SUBSÍDIO I
INTRODUÇÃO
Após a saída do Egito, os israelitas experimentaram
um grandioso milagre de Deus. Em um momento crucial Deus abriu o mar,
permitindo que o povo ultrapassasse tal desafio. Na aula de hoje estudaremos a
respeito desse feito, atentando para algumas aplicações relacionadas à vida
cristã. Inicialmente destacaremos a necessidade da fé, mesmo diante das
adversidades, em seguida, a importância da confiança em Deus. Ao final, o
reconhecimento da providência do Senhor, expressado na adoração.
1. A NECESSIDADE
DA FÉ EM DEUS
A celebração da Páscoa foi apenas a preparação para
algo maior que Deus haveria de mostrar ao Seu povo. A vida daqueles que servem
ao Senhor está repleta de surpresas, por isso há sempre algo mais pelo que
esperar. Isso acontece porque a maturidade não é alcançada de uma hora para
outra, precisa de tempo para ser forjada. De igual modo, a fidelidade a Deus é
resultado de uma vida de experiências, todas elas fundamentadas na obediência à
Palavra de Deus. Somente quando estamos dispostos a nos dobrar diante das
coisas que não vemos, e depositamos nossa fé em Deus, podemos atestar que amadurecemos (Hb. 11.1-6). É a fé que nos conduz pelo caminho estabelecido por Deus, que nos leva a cantar com o salmista: “guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome” (Sl. 23.3). A aceitação do caminho de Deus é uma atitude de rendição, de desistência dos nossos projetos, em favor das orientações do Senhor. Os israelitas receberam do Senhor as diretrizes precisas a partir das quais deveriam se orientar (Ex. 13.17,18). Eles deveriam chegar até o Monte Sinai, para tanto precisariam seguir pelo trajeto mais longo. O percurso mais rápido dificultaria a peregrinação, considerando que havia acampamentos egípcios por toda parte. Somos tentados a perseguir os atalhos, mas esse não é o plano de Deus, a fim de conduzir-nos à maturidade, nos fará, não poucas vezes, seguir por onde não desejávamos ir. Algumas portas serão fechadas, as vias se tornarão íngremes, e a estrada sinuosa, mas Deus sempre nos mostra uma saída, a fim de nos dirigir ao Seu propósito (At. 16.6-10; II Co. 2.12,13). Ele não nos deixa sozinhos, antes segue adiante, mostrando por onde deveremos trilhar (Ex. 13.20-22). Deus guiou o povo de Israel através da coluna, de igual modo, nos orienta pela Palavra, e pelo Espírito Santo (Ef. 1.15-23; Jo. 16.12,13).
coisas que não vemos, e depositamos nossa fé em Deus, podemos atestar que amadurecemos (Hb. 11.1-6). É a fé que nos conduz pelo caminho estabelecido por Deus, que nos leva a cantar com o salmista: “guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome” (Sl. 23.3). A aceitação do caminho de Deus é uma atitude de rendição, de desistência dos nossos projetos, em favor das orientações do Senhor. Os israelitas receberam do Senhor as diretrizes precisas a partir das quais deveriam se orientar (Ex. 13.17,18). Eles deveriam chegar até o Monte Sinai, para tanto precisariam seguir pelo trajeto mais longo. O percurso mais rápido dificultaria a peregrinação, considerando que havia acampamentos egípcios por toda parte. Somos tentados a perseguir os atalhos, mas esse não é o plano de Deus, a fim de conduzir-nos à maturidade, nos fará, não poucas vezes, seguir por onde não desejávamos ir. Algumas portas serão fechadas, as vias se tornarão íngremes, e a estrada sinuosa, mas Deus sempre nos mostra uma saída, a fim de nos dirigir ao Seu propósito (At. 16.6-10; II Co. 2.12,13). Ele não nos deixa sozinhos, antes segue adiante, mostrando por onde deveremos trilhar (Ex. 13.20-22). Deus guiou o povo de Israel através da coluna, de igual modo, nos orienta pela Palavra, e pelo Espírito Santo (Ef. 1.15-23; Jo. 16.12,13).
2. A
CONFIANÇA EM DEUS DIANTE DO MAR
Depois que saiu do Egito, o povo acampou diante do
mar, aos olhos da nação aquele era um grande desafio. Faraó, insatisfeito com a
fuga dos israelitas, e com o coração endurecido, decidiu persegui-los (Ex.
14.5). De repente os hebreus tiraram os olhos da coluna de fogo, que
significava a presença de Deus, e olharam para trás onde estava Faraó e seu exército.
Em consequência disso, perderam o foco e se tornaram alvo das ameaças do
inimigo. Isso também pode acontecer com aqueles que seguem a Cristo, a falta de
foco pode os distanciar do percurso, fazendo com que olhem para trás (Lc.
9.62). De vez em quando somos tentados, como os israelitas a confiar apenas no
que vemos, mas não podemos esquecer que vivemos por fé, e não por vista (II Co.
5.7). Devemos proceder como Moisés, que diferentemente do povo, confiou em
Deus, sabendo que o exército de faraó não representava uma ameaça (Ex.
14.13-31). Certamente o povo estava murmurando, por isso Moisés ordenou ao povo
que se calasse, e confiasse que Deus pelejaria por eles (Ex. 14.14,15). O Deus
de Israel é o Todo-Poderoso, Aquele que diz: “Aquietai-vos e sabei que eu sou
Deus” (Sl. 46.10). Quando Moisés ergueu a vara, as águas do mar se dividiram e
Israel pode atravessar em terra seca, escapando do exército egípcio. Essa foi
uma demonstração a fim de que os inimigos do povo viessem a reconhecer que Yahweh
era o Senhor (Ex. 14.18). Esse milagre aconteceu depois que Moisés estendeu a
mão, e Deus enviou um forte vento que abriu o caminho para que o povo passasse
no meio do mar (Sl. 77.16-20). A confiança em Deus nos lança para além dos
nossos temores, é a falta de fé que nos faz fraquejar diante das adversidades
(Mc. 4.40). Na teologia paulina, a travessia dos israelitas pelo mar tipifica
um batismo, pois Israel ficou submerso naquelas águas (I Co. 10.1,2). Aquela
experiência marcou aquele povo, que passou a confiar no Senhor e em Moisés (Ex.
14.31). É uma pena que alguns cristãos precisem ver os milagres de Deus para
confiarem no Seu poder. Existem promessas nas Escrituras em relação às
intervenções divinas, inclusive na natureza. A fé do cristão, no entanto, deve
permanecer alicerçada na Palavra, ainda que não vejamos coisa alguma admirável
aos nossos olhos (Hc. 3.17-19).
3.
CELEBRANDO AO DEUS QUE LIBERTA
A travessia dos israelitas pelo mar foi um batismo
que identificou o povo com o Deus de Abrãao, Isaque e Jacó, resultando em parte
da confissão de fé daquela nação (Dt. 26.1-11). Esse acontecimento inspirou-os
a cantar um hino de louvor e adoração ao Senhor (Ex. 15.1-21). É fácil cantar
louvores a Deus quando tudo acontece de acordo com nossas vontades. A
maturidade do crente se revela em sua disposição para adorar a Deus mesmo a
noite (Jó. 35.10; Sl. 42.8; Mt. 26.30; At. 16.25). É nessas horas que
demonstramos nosso compromisso com Ele, e que não estamos apenas olhando para
Suas mãos, antes para Sua face. Por meio de um hino, os hebreus anunciaram a
vitória de Deus (Ex. 15.1-4), isso porque o exército egípcio foi lançado ao
mar, os soldados afundaram feito pedra e chumbo (Ex. 15.5,10). O Deus de Israel
é “homem de guerra” que não luta com armas comuns, pois Suas narinas dividiram
as águas. Essa é um antropomorfismo, ressaltando a grandeza de Deus, que mantém
a natureza em Suas mãos (Ex. 15.6-10; Mc. 4.35-41). De fato, quem pode ser
equiparado a esse Deus, Ele é incomparável entre outros deuses, Sua presença
atemoriza os inimigos (Ex. 15.11-14). Precisamos reafirmar, com louvores, a
singularidade do Deus que se revela na Bíblia (Jo. 14.6; At. 4.12). A exaltação
de Deus, através desse hino (Ex. 15.11-16), deve inspirar os compositores
evangélicos a melhorarem a qualidade das suas composições. Isso porque nos
arraiais eclesiásticos existem muitos hinos que se distanciam da Palavra de
Deus, com letras predominantemente antropocêntricas, que adora mais aos homens
do que a Deus. Devemos aprender, com o povo de Israel, a celebrar ao Senhor
pelo Seu poder, sabedoria e grandeza (Ex. 15.12-14). Ele é o Deus que cumpre
com as Suas promessas, tirando os hebreus do Egito, conduzindo-os a Canaã (Ex.
15.16-18). Os feitos de Deus devem inspirar nossos hinos, e como o salmista,
declaramos que: “as águas cobriram os seus opressores; nem um deles escapou.
Então creram nas suas palavras e lhe cantaram louvor” (Sl. 106.11,12).
CONCLUSÃO
Deus livrou o povo de Israel, abrindo o mar para
que esse passasse, livrando-o de uma grande adversidade. Na vida cristã
passamos por situações difíceis (Jo. 16.33), mas não podemos perder a fé e a
confiança em Deus (Hb. 11.6). Quando o Senhor estender a Sua mão, como fez para
salvação dos hebreus, reconheçamos Seu atos poderosos, celebrando-O com louvor
e adoração (Lv. 22.29). Também precisamos aprender a esperar no Senhor (Sl.
40.1), e quando as coisas não acontecerem do jeito que desejávamos, não devemos
murmurar (Fp. 2.14), antes depender de Deus, certos de que Ele está no comando
de nossas vidas (Mt. 10.30; Lc. 12.7).
Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
I - A TRAVESSIA DO MAR
SINOPSE DO TÓPICO (I)
II - O CÂNTICO DE MOISÉS
2. Miriã juntamente com as mulheres louvam a Deus (Êx 15.20,21). Por intermédio de Êxodo 15.20 “Então, Miriã, a profetisa, a irmã de Arão, tomou o tamboril na sua mão, e todas as mulheres saíram atrás dela com tamboris e com danças”, podemos ver que Miriã não era apenas profetisa (Nm 12.2) “E disseram: Porventura, falou o SENHOR somente por Moisés? Não falou também por nós? E o SENHOR o ouviu”, ela também tinha habilidades musicais. Segundo a Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, "a profecia e a música estão frequentemente relacionadas na Bíblia" (1 Sm 10.5) “Então, virás ao outeiro de Deus, onde está a guarnição dos filisteus; e há de ser que, entrando ali na cidade, encontrarás um rancho de profetas que descem do alto e trazem diante de si saltérios, e tambores, e flautas, e harpas; e profetizarão” (1 Cr 25.1) “E Davi, juntamente com os capitães do exército, separou para o ministério os filhos de Asafe, e de Hemã, e de Jedutum, para profetizarem com harpas, e com alaúdes, e com saltérios; e este foi o número dos homens aptos para a obra do seu ministério”. Miriã adorou a Deus juntamente com todas as mulheres. Foi um dia de grande alegria e celebração para Israel. Era impossível ficar calado diante da demonstração do poder de Deus. O Senhor espera que o adoremos por seus atos grandiosos, e que o adoremos em Espírito e em verdade, pois o Pai procura aqueles que assim o adoram (Jo 4.23,24) “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade”.. [Comentário: O fim do nosso capítulo mostra-nos Israel vitorioso nas praias do Mar Vermelho e o exército do Faraó submergido nas suas águas. Os temores dos israelitas e a jactância dos egípcios eram igualmente desprovidos de fundamento. A obra gloriosa do Senhor havia destruído tanto uns como os outros. As mesmas águas que serviram de muro aos remidos de DEUS, serviram de sepultura para Faraó. É sempre assim: aqueles que andam por fé acham um caminho por onde transitar, ao passo que todos aqueles que tentam imitá-los encontram uma sepultura. Trata-se de uma verdade solene, que não é, de modo nenhum, diminuída pelo fato que Faraó atuava em hostilidade declarada e positiva contra DEUS quando intentou atravessar o Mar Vermelho. Descobrir-se-á sempre a verdade que todos aqueles que intentam imitar as obras da fé serão confundidos. Felizes daqueles que, embora fracos, podem andar por fé. O cântico de Moisés é o cântico mais antigo da Bíblia. Trata-se de um hino de gratidão a DEUS pelo livramento milagroso que Ele proporcionou. É uma celebração da intervenção divina em favor do seu povo, libertando-o e derrotando aqueles que oprimiam e perseguiam o povo de DEUS. DEUS é chamado por Moisés nesse cântico de “minha força”, “meu cântico” (isto é, motivo do seu louvor), “salvação”, “DEUS de meu pai”, “homem de guerra” e “Senhor”, além de incomparável e único DEUS e aquEle que reinará para sempre (Ex 15.2,3,11,18). Esse cântico pode ser dividido em três partes, onde vemos DEUS como o Herói do seu povo (Ex 15.1-3), o Senhor supremo sobre todos (15.4-12) e o Rei de Israel (15.13-19). A razão de ser de todo o cântico, o seu resumo, está no versículo 19. DEUS deseja que sejamos gratos a Ele e que o reconheçamos como Senhor da nossa vida, como a razão do nosso viver. O cântico de Moisés nada mais é do que um reconhecimento da graça e do amor de DEUS diante de uma intervenção espetacular de sua parte, uma manifestação sincera de gratidão ao Senhor pelo seu cuidado para com o seu povo. Não é todo dia que vemos uma intervenção desse porte, fisicamente falando, mas todos os dias DEUS está agindo em nosso favor, quer percebamos, quer não. Devemos agradecer a DEUS pelas suas intervenções visíveis e invisíveis sobre as nossas vidas, livrando-nos do mal. (COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida. Editora CPAD. pag. 55-56).].
3. Celebrando a Deus. Todo Israel, em uma única voz, cantou e celebrou a grande vitória. Foi uma alegria coletiva nunca vista antes na história do povo de Deus. Celebre a Deus individual e diariamente (Sl 100.1) “Celebrai com júbilo ao SENHOR, todos os moradores da terra”, mas também na sua congregação, como um só corpo. [Comentário: O poema, na verdade, é um hino. São aqui combinados dois cânticos, ambos celebrando o livramento de Israel por intervenção de YAHWEH, diante do mar de Juncos (cap. 14). O cântico de Moisés (vss. 1-18) foi introduzido mediante a citação de um antigo cântico de Míriã (vs. 21). Há três cânticos atribuídos a Moisés no Antigo Testamento. Este, 0 de Deuteronômio 31.22 e 0 Salmo 90. Os deuses das nações pagãs continuavam sendo concebidos como existentes (nas mentes dos pagãos), mas YAHWEH mostrava-se superior a todos eles quanto ao poder. Temos aí um grande passo na direção da fé que só aceita a existência de um DEUS verdadeiro (vs. 11). Tal como todos os cânticos patrísticos, este poema fala sobre triunfos nacionais” (J. Coert Rylaarsdam, in loc). O cântico começa comemorando 0 principal fato destacado no capítulo catorze: 0 exército egípcio foi derrotado e destruído no mar, mediante um poderoso ato de YAHWEH].
SINOPSE DO TÓPICO (II)
III - A PROTEÇÃO E O CUIDADO DE DEUS COM SEU POVO
SINOPSE DO TÓPICO (III)
CONCLUSÃO
Graça e Paz a todos que estão em Cristo!
Francisco Barbosa
SUBSÍDIO II
INTRODUÇÃO
Na
lição de hoje veremos como se deu a saída dos hebreus do Egito. Você pode
imaginar a alegria do povo hebreu? Deus tem o tempo certo para agir. o povo
teve que esperar 430 anos até o dia da tão esperada liberdade. O dia chegou e
quem traçou a rota de saída foi o próprio Senhor. O caminho escolhido foi o
mais longo, pois Deus conhecia o coração dos israelitas e sabia que na primeira
dificuldade logo desejariam retornar. Nesta lição veremos que Deus retirou
Israel do Egito e cuidou do seu povo todos os dias durante a longa travessia
pelo deserto até a entrada na tão sonhada Terra Prometida. [Comentário: Chegamos ao
episódio mais fascinante da narrativa de Êxodo, a travessia do Mar Vermelho. Aquela
nação havia estado escravo no Egito, submetido a trabalhos pesados sob um
regime escravagista, cruel e sistemático, sob tutela governamental. Cabiam aos
judeus trabalhos muito pesados, de quebrar o corpo, para que também seu
espírito se dobrasse. Sofreram tortura e genocídio. Sob a liderança de seu rei
sanguinário, que personificava o mal, o Egito privou os judeus de sua dignidade
e liberdade. O povo Hebreu teve que esperar 430 anos (não todos eles como
escravos) ate que finalmente foi liberto da escravidão pelo Todo Poderoso. A
palavra hebraica para "aflições", sivlot, também pode ser traduzida
por "tolerância". Tolerância é a forma de arcar com um peso, com uma
aflição, ou seja, a forma de aceitar uma situação difícil. D'us anunciou a
Moisés que Ele libertaria o povo judeu do peso e da aflição de tolerar o Egito.
Deus não se esqueceu das suas promessas que havia feito a Abraão. Ele não
esquece jamais das suas promessas e que poderá frustrar os seus planos? Hoje, temos
a oportunidade de estudar como Deus livrou o seu povo com braço forte e como os
conduziu com cuidado e zelo pelo deserto. Esta figura aponta para a nossa
jornada desde o Egito até chegarmos à Terra Prometida, a Canaã Celestial, à
Nova Jerusalém.]. Tenhamos todos uma excelente e abençoada aula!
I - A TRAVESSIA DO MAR
1. A saída do Egito (Êx 12.11,37): Deus retirou com mão forte o seu povo do Egito. Depois de tudo que
presenciaram, tanto os israelitas quanto os egípcios perceberam que estavam
diante de um milagre divino, um acontecimento sobrenatural. Agora era hora da
partida. O povo já estava preparado para ir embora, todos vestidos e com seus
cajados nas mãos. Você está preparando para a viagem à Casa do Pai? Todos terão
um dia que fazer esta passagem. Segundo o texto bíblico de Êxodo 12.37 “Assim,
partiram os filhos de Israel de Ramessés para Sucote, coisa de seiscentos mil
de pé, somente de varões, sem contar os meninos.”, deixaram o Egito seiscentos
mil homens, fora os meninos e as mulheres. Os israelitas não saíram do Egito de
mãos vazias. Deus os abençoou de tal maneira que eles despojaram os egípcios
(Êx 12.36) “E o SENHOR deu graça ao povo em os olhos dos egípcios, e estes
emprestavam-lhes, e eles despojavam os egípcios.” Era uma pequena retribuição
por todos os anos de trabalho escravo a que foram submetidos. A rota escolhida
pelo Senhor para a saída do Egito foi a mais longa, pois nem sempre Deus
escolhe o caminho mais rápido para nos abençoar. O objetivo de tal escolha era
também evitar que os israelitas tivessem que passar pelo caminho dos filisteus,
evitando confronto com eles (Êx 13.17) “E aconteceu que, quando Faraó deixou ir
o povo, Deus não os levou pelo caminho da terra dos filisteus, que estava mais
perto; porque Deus disse: Para que, porventura, o povo não se arrependa, vendo
a guerra, e tornem ao Egito”. Os hebreus não estavam preparados para lutar,
pois ainda estavam acostumados à escravidão. Deus também sabia que diante de
qualquer obstáculo o povo iria querer voltar para o Egito. [Comentário: A saída do povo de Deus
do Egito foi algo marcante, tanto para os israelitas como para os egípcios. O
Egito ficou economicamente arrasado devido às pragas, porém o último flagelo
marcou profundamente as famílias. Nos lares dos egípcios havia pranto, dor e
morte, já nas casas dos israelitas, todos estavam prontos, festejando a Páscoa
e com o coração repleto de alegria pelo livramento que o Senhor estava
concedendo. Foi necessário Deus apresentar-se tanto aos egípcios quanto aos
próprios israelitas, para que seu povo aprendesse a depender unicamente dEle;
eles deveriam aprender a confiar em Deus - e como isso foi difícil. É nos dias
de provação e dificuldades que a alma experimenta alguma coisa da
bem-aventurança profunda e incontável de poder confiar em Deus. Se tudo fosse
sempre fácil nunca se poderia fazer esta experiência. Não é quando o barco
desliza suavemente à superfície do lago tranquilo que a realidade da presença
do Mestre é sentida; mas sim, quando ruge o temporal e as ondas varrem a
embarcação. O Senhor não nos oferece a perspectiva de isenção de provações e
tribulações; pelo contrário, diz-nos que teremos tanto umas como as outras;
porém, promete estar conosco sempre; e isto é muito melhor que vermo-nos livres
de todo o perigo. A compaixão do Seu coração conosco é muito mais agradável do
que o poder da Sua mão por nós. A presença do Senhor com os Seus servos fiéis,
enquanto passavam pelo forno de fogo ardente, foi muito melhor do que a
manifestação do Seu poder para os preservar dele (Dn 3). Desejamos com
frequência ser autorizados a avançar na nossa carreira sem provações, mas isto
acarretaria grave prejuízo. A presença do Senhor nunca é tão agradável como nos
momentos de maior dificuldade].
2. A perseguição de Faraó (Êx 14.5-9). O povo estava acampado próximo do mar Vermelho quando o coração de Faraó
foi mais uma vez endurecido contra os hebreus (Êx 14.5) “Sendo, pois, anunciado
ao rei do Egito que o povo fugia, mudou-se o coração de Faraó e dos seus servos
contra o povo, e disseram: Por que fizemos isso, havendo deixado ir a Israel,
para que nos não sirva?”. Então, Faraó tomou todo o seu exército e saiu em
perseguição ao povo de Deus. Aqueles que servem ao Senhor com integridade são
alvos de muitas perseguições, mas temos um Deus que nos livra de todas as
aflições e perseguições (Sl 34.19) “Muitas são as aflições do justo, mas o
SENHOR o livra de todas.”. O povo de Israel ficou apavorado quando viu o
exército de Faraó vindo em sua direção. Diante deles estava o mar e atrás um grande
exército inimigo. Há momentos em que o Inimigo tenta nos acuar, mas Deus sempre
sai em defesa do seu povo, por isso, não tenha medo. Confie firmemente no
Senhor e Ele o guardará (Sl 121.1) “Elevo os olhos para os montes: de onde me
virá o socorro?” Diante da perseguição de Faraó os israelitas mais uma vez
clamam ao Senhor (Êx 14.10) “E, chegando Faraó, os filhos de Israel levantaram
seus olhos, e eis que os egípcios vinham atrás deles, e temeram muito; então,
os filhos de Israel clamaram ao SENHOR”. Deus ouve a oração do seu povo, Ele
também responde a súplica que lhe fazemos, por isso ore, clame e veja o agir do
Todo-Poderoso em sua vida. [Comentário: Israel está em
retirada! Marcadamente marcham rumo à uma inédita experiência com o Todo
Poderoso. Encontram-se numa dificuldade esmagadora—foram chamados a mercadejar
"mas grandes águas"; veem esvair sê-lhes "toda a sua
sabedoria" (Sl 107.27). Faraó, arrependido de os haver deixado sair do seu
país, decide fazer um esforço desesperado para os trazer de novo. "E
aprontou o seu carro e tomou consigo o seu povo; e tomou seiscentos carros
escolhidos, e todos os carros do Egito, e os capitães sobre eles todos... E,
chegando Faraó, os filhos de Israel levantaram seus olhos, e eis que os
egípcios vinham atrás deles, e temeram muito; então, os filhos de Israel
chamaram ao SENHOR" (versículos 6-10). Aqui estava uma cena no meio da
qual o esforço humano era inútil. Tentar livrarem-se por qualquer coisa que
pudessem fazer, era a mesma coisa que se tentassem fazer retroceder as ondas
alterosas do oceano com uma palha. O mar estava diante deles, o exército de
Faraó por detrás, e de ambos os lados estavam as montanhas; e tudo isto,
note-se, havia sido permitido e ordenado por Deus. O Senhor havia escolhido o
terreno para acamparem "diante de Pi-Hairote, entre Migdol e o mar, diante
de Baal -Zefom". Depois, permitiu que faraó os alcançasse. E por quê1?-
Precisamente para Se manifestar na salvação do Seu povo e na completa
destruição dos seus inimigos. "Aquele que dividiu o Mar Vermelho em duas
partes; porque a sua benignidade é para sempre. E fez passar Israel pelo meio
dele; porque a sua benignidade é para sempre. Mas derribou a Faraó com o seu
exército no Mar Vermelho, porque a sua benignidade é para sempre" (SI
136:13-15). (C.
H. MACKINTOSH. Estudos Sobre O Livro De Êxodo. Editora Associação Religiosa
Imprensa da Fé.)].
3. A ruína de Faraó e seu exército (Êx 14.26-31). "Dize aos filhos de Israel que marchem"
(Êx 14.15). Esta foi a resposta do Senhor para o seu povo que estava sendo
perseguido pelo exército egípcio. Eles marcharam e Deus enviou durante toda
aquela noite um vento e o mar se abriu. O Senhor providenciou um caminho para
os israelitas passarem, e o mesmo caminho serviu de juízo para Faraó e seu
exército. O povo de Deus atravessou o mar e quando os egípcios intentaram fazer
o mesmo, o Senhor os destruiu (Êx 14.27,28) “Então, Moisés estendeu a sua mão
sobre o mar, e o mar retomou a sua força ao amanhecer, e os egípcios fugiram ao
seu encontro; e o SENHOR derribou os egípcios no meio do mar, porque as águas,
tornando, cobriram os carros e os cavaleiros de todo o exército de Faraó, que
os haviam seguido no mar; nem ainda um deles ficou”. Para que o povo não
duvidasse, Deus permitiu que os israelitas vissem os corpos dos egípcios na
praia (Êx 14.30) “Assim, o SENHOR salvou Israel naquele dia da mão dos
egípcios; e Israel viu os egípcios mortos na praia do mar”.
[Comentário: O mar Vermelho (árabe:Bahr el-Ahmar, hebraico Yam Suf “mar
de juncos”) é um golfo do Oceano Índico entre a África e a Ásia. Quando
obedecemos, Deus nos garante que vai adiante de nós. “O Senhor, pois, é aquele que vai adiante de ti; ele será contigo, não
te deixará, nem te desamparará. Não temas, nem te espantes" (Dt 31.8).
Diante do perigo e da aproximação do inimigo a ordem do Senhor foi: "Dize
aos filhos de Israel que marchem" (Êx 14.15). Marchar para onde? Para o
mar? Parecia impossível, porém os israelitas obedeceram. Na obediência está a
bênção de DEUS. Aquele que obedece vê o impossível acontecer! Então, DEUS
enviou um vento e o mar se abriu para o povo de DEUS passar. O povo de Israel
atravessou o mar e os egípcios quiseram imitá-los, mas o Senhor os derribou (Êx
14.27). O livramento era para o povo de DEUS, não para os inimigos. Você
pertence ao povo de DEUS? Então, não tema. Há livramento para você].
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Deus retirou com mão forte os israelitas do Egito e os guiou rumo à
Terra Prometida.
II - O CÂNTICO DE MOISÉS
1. Moisés celebra a Deus pela vitória (Êx
15.1-19). Diante de tão grande
livramento, Moisés eleva um cântico ao Senhor em adoração. O cântico de Moisés
foi uma forma de agradecer a Deus pelos seus feitos. Louve a Deus por tudo que
Ele é e por tudo que Ele tem feito em sua vida. Ofereça ao Senhor sacrifícios
de gratidão (Lv 22.29) “E, quando sacrificardes sacrifício de louvores ao
SENHOR, o sacrificareis de vossa vontade”. Podemos oferecer-lhe nosso louvor e
a nossa adoração: "Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de
nenhum de seus benefícios" (Sl 103.2). Segundo a Bíblia de Estudo
Pentecostal, "o livramento dos israelitas das mãos dos egípcios prefigura
e profetiza a vitória do povo de Deus sobre Satanás e o Anticristo nos últimos
dias; daí um dos cânticos dos redimidos ser chamado o 'cântico de Moisés' (Ap
15.3) “E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro,
dizendo: Grandes e maravilhosas são as tuas obras, Senhor, Deus Todo-poderoso!
Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei dos santos!”
[Comentário: Diante de tão grande livramento ninguém poderia ficar
calado. Todos louvaram e exaltaram a DEUS. Moisés celebrou ao Senhor com um
cântico. Uma forma de agradecer a DEUS pelos seus feitos. Tem você celebrado a
Ele. "Os que descem ao mar em navios, mercando nas grandes águas, esses
veem as obras do SENHOR e as suas maravilhas no profundo" (SI 107.23-24).
Quão verdadeiras são estas palavras! E contudo como os nossos corações covardes
têm horror a essas "grandes águas"! Preferimos os fundos baixos, e,
por consequência, deixamos de ver "as obras" e "as
maravilhas" do nosso DEUS; pois estas só podem ser vistas e conhecidas
"no profundo".].
2. Miriã juntamente com as mulheres louvam a Deus (Êx 15.20,21). Por intermédio de Êxodo 15.20 “Então, Miriã, a profetisa, a irmã de Arão, tomou o tamboril na sua mão, e todas as mulheres saíram atrás dela com tamboris e com danças”, podemos ver que Miriã não era apenas profetisa (Nm 12.2) “E disseram: Porventura, falou o SENHOR somente por Moisés? Não falou também por nós? E o SENHOR o ouviu”, ela também tinha habilidades musicais. Segundo a Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, "a profecia e a música estão frequentemente relacionadas na Bíblia" (1 Sm 10.5) “Então, virás ao outeiro de Deus, onde está a guarnição dos filisteus; e há de ser que, entrando ali na cidade, encontrarás um rancho de profetas que descem do alto e trazem diante de si saltérios, e tambores, e flautas, e harpas; e profetizarão” (1 Cr 25.1) “E Davi, juntamente com os capitães do exército, separou para o ministério os filhos de Asafe, e de Hemã, e de Jedutum, para profetizarem com harpas, e com alaúdes, e com saltérios; e este foi o número dos homens aptos para a obra do seu ministério”. Miriã adorou a Deus juntamente com todas as mulheres. Foi um dia de grande alegria e celebração para Israel. Era impossível ficar calado diante da demonstração do poder de Deus. O Senhor espera que o adoremos por seus atos grandiosos, e que o adoremos em Espírito e em verdade, pois o Pai procura aqueles que assim o adoram (Jo 4.23,24) “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade”.. [Comentário: O fim do nosso capítulo mostra-nos Israel vitorioso nas praias do Mar Vermelho e o exército do Faraó submergido nas suas águas. Os temores dos israelitas e a jactância dos egípcios eram igualmente desprovidos de fundamento. A obra gloriosa do Senhor havia destruído tanto uns como os outros. As mesmas águas que serviram de muro aos remidos de DEUS, serviram de sepultura para Faraó. É sempre assim: aqueles que andam por fé acham um caminho por onde transitar, ao passo que todos aqueles que tentam imitá-los encontram uma sepultura. Trata-se de uma verdade solene, que não é, de modo nenhum, diminuída pelo fato que Faraó atuava em hostilidade declarada e positiva contra DEUS quando intentou atravessar o Mar Vermelho. Descobrir-se-á sempre a verdade que todos aqueles que intentam imitar as obras da fé serão confundidos. Felizes daqueles que, embora fracos, podem andar por fé. O cântico de Moisés é o cântico mais antigo da Bíblia. Trata-se de um hino de gratidão a DEUS pelo livramento milagroso que Ele proporcionou. É uma celebração da intervenção divina em favor do seu povo, libertando-o e derrotando aqueles que oprimiam e perseguiam o povo de DEUS. DEUS é chamado por Moisés nesse cântico de “minha força”, “meu cântico” (isto é, motivo do seu louvor), “salvação”, “DEUS de meu pai”, “homem de guerra” e “Senhor”, além de incomparável e único DEUS e aquEle que reinará para sempre (Ex 15.2,3,11,18). Esse cântico pode ser dividido em três partes, onde vemos DEUS como o Herói do seu povo (Ex 15.1-3), o Senhor supremo sobre todos (15.4-12) e o Rei de Israel (15.13-19). A razão de ser de todo o cântico, o seu resumo, está no versículo 19. DEUS deseja que sejamos gratos a Ele e que o reconheçamos como Senhor da nossa vida, como a razão do nosso viver. O cântico de Moisés nada mais é do que um reconhecimento da graça e do amor de DEUS diante de uma intervenção espetacular de sua parte, uma manifestação sincera de gratidão ao Senhor pelo seu cuidado para com o seu povo. Não é todo dia que vemos uma intervenção desse porte, fisicamente falando, mas todos os dias DEUS está agindo em nosso favor, quer percebamos, quer não. Devemos agradecer a DEUS pelas suas intervenções visíveis e invisíveis sobre as nossas vidas, livrando-nos do mal. (COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida. Editora CPAD. pag. 55-56).].
3. Celebrando a Deus. Todo Israel, em uma única voz, cantou e celebrou a grande vitória. Foi uma alegria coletiva nunca vista antes na história do povo de Deus. Celebre a Deus individual e diariamente (Sl 100.1) “Celebrai com júbilo ao SENHOR, todos os moradores da terra”, mas também na sua congregação, como um só corpo. [Comentário: O poema, na verdade, é um hino. São aqui combinados dois cânticos, ambos celebrando o livramento de Israel por intervenção de YAHWEH, diante do mar de Juncos (cap. 14). O cântico de Moisés (vss. 1-18) foi introduzido mediante a citação de um antigo cântico de Míriã (vs. 21). Há três cânticos atribuídos a Moisés no Antigo Testamento. Este, 0 de Deuteronômio 31.22 e 0 Salmo 90. Os deuses das nações pagãs continuavam sendo concebidos como existentes (nas mentes dos pagãos), mas YAHWEH mostrava-se superior a todos eles quanto ao poder. Temos aí um grande passo na direção da fé que só aceita a existência de um DEUS verdadeiro (vs. 11). Tal como todos os cânticos patrísticos, este poema fala sobre triunfos nacionais” (J. Coert Rylaarsdam, in loc). O cântico começa comemorando 0 principal fato destacado no capítulo catorze: 0 exército egípcio foi derrotado e destruído no mar, mediante um poderoso ato de YAHWEH].
SINOPSE DO TÓPICO (II)
O que Moisés fez em gratidão ao Senhor pelo
livramento?
III - A PROTEÇÃO E O CUIDADO DE DEUS COM SEU POVO
1. Uma coluna de nuvem guiava o povo de Deus
(Êx 13.21,22; 40.36,37). O
Senhor não somente resgatou o seu povo, mas o conduziu de forma cuidadosa
durante todo o deserto. Temos um Deus que se preocupa e cuida de nós. O Senhor
enviou uma coluna de nuvem para proteger o seu povo. Durante o dia esta coluna
fazia sombra para que o povo de Deus pudesse suportar o calor escaldante do
deserto (Êx 13.21) “E o SENHOR ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem,
para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo, para os alumiar,
para que caminhassem de dia e de noite”. Esta coluna, segundo Charles F.
Pfeifer, "era um sinal real da verdadeira presença de Jeová com o seu
povo". [Comentário: "E o Anjo de
DEUS, que ia diante do exército de Israel, se retirou, e ia atrás deles; também
a coluna de nuvem se retirou diante deles e se pôs atrás deles. E ia entre o
campo dos egípcios e o campo de Israel; e a nuvem era escuridade para aqueles e
para estes esclarecia a noite; de maneira que em toda a norte não chegou um ao
outro" (versículos 19- 20). O Senhor colocou-Se exatamente entre Israel e
o inimigo—isto era verdadeira proteção. Antes que Faraó pudesse tocar num
cabelo da cabeça de Israel, teria que atravessar o pavilhão do Todo Poderoso —,
sim, o Próprio Todo-Poderoso. É assim que DEUS sempre Se interpõe entre o Seu
povo e todo o inimigo, de forma que "toda a ferramenta preparada
contra" eles "não prosperará" (Is 54.17). Ele pôs-Se entre nós e
os nossos pecados, e é nosso privilégio encontrá-Lo entre nós e todo aquele ou
coisa que possa ser contra nós. Este é o único meio de encontrarmos tanto a paz
de coração como a paz de consciência. O crente pode buscar os seus pecados com
ansiedade e diligência sem conseguir encontrá-los. Por quê? Porque DEUS está
entre ele e os seus pecados. O Senhor lançou para trás das Suas costas todos os
nossos pecados; enquanto que, ao mesmo tempo, faz brilhar sobre nós a luz do
Seu semblante. A coluna de nuvem servia para proteger os israelitas do calor do
dia e para guiá-los pelo caminho; a de fogo conferia-lhes calor, conforto e
orientação durante a noite. O autor continuava a salientar a providência de
DEUS questão importantíssima do Pentateuco, abordada no Dicionário com esse
título. Conforme diz um antigo hino: “DEUS guia Seus filhos ao longo do
caminho”. As nuvens eram emblema da presença de DEUS com os filhos de Israel,
de dia e de noite. DEUS nunca está distante, embora para nós possa parecer
assim. Algumas vezes, Israel jornadeava durante a noite, a fim de evitar o
calor estorricam-te do deserto. Ver Nm 9.21. O Senhor. Chamado de Anjo do
Senhor em Êx 14.19 e 23.20. A nuvem representa CRISTO (Ap 10.1). Os estudiosos
usam muito a sua imaginação, ao tentarem descrever o que isso significaria.
Assim, eles dizem que o fogo era a lei esfogueada, um presente protetor que
DEUS teria usado para envolver os Seus filhos. CRISTO é a Luz, não nos devemos
olvidar. Uma excessiva cristianização dos textos do Antigo Testamento, com
frequência, nos desvia da correta interpretação. Mas se considerarmos que esses
detalhes eram simbólicos apenas, não encontraremos dificuldades (Cf. Sal.
105.39 e Isa. 45; e ver Núm. 9.16-18). “A coluna era, ao mesmo tempo, um sinal
e um guia. Quando a nuvem se movia de lugar, 0 povo a seguia. Quando a nuvem
estacava, 0 povo parava e se acampava (Êx. 40.36-38)” (Ellicott, in loc.).].
2. Deus cuida do seu povo (Êx 16.4; Dt 29.5). O Senhor não mudou, Ele cuidou do seu povo na
travessia pelo deserto e também cuida de nós em todo o tempo (Hb 13.5) “Sejam
vossos costumes sem avareza, contentando-vos com o que tendes; porque ele
disse: Não te deixarei, nem te desampararei”. Confie no Senhor e não murmure
como fez o povo no deserto, pois o Pai cuida de nossa provisão. Em o Novo
Testamento, Paulo faz uma séria recomendação, a fim de que não venhamos nunca a
seguir o exemplo de Israel: "E não murmureis, como também alguns deles
murmuraram e pereceram pelo destruidor" (1 Co 10.10). Murmurar é falar mal
de alguém ou algo. A murmuração é um grave pecado contra Deus (Fp 2.14) “Fazei
todas as coisas sem murmurações nem contendas”. [Comentário:
Êx 13.22 Nunca se apartou... a nuvem. Vemos aí a constância do Senhor. Desde o
começo, a nuvem acompanhou os filhos de Israel, enquanto estiveram fora da
Terra Prometida. “Isso prosseguiu até terem atravessado o deserto e chegado às
fronteiras da terra de Canaã, quando ela não mais era necessária; e então a
nuvem os deixou; pois, quando atravessaram o rio Jordão, a arca ia adiante
deles (Js 3.6) (John Gill, in loc.). Conferir Êx 40.38; Nm 9.16 e
10.34. O texto sagrado é valioso quanto a sentidos metafóricos e simbólicos,
visto que, em cada geração, pessoas espirituais precisam da constante
orientação de DEUS. Outros sim, algumas vezes essa orientação assume uma forma
miraculosa. (CHAMPLIN,
Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora
Hagnos. pag. 359).].
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Deus guiou e protegeu seu povo durante a caminhada
pelo deserto. Ele utilizou uma coluna de nuvem para conduzir os israelitas.
CONCLUSÃO
Deus livrou seu povo do cativeiro e o conduziu pelo deserto.
O Senhor é fiel, imutável e também cuidará de você até a sua chegada aos céus.
Creia no poder providente e protetor do nosso Pai Celestial e confie no seu
cuidado e na sua proteção. Estude com afinco a história do povo de Deus, pois
ela vai ajudá-lo a não cair nos mesmos pecados dos israelitas. [Comentário: Nuvem e fogo
frequentemente estão associados a Deus como símbolos; é assim que Deus fala a
Moisés no Monte Sinai do meio da nuvem e do fogo. O simbolismo do fogo é bem
claro: a nuvem provavelmente simboliza o mistério de Deus, como a escuridão. Temos
aí a mesma nuvem que tinha acompanhado o povo de Israel e que os tinha dirigido
pelo caminho desde Sucote (Êx 13.20-22). Diz um antigo hino: “Por todo o
caminho o Senhor me guia, sobre o que tenho que pedir". A brilhante
aparição da nuvem, que viera repousar sobre o tabernáculo, anunciou-lhes que
todo o labor deles tinha sido eficaz. Na dispensação do Novo Testamento, a
glória de Deus manifestava-se em Cristo (Hb 1.3; Jo 1.14; Cl 2.9). E em Cristo,
o próprio crente toma-se habitação da presença de Deus (1Co 3.16). Essa
presença nos transforma (2Co 3.18). Até àquele glorioso dia, quando enfim, tal
como ele é, nós seremos! “NaquEle que me garante: "Pela
graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus"
(Ef 2.8)”,
Graça e Paz a todos que estão em Cristo!
Francisco Barbosa
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