sexta-feira, 11 de março de 2016

LIÇÃO 11: O JUÍZO FINAL




SUBSÍDIO I

JUÍZO FINAL

Chegará o dia em que os homens da Terra comparecerão diante do Trono Branco. Cristo se assentará como o supremo juiz e, junto à igreja, julgará a humanidade. É importante realçar a figura do Trono Branco como o símbolo da justiça e da santidade do Altíssimo. Enquanto os salvos se deleitarão no Senhor e reinarão com Cristo, aqueles que não foram achados seus nomes no Livro da Vida, atormentar-se-ão eternamente. 
Vivemos num tempo que as pessoas não creem mais na prestação de contas que um dia os seres humanos farão a Deus. Talvez, devido ao predomínio das cosmovisões que colocam o ser humano como essencialmente bom em nossa cultura ocidental, é que a crença no Céu como um lugar preparado por Deus para os seus filhos, e no Inferno, como um lugar eterno de perdição, não sejam levados a sério. Por isso, prezado professor, nesta lição, apresente o céu como um estado (consciência) e lugar, e o inferno também em sua dimensão sensorial da eternidade.
Pontue algumas informações necessárias que foram destacadas para você nortear a aula desta semana: 
1. O julgamento que o Altíssimo conduzirá no final dos tempos consoante às obras dos homens chama-se Juízo Final.
2. Antes de instaurar o Juízo Final, o Senhor julgará antecipadamente a Besta, o Falso Profeta e o Dragão.
3. Na instauração do Juízo Final teremos os seguintes símbolos: o Trono Branco, os tronos dos justos, o Supremo Juiz e os livros do Juízo.
4. No Juízo Final, os mortos, sejam grandes ou pequenos, estarão diante do Trono Branco.
5. Embora não sejam pessoas, a morte e o inferno serão finalmente julgados. Eles simbolizam os dois grandes castigos perpetuados na humanidade. 
Caro professor, você sabe o que significa a palavra inferno? No exercício de tradução da Bíblia, da língua original para a portuguesa, há limites de caráter semântico imposto pelo idioma original a ser traduzido. Nem sempre encontramos palavras da língua nativa que expresse a plenitude semântica do termo original. A palavra inferno é um exemplo dessa complexidade. É importante explicar aos alunos que as Escrituras, na língua original, apresentam quatro termos cuja versão da língua portuguesa os traduziu para “Inferno”: Sheol, Hades, Tártaro e Geena. Na verdade, o inferno que será lançado no Lago de Fogo é o Hades, isto é, a morada dos mortos.

Fonte: Revista Ensinador Cristão, ano 17 - nº 65 – Jan./Fev./Mar. de 2016. 

SUBSÍDIO II

INTRODUÇÃO

Após o Milênio, Satanás será solto por um pouco de tempo, a fim de provar aqueles que nascerão durante esse período. Em seguida, haverá o Juízo Final, no qual Cristo estará assentado no trono, para julgar os mortos, grandes e pequenos. Na aula de hoje estudaremos a respeito desse evento escatológico, destacando a natureza do julgamento, os envolvidos e sua importância no cenário das últimas coisas.

1. DEPOIS DA MORTE, SEGUE-SE A JUÍZO

Em Hb. 9.27 está escrito que depois da morte segue-se a juízo. O julgamento final é uma doutrina bíblica, exarada em várias passagens das Escrituras, tanto do Antigo quanto do Novo Testamento. O texto de Ap. 20.11-15 descreve como acontecerá o Juízo Final, que acontecerá ao final do reino Milenial de Cristo. Esse julgamento não deve ser confundido com o Tribunal de Cristo (II Co. 5.10), que acontecerá logo após o arrebatamento, e será exclusivo para Igreja, para recompensa das obras realizadas pelos crentes. De acordo com Ap. 20.11-15 acontecerá após o Milênio um julgamento severo sobre aqueles que desprezaram a mensagem do Senhor Jesus. Nessa passagem é descrito um “grande” trono “branco”. Grande porque Aquele que está assentado sobre ele é Grandioso (Ap. 20.4), bem como da importância que esse irá ocupar no cenário escatológico. Ele será branco porque Aquele que está assentado sobre ele é puro, trata-se um Juiz perfeito, que evoca a equidade. O texto não menciona o nome dAquele que estará sentado sobre o Trono, mas podemos inferir que se trata de Cristo com base em Jo. 5.22, considerando que “o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo”. Paulo reforça essa doutrina ao se referir ao “dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens por Jesus Cristo” (Rm. 2.16).

2. VÁRIOS LIVROS SE ABRIRÃO

Durante o julgamento vários livros se abrirão, a fim de explicitar os pensamentos e atos daqueles que agiram impiamente. Salomão antecipa esse momento em Eclesiastes, afirmando que “Deus há de trazer a juízo toda obra e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau” (Ec. 12.14). Em relação ao Juízo Final, o autor da Epístola aos Hebreus destaca que “toda transgressão e desobediência deve receber a justa retribuição” (Hb. 2.2). Isso nos faz acreditar que haverá níveis diferenciados de tormento no inferno, essa concepção pode ser reforçada em Mt. 11.21-24. Jesus explicou que aquele que escuta Sua mensagem e a rejeita está sujeito a maior condenação. Os condenados no Juízo Final serão lançados no Lago de Fogo, que é um castigo preparado para Satanás e seus anjos, bem como para todos aqueles que recusaram o Senhor Jesus (Mt. 25.41,46). O Juiz, por sua vez, estará assentado sobre o Trono e dará o veredito final com base nos livros, nos quais estarão registrados os atos de todos os réus. Eles serão condenados pelas suas próprias obras, pois essas são abomináveis aos olhos de Deus (Rm. 8.8). Eles desprezaram o Mediador, o Único entre Deus e os homens (I Tm. 2.5), sendo condenados por seus atos (Mt. 16.27). Há um livro que se encontra no singular, trata-se do Livro da Vida, que traz o nome daqueles que salvos por Deus, a esses nenhuma condenação há (Rm. 8.1).

3. AQUELES QUE SERÃO JULGADOS

O juízo Final não será para a salvação, aqueles que se apresentarem perante o Trono receberão o veredito de condenados, e serão lançados no Lago do Fogo. O texto de Ap. 20 diz que se apresentarão “os mortos, grandes e pequenos”, todas as pessoas que viveram ao longo de todos os tempos, e das diferentes condições socioeconômicas. Essa doutrina precisa ser divulgada em meio a essa sociedade corrupta. As pessoas devem ser alertadas quanto ao Dia em que comparecerão, perante o Supremo Juiz, para se apresentarem perante Ele. Os príncipes deste mundo, que agem apenas para destruir as pessoas, receberão a justa paga no Juízo Final. Todos aqueles que morreram, e que desconheceram a Cristo, ou agiram contrários a vontade dEle, ressuscitarão para a vergonha eterna (Dn. 12.2). Por enquanto a alma dos ímpios se encontra no Hades, para onde seguem aqueles que morreram sem Cristo, e que ressuscitarão para o Juízo Final. Esses não poderão corromper o Justo Juiz, que com sabedoria e equidade, declarará sua sentença sobre todas as camadas sociais, e pessoas das mais diferentes posições políticas. Na presença de Jesus fugirão a terra e a atmosfera, Pedro descreve que “os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra e as obras que nela há se queimarão” (II Pe. 3.10). Por esse tempo toda corrupção será dissipada, pois na presença de um Deus Santo não há lugar para o engano.

CONCLUSÃO

Após o Reino Milenial de Cristo, haverá a segunda ressurreição, para o Juízo Final. Nessa ocasião os mortos ímpios se apresentarão perante Jesus, o Supremo Juiz. Esses, grandes e pequenos, receberão do Senhor o veredito. Eles serão lançados no Lago de Fogo, e ali permanecerão conscientes para sempre. A Igreja não será julgada nessa ocasião, pois já foi justificada por Cristo, através do Seu sangue derramado na cruz. Para ela nenhuma condenação há, pois decidiu viver para Cristo, andar no espírito e não na carne (Rm. 8.1).

Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
Extraído do Blog subsidioebd

COMENTÁRIO E SUBSÍDIO III

INTRODUÇÃO

Na lição de hoje estudaremos a respeito do dia do Juízo do Senhor. De acordo com a Palavra de Deus, este será um dia de ajuste de contas, onde todos os ímpios estarão perante Deus e terão de responder por seus atos. O julgamento se dará diante do “trono branco” de Deus (Ap 20.11). Deus ama a todos e deseja que toda a humanidade seja salva, mas para os que não creem, os incrédulos, Ele tem uma sentença que já foi declarada por seu Filho: “Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus” (Jo 3.18). [Comentário: Este é um trono, que descreve a majestade e grande autoridade de Deus. Este é o trono do Rei dos reis e Senhor dos senhores, o trono onde cada sim é sim (absoluto e final) e cada não é não (absoluto e final), para além do qual não há mais possibilidade de recurso, de apelo (muito menos de "segunda chance"). “E vi um grande trono branco, ...”, branco significa santidade e retidão. Trata-se do trono do santo julgamento de Deus contra todos os pecados. O Julgamento do Grande Trono Branco é encontrado em Apocalipse 20.11-15 e é o julgamento final antes que os perdidos sejam lançados ao lago de fogo (o lugar de eterna punição comumente conhecido como inferno). Sabemos, através de Apocalipse 20.7-15 que este julgamento ocorrerá após o milênio.  O mesmo texto revela quem serão os réus: estes são os não salvos, porque eles não fazem parte da primeira ressurreição (Ap 20.6) e eles são julgados por suas obras. Seus nomes não estão escritos no livro da vida através da fé em Jesus Cristo (Ap 20.15). O julgamento do crente no Tribunal (Bema) de Cristo, logo após o Arrebatamento será para analisar a sua (note o singular) obra ou serviço prestado a Cristo, para determinar recompensas ou perdas delas. O julgamento dos incrédulos no Juízo do Grande Trono Branco analisará as obras (note o plural), para demonstrar o seu pecado contra a lei de Deus e a sua rejeição da luz de Deus, e justificar a sua condenação eterna. O julgamento da obra do crente pode resultar em perda de recompensa, “... mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo.” (1Co 3.15). O julgamento das obras dos descrentes, por outro lado, resulta nele ser lançado para dentro do Lago de Fogo. Nenhuma exceção é mencionada, todos os que não foram salvos durante esta vida, comparecerão ao Julgamento do Grande Trono Branco e serão justamente condenados ao sofrimento indescritível, inimaginável, consciente, eterno, no Lago de Fogo eterno. Sabendo disto, devemos ter uma disposição para com todos os homens, que é também a disposição de Deus, que deseja que todos sejam salvos, ainda que, saibamos que nem todos serão salvos, mas isto não deve limitar a pregação do evangelho, mas servir de impulsão para investirmos todo o nosso tempo, dons e recursos em Missões]

I. EVENTOS QUE ANTECEDEM AO JUÍZO FINAL

1. A última revolta de Satanás. Depois de terminado o período do Milênio, Satanás será solto para provar os que nasceram durante o Milênio e que ainda não tiveram oportunidade de ter sua fé provada, diante das tentações malignas (1Pe 1.7). Ele enganará as nações e elas não se renderão a Cristo. O mesmo fez a multidão que escolheu soltar a Barrabás e condenar Jesus (Mt 27.17-21). [Comentário: "E sairá a seduzir as nações que há nos quatro cantos da terra" (Ap 20.8): Diferente do poder normal do diabo como tentador, que os santos resistem pela fé (1Pe 5.8-9), ele teria ocasiões de pelejar contra os santos como perseguidor, usando o poder de governos humanos contra os santos. O desejo de Satanás é apressar o dia da batalha a fim de frustrar o propósito de Deus limitando o alcance de sua salvação (2Pe 3.8-10), mas ele estará preso até que a soberania de Deus determine libertá-lo. Então ele fará um último esforço para destruir Cristo e seu povo. Parece que muitos dos que se submeteram ao domínio de Cristo durante o milênio o fizeram sem compromisso interior para com sua autoridade. A derrota final de satanás separa estes daqueles que se submeteram com sinceridade. Trata-se da última insurreição que o Senhor tolerará. Satanás será então lançado no lago de fogo e atormentado eternamente.]

2. A prisão eterna de Satanás. Pela segunda vez, Deus vai mandar seus mensageiros poderosos prender “o Dragão”, “a antiga serpente” (Ap 20.2), que estava no “abismo” (Ap 20.3): “E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre” (Ap 20.10). Só depois da última rebelião do maligno, e de sua prisão para sempre, é que será estabelecido o Juízo Final. [Comentário: "O diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre" (v. 10): Os versículos 7 a 9 mostram a possibilidade do diabo se levantar contra os fiéis de outras épocas, mesmo depois da vitória dada aos santos que sofriam pela mão da besta romana. Mas mesmo este poder tem limites. O próprio diabo chegará ao fim, quando será lançado dentro do lago de fogo onde já se encontram não só a besta como também o falso profeta (Ap 19.20). Entenda que, o lago de fogo não lhes traz aniquilação, e sim, tormento perpétuo; o inquietante aqui é quando lemos no capítulo seguinte, que aqueles que não tiverem seus nomes escritos no livro da vida, também, serão lançadas neste lago e serão atormentados perpetuamente; esta é a morte espiritual, a separação do homem e Deus (Is 59.1-2; Ef 2.5,12).]

SUBSÍDIO DIDÁTICO

Professor, reproduza a figura abaixo. Utilize a ilustração para introduzir a lição, mostrando aos alunos os julgamentos futuros. Explique que “as Escrituras descrevem diversos julgamentos escatológicos diferentes, incluindo o julgamento entre ‘ovelhas e bodes’, o Tribunal de Cristo e o julgamento diante do Grande Trono Branco. Estes julgamentos ocorrem em momentos diferentes e aplicam-se a diferentes grupos” (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, p.293).

II. O JUÍZO FINAL

1. O que é e quando se dará? Será o Juízo de Deus sobre os ímpios e suas impiedades, em todos os tempos e lugares. De acordo com a Bíblia, o Juízo Final (do Trono Branco) ocorrerá logo após a segunda prisão de Satanás, nos eventos finais após o Milênio (Ap 20.7, 10), depois de este ter enganado mais uma vez as nações (Ap 20.11). [Comentário: O julgamento do grande trono branco pode muito bem ser chamado de "julgamento final". Ele constitui o término do plano de ressurreição e de julgamento de Deus. É claramente indicado que este julgamento acontece após o fim do reino milenar de Cristo. Não há um local geograficamente especificado, esse julgamento não acontece nem no céu, nem na terra, mas em algum lugar entre as duas esferas - "Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles" (Ap 20.11). A fuga da terra e do céu pode referir-se à destruição pelo fogo descrito em 2Pe 3.10-12. "A mais natural interpretação do fato de a terra e o céu fugirem é que a presente terra e o presente céu serão destruídos e serão substituídos pelos novos céus e nova terra. Isto é também confirmado pela declaração adicional em Ap 21.1, onde João vê um novo céu e uma nova terra, que substituem o primeiro céu e a primeira terra, que já passaram "(Walvoord).]

2. Quem será o Juiz? O Pai é o Supremo Juiz, porém Ele confiou ao seu filho Unigênito, Jesus Cristo, toda a autoridade no céu e na Terra (Jo 5.22,27). Segundo o pastor Claudionor de Andrade, “para assisti-lo no tribunal, Jesus terá ao seu lado a Igreja Glorificada” (1Co 6.2,3). Jesus, juntamente com sua Igreja “há de julgar os vivos e os mortos na sua vinda e no seu Reino” (2Tm 4.1b; Sl 9.8). Se alguém quer ser livre da condenação eterna, necessita aqui na Terra, nos dias em que vivemos (1Jo 2.1,2), de se arrepender dos seus pecados e entregar-se a Jesus reconhecendo-o como Salvador e Senhor, porque depois será impossível (Sl 9.17). Paulo afirma que Deus “há de julgar o mundo, por meio do varão que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dos mortos” (At 17.31; Hb 12.23). Por meio de Jesus será exercido o julgamento, pois Ele será o Supremo Juiz, assentado no Trono Branco, no Juízo Final (Jo 5.22,27; Ap 20.11).
Diante de Jesus todo joelho se dobrará! Queiram ou não, se prostrarão diante dEle os ditadores, governantes, juízes, juristas, políticos, cientistas, militares de todas as patentes, milionários, em sua soberba, arrogância e prepotência, e também os pobres, analfabetos e miseráveis, se não tiverem aceitado a Cristo como Salvador. Diz a Bíblia: “Porque está escrito: Pela minha vida, diz o Senhor, todo joelho se dobrará diante de mim, e toda língua confessará a Deus. De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus” (Rm 14.11,12). Glória a Deus, pois atualmente já temos o privilégio de dobrar os nossos joelhos e adorar ao Senhor em espírito e em verdade. [Comentário: "E vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles" (Ap 20.11). O ocupante do trono é Jesus Cristo, a quem o Pai deu todo o julgamento (Jo 5.22).]

3. Quem terá de prestar contas ao justo Juiz? Vejamos todos que serão julgados: 1) Primeiro serão julgados todos os que, desde Caim, amam e praticam a iniquidade. Estes, se não se arrependerem de seus pecados, vão enfrentar o Juízo Divino; 2) Também serão julgados todos os que estiverem vivos naquela ocasião; 3) Todos os salvos que tiveram morrido durante o Milênio (Dn 12.2); 4) Os anjos caídos, que se rebelaram contra Deus, também terão de comparecer ao julgamento para receber o seu castigo (Jd 6). Também vão prestar contas a Deus todos os falsos profetas, os falsos obreiros e pseudopastores que afastaram as pessoas e as impediram de conhecer o Filho de Deus. Ali estarão também todos os governantes, magistrados, juízes e políticos que aprovaram leis contra os princípios divinos, leis que perverteram o direito dos pobres, dos órfãos e das viúvas. Vivos ou mortos, estes não escaparão do tribunal divino. [Comentário: Fica evidente com base no próprio texto que esse é um julgamento dos chamados "mortos". Demonstrou-se previamente que o plano de ressurreição dos salvos se completou antes de começar o milênio. Os únicos ainda não-ressuscitados eram os mortos incrédulos. Esses devem ser, então, os réus do julgamento. Note o que Peters diz a esse respeito: "O julgamento de Ap 20.11-15, após os mil anos, não é das nações viventes, mas preeminentemente "dos mortos". Apenas os mortos são mencionados, e quem acrescenta as "nações viventes" a ele (para criar um julgamento universal) está certamente acrescentando à profecia. Tal julgamento é necessário para completar nas proporções certas aquilo que, de outra forma, estaria incompleto, a ordem do procedimento divino na administração da justiça. Pois, se não houvesse tal profecia do julgamento "dos mortos" no fim do milênio, isso seria justamente considerado um grave defeito no nosso sistema de fé. Com ele, temos um todo harmonioso" Peters, op. cit., II, p. 382. As melhores teologias defendem que, o julgamento dos anjos caídos (Jd 6), está evidentemente associado a Satanás em seu julgamento, que precede o julgamento do grande trono branco (Ap 20.10). Conclui-se, assim, que os anjos caídos serão julgados após o fim do milênio, mas antes do julgamento do grande trono branco.]
  

SUBSÍDIO ESCATOLÓGICO

“O Tribunal de Cristo

Algumas vezes, este julgamento é chamado de tribunal bema (grego). ‘Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal’ (2Co 5.10). No bema, Deus julgará as obras dos crentes, e não seus pecados. Estes foram expiados completamente por Jesus e Deus não se lembra mais deles (Hb 10.17). No bema, todas as obras são avaliadas segundo suas intenções e resultados. Visto que Deus é justo, Ele não pode deixar de examinar as nossas obras, sejam boas ou más. O Tribunal de Cristo é muitas vezes tratado como parte das doutrinas sobre recompensas para os cristãos. Não se trata de um julgamento para determinar se os crentes entrarão no céu, mas para avaliar a quantidade e a qualidade dos serviços prestados na terra. Sendo fiéis a Cristo, os cristãos serão recompensados.

 O julgamento das nações gentílicas

Com a segunda vinda de Cristo, todas as nações do mundo comparecerão perante Ele para serem julgadas (Mt 25.32) — cena descrita na Bíblia como uma separação entre bodes e ovelhas. Este julgamento fundamenta-se no tratamento dispensado àqueles que Cristo identifica como ‘um destes meus pequeninos irmãos’ (Mt 25.40,45). Estes podem ser (1) Israel, (2) a Igreja ou (3) os oprimidos” (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, pp.300-1).

III. AS BASES DO JUÍZO FINAL

1. Livros serão abertos. No dia do Juízo Final serão abertos vários livros. Mas, que livros são estes? Estes livros são uma representação do julgamento divino. Segundo a Palavra de Deus, neles foram registradas todas as ações, boas e más, praticadas por todos os seres humanos desde o início do mundo até o Dia do Julgamento (Ap 20.11). O julgamento de Deus terá como base os registros divinos que estão contidos ali. Ninguém poderá dizer que foi julgado de maneira injusta, pois tudo estará registrado com precisão. É importante ressaltar que não seremos salvos pelas nossas obras, pois a salvação é unicamente pela fé, pela graça divina. Mas as nossas ações evidenciam a nossa conversão. Aqueles que já experimentaram o novo nascimento, precisam demonstrar a nova vida em Cristo mediante os seus frutos (ações). [Comentário: O livro da vida será aberto. Este é o livro que contém os nomes das pessoas de todos os séculos que estão eleitas em Cristo, de acordo com o pré-conhecimento de Deus (Ap 13.8; 17.8). A própria existência deste livro irá relembrar todo pecador que um Salvador veio ao mundo para morrer pelos pecados do homem, e que a salvação foi oferecida a "todo e qualquer que a queira" "O Livro da Vida será desenrolado ali, porque muitas pessoas naquela grande multidão têm tido como garantido que os seus nomes estão lá, meramente porque, por acaso, foram listadas no rol de membros de alguma igreja ou sociedade religiosa" (Ironside). “E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.” (Mt 7.23). O livro de obras será aberto. É mantido registro de todas as obras do homem, incluindo cada palavra inútil e cada coisa secreta (Mt 12.36; Lc 8.17; Rm 2.16 ). Salmos 50.16-21 descreve o tipo de coisas que serão vistas no Julgamento do Grande Trono Branco. O livro de Deus (a Bíblia) também vai estar lá. Em João 12.48 Jesus disse, “Quem me rejeitar a mim, e não receber as minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia.” Assim, a Bíblia será aberta nessa ocasião como um testemunho para cada pecador.Extraído de http://solascriptura-tt.org/Sermoes/E9C-JulgamentoGrandeTronoBranco-DCloud.htm]

2. Qual a sentença. A Palavra de Deus afirma que todos os que não forem achados no Livro da Vida, serão lançados no lago de fogo e vão experimentar a segunda morte. Estes estarão eternamente separados de Deus. Quão terrível juízo há para aqueles que não receberem pela fé a salvação. A Igreja precisa anunciar a todos a mensagem do Evangelho, ganhando pessoas para Jesus enquanto é tempo. Hoje é o tempo da oportunidade, o tempo da salvação. Que sejamos como Noé que apregoou para sua geração o juízo do Senhor. Muitos rejeitaram a mensagem de Noé, porém o dia da ira não tardou a chegar. [Comentário: O resultado desse julgamento fica bem claro em Ap 20.15: "E, se alguém não foi achado inscrito no livro da vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo". A eterna separação de Deus é o destino eterno dos incrédulos. Nenhum pecador pode estar perante um santo Deus e ser julgados pelas suas obras, sem ser condenado, por isso a conclusão do presente julgamento já está previamente conhecida. Apesar de possivelmente existirem graus de punição no Lago de Fogo (confira Mt 11.20-24) todos os julgados serão condenados e enviados para lá, para o Lago de Fogo.]


SUBSÍDIO ESCATOLÓGICO

“O envio para o lago de fogo será para sempre. Deus fez todos os seus esforços para dar à humanidade todas as oportunidades possíveis para o arrependimento, mas este último ato final de rebelião, depois de mil anos de bênção [o Milênio] marcará o final da sua paciência. E todos os que rejeitarem a Cristo como Senhor serão condenados ao lago de fogo” (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, p.289).

CONCLUSÃO

O Dia do Juízo de Deus virá para todos. Você está preparado? Ore, leia a Palavra de Deus e jamais permita que a carne, o Diabo e o mundo venham fazer você pecar e abandonar Jesus Cristo. Neste mundo temos muitas tribulações, mas “alegrai-vos, antes, por estar o vosso nome escrito nos céus” (Lc 10.20). Se pela fé você já aceitou a Jesus como seu único e suficiente Salvador, sua salvação já está garantida e caso você permaneça fiel até o fim, jamais passará pelo Juízo Final: “Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito” (Rm 8.1). [Comentário: A mensagem do Julgamento do Grande Trono Branco é que não existe qualquer possibilidade de salvação após a morte, que a decisão por Cristo deve ser tomada na presente vida, ou restará apenas a condenação eterna. A mensagem é ainda mais impactante para nós, que temos a obrigação de anunciar  que "Agora é o tempo aceitável". Estamos investindo nossos dízimos e ofertas em missões? Ou estamos mais interessados em construir suntuosos templos a fim de mostrar a força e a punjança de nossas denominações? Enquanto dinheiro é gasto em conforto, almas perecem...] “NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”.

Francisco Barbosa
Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br.

quarta-feira, 2 de março de 2016

LIÇÃO 10: MILÊNIO – UM TEMPO GLORIOSO PARA A TERRA





SUBSÍDIO I

O livro do Apocalipse, no capítulo 20, mostra a condenação de Satanás e a sua prisão no abismo durante mil anos, onde Satanás não mais terá quaisquer atividades durante o tempo de mil anos. Assim, inicia-se o período do Milênio. Um período cuja melhor palavra da atualidade para descrevê-lo é Utopia. Quem hoje não sonha em ver o mundo dominado pela paz? A violência zerada. A injustiça social liquidada. As doenças não mais presente com o seu poder mortífero. 
Quem não sonha com o mundo, onde quem morre aos 100 anos será considerado jovem? É sobre este tempo que as Escrituras dão conta e demonstram com riquezas de detalhes de que será literal e verdadeiro, conforme a tabela abaixo — no Milênio, muitas profecias do Antigo Testamento serão cumpridas fielmente:


ALGUMAS PROFECIAS QUE AFIRMAM
A LITERALIDADE DO MILÊNIO
   Salmo 2.8
As nações e o mundo inteiro sob o governo de um único Rei e Senhor. 
Isaías 35.1,2
A descrição da glória do Senhor numa região totalmente desértica
Zacarias 8.1-9
Descrição do cotidiano da capital do mundo no Milênio, isto é, Jerusalém.
Mateus 19.28
Palavra de Jesus acerca do Milênio.
Atos 15.16-18
Aplicação da profecia de Amós 9.11,12 pelo evangelista Lucas referendando o que o apóstolo Pedro havia ensinado. 
Apocalipse 2.25-28
A declaração de Jesus, por intermédio do apóstolo João, sobre a realidade do reino milenar vindouro. 

Obs: Há outras referências bíblicas acerca do Reino Milenar que o prezado professor poderá consultá-las para melhor fundamentar a sua aula: Salmos 24.7,8; Isaías 9.7; 11.6-10; 61.3; Jeremias 23.5,6; Ezequiel 40— 48; Daniel 2.44; Oseias 1.10; 3.5; Amós 9.11-15; Miqueias 4.1-8; Apocalipse 11.15. 
Ainda, à luz de Apocalipse 20, podemos vislumbrar quem estará no Milênio para reinar com Cristo. O texto bíblico diz que João viu “almas”, isto é, pessoas que foram martirizadas durante a Grande Tribulação (Ap 6.9-11; 12.15) e os crentes que venceram ao longo da Era da Igreja. São esses dois grupos que reinarão com Cristo no Milênio. A partir deste reinado, onde Cristo é a cabeça, um período de paz e bênçãos será inaugurado na Terra. Onde a justiça prevalecerá (Zc 9.10), o Espírito Santo restaurará todas as coisas, o mundo refletirá a ordem e a beleza de Deus, originariamente planejada por Ele no Éden, e o mundo animal será completamente transformado (Is 11.6-8; Ez 34.25). De fato, é um Reino como nunca houve no mundo!


Fonte: Revista Ensinador Cristão, ano 17 - nº 65 – Jan./Fev./Mar. de 2016. 

SUBSÍDIO II

INTRODUÇÃO

Depois da Vinda de Jesus em glória, terá início na terra o Milênio, um tempo glorioso na terra, no qual o Senhor reinará. Inicialmente, estudaremos que esse será um período literal, não se trata de uma alegoria. Em seguida, destacaremos as características do Milênio, com destaque para seus participantes. Ao final, mostraremos a importância do Milênio, no contexto do cumprimento das profecias messiânicas.

1. MILÊNIO, UM PERÍODO LITERAL

Existem várias passagens bíblicas que tratam a respeito do Milênio, ainda que não seja possível encontrar essa palavra nas Escrituras. Por isso afirmamos que essa se trata de uma doutrina teológica, firmada em diversas passagens correlacionadas da Bíblia. A palavra Milênio vem do latim mille, que significa “mil” e annus, que significa em latim, “ano”. Há passagens do Antigo Testamento que narram a respeito de um período de plena paz, sob o reinado do Messias na terra (Zc. 14.9). O profeta Isaias antecipou esse tempo de glória para a terra, no qual as pessoas irão a Jerusalém, a fim de encontrar os caminhos do Senhor (Is. 2.2-4). Esse será um período de paz até mesmo para os animais da terra, pois o lobo habitará com o cordeiro, e o leopardo se deitará junto ao cabrito; o bezerro, o leão e o animal cevado andarão juntos, o leão comerá palha como o boi (Is. 11.6-9). É possível também encontrar passagens bíblicas no Novo Testamento que fazem alusão ao Milênio. Jesus, por ocasião da celebração da Páscoa, mencionou um tempo em que haveria de beber de novo o fruto da vide, com os seus discípulos no Reino de Seu Pai (Mt. 26.27,28). Mas o texto mais expressivo em relação ao Milênio é o de Ap. 20. A posição histórico-gramatical para a interpretação das Escrituras assume que se trata de um período literal, tendo em vista que uma opção simbólica não se coaduna ao contexto geral. A expressão “mil anos” se repete seis vezes no texto apocalíptico, e não apresenta características poéticas, que poderiam ser interpretadas alegoricamente. O Milênio acontecerá na terra e oportunizará o cumprimento das profecias messiânicas, alusivas à Vinda de Cristo para reinar (Gn. 12.7; Ez. 47-48; Sl. 2.6-9).

2. CARACTERÍSTICA DO MILÊNIO

O Milênio não iniciará imediatamente, depois que Jesus vier em glória. Isso porque haverá um tempo de preparação. Conforme Dn. 12.11,12 será um período de 75 dias depois do fim da Tribulação. Nesse intervalo ocorrerá o julgamento do Anticristo, do Falso Profeta e dos gentios (Mt. 25.31-46). Haverá também, durante esse tempo, a ressurreição dos santos martirizados na Tribulação, em conformidade com a ordem de I Co. 15.20-24. Quando o Milênio tiver início, não quer dizer que o Estado Perfeito terá chegado. Não há respaldo bíblico para defender a perfeição durante o período do Milênio. Há textos bíblicos inclusive que mostram a existência de pecado (Is. 2.4; 11.4; 65.20; Zc. 14). O Milênio será uma espécie de antecipador do Estado Eterno, quando finalmente acontecerá o final da velha ordem e a criação da Nova Jerusalém e do Novo Céu e Nova Terra (Ap. 21.1-22). Durante o Milênio haverá harmonia para a criação, não haverá mais catástrofes ambientais. Paulo explica, em Rm. 8.22, que toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora. Durante o Milênio, no entanto, acontecerá mudança nas propriedades da terra (Is. 35.1,2). Em algumas regiões acontecem tempestades, tornados e terremotos, enchentes ou secas. Mas por ocasião do Milênio o deserto e a terra se alegrarão; o ermo exultará e florescerá como o narciso. A chuva será na quantidade suficiente para irrigar a terra, e para fornecer o produto da terra, para alimentação da humanidade (Is. 30.23,24). As pessoas poderão morrer, mas a norma será a longevidade, pois as crianças não mais viverão poucos dias, nem o velho que não cumpra os seus; porque morrer aos cem anos é morrer ainda jovem (Is. 65.20). Esse será um tempo em que as enfermidades não mais dizimarão a sociedade, nenhum morador dirá que está doente, a saúde será desfrutada com abundância (Is. 33.24).

3. A IMPORTÂNCIA DO MILÊNIO

O mais importante durante o Milênio será sua dimensão política, isso porque quem estará reinando será o Renovo de Davi (Jr. 23.5-8). A política humana tem gerado muitas frustrações, não podemos prescindir da democracia no contexto atual. É melhor escolher os representantes do que ser governado unilateralmente, e está debaixo da tirania e de uma ditatura. No entanto, sabemos que o governo humano, mesmo aqueles que se julgam democráticos, tem suas limitações. Mas com Cristo no governo será totalmente diferente, pois Ele é Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz (Is. 9.6). Ele não apenas governará Jerusalém, mas estenderá seu alcance até as nações do mundo. Então as nações compreenderão que não há outro governo melhor que o de Cristo (Dn. 7.14). Ele governará para a paz, pois as espadas serão se converterão em relhas de arados, e as lanças em podadeiras, uma nação não levantará espada contra outra nação, e não aprenderão mais a guerra (Mq. 4.3,4). Esse será um tempo glorioso, pois a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar (Is. 11.9). Como na atualidade, o Espírito Santo terá participação ativa na vida daqueles que creem (Ez. 36.27; 37.14). Na verdade será um tempo de plenitude do Espírito Santo (Is. 32.15; 44.3; Ez. 39.29; Jl. 2.28,29). Um templo milenar será erigido em Jerusalém que será o centro de adoração a Jesus Cristo (Ez. 40-46; Is. 2.2,3; 56.7). Haverá sacrifícios no templo milenar, mas esses não serão para expiação de pecados (Rm. 6.14,15; 7.1-6; I Co. 9.20,21; II Co. 3.7-11; Gl. 4.1-7; Hb. 8.13; 10.1-14). Os sacrifícios serão realizados durante o Milênio, mas apenas com um propósito memorial, para relembrar o valor do sacrifício de Cristo pelos pecadores.

CONCLUSÃO

Durante o Milênio os remidos em Cristo tomarão parte da adoração, esse será o momento no qual a oração “venha a nós o Teu Reino” (Mt. 4.17) será respondida. A Igreja estará com Jesus para reinar com Ele sobre as tribos de Israel (Mt. 19.28). Paulo confirma essa missão da Igreja durante o Milênio: “se perseveramos, também com ele reinaremos” (II Tm. 2.12). A doutrina do Milênio serve de estímulo a todos os crentes, considerando que esse será um tempo no qual o caos, desespero, corrupção e violência finalmente serão coibidos, quando estiver debaixo do governo do Rei dos reis. 


Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
Extraído do Blog subsidioebd

COMENTÁRIO E SUBSÍDIO III

INTRODUÇÃO

Satanás será preso por mil anos, mas em seguida será solto, para logo em seguida ser lançado no Lago de Fogo. Neste tempo, onde estarão os salvos em Cristo? Eles estarão com Jesus Cristo e reinarão, juntamente com Ele, por um período de mil anos. Este será o tema da lição que estudaremos na aula de hoje — o Milênio. [Comentário: Milenarismo ou milenialismo (derivada do latim millenium - "milênio") designa a doutrina que anuncia o regresso de Jesus Cristo para constituir um reino com duração de mil anos (Ap 20.1-10). O estabelecimento do reino milenar de Cristo se torna indispensável, porque somente assim, haverá o cumprimento de todas as alianças feitas por Deus com Israel. Sabemos que uma aliança é um pacto, um acordo. E Deus fez vários pactos, acordos com a nação de Israel, nas quais, Ele próprio Se obrigou a cumpri-los, independente do homem obedecer a Deus ou não. Já comentei sobre as três escolas principais de interpretação: Os Pré-Milenistas, que entendem a base da interpretação literal das profecias, a Vinda de Jesus Cristo precederá o Seu reinado de mil anos em companhia de Seus remidos; os Pós-Milenistas, que acreditam que a Segunda Vinda de Jesus Cristo será precedida da vitória final do Evangelho no período do milênio, e os Amilenistas, aqueles que entendem que a descrição de Apocalipse 20 é puramente simbólica. Sobre os Pré-Milenistas, escrevi também que há duas linhas de pensamento; o Pré-milenismo histórico e o dispensacionalista. Rapidamente, temos: Pré-milenismo histórico: Durante os primeiros quatro séculos da história da Igreja, de acordo com vários documentos da época (como o Didaquê e a Epístola de Barnabé), predominava o que é conhecido como pré-milenismo, ou seja, a perspectiva de que Jesus voltará depois do período final de tribulação e antes do milênio de paz e justiça sobre a Terra. Somente depois desse milênio é que começará o Reino eterno.Pré-milenismo dispensacionalista: No século 19, houve um retorno ao pré-milenismo, porém com algumas diferenças fundamentais em relação ao pré-milenismo histórico dos primeiros séculos. Esse novo pré-milenismo, que seria conhecido como dispensacionalista por dividir o plano de Deus na Bíblia em etapas bem distintas chamadas dispensações, levou várias décadas para ser mais aceito e só se tornou a visão escatológica predominante nas igrejas evangélicas no século 20. A semelhança entre as duas linhas de pré-milenismo é que ambas interpretam o milênio de Apocalipse 20 como um período literal em que Jesus reinará na Terra depois da Segunda Vinda. A diferença é que o pré-milenismo dispensacionalista coloca uma vinda secreta de Jesus antes da tribulação, em que a Igreja será arrebatada para o Céu. Durante a tribulação e o domínio do anticristo, a nação de Israel será preparada para aceitar o Messias e ser a base do Reino milenar. Assim, haveria dois planos de Deus para dois povos distintos: um reino espiritual para a Igreja no Céu e um reino terreno para Israel na Terra. A Segunda Vinda ocorreria em duas etapas, uma secreta para arrebatar a Igreja antes da tribulação e outra visível no final da tribulação.]

I. O REINO MILENIAL

1. A restauração da Terra. O Milênio será um período literal de mil anos. Este momento não é uma utopia como alguns afirmam. Deus criou tudo perfeito e outorgou ao homem autoridade e domínio para cuidar da Terra e dos animais. Mas o homem fracassou em cuidar de si mesmo e do seu habitat. A Queda rompeu a comunhão direta do homem com Deus. Não só a humanidade, mas toda a natureza foi maculada pelo pecado e aguarda a redenção que se dará quando Cristo assumir o Reino Milenial (Rm 8.20-23). [Comentário: O Milênio é um período de mil anos, predito pelos profetas como sendo o reinado Messiânico, ou seja, o reinado do céu estabelecido na terra,inaugurando uma nova era espiritual, a sétima dispensação, um tempo probatório, especialmente para os que nascerem na época dourada em que Satanás estiver preso. O Milênio não é o fim nem a consumação de todas as coisas, como alguns supõem, mas um tempo de provação e de preparação para o desfecho completo da obra de Deus, quando então o Senhor Jesus, depois de dominar todas as coisas, entregará o reino ao Pai, lCo 15.24-28. Há nas Escrituras uma infinidade de textos referentes ao Milênio. Um dos primeiros, embora seja muito usado, não encontramos nele a palavra Milênio, mas seu sentido profético fala de um tempo em que Cristo reinará na casa de Judá, Gn 49.10: "Não se apartará de Judá o cetro, nem a vara de comando de entre seus pés, até que venha Aquele (Cristo) de quem ele é, e a esse obedecerão os povos", (VB). Aqui vemos a predição da vinda e do estabelecimento do reino Messiânico. Ao Senhor Jesus, como rei de Judá, com a vara de comando, que fala de seu governo de poder e de autoridade, todos os povos hão de obedecer. Quando Deus criou o homem colocou sob seu domínio os peixes, os répteis, as aves e todos os monstros, Gn 1.26. Infelizmente, por causa do pecado, o homem perdeu esse domínio, embora tenha pretendido sempre, com força bruta, dominar sobre a terra. Deus, ao criar o homem, dotou-o de faculdades instintivas, além da razão e tirocínio psicológico. Criou-o capaz de viver uma vida espiritual segundo o plano do seu Criador. No entanto, o pecado deturpou a criatura feita à semelhança do Criador, Gn 1.26, reduzindo-a a um ser inferior, como nos diz Pedro: "Mas estes, como animais sem razão", 2Pe 2.12. O propósito divino foi criar um ser capaz de governar a terra e de povoá-la, um ser que recebesse, para o exercício do seu domínio, a bênção de Deus, Gn 1.28. Como seria o globo terráqueo se Adão não tivesse transgredido as ordens de Deus?! Por certo continuaria sendo um paraíso. Seria o reino dos céus implantado em toda a natureza - esse era o plano do Altíssimo. Com isso, poderíamos ver na terra formosa os homens vestidos de roupagens luminosas, as vestes espirituais dos entes celestes. Como Deus, que é coberto de luz como de um manto, nós seríamos revestidos, SI 104.2. Quando Elias subiu ao céu, deixou suas vestes naturais para receber as espirituais, vestes permanentes, 2Rs 2.13. Os arqueólogos descobrem os milhões de anos e vão à fantástica era arqueozônica; isto equivale dizer que vão além de milhões de anos. Entretanto, o Sagrado Livro diz somente: "No princípio criou Deus os céus e a terra", Gn 1.1. Se a terra existe há milhões de anos, encontramos na Bíblia "No princípio..." Esse princípio é indefinível pelo saber humano. É possível que durante o período caótico, a terra toda fosse verdadeiro paraíso, tendo como governador aquela criatura que se elevou contra o próprio Criador, Is 14.12-17; Ez 28.11-18 onde vemos tudo perfeito, belo e maravilhoso. Extraído de ‘O Milênio’, de João Pereira de Andrade e Silva; CPAD.]
2. A Terra será governada por Jesus. “E o Senhor será rei sobre toda a terra; naquele dia, um será o Senhor, e um será o seu nome” (Zc 14.9). O governo de Cristo vai alcançar todas as nações. Todos os reinos deste mundo são efêmeros, mas o reino de Cristo é eterno e vai abranger todos os países. Todos terão que se prostrar, reconhecendo o senhorio do Rei dos reis. Estejamos preparados para este glorioso momento com o nosso Salvador. [Comentário: Jesus, ao voltar em seu Aparecimento Glorioso, estabelecerá seu reino milenar de paz verdadeira sobre a terra. O Espírito Santo de Deus revelou aos profetas Miquéias e Isaías os detalhes de como será este governo milenar de Jesus Cristo: "E julgará entre muitos povos, e arbitrará entre nações poderosas e longínquas; e converterão as suas espadas em relhas de arado, e as suas lanças em podadeiras; uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra." (Mq 4.3); "E ele julgará entre as nações, e repreenderá a muitos povos; e estes converterão as suas espadas em enxadões e as suas lanças em foices; uma nação não levantará espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerrear." (Is 2.4). É muito importante ressaltar aqui que este será o único e verdadeiro governo de paz mundial, cujo Rei será Jesus Cristo. O que estamos vendo hoje são governantes mundiais prometendo falsas promessas de paz com o objetivo de se auto-promoverem. Deus nos faz advertências sobre a mentira dos governantes em 1 Tessalonicenses 5.3: "Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição (ruína e morte), como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão." É evidente que não haverá um reino teocrático na terra sem a presença pessoal e manifesta do Senhor Jesus Cristo. Toda a era depende de Seu retorno à terra como prometido. Tudo o que existe no milênio tem origem no Rei revelado. O milênio não poderia existir sem a manifestação de Cristo, de quem depende toda a era milenar. Jesus convida seu povo a governar com Ele. Finalmente, um novo tempo começa na terra e verdadeiramente aqueles que amam a Jesus serão sacerdotes de Deus com Ele, confirmando ainda mais sua herança em Deus e co-herança em Cristo em Romanos 8.17: "E, se nós somos [Seus] filhos, somos logo [Seus] herdeiros também, herdeiros de Deus, e co-herdeiros de Cristo [compartilhando Sua herança com Ele]: se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados." Daniel também obteve esta mesma revelação, por parte do Espírito Santo de Deus: "Até que veio o ancião de dias, e fez justiça aos santos do [Deus] Altíssimo; e chegou o tempo em que os santos possuíram o reino." (Dn 7.22); "E o reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão, e lhe obedecerão." Dn 7.27.]
3. Jerusalém será a capital do mundo. No Reino Milenial, Jerusalém será a capital espiritual e política do mundo (Is 2.1-3; 60.3). As nações terão de reconhecer o valor de Jerusalém, sob pena de sofrerem sérias consequências (Zc 14.16,17). [Comentário: Esta cidade será totalmente restaurada cumprindo-se a visão do salmista Davi que disse: “Grande é o Senhor e mui digno de ser louvado na cidade de nosso Deus, Seu santo nome, belo e sobranceiro é a alegria de toda a terra, o monte Sião para todos os lados do norte a cidade do grande Rei. Nos palácios dela Deus se faz conhecer como alto refúgio” (Sl 48.1-3). O Lugar do Reino será na Terra, refletindo não somente o aspecto espiritual, mas também o terreal (Is 65.21; Mt 5.25-26; Ap 5.9-10). A Capital do Reino: será Jerusalém (Sl 48.1-3). Biblicamente, a Palestina é o centro geográfico da Terra. Será o centro de adoração para todos os povos. Jerusalém terrena será a capital do Reino e de onde sairá todas as decisões. Haverá segurança e será exaltada. (Is 24:23; 2:3; 62;7; Mq 4:2; Jr 33:16; Jl. 3:20,21; Zc 2:10-13; 8:22).]


SUBSÍDIO ESCATOLÓGICO

“A palavra ‘milênio’ vem dos termos latinos mille (‘mil’) e annum (‘ano’). A palavra grega Chilias, que também significa ‘mil’, aparece por seis vezes em Apocalipse 20, definindo a duração do Reino de Cristo antes da destruição do velho céu e da velha terra. O Milênio, portanto, refere-se aos mil anos do futuro Reino de Cristo sobre a terra que virá imediatamente antes da eternidade. Durante o Milênio, Cristo reinará no tempo e no espaço” (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, p.316).

II. O GOVERNO DE JESUS CRISTO

1. Jesus governará com os seus servos. No Milênio, o governo de Cristo será teocrático, vindo do céu, implantado sem a mão do homem, que é corruptível. Seu reino jamais “passará a outro povo”, será eterno (Dn 2.44,45; 7,27). Tudo o que ainda restar de estruturas dos impérios, reinos e governos, será aniquilado e substituído pelo Reino de Cristo. Jesus reinará com poder pleno sobre a Terra (1Tm 1.17). As palavras do salmista, declaradas no Salmo 96, serão cumpridas na implantação do Reino Milenial de Cristo sobre a Terra (Sl 96.7-13; Is 33.22). [Comentário: No reino milenar, iremos reinar com Cristo, mas para isso precisamos distinguir o que é reinar segundo o conceito de Deus – algo muito diferente, para não dizer oposto, do conceito humano. O conceito humano está envenenado pela mentira que a serpente inoculou no primeiro casal, cujo efeito – para usarmos uma comparação com um fenômeno atual – foi como o de tornar transgênico o seu DNA, que seria transmitido de geração para geração à humanidade em formação. Podemos compreender esta situação quando Jesus, na condição de último Adão, repreende Pedro por este cogitar das coisas dos homens e ser, portanto, um porta-voz de Satanás para tentar desviá-lo (Jesus) da cruz (Mt 16.21-23). Era como se Pedro estivesse exalando o hálito desse veneno. Isso também fica claro quando Jesus debate com os judeus que pretendiam matá-lo julgando prestar um serviço a Deus. Jesus os denunciou por estarem dando ouvidos a Satanás, que é mentiroso e homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade (Jo 8.44). esus apresentou o antídoto para este veneno quando afirmou que através do conhecimento da verdade – o próprio Cristo – o homem pode ser liberto. Segundo o pensamento envenenado dos homens, governar significa dominar sobre os semelhantes, mas para Jesus governar é servir. Para governar com Cristo, o principal requisito é pensar como ele, possuir e agir conforme a sabedoria dele. Assim como, ressuscitado, Jesus governou sobre os discípulos a caminho de Emaús, sobre os discípulos pescadores e o cardume de peixes na pesca abundante, sobre a incredulidade de Tomé e sobre o futuro de Pedro, da mesma forma vamos exercer nosso correinado com ele. Nos dias do reino milenar, estaremos num corpo ressuscitado, semelhante ao de Jesus, e agiremos de modo a não deixar errar os homens que estiverem num corpo natural, tal como estavam os discípulos. Aqueles quarenta dias foram um período em que Cristo reinou sobre alguns homens e num pequeno espaço desta Terra. No milênio, contudo, seu reino será sobre todos, universalmente! Extraído de http://www.gruponews.com.br/2012/04/nosso-governo-cristo-no-milenio-visto-partir-experiencia-ressuscitado.html]
2. A Igreja reinará com Cristo (Ap 20.6; 1.6, 5.10). Todos os salvos em Jesus Cristo serão reis e sacerdotes e reinarão com Cristo com poder e autoridade (Ap 2.26,27; 2Tm 2.12a). Além de julgar o mundo, os salvos, que fazem parte da Igreja de Cristo, hão de julgar os anjos! (1Co 6.3). [Comentário: Estes reviverão e estarão presentes no reinado de Jesus Cristo: Todos os que foram arrebatados: É necessário lembrar que o Arrebatamento separou os mortos em Cristo e os que foram arrebatados em vida. Todos os novos crentes convertidos durante a Tribulação (pós-Arrebatamento): todos os que foram deixados para trás no Arrebatamento, mas aceitaram a Jesus como Senhor e Salvador durante a Tribulação, sejam os já mortos no período ou os que sobreviveram durante os sete anos, também estarão presentes no governo milenar. Os santos do Velho Testamento: serão ressuscitados depois do governo milenar, para também receberem seu galardão por sua fidelidade a Deus.]
3. A Nova Jerusalém. É a cidade celeste e eterna, que será destinada a todos os salvos em Jesus Cristo. Segundo as Escrituras sua beleza é impar, mas somente os crentes, lavados e redimidos pelo sangue do Cordeiro, poderão desfrutar de tal preciosidade. A Nova Jerusalém não é uma utopia, como afirmam alguns teólogos. Ela é real e os crentes devem desejar alcançá-la. Neste mundo estamos sujeitos à morte, à dor, às enfermidades e a muitos outros males, mas há uma cidade santa sendo preparada para nós. Ali não haverá choro nem dor e todos viverão eternamente com Cristo (Ap 21.1,2,10-27). [Comentário: Em princípio, há três Jerusaléns que não devem ser confundidas: a Jerusalém celestial (Hb 12.22, Ap 21.10-22.5), que é a igreja em seu caráter administrativo nos céus, a Jerusalém terrena (Jr 3.17, 30.18, Sl 48, Ez 49.15-20), que é a habitação do príncipe e de outros santos provavelmente da família real de Davi no Milênio, e a Nova Jerusalém (Ap 21.2), que é a cidade dos santos no Estado Eterno. Todas são chamadas santas (Ap 21.2, 10, Joel 3.17)". Os profetas do Antigo Testamento usaram a figura de uma nova e perfeita cidade para representar a bênção da comunhão com Deus depois de um período de sofrimento. Especificamente, falaram da igreja ou do reino do Messias que viria depois da purificação do cativeiro. Este tema é especialmente forte em livros como Ezequiel (capítulos 40-48) e Isaías (capítulos 60-66; especialmente 65.18-19). Paulo desenvolveu o mesmo tema quando falou de Jerusalém livre, que vem de cima (Gálatas 4.26-31). O autor de Hebreus, também, viu a cidade celestial como a igreja já existente no primeiro século: “Mas tendes chegado ao monte Sião e à cidade do Deus vivo, a Jerusalém celestial...igreja dos primogênitos” (Hebreus 12.22-23). A mesma linguagem aqui no Apocalipse descreve a igreja do Senhor. Nada no texto aqui limita essas bênçãos ao futuro (a igreja no céu). Podemos entender a nova Jerusalém como a igreja já abençoada aqui na terra e, desta maneira, a interpretação deste trecho se ajusta ao contexto histórico do livro. Ataviada como noiva adornada para o seu esposo: A mesma figura que encontramos em 19.7-8. Isaías descreveu as bênçãos da salvação em Cristo “como noiva que se enfeita com as suas jóias” (61.11).]

SUBSÍDIO ESCATOLÓGICO

“As pessoas inclusas no reino milenial de Cristo serão os santos do Antigo Testamento (Dn 12.1,2,6,13), os santos da Tribulação (judeus e gentios, tanto vivos como ressurretos; Ap 20.4) e a Igreja do Senhor Jesus Cristo.
Embora somente os remidos possam entrar no reino do Messias, os santos vivos que escaparem da Tribulação adentrarão o reino em seus corpos naturais e com a capacidade de procriar. As crianças que nascerem durante o Milênio precisarão de salvação, que lhes será oferecida por intermédio de Israel. Pentecost comenta: 'Durante o reinado de Cristo no Milênio, a nação de Israel cumprirá o papel para o qual foi originalmente separada por Deus. Eles se tornarão uma nação de sacerdotes (Êx 19.6), agindo como intermediários entre aqueles que precisam ser salvos e o Rei que dá a salvação. Tornar-se-ão aquilo que estavam originalmente destinados: ser luz de Deus nesse mundo)” (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica, l.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p.319).

III. ASPECTOS RELEVANTES DO MILÊNIO

1. Quem vai participar deste Reino. Vão participar do Milênio todos os salvos em Jesus Cristo, “o remanescente” dos israelitas, salvos por Cristo, na batalha do Armagedom (Rm 9.27) e os que escaparem da Grande Tribulação. [Comentário: O reino teocrático terrenal, instituído por Jesus na sua segunda vinda, incluirá todos os salvos de Israel e também os gentios salvos, que estiverem vivos por ocasião de seu retorno. As Escrituras deixam bem claro que todos os pecadores serão eliminados antes da instituição do reino (Is 1.19-31; 65.11-16; 66. 15-18; Jr 25.27-33; 30.23,24; Ez 11.21; 20. 33-44; Mq 5.9-15; Zc 13.9; Ml 3.2-6; 3,18; 4.3) O registro do julgamento das nações (Mt 25.35) revela que apenas os salvos entrarão no reino. A parábola do trigo e do joio (Mt 13.30,31) e a parábola da rede ( Mt 13.49,50) mostram que apenas os salvos entrarão no reino. Daniel deixa claro que o reino é dado aos santos: Dn 7.18,22,27).]
2. Haverá um conhecimento universal de Deus. “[...] A terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar” (Is 11.9; 54.13). Haverá um derramamento pleno do Espírito Santo (Is 32.15). Será um verdadeiro avivamento mundial (Mq 4.2; Mt 24.14). [Comentário: O ministério do Rei levará os súditos do reino ao pleno conhecimento. Sem dúvida haverá um ensinamento sem paralelo do Espírito Santo (Is 11.1,2,9; 41.19,20; 54.13; Hc 2.14)]
3. Haverá paz na Terra. Jesus é o “Príncipe da Paz” (Is 9.6) e durante o Milênio o homem desfrutará da paz que só Jesus pode dar e que não depende das circunstâncias. As famílias viverão em completa união (Is 65.23), não haverá mais guerras ou ações terroristas, durante os mil anos de paz sobre a Terra (Is 2.4). A justiça e a verdade neste período serão plenas (Is 11.4,5), pois o Filho de Deus é quem julgará com justiça e retidão. [Comentário: O término da guerra pela unificação dos reinos do mundo sob o reinado de Cristo, juntamente com a prosperidade econômica resultante, visto que as nações não precisam dedicar grandes proporções de dinheiro a armamentos, é um dos temas principais dos profetas. A paz nacional e individual é fruto do reino do Messias (Is 2.4;  9.4-7; 11.6-9).]
4. A natureza será transformada. Animais selvagens vão perder sua ferocidade e poderão conviver harmoniosamente com o ser humano. Leia Isaías 11.6-8. A maldição da Terra por causa do pecado desaparecerá (Gn 3.17,18). Não haverá necessidade de agrotóxicos, pois a bênção de Deus estará sobre a produção de alimentos. Não haverá pestes, enchentes, terremotos, nem falta de alimentos na Terra (Jr 31.12; Sl 67.5,6), pois terá uma produção agrícola jamais vista. [Comentário: A terra será consertada e restaurada, tornando-se um verdadeiro paraíso aos homens que confiam em Cristo. No sermão da bem-aventurança Jesus prometeu o seguinte: "Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra" (Mt 5.5). Vejamos então a descrição das mudanças que este globo terrestre terá no decorrer dos mil anos: "Todo vale será levantado, e será abatido todo monte e todo outeiro; e o terreno acidentado será nivelado, e o que é escabroso, aplanado" (Is 40.4). A Bíblia nos ensina que no período de mil anos uma mudança profunda será feita na terra. Por exemplo, muitas montanhas e ilhas desaparecerão ou serão transladados a outros lugares: "Porque eis que o Senhor está a sair do seu lugar, e descerá, e andará sobre as alturas da terra. Os montes debaixo dele se derreterão, e os vales se fenderão, como a cera diante do fogo, como as águas que se precipitam por um declive"(Mq 1.3-4). "E o céu recolheu-se como um livro que se enrola; e todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares" (Ap 6.14). "Todas as ilhas fugiram, e os montes não mais se acharam" (Ap 16.20). O monte das Oliveiras na Palestina se repartirá: "Naquele dia estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; e o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, do oriente para o ocidente, e haverá um vale muito grande; e metade do monte se removerá para o norte, e a outra metade dele para o sul" (Zc 14.4). A terra tornará excepcionalmente fértil: "O deserto e a terra sedenta se regozijarão; o ermo exultará e florescerá; como o narciso florescerá abundantemente, e também exultará de júbilo e romperá em cânticos; dar-se-lhe-á a glória do Líbano, a excelência do Carmelo e Sarom; eles verão a glória do Senhor, a majestade do nosso Deus" (Is 35.1-2) "Em lugar do espinheiro crescerá a faia, e em lugar da sarça crescerá a murta; o que será para o Senhor por nome, por sinal eterno, que nunca se apagará" (Is 55.13). Os desertos áridos e secos produzirão água em abundância: "Os animais do campo me honrarão, os chacais e os avestruzes; porque porei água no deserto, e rios no ermo, para dar a beber ao meu povo, ao meu escolhido" (Is 43.20). No milênio o problema ecológico será completamente resolvido. As árvores crescerão em grande número e não haverá derrubadas indiscriminadas como nos dias de hoje. Veja em Ezequiel 47.7. Na região da Palestina surgirá um novo rio cujas águas conterão elementos que purificará qualquer outra fonte, inclusive o Mar Morto que há milhares de anos está podre, será purificado pelas águas desse novo rio. Veja Ezequiel 47.8-10. Extraído dehttp://www.palavraprudente.com.br/estudos/antonio_cd/miscelanea/cap01.html]
5. Haverá saúde e prosperidade para todos. As condições ambientais serão altamente favoráveis à melhoria da qualidade de vida no planeta. A longevidade surpreenderá a todos pelas excelentes condições de saúde (Is 65.20-22). Além da saúde, as condições de moradia para todos serão as melhores jamais vistas. [Comentário: A Terra será restaurada a sua fertilidade, como diz em Is 35.6-7. O mar morto dará abundancia de peixes (Ez 47.1-12). Nunca mais haverá fome na Terra (Ez 36.29-30). A Terra será como Jardim do Éden (Ez 34.36-37; Is 51.3). As riquezas serão abundantes (Is 60.16-17). A maldição será tirada da Terra (Gn 3.17-18). O Senhor irá restaurar a Terra por completo (Ez 36.29-36). O Senhor será o alvo de todas as atenções (Zc 8.20-23), todos quererão vê-lo (Is 2.2-4). Não haverá idolatria (Is 17.7-8). E a saudação será, O Senhor te abençoe (Jr 31.23). Os judeus nessa época serão os mensageiros do Rei Jesus (Zc 8.23), e eles serão uma benção para as nações (Zc 8.13). No início no Milênio a população mundial será escassa (Is 13.11-12). Mas, depois no decorrer dos acontecimentos, o Senhor mudará esse quadro conforme Jeremias 33.22. O mundo inteiro viverá nessa harmonia completa com Cristo, em gozo de alegria, paz mundial, sem fome e sem doenças; a Terra produzirá o que os homens precisarem, porque será abençoada como foi no princípio, e todos de todas as nações do mundo inteiro correrão a Jerusalém, para prestarem adoração ao Senhor Jesus (Zc 14.16). Haverá mudança no solo (Zc 14.10). A criação do mundo todo aguarda ansiosamente esse tempo para sua libertação (Rm 8.22-23). Extraído dehttp://pastoreliasribas.blogspot.com.br/2015/10/o-milenio-o-reinado-de-cristo.html]

SUBSÍDIO ESCATOLÓGICO

“O Milênio será um tempo de controle tanto político como espiritual. Politicamente, ele será universal (Dn 2.35), discricionário (Is 11.4) e caracterizado pela retidão e justiça. Será zeloso para com os pobres (Is 11.3-5), mas trará recriminação e juízo para quem transgredir as ordenanças do Messias (Sl 2.10-12).
Este reino literal de Cristo sobre a terra também terá características espirituais. Acima de tudo, será um reino de justiça, onde Cristo será o Rei e governará com absoluta retidão (Is 23.1). Será também um tempo em que se manifestarão a plenitude do Espírito e a santidade de Deus (Is 11.2-5)” (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, p.318).

CONCLUSÃO

Deus tem um plano glorioso para o planeta Terra, que inclui a restauração espiritual, moral, social, ecológica e institucional. E essa realidade só se concretizará, no Milênio, quando Cristo implantar o seu reino na Terra. Jesus governará o mundo com poder e grande glória, após suplantar todos os reinos e governos do mundo. [Comentário: O esplendoroso reinado de Cristo na terra por mil anos (Ap 5.10; 20.4-7; Is 65.20, 20, 25; Dn 2.35, 44; Lc 1.32, 33). Ocorrerá após a volta de Jesus, (Ap 20.1-7). Trata-se de um reino literal, cujo principal objetivo é a exaltação de Jesus não somente como messias de Israel, mas como o Desejado de todas as nações (Ag 2.7). Não é uma fantasia nem fruto de devaneios teológicos. É o reino de Deus que o Senhor Jesus Cristo, juntamente Sua Igreja, implantará neste mundo logo após a Grande Tribulação. Os crentes em Cristo devem saber que o milênio é uma doutrina essencialmente bíblica e consistentemente teológica. Enquanto este glorioso tempo não vier, continuemos a fazer aquela oração que Jesus nos ensinou: "Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra, como no céu" (Mt 6.10)] “NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”.

Francisco Barbosa
Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br.