pelo
Espírito Santo aos membros do corpo de Cristo para o desempenho do ministério.
Nós somos individualmente membros do corpo de Cristo. Cada membro tem sua
função no corpo. Nenhum membro pode considerar-se superior nem inferior aos
demais. Todos os membros são importantes e interdependentes. Servem uns aos
outros. Pelo exercício dos dons espirituais as necessidades dos santos são
supridas, de tal forma que, numa humilde interdependência todos os salvos
crescem rumo à maturidade, à perfeita estatura do Varão perfeito, Cristo
Jesus”. Leia o
artigo na íntegra clicando aqui]
3. Dádivas do Pai. Outras excelentes dádivas de Deus dispensadas à sua
Igreja para comunicar o Evangelho a todos, são: [Comentário: Deus se compraz em dar presentes. É da natureza
divina a generosidade para com sua criação, e o mesmo pode ser dito no que
concerne ao relacionamento de Deus para com sua Igreja. Nesse caso específico,
a Bíblia nos apresenta a expressão “dom” como uma capacitação dada pelo próprio
Deus para que seus servos possam atuar de forma adequada nas esferas da igreja
local. A salvação foi a maior dádiva que Deus concedeu ao mundo (Jo 3.16). A
dádiva da vida eterna, em Cristo Jesus. 1Co 12.7 diz:“Mas a manifestação do
Espírito é dada a cada um para o que for útil”, logo, essas manifestações visam
à edificação e à santificação da igreja (12.7; ver 14.26).]
a) A dádiva do amor. A grande manifestação de
amor do Altíssimo para com a humanidade foi enviar o seu Filho Amado para
salvar o mundo (Jo 3.16). Este amor dispensado por Deus desafia-nos a que
amemos aos nossos inimigos e ao próximo, isto é, qualquer ser humano carente da
graça do Pai (Jo 1.14). [Comentário: A maior
manifestação do amor de Deus foi o ter enviado Seu Filho a fim de que os
eleitos fossem salvos. foi o eterno amor de Deus que formulou o propósito de
enviar Cristo, para que Ele obedecesse a Sua lei e morresse pelos pecadores. A
nossa salvação revela que a natureza de Deus é amor.]
b) A dádiva da filiação divina. Deus torna um
filho das trevas em filho de Deus (Jo 1.12; 1Pe 2.9). É a graça do Pai indo ao
encontro da pessoa, tornando-a membro da família de Deus (Ef 2.19). [Comentário: Através da fé no Filho, o
Pai torna o pecador justificado e o recebe por filho. João registrou esse fato:
“Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de
DEUS-, aos que creem no seu nome” (Jo 1.12). Lembrando que Dom é dado
graciosamente, ninguém pode conquistar esse poder (ou direito). Resultado da
graça e do amor de Deus. “Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros,
mas concidadãos dos Santos e da família de Deus” (Ef 2.19)]
c) O ministério da reconciliação. O apóstolo
Paulo explica o milagre da salvação como resultado do “ministério da
reconciliação” (2Co 5.19). Todo ser humano pode ter a esperança de salvação
eterna, mas de salvação agora também. Quem está em Cristo é uma nova criatura e
o resultado disto é que Deus faz tudo novo em sua vida (2Co 5.17). [Comentário: Em 2Coríntios, Paulo
discorre sobre a nova vida do salvo em Cristo e
explica que o milagre da salvação, que inclui a regeneração, a
justificação e a santificação, “provém de Deus”, que nos concedeu o “ministério
da reconciliação”. “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as
coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. E tudo isso provém de
Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo e nos deu o ministério
da reconciliação, isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo,
não lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós a palavra da reconciliação” (2
Co 5.17-19).]
SINOPSE
DO TÓPICO (1)
Os dons espirituais e ministeriais são diversos e
amplos.
II. BONS DESPENSEIROS DOS
MISTÉRIOS DIVINOS
1. Com sobriedade e vigilância. O despenseiro deve administrar a igreja
local, retirando da “despensa divina” o melhor alimento para o rebanho. Paulo
destaca a sobriedade e a vigilância do candidato ao episcopado como habilidades
indispensáveis ao exercício do ministério (1Tm 3.2). Por isso, o apóstolo
recomenda ao obreiro não ser dado ao vinho, pois a bebida traz confusão,
contenda e dissolução (1Tm 3.2 cf. Ef 5.18). O fiel despenseiro é o oposto
disso. Nunca perde a sobriedade e a vigilância em relação ao exercício do
ministério dado por Deus. [Comentário: Despenseiros são as pessoas que tomam
conta da despensa de uma casa, ou do lugar onde são guardados os alimentos e
outros itens necessários à manutenção da família. O apóstolo Pedro exorta os
destinatários da sua primeira carta, quanto à iminente vinda de Jesus, fazendo
solene advertência sobre como os cristãos devem comportar-se, “como bons
despenseiros da multiforme graça de Deus” (1Pe 4.10). O Despenseiro deve
guardar a sobriedade e vigilância, em oração (1Pe 4.7); essa advertência
refere-se à simplicidade que deve caracterizar um servo de Deus, sobretudo
aquele que tem a liderança, na casa do Senhor. Fala da constante vigilância sobre
a vida cristã, ante os ataques diuturnos do Adversário. Ele anda como leão,
buscando destruir vidas preciosas. O que administra o rebanho de Deus deve
saber retirar da “despensa” de Deus o melhor alimento. E vigiar por suas vidas.
É Pedro quem dá idêntica advertência em sua primeira carta: “Sede sóbrios, vigiai, porque o diabo, vosso
adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar”
(1 Pe 5.8; Mt 26.41). Elinaldo Renovato. Dons espirituais &
Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora
CPAD. pag. 152-153..]
2. Amor e hospitalidade. Os despenseiros de Cristo têm um “ardente
amor uns para com os outros, porque o amor cobrirá a multidão de pecados” (1Pe
4.8). Mediante a graça de Deus, o obreiro pode demonstrar sabedoria e amor no
trato com as pessoas. Amar sem esperar receber coisa alguma é parte do chamado
de Deus para os relacionamentos (1Jo 3.16). Esta atitude é a verdadeira
identidade daqueles que se denominam discípulos do Senhor Jesus (Jo 13.34,35).
Aqui, também entra o caráter hospitaleiro do obreiro, recomendado pelo apóstolo
Pedro (1Pe 4.9). Isso se torna possível para quem ama incondicionalmente, pois
a hospitalidade é acolhimento, bom trato com todas as pessoas — crentes ou não,
pobres ou ricas, cultas ou não etc. Este é o apelo que o escritor aos Hebreus
faz a todos os crentes (Hb 13.2,3). [Comentário: O
DESPENSEIRO DEVE SER AMOROSO: - Em segundo lugar, o despenseiro de Cristo deve
ter “ardente amor uns para com os outros, porque o amr cobrirá a multidão de
pecados” (1 Pe 4.8); todo crente fiel deve ser despenseiro de Deus; mas, como
já refletimos, o obreiro, pastor, dirigente, ou líder de uma igreja, pastoreia
ovelhas que não são suas. E cada ovelha é diferente da outra, em temperamento,
formação, visão das coisas, e nem sempre é dócil e obediente. Há crentes que
dão muito trabalho aos líderes. Como despenseiro da graça de Deus, o obreiro
deve demonstrar amor em todas as ocasiões, no trato com todo o tipo de ovelha.
Com as mais fracas, deve ser mais compreensivo; com as mais fortes, deve ser
incentivador de sua fé e testemunho; com as feridas, deve ter sempre o bálsamo
do amor e da compreensão; e com as que pecam, fazer uso da disciplina com amor,
sem abuso de autoridade. Enfim, em qualquer situação o despenseiro deve ter
amor. É característica do verdadeiro discípulo de Jesus (Jo 13.34,35). O
DESPENSEIRO DEVE SER HOSPITALEIRO: - Deve ter hospitalidade para com “os
outros, sem murmurações” (1 Pe 4.9); já foi visto que hospitalidade é acolhimento,
bom trato com todas as pessoas, na administração da igreja local; ou do crente
com seus irmãos, familiares, amigos e pessoas em geral. “Não vos esqueçais da
hospitalidade, porque, por ela, alguns, não o sabendo, hospedaram anjos” (Hb
13.2). Há quem faça acepção de pessoas, discriminando os mais humildes ou menos
favorecidos na vida humana. Essa não é atitude do despenseiro da casa de Deus.
Esse deve ser sempre atencioso com todos, ajudando-os em suas necessidades
espirituais emocionais e físicas, dentro de suas possibilidades. Não agir
assim, é pecado (Dt 16.19; Tg 2.9). Elinaldo Renovato. Dons espirituais
& Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário.
Editora CPAD. pag. 153-154.]
3. O despenseiro deve administrar com fidelidade. A graça derramada sobre
os despenseiros de Cristo tem de ser administrada por eles com zelo e
fidelidade. A Palavra de Deus nos adverte: “Cada um administre aos outros o dom
como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus” (1Pe 4.10).
Pregando, ensinando ou administrando o corpo de Cristo, tudo deve ser feito
para a glória do Senhor, a quem realmente pertence a majestade e o poder (1Pe
4.11). Paulo ensina-nos ainda que devemos ser vistos pelos homens como
“ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus” (1Co 4.1; Cl
1.26,27). Por isso, os despenseiros de Deus devem ser fiéis em tudo; “para que,
agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos
principados e potestades nos céus” (Ef 3.10). [Comentário: Sobre a necessidade de administrarmos
com fidelidade, transcrevo o comentário de Matthew Henry: (1) A regra é que,
qualquer que seja o dom, comum ou extraordinário, quaisquer que sejam o poder,
a habilidade ou a capacidade para fazer o bem que nos foram dados, devemos
administrar, ou servir, uns aos outros com eles, não nos considerando senhores,
mas somente “...bons despenseiros da multiforme graça”, ou dos diversos dons de
Deus. Aprenda: [1] Seja qual for a habilidade que tivermos para fazer o bem,
precisamos reconhecê-la como um dom de Deus e atribuí-lo à sua graça. [2]
Quaisquer dons que tenhamos recebido, devemos considerá-los como recebidos para
o uso uns aos outros. Não podemos tomá-los para nós mesmos, nem escondê-los num
lenço, mas servir com eles aos outros da melhor maneira que conseguirmos. [3]
Ao recebermos os multiformes dons de Deus, precisamos considerar-nos apenas
despenseiros, e agir de acordo com isso. Os talentos que nos são confiados são
bens do nosso Senhor, e precisam ser empregados de acordo com a orientação
dele. E se exige de um despenseiro que seja encontrado fiel. (2) O apóstolo
exemplifica as suas orientações acerca dos dons em dois aspectos particulares:
falar e administrar, acerca dos quais ele dá estas regras: [1] “Se alguém, seja
um ministro em público, seja um cristão numa reunião particular, falar ou
ensinar, precisa fazê-lo segundo as palavras de Deus”, que nos orientam acerca
dos assuntos da nossa fala. O que os cristãos em particular ou os ministros em
público ensinam e falam precisa ser a pura palavra e os oráculos de Deus.
Acerca da maneira de falar, precisa ser com seriedade, reverência e solenidade,
que convém à santa e divina palavra. [2] “Se alguém administrar, ou como um
diácono, distribuindo donativos da igreja e cuidando dos pobres, ou como pessoa
particular, por meio de dádivas e contribuições de caridade, administre segundo
o poder que Deus dá”. Aquele que recebeu abundância e habilidades de Deus deve
administrar com abundância, e de acordo com sua habilidade. Essas regras devem
ser seguidas e praticadas para este fim, “...para que em tudo, em todos os seus
dons, ministrações e serviços, Deus seja glorificado” (v.11), “...para que
vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai que está nos céus” (Mt
5.16), “...por Jesus Cristo” (v. 11), que obteve e concedeu esses dons aos
homens (Ef 4.8), e unicamente por meio de quem nós e nossos serviços são
aceitáveis a Deus (Hb 13.15), a quem, Jesus Cristo, “...pertence a glória e o
poder para todo o sempre. Amém.” Aprenda que, em primeiro lugar, é dever dos
cristãos em particular e dos ministros em público falar uns aos outros das
coisas de Deus (Ml 3.16; Ef 4.29; SI 145.10-12). Em segundo lugar, importa
seriamente a todos os pregadores do evangelho manter-se próximos da palavra de
Deus, e tratar essa palavra como os oráculos de Deus. Em terceiro lugar os
cristãos não devem somente cumprir com as suas obrigações, mas precisam
cumpri-las com vigor e de acordo com as suas melhores habilidades. Em quarto
lugar, em todos os deveres e serviços da vida devemos almejar a glória de Deus
como o nosso propósito principal; todas as outras coisas precisam ser
submetidas a isso, que vai santificar nossos atos e coisas comuns (1 Co 10.31).
Em quinto lugar, Deus não é glorificado por nada do que fazemos se não
oferecermos isso a Ele por meio da mediação e dos méritos de Jesus Cristo. Em
tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, que é o único caminho para o Pai.
Em sexto lugar, a adoração que o apóstolo presta a Jesus Cristo e o fato de lhe
atribuir louvor e domínio eternos provam que Jesus Cristo é o Deus Altíssimo,
bendito acima de tudo para sempre. Amém. HENRY. Matthew. Comentário
Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa. Editora CPAD.
pag. 879-880.]
SINOPSE
DO TÓPICO (2)
Os bons despenseiros dos mistérios divinos devem
apresentar sobriedade, vigilância, amor, hospitalidade e fidelidade ao Senhor.
III. OS DONS ESPIRITUAIS E O
FRUTO DO ESPÍRITO
1. A necessidade dos dons espirituais. Os dons espirituais são indispensáveis à
Igreja. Uma onda de frieza e mornidão tem atingido muitas igrejas na
atualidade, as quais não estão vivendo a real presença e o poder de Deus para
salvar, batizar com Espírito Santo e curar enfermidades (Ap 3.15-20). Em tal
estado, os dons do Espírito são ainda mais necessários. É no tempo de sequidão
que precisamos buscar mais e mais a face do Senhor, rogando-lhe a manifestação
dos dons espirituais para o despertamento espiritual dos crentes em Jesus (Hb
3.2). [Comentário: O Pr Elinaldo Renovato escreve em seu livro de
apoio a esta lição: No capítulo 2, vimos o Propósito dos Dons Espirituais.
Neste item, podemos identificar a necessidade dos dons para as igrejas em todos
os tempos e lugares. Hoje, mais do que nunca, com o esfriamento do amor e a
multiplicação da iniquidade (cf. Mt 24.12), a Igreja do Senhor Jesus necessita
de mais poder, de mais unção, de “mais demonstração do Espírito e de poder” (1
Co 2.4). Os teólogos cessacionistas, que ensinam que os dons espirituais
cessaram com o fechamento do Cânon do Novo Testamento, e não há mais
necessidade deles, cometem equívoco elementar em sua exegese sobre a atualidade
dos dons. O fechamento do Cânon nada tem a ver com doutrina. Quer dizer que não
se pode acrescentar mais nenhum livro ao Novo Testamento. No que concerne aos
dons espirituais, os ensinos cessacionistas não se firmam na boa interpretação
da Bíblia, porque carecem de fundamento escriturístico. Eles se baseiam em
premissas equivocadas, que aprenderam com seus mentores, nos seminários, ou em
seus tratados teológicos. Para esses teólogos, suas conclusões cessacionistas
tornaram-se dogmas, a exemplo do que ocorreu na teologia católica. São
postulados intocáveis, sagrados, infalíveis. Eles defendem, corretamente, o
postulado da “Sola Scriptura”, fundamento da Reforma, mas, em seus estudos,
valorizam mais a opinião dos teólogos do que a própria Palavra de Deus. Em
nenhum lugar, na Bíblia, está escrito que os dons espirituais deixaram de
operar na igreja. Os dons espirituais, hoje, são mais necessários do que no
tempo dos apóstolos. Há uma “frente fria”, passando pelos seminários, por
faculdades teológicas, e por muitas igrejas, em que não se vê a presença de
Deus, através dos dons espirituais, ou dos sinais do poder de Deus, na vida das
pessoas. Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a
DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 155.]
2. Os dons espirituais e o amor cristão. Paulo termina o capítulo
sobre os dons espirituais, dizendo: “Portanto, procurai com zelo os melhores
dons; e eu vos mostrarei um caminho ainda mais excelente” (1Co 12.31). Em
seguida abre o capítulo mais belo da Bíblia Sagrada sobre o amor — 1 Coríntios
13. Como já dissemos, não é por acaso que o tema do amor (capítulo 13) está
entre os assuntos espirituais (capítulos 12 e 14). Ali, o apóstolo dos gentios
refere-se a vários dons, ensinando que sem o amor nada adianta tê-los. [Comentário: A afirmativa de Paulo “Um
caminho ainda mais excelente” não é uma comparação negativa entre dons e amor,
visto que o advérbio ainda indica a continuação do assunto. Todas as
manifestações do Espírito devem, ao mesmo tempo, manifestar o lado do amor,
pois o amor é a questão definitiva que está por trás de todas as coisas. É o
esteio, o apoio, o início e o fim no que se refere ao uso dos dons. Paulo
incentiva a Igreja coríntia a buscar com zelo os dons Espirituais e orienta
aqueles crentes a buscarem algo ainda mais precioso. Paulo está mostrando aos
coríntios em que consiste a essência do cristianismo e porque ele é um
“caminho” tão inusitado, que sobrepuja a tudo.]
3. A necessidade do fruto do Espírito. Uma vida cristã pautada pela perspectiva do
fruto do Espírito (Gl 5.22) — o amor — é o que o nosso Pai Celestial quer à sua
Igreja. Uma igreja cheia de poder, que também ama o pecador. Cheia de dons
espirituais, mas que também acolhe o doente. Zelosa da boa doutrina, mas em
chamas pelo amor fraterno que, como diz Paulo, “é sofredor, é benigno; o amor
não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se
porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita
mal” (1Co 13.4,5). O caminho do amor é mais excelente que o dos dons
espirituais (1Co 12.31). [Comentário: Somente
o Espírito Santo pode produzir no cristão o fruto do Espírito. Quando o
Espírito controla completamente a vida do cristão, ele produz todas essas
graças. Elinaldo Renovato escreve sobre isto: “O fruto do Espirito — O amor (G1
5.22) — é o que faz a diferença entre um crente correto e um crente que
trabalha, mas não produz o que Deus espera dele. O que tem dons de Deus, ou
dons do Espírito Santo, necessita ser coberto pelo amor de Deus em seu coração,
e em suas ações. Por isso, Paulo diz que “A caridade [o amor, em outras
versões] é sofredora, é benigna; a caridade não é invejosa; a caridade não
trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não
busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal” (1 Co 13.4,5 —
colchete inserido). A prática da caridade, ou do amor em ação, age no caráter
do crente. Não admite inveja, irresponsabilidade, orgulho, indecência, e “não
busca seus interesses”, ou seja, não é egoísta (1 Co 13.5), “não se irrita”, ou
seja, não permite que o crente viva irritado com os outros, o tempo todo, e não
dá lugar a suspeitas infundadas, como o texto citado em evidencia. O dom do
Espírito deve ser exercido com amor e humildade, sem presunção ou orgulho (1 Co
13.4). O uso dos dons deve dar lugar a um exercício constante em busca da
maturidade cristã. A falta de maturidade leva os detentores de dons a serem
carnais e infantis na fé. A igreja de Corinto possuía em seu seio todos os
dons, mas os crentes não estavam maduros na fé. Diz Paulo: “E eu, irmãos, não
vos pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a meninos em
Cristo. Com leite vos criei e não com manjar, porque ainda não podíeis, nem
tampouco ainda agora podeis; porque ainda sois carnais, pois, havendo entre vós
inveja, contendas e dissensões, não sois, porventura, carnais e não andais
segundo os homens? (1 Co 3.1-3 — grifo nosso). Exortando a igreja, Paulo diz da
necessidade de deixarem de ser meninos na fé. “Quando eu era menino, falava
como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a
ser homem, acabei com as coisas de menino” (1 Co 13.11). A prática do fruto do
Espírito, aliada ao exercício dos dons, é o que evita a meninice espiritual, e
leva o crente a alcançar a maturidade espiritual, como diz Paulo: “logo que
cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino”. É a falta do fruto do
Espírito da temperança, da bondade, da benignidade e acima de tudo do amor, que
tem sido causa de escândalos e decepções nas igrejas.”Elinaldo Renovato.
Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder
extraordinário. Editora CPAD. pag. 156-157.]
SINOPSE
DO TÓPICO (3)
Os dons espirituais são ligados ao amor cristão, o
mais autêntico fruto do Espírito.
CONCLUSÃO
A multiforme sabedoria de Deus manifesta-se na igreja através da
intervenção sobrenatural do Espírito Santo e a partir dos dons de Deus
necessários ao crescimento espiritual dos crentes. Sejam quais forem os dons,
aqueles que os possuem devem usá-los com humildade e fidelidade, não buscando
os interesses próprios, mas sobretudo o amor, pois sem amor de nada adianta
possuir dons. Estes são para a edificação dos salvos em Cristo Jesus. [Comentário: Antes mesmo da criação do mundo, Deus tinha um
plano. Este plano foi feito em Cristo e reunirá em Cristo todas as coisas que
existem nos céus e na terra. Deus planejou tudo isto por causa da sua vontade,
ou para o seu prazer. Deus é o Número Um. Por isso todas as coisas são dele e
por meio dele. Efésios 3.10 nos apresenta o mistério da multiforme sabedoria de
Deus que agora é dada a conhecer por meio da igreja aos principados e
potestades. A Sabedoria de Deus é Cristo; portanto, o que se dá a conhecer por
meio da igreja é o próprio Cristo. Cada vez que a igreja se reúne, dá testemunho
e expressa o Senhor Jesus Cristo. Efésios 4.11 relaciona cinco ministérios:
apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres. Através deles, o Senhor
capacita a igreja; mas na realidade, estes cinco ministérios são cinco
expressões de Cristo. Cristo é o verdadeiro Apóstolo, o verdadeiro Profeta, o
grande Evangelista, o bom Pastor, e o grande Mestre. Assim que cada um destes
cinco ministérios expressa cinco aspectos da maravilhosa pessoa de Cristo. Deus
nos salvou com seu sangue, nos deu Dons Espirituais, nos colocou em uma igreja
local e espera que sua face seja refletida através de cada um de nós. Assim,
encerramos este trimestre, cada aula desenrolou-nos mistérios acerca dos dons e
ministérios, acima de tudo, mostrou-nos que sua mola propulsora é o amor e sua
finalidade é a edificação do próximo. Agora, é só colocarmos em prática!] “NaquEle que me garante: "Pela graça sois
salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Graça e Paz a todos que estão em
Cristo!
Francisco Barbosa