SUBSÍDIO I
Pr. Elinaldo Renovato - Comentarista
VÍDEO II
Ev. Natalino das Neves
SUBSÍDIO I
INTRODUÇÃO
Deus é o Criador do sexo, visando não apenas a
procriação, mas também o prazer dos cônjuges. Mas esse tem sido instrumento de
banalização na sociedade contemporânea, marcada pela erotização. Na lição de
hoje trataremos a respeito desse importante tema, ainda pouco compreendido, até
mesmo entre os cristãos. Inicialmente apresentaremos algumas abordagens
sociológicas em relação à sexualidade, em seguida, o significado bíblico da
sexualidade, e por último, destacaremos os princípios cristãos para a
sexualidade sadia.
1. ABORDAGENS SOCIOLÓGICAS SOBRE A SEXUALIDADE
A sexualidade humana é um assunto bastante
completo, além de controvertido. Isso porque envolve fatores diversos, dentre
eles, o biológico, o gênero, as emoções, pensamentos, comportamentos, atitudes
e valores. As abordagens sociológicas modernas e pós-modernas tendem a rechaçar
a repressão à sexualidade. A teoria psicanalítica de Freud favoreceu o
liberalismo sexual que testemunhamos nesses últimos anos. A percepção do sexo,
para esse pensador, é uma expressão da sua animalidade. Assim sendo, sua
repressão não passaria de um condicionamento social. Após o período pós-guerra,
surgiu um movimento na sociedade com vistas à liberação dessa chamada
“repressão sexual”. Uma manifestação concreta dessa abordagem foi a criação da
revista Playboy, por Hugh Hefner. Essa atitude também resultou na coisificação
da mulher, transformando-a em mero objeto de desejo. A obsessão pelo sexo,
bastante comum nos dias atuais, mostra que existe algo errado em relação ao
sexo. A erotização exacerbada está transformando as pessoas em sexólatras. Há
inclusive uma indústria do sexo para alimentar os vícios, dentre eles a
pornografia, que pode levar à prostituição. As teorias sociais mais
equilibradas em relação à sexualidade reconhece que essa é tanto biológica
quanto social. As pessoas nascem homem ou mulher, mas carecem também de
desenvolvimento, para manifestar a sexualidade. Os aspectos psicológicos também
não podem ser descartados. O desenvolvimento do desejo sexual acontece no
cérebro como resposta ao estímulo social. Uma região do cérebro, denominada
córtex cerebral, determina o prazer sexual. A erotização da sociedade está
fazendo com que as crianças desenvolvam, cada vez mais cedo, o desejo sexual. A
mídia, principalmente a televisão, explora demasiadamente o corpo feminino.
Como resultado, a iniciação sexual dos jovens está acontecendo cada vez mais
cedo.
2. O SIGNIFICADO BÍBLICO DA SEXUALIDADE
A sociedade contemporânea desconhece, e em alguns casos, se opõe ao modelo bíblico de sexualidade. A negação da doutrina do pecado, revelada na Bíblia, (Rm. 3.23), contribui para práticas contrárias ao padrão divino. A doutrina da queda precisa ser enfatizada, ressaltando suas implicações inclusive quanto à sexualidade. Práticas homossexuais, e também heterossexuais, estão marcadas pelo pecado. O princípio bíblico da sexualidade se encontra em Gn. 1.27,28, homem e mulher foram criados a imagem de Deus, macho e fêmea. O propósito fundamental do ato sexual é a procriação. A sexualidade, por conseguinte, é parte do projeto inicial de Deus, antes mesmo do pecado. A complementação do homem e da mulher se
concretiza com maior propriedade durante a relação sexual. O homem e a mulher foram criados, por Deus, para o prazer sexual. Após a queda, conforme atestamos em Gn. 3.17-19, a sexualidade perdeu o equilibro inicial. Isso tem resultado em distorções, não apenas no comportamento homossexual, reprovado na Bíblia (Rm. 1.24-27; I Co. 6.11), mas também heterossexual. Não apenas a prática homossexual é pecado, também a relação com animais (Lv. Dt. 27.21); a prostituição (I Ts. 4.3); a fornicação (I Co. 6.15), o estupro (Dt. 22.25,26), o incesto (Dt. 27.20-23); a poligamia (Lv. 18.18) e o adultério (Dt. 22.22). A palavra grega porneia, no Novo Testamento, comumente traduzida por imoralidade sexual, abrange toda essa gama de pecados sexuais. A sexualidade, de acordo com a Palavra de Deus, é digna de honra, pois “venerado seja entre todos o matrimônio, e o leito sem mácula” (Hb. 13.4). Ainda que Paulo tenha recomendado que o melhor fosse ficar solteiro, ele mesmo reconhece que nem todos têm esse dom (I Co. 7.7-8). Na verdade, ao invés do abrasamento, e de um celibato imposto, o melhor mesmo é casar (I Co. 7.9). E tem mais, marido e mulher têm obrigações sexuais a serem cumpridas (I Co. 7.2-5). A negação do ato sexual, defendido pelo catolicismo, é influência do platonismo grego. O livro bíblico de Cantares é uma expressão poética da sexualidade vivida de acordo o padrão divino (Ct. 1.2; 16; 4.1-5; 5.11-16; 7.1-8).
3. ORIENTAÇÕES CRISTÃS PARA A SEXUALIDADE
Existem muitas dúvidas em relação à sexualidade no
contexto cristão. Os crentes geralmente querem respostas para perguntas
específicas. Mas a Bíblia não apresenta respostas para todas as perguntas,
apenas alguns princípios gerais. A seguir destacamos algumas orientações para a
sexualidade cristã: 1) o grau de envolvimento sexual deve ser proporcional ao
grau de amor e compromisso, por isso o sexo antes do casamento não pode ser
motivado; 2) limites devem ser postos, a fim de evitar desejos desenfreados,
que viciam; 3) os cônjuges devem testar suas motivações pessoais para o
envolvimento e atividade físicas, não apenas o prazer individual; 4) a
comunicação, mais propriamente, o diálogo deve fazer parte do ato sexual, os
cônjuges devem conversar a respeito; 5) ambos os cônjuges são responsáveis de,
através do diálogo, determinar quais são os limites da relação; 6) nem tudo
pode ser permitido, ainda que, não necessariamente seja pecado, o respeito pelo
outro deve ser considerado. O princípio da mutualidade deve conduzir a relação
sexual, o marido e a mulher devem buscar a satisfação do outro. Como
resultado, ambos conseguirão extrair o melhor do relacionamento sexual, consoante a orientação paulina em I Co. 7.4,5. A palavra-chave grega, nesse texto, é symphomnou, isto é, em sintonia. A relação sexual entre um marido e uma mulher, como respaldada pela Bíblia, é uma harmoniosa sinfonia. Isso acontece quando a sexualidade está fundamentada em uma aliança incondicional, não em um mero contrato, ou mesmo no desejo sexual desenfreado, que é pecado. Isso também envolve graça, a aceitação das limitações do outro, inclusive na área sexual. A erotização supervalorizou o orgasmo, ele foi escolhido como manifestação da liberação sexual feminina. É natural que as mulheres o busquem, mas sem transformá-lo em uma obsessão. Os cônjuges devem tirar proveito daquilo que um pode oferecer ao outro no ato sexual, sem cobranças descabidas ou imposições. A intimidade sexual deve aumentar na medida em que também aumenta o grau de compromisso no casamento.
resultado, ambos conseguirão extrair o melhor do relacionamento sexual, consoante a orientação paulina em I Co. 7.4,5. A palavra-chave grega, nesse texto, é symphomnou, isto é, em sintonia. A relação sexual entre um marido e uma mulher, como respaldada pela Bíblia, é uma harmoniosa sinfonia. Isso acontece quando a sexualidade está fundamentada em uma aliança incondicional, não em um mero contrato, ou mesmo no desejo sexual desenfreado, que é pecado. Isso também envolve graça, a aceitação das limitações do outro, inclusive na área sexual. A erotização supervalorizou o orgasmo, ele foi escolhido como manifestação da liberação sexual feminina. É natural que as mulheres o busquem, mas sem transformá-lo em uma obsessão. Os cônjuges devem tirar proveito daquilo que um pode oferecer ao outro no ato sexual, sem cobranças descabidas ou imposições. A intimidade sexual deve aumentar na medida em que também aumenta o grau de compromisso no casamento.
CONCLUSÃO
O sexo foi criado para o homem e a mulher não
apenas para a procriação, mas também para o prazer. Marido e mulher, diante de
Deus, e em conformidade com a Bíblia, devem investir no ato sexual. Nada há de
pecado na sexualidade sadia, dentro da aliança conjugal, firmada perante Deus e
os homens. A proibição do sexo, mesmo dentro do casamento, enfatizada em
algumas igrejas, é influência do dualismo grego. O ato sexual, se praticado dentro
dos princípios bíblicos, é também uma forma de glorificar a Deus (II Tm. 3.16).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BALSWICK, J.,
BALSWICK, J. The Family: a christian
perspective on the contemporary home. Grand Rapids: Baker Academic,
2007.
Extraído do Blog: subsídioebd.blogspot.com.br
SUBSÍDIO II
INTRODUÇÃO
A Bíblia Sagrada
afirma que o sexo foi obra da criação de Deus que, ao criar o homem, fê-lo
sexuado. Diz a Palavra que Deus criou o homem à Sua imagem e semelhança, mas os
criou “macho e fêmea”(Gn 1:27). Este ponto distingue o homem
dos anjos, por exemplo, que foram criados assexuados(Mc 12:25).
Sendo assim, não
podemos admitir que o sexo seja algo antinatural, ou seja, contrário à natureza do homem ou seja algo ruim, imoral ou danoso para o ser humano, como alguns têm defendido. Tendo sido criação de Deus, nada mais justo e lógico que o próprio Deus tenha determinado os limites desta atividade humana. A primeira observação que temos com relação ao sexo é que ele deve ser realizado entre homem e mulher. Com efeito, ao criar o homem, Deus os fez macho e fêmea. Assim, a atividade sexual deve ser, sempre, feita entre pessoas de sexos diferentes. O homossexualismo é uma aberração e, salvo os poucos casos em que há distúrbios de saúde física e/ou mental, é uma expressão de rebeldia contra Deus(Rm 1:21-28; Lv 18:22).
podemos admitir que o sexo seja algo antinatural, ou seja, contrário à natureza do homem ou seja algo ruim, imoral ou danoso para o ser humano, como alguns têm defendido. Tendo sido criação de Deus, nada mais justo e lógico que o próprio Deus tenha determinado os limites desta atividade humana. A primeira observação que temos com relação ao sexo é que ele deve ser realizado entre homem e mulher. Com efeito, ao criar o homem, Deus os fez macho e fêmea. Assim, a atividade sexual deve ser, sempre, feita entre pessoas de sexos diferentes. O homossexualismo é uma aberração e, salvo os poucos casos em que há distúrbios de saúde física e/ou mental, é uma expressão de rebeldia contra Deus(Rm 1:21-28; Lv 18:22).
I.
QUESTÕES SOBRE A SEXUALIDADE
1. Um mundo
dominado pelo erotismo. Decepcionado
na sua busca da felicidade, o homem troca a felicidade inatingível pelo prazer,
ou seja, pela pura sensação momentânea de bem-estar. Por isso, as atividades
que geram sensações e emoções são tão procuradas nos dias de hoje, a começar do
prazer sexual instintivo. Os seres humanos comportam-se, na atualidade, como
verdadeiros animais irracionais, buscando parceiros para sentir momentos
efêmeros de prazer na prática de relações sexuais. A beleza do sexo, em seu
propósito divino, dentro do relacionamento conjugal (Hb 13:4) fora banalizada
pela corrupção humana. Associado ao dinheiro, o sexo se transformou em um
objeto de consumo, através do erotismo, nas revistas e propagandas para vender
mercadorias, da pornografia e da prostituição (Rm 1:21-27). Os seres humanos,
tomados por esse tipo de sexualidade, não se relacionam mais entre pessoas,
apenas com órgãos sexuais. A Palavra de Deus, diferentemente do que é apregoado
pelos adeptos do sexo “livre”, que na verdade aprisiona, estão distantes dos
saudáveis padrões ensinados por Deus (1Co 6:18-20; 1Ts 4:3-7; 5:23). Vivemos em
uma sociedade em que os meios de comunicação incentivam e exaltam o erotismo, a
pornografia, o sexo fora do casamento e toda a sorte de perversão. É preciso
ser firme e consciente de que Deus reprova tais atitudes e que vai julgar toda
a iniquidade: “Ante a face do Senhor, porque vem, porque vem a julgar a terra;
julgará o mundo com justiça e os povos, com a sua verdade” (Sl 96:13). Não
podemos nos tornar complacentes com o pecado. Deus estabeleceu padrões para que
tenhamos uma vida santa. Estejamos conscientes de que violar estes padrões é
perigoso, pois a consequência é sempre a morte (Rm 8:13).
2.
Fornicação é pecado. Fornicação
é prática do sexo entre solteiros ou entre casado e solteiro (Enc. Bíblica
Boyer). As Escrituras Sagradas são bem claras ao afirmar que os
fornicários não herdarão o reino de Deus(At 15:29; Ef 5:5; 1Tm 1:10; Hb 12:16;
Ap 21:8). Como já foi dito acima, o sexo foi estabelecido por Deus, mas tem
momento certo para ser exercido: o casamento. Somente no casamento se pode
praticar o sexo, sendo totalmente contrária à Palavra de Deus qualquer outra
conduta que não esta. É com tristeza, aliás, que vemos, cada vez mais, uma
tolerância de muitos na igreja com relação a este princípio bíblico,
permitindo-se o sexo antes do casamento entre “pessoas já comprometidas”, como
se isto fosse possível. Cuidado, Jesus nos disse que nosso falar deve ser sim,
sim, não, não e o que sai disto é de procedência maligna (Mt 5:
37). As bases do casamento são lançadas no namoro e alicerçadas no
noivado. Se essas bases forem lançadas sobre a desobediência a Deus, na prática
da fornicação, estão correndo sério risco de não terem a bênção de Deus. Não
adiantará uma cerimônia pomposa, com dezenas de testemunhas, vestido de noiva
com véu e grinalda, com modelo personalizado, nem uma recepção no melhor clube
da cidade. Ter a bênção de Deus no casamento é muito mais importante. Pense
nisso!
3. Prazer
no casamento. O sexo foi criado
por Deus tanto para a procriação quanto para a recreação do casal. Por meio
dele, a união heterossexual tem dado prosseguimento à ordem divina de fazer com
que homens e mulheres perpetuem suas gerações; e por meio também do sexo, Deus
traz o prazer ao casal. O sexo no casamento é abençoado por Deus. Além de
abençoado é responsabilidade de um cônjuge satisfazer a necessidade sexual do
outro, como ensinou Paulo: “Mas, por causa da prostituição, cada um tenha a
sua própria mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido. O marido pague à
mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mulher ao marido. A mulher não
tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no o marido; e também da mesma
maneira o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no a mulher.
Não vos defraudeis um ao outro, senão por consentimento mútuo por algum tempo,
para vos aplicardes à oração…” (1Co 7:2-5). Nesta
passagem bíblica, Paulo doutrina os casais acerca do relacionamento sexual. Ele
deixou claro que, com o casamento, um cônjuge tem direito sobre o corpo do
outro, ou seja, o corpo de um pertence ao outro. Mas é bom ressaltar que não
havendo atração física, ou desejo carnal entre ambos os cônjuges, a atividade
sexual, que deve ser algo espontâneo, pode se tornar uma obrigação; deixa de
ser algo agradável, para se tornar um sofrimento, uma tortura, e não um ato de
amor. A falta do “eros”(atração física) tem sido a causa do fracasso
de muitos casamentos, na Igreja. Casando-se, apenas, por afinidades
espirituais, a atividade sexual vai ser prejudicada, no futuro. Haverá
problemas no relacionamento entre os cônjuges. Por falta de conhecimento
bíblico, por não entender todo plano de Deus acerca do casamento, muitos
afirmam, e afirmam erradamente, que o que importa é a beleza interior. A beleza
interior é importante no altar, mas não na cama. O espírito se compraz com a
beleza interior e esta é vista e sentida através do amor “ágape”; mas,
o amor “eros” é alimentado com a beleza exterior, beleza que
enche os olhos e desperta o desejo. A beleza interior é importante e necessária
para o viver com Deus - “…porque o Senhor não vê como vê o homem, pois o
homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração”(1Sm
16:7). O amor “ágape” faz com que um cônjuge veja a beleza interior do
outro - e sintam comunhão espiritual. O amor “eros” faz com que um
cônjuge veja a beleza física, ou exterior do outro - e sintam atração física.
Extraído do Site: EBDweb.
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