SUBSÍDIO I
Caro professor, prezada professora,
A Paz do Senhor!
Uma igreja local dividida não terá êxito em sua
jornada terrena e jamais alcançará o objetivo da evangelização mundial. Você
tem a oportunidade, neste domingo, de tocar num assunto determinante para o
crescimento da Igreja Primitiva: A COMUNHÃO CRISTÃ.
A palavra Comunhão, de acordo com o texto bíblico
na língua original, tem um sentido bem amplo. Proveniente do gregokoinê,
o termo para comunhão é KOINONIA. Este expressa os seguintes
significados: “participação, quinhão; comunicação, auxílio, contribuição;
sociedade, comunhão, intimidade, ‘cooperação’; (nos papiros, da relação
conjugal)”1. A ideia da palavra é
expressar o vínculo perfeito de unidade fraternal dentro de uma comunidade
específica cujas características essenciais são a cooperação e o relacionamento
mútuo.
A Igreja de Cristo é a reunião de diversas pessoas
(diferentes classes sociais, sexos e etnias). Essas pessoas formam − seja no
bairro, no município, no Estado ou até mesmo no país − a “assembleia” visível
[a comunidade do Altíssimo] e convocada por Deus para proclamar o Evangelho da
salvação a toda criatura. Para atingir esse alvo, a comunhão cristã tem um
papel preponderante na divulgação das Boas Novas.
Por intermédio da koinonia, a Igreja
Cristã denotará a relevância do Evangelho de Jesus Cristo a uma sociedade, cuja
paz e a verdadeira dignidade humana são o objeto de busca frequente. A igreja
local está estabelecida nessa sociedade. Aquela precisa ser relevante e
autêntica no desenvolvimento de suas ações. Por isso, a comunhão do Corpo
de Cristo deve transparecer uma realidade visível de amor a Deus acima de
todas as coisas, ao próximo e entre os irmãos. Só assim que a sociedade sem
Deus reconhecerá a graça acolhedora da igreja local e atentará para a
proclamação do Evangelho de Cristo Jesus (At 2.46,47).
SUGESTÃO PEDAGÓGICA
Caro professor, prezada professora, ao final da
aula, discuta com os alunos sobre o que poderia ser feito por eles na igreja
local e, na sociedade, que refletissem como luz a atividade evangelizadora da
Igreja e a vida em comunhão do Corpo de Cristo. Evoque o testemunho do Livro de
Atos a partir do testemunho poderoso de vida daquela igreja que resultou na
conversão de milhares de pessoas a Cristo (At 2.42-47).
1 TAYLOR,
W. C. Dicionário do N T Grego.
10. ed. Rio de Janeiro: Imprensa Batista Regular, 2001, p. 119.
Marcelo Oliveira de Oliveira
Redator do setor de Educação Cristã (CPAD)
Redator do setor de Educação Cristã (CPAD)
SUBSÍDIO II
INTRODUÇÃO
A palavra igreja, no grego, é ekklesia, forma de
ek, “para fora de” e klesis, “chamado”, era usado entre os gregos para
descrever um corpo de cidadãos reunidos, uma assembleia, com a finalidade de
discutir os assuntos do estado (At. 19.39). No cristianismo, diz respeito: 1)
ao grupo inteiro dos redimidos ao longo de toda história, do qual Cristo se
referiu como “minha igreja”, Mt. 16.18, que, mais tarde, é definida por Paulo
como “a igreja, que é o seu corpo” (Ef. 1.22,23; 5.23); 2) no singular, como em
Mt. 18.17, refere-se a um grupo formado por crentes professor (At. 20.28; I Co.
1.2; Gl. 1.13; I Ts. 1.1; II Ts. 1.1; I Tm. 3.5), quando no plural, diz
respeito às igrejas de uma região.
1. A NATUREZA DA IGREJA
O termo ekklesia, conforme mostrado acima, se
refere, portanto, a 1) todo o corpo de cristão em uma cidade (At. 11.22; 13.1);
2) uma congregação (I Co. 14.19,35; Rm. 16.5); e 3) todo o corpo de crentes na
terra (Ef. 5.32). Os cristão, por sua vez, são chamados de 1) irmãos – já que
ela é uma fraternidade ou comunhão espiritual, no qual foram abolidas as
divisões que separam a humanidade (Cl. 3.11; Gl. 3.28); e 2) os do Caminho – já
que seguir a maneira especial daquele que assim se identificou (Jo. 14.6), vivendo
de acordo com Ele (At; 9.2). É possível que também os irmãos sejam denominados
de crentes (por depositarem sua fé nos ensinamentos de Cristo), santos (por
terem sido separados por Ele para servirem-no), eleitos (por terem sido
escolhidos para um ministério glorioso), discípulos (por se predisporem a ser
aprendizes do Mestre) e cristão (já que sua devoção se fundamenta não apenas em
ensinamentos, mas na pessoa de Cristo). A igreja é ilustrada, ao longo do Novo
Testamento, como 1) corpo de Cristo (I Co. 12.13); 2) templo de Deus (I Pe.
2.5,6); e 3) noiva de Cristo (II Co. 11.2; Ef. 5.25-27; Ap. 19.7; 21.2; 22.17).
2. OS
MEMBROS DA IGREJA
A condição bíblica para ser membro da igreja de
Jesus é, primordialmente, a fé explícita no Evangelho e confiança sincera e de
todo coração na salvação vicária (At. 16.31), além disso, a submissão ao
batismo como testemunho simbólico da fé em Cristo, confessando, verbalmente,
essa fé (Rm. 10.9,10). É interessante distinguir, aqui, a igreja visível,
constituída de todos os verdadeiros cristão de todas as denominações, cujos
nomes estão elencados no livro de membros das igrejas, da igreja invisível,
composta daqueles cujos nomes estão registrados no céu. Os muitos membros da
igreja, constituem, na verdade, um corpo (Cl. 1.18), tendo Cristo como Cabeça
(Ef. 4.15), o qual, deu “uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros
para evangelistas, e outros para pastores e doutores, Querendo o
aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo
de Cristo” (Ef. 4.11). A igreja, como organização, tem Presbíteros/ bispos (At.
14.23; 20.28 a fim de cuidar ou supervisionar (I Tm. 3.1), presidir (I Tm.
5.17), defender a sã doutrina (Tt. 1.9), escolhidos de acordo com
especificações (I Tm. 3.1-6; Tt. 1.7-9) como critério para a ordenação (I Tm.
4.14; Tt. 1.5) e os diáconos, que tinham como objetivo servirem aos
necessitados da igreja e as mesas, para os quais, também, se observavam algumas
qualificações (I Tm. 3.8-10,12-13) para auxiliarem os presbíteros (pastores)
At. 6.1-6).
3. A MISSÃO DA IGREJA
Tudo isso tem como objetivo central: 1) a
evangelização (Mt. 28.19; At. 1.8) a todas as nações, para isso, Jesus prometeu
estar com aqueles que seguiam levando a mensagem do evangelho (Mt. 28.20); 2) a
edificação dos crentes (Ef. 4.12), com vistas “ao aperfeiçoamento dos santos”,
para isso, deve ter os dons espirituais (I Co. 12). Mas não deve ficar restrita
a esses dons, precisa também investir no ensino (Ef. 4.11); 3) a adoração, por
meio das ofertas (I Co. 16.2), a fim de desenvolver a comunhão entre os membros
(Hb. 10.25), com orações, músicas e ações de graças; 4) o auxílio aos mais
necessitados, principalmente, aos órfãos e as viúvas (Tg. 1.27), sensível a
carência dos mais pobres (Tg. 2.1-11). Mas é preciso ter em mente que o foco
central da igreja é o evangelho de Cristo, para isso, não podemos fugir da
mensagem da salvação pelo sacrifício vicário de Jesus, o qual morreu pelos
nossos pecados (I Co. 15.3), ressuscitou dentre os mortos (I Co. 15.20; Rm. 1.3,4)
para livrar os seres humanos do julgamento vindouro (II Ts. 1.8). Não podemos
esquecer que o evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo que crê (Rm.
1.16), por isso, ai de nós se não pregarmos o evangelho (I Co. 9.16).
4. AS ORDENANÇAS DA IGREJA
1) o batismo – palavra usada na fórmula de Mt.
28.19,20 em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, na autoridade de Jesus,
quando enviou sua igreja (At. 2.38). Todos aqueles que recebem a Cristo como
salvador podem ser batizados, por meio da profissão de fé (At. 8.37), da oração
(At. 22.16) e do voto de consagração (I Pe. 3.21). O motivo central do batismo
é o testemunho (Gl. 3.27). 2) a santa ceia – é uma comemoração em memória de
Cristo (Lc. 22.19; I Co. 11.24,25) que expõe a encarnação do Verbo (Jo. 1.14;
Jo. 6.33), a aliança com Cristo, no seu sangue (I co. 11.25); Hb. 9.14-24; Rm.
3.25,26; I Pe. 1.2), que nos conclama à responsabilidade (I Co. 11.20-34), mas
isso não quer dizer que precisemos ser perfeitos para participar da ceia, pois
somente são dignos aqueles que se consideram indignos (I Tm. 1.15), isso,
porém, não deva dar margem a vida em pecado (Rm. 6.1,2). O pecado mais grave,
na ceia do Senhor, é não discernir o valor da sua morte e ressurreição pelos
nossos pecados, no caso de Corinto, muitos se reuniam, não para celebrar esse
memorial, mas para se embriagarem e se empanturrarem de comida.
CONCLUSÃO
A igreja é o corpo de Cristo, a habitação de Deus
através do Espírito. Portanto, cada crente, nascido de cima, é parte da igreja
universal, isto é, daqueles que estão inscritos no céu (Ef. 1.22,23; 2.22; Hb.
12.23). A igreja existe, como razão prioritária, a fim de 1) ser agência de
Deus para a evangelização do mundo (Mt. 28.19,20; Mc. 16.15,16; At. 1.8); 2)
ser um corpo coletivo no qual o homem possa adorar a Deus (I Co. 12.13); 3) ser
canal do propósito divino de edificar um corpo de santos aperfeiçoados segundo
a imagem de Seu Filho (I Co. 12.28; 14.12; Ef. 4.11-16)
Prof. Ev. José
Roberto A. Barbosa
Extraído do Blog
subsidioebd
COMENTÁRIO E
SUBSÍDIO III
INTRODUÇÃO
A descida do
Espírito Santo no dia de Pentecostes marcou o início da jornada da Igreja, e
vemos o seu final glorioso no epílogo da história humana, em Apocalipse. Todos
nós fazemos parte dessa história. O presente estudo pretende descrever a Igreja
como corpo de Cristo, o que isso significa e quais são os elementos que
identificam uma igreja. [Comentário: Eclesiologia (do grego
ekklesia e logos) é o ramo da teologia cristã que trata da doutrina da Igreja:
seu papel na salvação, sua origem, sua disciplina, sua forma de se relacionar
com o mundo, seu papel social, as mudanças ocorridas, as crises enfrentadas,
suas doutrinas, a relação com outras denominações e sua forma de governo. A Igreja tem sua origem na
presciência de Deus e cumpre a relevante responsabilidade de ser o instrumento
da revelação de Seus mistérios ao mundo, bem como o Seu instrumento de ação na
Terra. A Igreja é um projeto de Deus (Ef 3.1-12), implantado na Terra pelo
próprio SENHOR: “edificarei a minha igreja” Mt 16.18. Nenhuma outra
organização religiosa na Terra recebeu do próprio Deus o privilégio de ter sido
fundada por Ele mesmo, que reclama para Si o Seu direito de Propriedade sobre
ela: Minha Igreja! (At 20.28, Hb 9.12) [2]. A Igreja é um projeto oculto
no mistério de Deus porque foi estabelecido desde a eternidade (Mt 25.34, 1Pe
1.20). Encontramos duas citações de Jesus usando o termo “Igreja” , a primeira
em Mt 16.18 e a segunda, também em Mateus 18.18.]
I. A
COMUNIDADE DOS FIÉIS
1. Etimologia. O termo grego para "igreja" é ekklesía.
literalmente, "chamado para fora", do verbo grego ekkaleo,
"chamar, convocar", que não aparece no Novo Testamento grego e só
ocorre duas vezes na Septuaginta: "e chamaram Ló" (Gn 19.5) e
"chamarás pacificamente" (Dt 20.10, LXX). O substantivo ekklesía
aparece 115 vezes no Novo Testamento, das quais em apenas cinco não é traduzido
por "igreja": em Atos 19.32,39 e 41, a ideia é de
"ajuntamento" ou "assembleia", como aparece na ARA; e nas
outras duas ocorrências o termo se refere à congregação de Israel (At 7.38; Hb
2.12). [Comentário: Igreja (do grego εκκλησία [ekklesía] através do latim
ecclesia). É uma palavra de origem grega escolhida pelos autores da Septuaginta
(a tradução grega da Bíblia Hebraica) para traduzir o termo hebraico q(e)hal
Yahveh, usado entre os judeus para designar a assembleia geral do "povo do
deserto", reunida ao apelo de Moisés. Etimologicamente, a palavra grega
ekklesia é composta de dois radicais gregos: ek, que significa para fora, e
klesia, que significa chamados. A Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja
Cristã traz a seguinte definição para igreja: “No NT, “igreja” traduz a palavra
grega ekklēsia. No grego secular, ekklēsia designava uma assembleia pública, e
este significado ainda foi mantido no NT (At 19.32, 39, 41). No AT hebraico a
palavra qahal designa a assembleia do povo de Deus (e.g. Dt 10,4; 23.2-3;
31.30; Sl 22.23), e a LXX, a tradução grega do AT, traduz esta palavra por
ekklēsia e synagōgē, igualmente. Até mesmo no NT, ekklēsia pode significa a assembleia
dos israelitas (At 7.38; Hb 2.12); mas, à parte destas exceções, a palavra
ekklēsia no NT designa a igreja cristã, tanto local (e.g. Mt 18.17; At 15.41;
Rm 16.16; 1 Co 4.17; 7.17; 14.33; Cl 4.15) quanto universal (e.g. Mt 16.18; At
20.28; 1 Co 12.28; 15.9; Ef 1.22).]
2. A assembleia dos
cidadãos. A Septuaginta
emprega o mesmo termo ekklesía para traduzir o hebraico qahal,
"assembleia, multidão humana reunida", em referência à congregação de
Israel (Dt 23.2; 31.30; 2 Cr 6.3), e para verter mais quatro palavras menos
frequentes no Antigo Testamento. Esse era o mesmo vocábulo para a assembleia
dos cidadãos em Atenas. Mas o termo aparece no Novo Testamento com um
significado glorioso: "Assim que já não sois estrangeiros, nem
forasteiros, mas concidadãos dos Santos e da família de Deus" (Ef 2.19) e
"universal assembleia e igreja dos primogênitos" (Hb 12.23). Essas
palavras expressam um tom de uma celebração jubilosa, de uma reunião festiva
com todos os remidos como cidadãos da comunidade celestial (Ap 5.11-13). [Comentário: A
versão dos Setenta esteve em uso durante os tempos do Novo Testamento e os
escritores do Novo Testamento que usavam a palavra, talvez fossem influenciados
de algum modo pelo uso da versão dos Setenta. Talvez a melhor maneira de
examinar a palavra nesta versão é dar os resultados dos estudos dos três
eruditos no assunto. Resumiremos seus achados e acrescentaremos alguma
informação que observamos em nosso próprio estudo. Na versão dos Setenta
"eclesia" é usada quase que cem vezes. Ela traduz a palavra hebraica
"qahal" que significa assembleia ou congregação. No hebreu há duas
palavras usadas para a reunião do povo de Israel: ‘edhah’ e ‘qahal’]
3. O significado da expressão
"Santa Igreja Católica". Essas palavras aparecem nos principais credos da antiguidade cristã. O
termo katholikós, "universal, geral", significa literalmente "de
acordo com o todo", pois é substantivo composto por katá e de holos. A
preposição grega katá significa "de cima para baixo, contra, ao longo de,
conforme, de acordo, segundo", e a palavra holos quer dizer "todo,
inteiro, completo". Foi Inácio, bispo de Antioquia (70-110), que empregou
o termo para designar a igreja com o sentido de "geral, universal".
Mas o significado exato do termo se perdeu com o tempo. [Comentário: καθολικός
(katholikos), significa "universal", "geral" ou
"referente à totalidade. No Credo Niceno de fé nossa Igreja é definida
como a "Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica": "Una"
porque apenas pode haver uma só Igreja verdadeira, com um só chefe que é
Cristo. "Santa" porque a Igreja procura santificar e transformar seus
membros através dos Sacramentos. "Católica" porque a Igreja é
universal e tem membros em todas as partes do mundo. A palavra
"Católica" provém da palavra grega "Katholikos" que significa
mundial ou universal]
SUBSÍDIO DIDÁTICO
O
primeiro tópico é um pouco técnico. Mas é importante conhecer o sentido etimológico
do termo "igreja". O comentarista m ostra que ekklesia é uma palavra grega que significa um grupo de pessoas
"chamado para fora" e a interliga com o termo hebraico qahal, “assembleia, multidão humana reunida", no contexto do
Antigo Testamento.
II. ELEMENTOS
QUE IDENTIFICAM UMA IGREJA
1. Afinal, o que é Igreja? É toda congregação ou assembleia que se reúne em torno do
nome de Jesus Cristo como Senhor e Salvador, professando sua fé nEle
publicamente e de forma diversificada, aberta a todas as pessoas, a qual inclui
o batismo e a Ceia do Senhor (nas reuniões específicas). Trata-se da igreja no
sentido completo da palavra. Como Jesus mesmo prometeu. Ele está presente na
igreja por meio do Espírito Santo até a consumação dos séculos (Mt 18.20;
28.20). [Comentário: A
igreja é o Corpo de Cristo. Efésios 1.22-23 diz: “E sujeitou todas as coisas
a seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da igreja, que é o
seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos.” O Corpo de Cristo
é feito de todos os crentes desde o tempo de Pentecoste até ao Arrebatamento. O
Corpo de Cristo consiste em dois aspectos: a Igreja Universal e a Igreja Local.
a igreja não é um prédio, ou uma denominação. De acordo com a Bíblia, a igreja
é o Corpo de Cristo: todos aqueles que já colocaram sua fé em Jesus Cristo para
salvação (Jo 3.16; 1Co 12.13). A igreja é uma organização? Muitas pessoas têm a
noção errada de que a igreja é uma organização ou instituição, independente do
povo que compõe a igreja. Este não é o conceito bíblico de igreja. Jesus não
morreu para estabelecer uma instituição, mas para salvar o povo do pecado (At
20.28; 1Co 6.20). Jesus e o Pai não habitam numa organização, mas no povo que
os obedece (Jo 14.15,23). Em vez de falar de uma organização, a Bíblia descreve
a igreja como um corpo composto de membros vivos (Rm 12.4-5; 1Co 12.12-27; Cl
1.18,24; Ef 5.23). Estes membros do corpo são “blocos” ou “pedras” usados na
construção da igreja (1Pd 2.5; 1Co 3.10-15). Muitas pessoas sugerem que a
“igreja universal” é constituída de todas as congregações locais no mundo. Isto
não é um conceito bíblico. Uma igreja local consiste de cristãos que se reúnem
num determinado lugar. Eles podem ser identificados e contados (Rm 16.14, 15;
1Co 16.19; Cl 4.15). A igreja universal consiste de todos os discípulos de
Cristo em todo o mundo. Nenhum homem é capaz de identificar e contar todos os
membros deste corpo universal. Tentativas de contar todos os verdadeiros
cristãos em uma nação ou no mundo ilustram a ignorância e a vaidade dos homens.
Somente Deus pode contar e identificar seus “primogênitos arrolados nos céus”
(Hb 12.23). A igreja cristã é o corpo de Cristo, acima e além de ser uma
instituição dotada de organização, recursos vários, objetivos e realizações. E
como tal, é ou deve ser mantida na unidade do Espírito. ]
2. As ordenanças. São duas as ordenanças da Igreja dadas por ordem específica
do Senhor Jesus. A primeira é o batismo em águas: "Portanto, ide, ensinai
todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito
Santo" (Mt 28.19). A segunda é a Ceia do Senhor: "fazei isso em
memória de mim" (Lc 22.19). O batismo em águas é o rito que simboliza a
nossa união com Cristo e é a nossa confissão pública de fé em Jesus (Rm 6.A).
Como se nasce apenas uma vez, da mesma forma o batismo acontece uma só vez (Ef
4.5). Já a Ceia do Senhor é o rito da comunhão e significa a continuação da
vida espiritual (l Co 10.16). O crente em Jesus precisa estar em comunhão com a
Igreja para participar da Ceia do Senhor. Isso por si mostra a impossibilidade
de alguém querer ser crente sem se tornar membro da Igreja. [Comentário: A
expressão ordenanças traz a ideia de um grupo de mandamentos específicos, que
devem ser repetidos reiteradas vezes. No caso das ordenanças de Jesus, o
Batismo e a Santa Ceia, devem ser repetidos sempre, para que o povo de Deus, a
Igreja, se lembrasse não apenas do sacrifício de Cristo, mas igualmente do seu
efeito para conosco. Ordenanças, no caso do batismo e da Santa Ceia, são
rituais que exemplificam para a Igreja os últimos momentos de Jesus com seus
discípulos e a ressurreição de nosso Senhor. Jesus deixou claro que seus
discípulos deveriam ensinar, batizar e celebrar a Ceia do Senhor: “Portanto,
ide,ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do
Espírito Santo;” (Mt 28.19).Em relação à Santa Ceia, “E digo-vos que, desde
agora, não beberei deste fruto da vide até àquele Dia em que o beba de novo
convosco no Reino de meu Pai” (Mt 26.29). A igreja romana entende que o
cumprimento das ordenanças fazem com que o fiel seja contemplado por Deus com
uma graça especial, mas a Bíblia não confirma esse ensinamento. Seu cumprimento
mostra que somos obedientes e que cremos naquilo que Jesus nos disse; portanto,
somos pessoas agraciadas por Deus tendo em vista nossa fé e obediência. As
ordenanças, pois, não são um poder mágico que confere alguma bênção especial.]
3. A adoração. Os crentes em Jesus se reúnem para a adoração pública e
coletiva. Os dois principais verbos gregos para "adorar", no Novo
Testamento, são proskyneo, que significa "adorar, render homenagem",
no sentido de prostrar-se (Ap 19.10), e latreuo, que significa "servir"
a Deus (Ap 22.3). À luz da Bíblia, podemos definir adoração como serviço
sagrado, culto ou reverência a Deus por suas obras (SI 92.1-5) e por aquilo que
Deus é (SI 100.1-4). Não há diferença entre "servir" e
"adorar" nem entre "prostrar-se" e "adorar". Os
principais elementos de um culto são: oração, louvor, leitura bíblica, pregação
ou testemunho, oferta e manifestação dos dons do Espírito Santo (1Co 14.26). [Comentário: Os
termos estão muito bem definidos. Cabe apenas ressaltar que existe uma distinção
entre a vida cristã como culto constante a Deus (Dt 6.6,7; Cl 3.17), o culto
individual (Mt 6.6), o culto familiar (Jó 1.5) e o culto público solene (Is
56.7; Hb 10.25). Não há nas Escrituras algum "manual litúrgico"
preciso e literal que forneça todos os dados e circunstâncias exatas de como
devem ser administrados os elementos constituintes do culto. No entanto, também
não somos deixados ao bel prazer e às vãs imaginações de como podemos aplicar
àquilo que a Igreja de Cristo foi ordenada a realizar. Ressalta-se, ainda, que
a vida cristã é um culto constante a Deus, que é oferecido individualmente, em
qualquer tempo e lugar e onde não é necessário que se exerçam os chamados
elementos de culto, como por exemplo, oração, cânticos e leitura da Bíblia. O culto
público é o ajuntamento solene do povo de Deus, convocado para reunir-se em
dia, hora e local estabelecidos, com o objetivo de prestar serviço espiritual a
Deus sob a liderança de pessoas especialmente designadas para tal. É preciso
que se entenda claramente que existe uma diferença fundamental entre nossa vida
diária como culto a Deus e o culto que a ele prestamos publicamente, juntamente
com os demais irmãos em Cristo. Determinadas atividades que seriam pertinentes
à nossa vida como culto não seriam próprias a este culto público]
4. A família de Deus. Não devemos confundir igreja com templo; a casa de Deus é
outra coisa. Há passagens no Novo Testamento em que o termo "casa"
parece se referir à igreja: "para que saibas como convém andar na casa de
Deus, que é a igreja do Deus vivo" (1Tm 3.15); "vós também, como
pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo" (1 Pe
2.5); "já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus" (1Pe
4.17). O termo "casa" também é utilizado na Bíblia metaforicamente
para designar "família" (Js 24.15; At 16.31). A Igreja é citada como
a família de Deus (Ef 2.19) e o templo espiritual de Deus (1Co 3.16; Ef 2.22).
É por isso que chamamos de irmãos aqueles que se convertem ao Senhor Jesus. [Comentário: 1Tm
3.15,16 identifica a igreja como sendo a “casa de Deus”. Nesta casa,
Deus é nosso Pai (Ef 3.14,15). Nós somos a Noiva de Cristo (Ef 5.22-33). Somos
irmãos em Cristo. Tratamos uns aos outros como membros da mesma família: “Não
repreendas ao homem idoso, antes exorta-o como a pai; aos moços, como a irmãos;
às mulheres idosas, como a mães, às moças, como a irmãs, com toda a pureza”
(1Tm 5.1,2). A igreja de Cristo na terra é a nossa família (Ef 2.19, 1Jo 3.1,
Ef 3.14-15).]
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
"Precisamos
nos identificar primeiro com o Senhor Jesus Cristo, parecer com Ele no amor, no
trato com as pessoas, nas estratégias de trabalho, no aproveitamento das oportunidades,
no uso de autoridade para libertar os oprimidos e na compaixão pelas pessoas. Enfim,
identificar-se com Cristo é ser parecido com Ele no projeto de transformar o mundo
[...]. Precisamos também de identificação entre nós mesmos, ou seja, precisamos
entender e praticar o que é ser Igreja. Não me refiro a uma comunidade com
estatuto e CGC, endereço e liderança, que faz o que quer, com o quer e quando
quer. Uma comunidade burocrática e fria, cheia de deveres e direitos, sem vida nem
poder. Igreja não é um lugar onde uma multidão ali chega triste e sai vazia, nem
tampouco um meio através do qual se possa ganhar dinheiro, explorando-se a boa
fé alheia. Igreja não é uma facção dividida por um grupo de radicais e outro de
liberais, onde só há confronto e não há vida. Igreja não é lugar de promessas mirabolantes,
mas um lugar de vida onde Jesus se manifesta, onde há sinceridade, onde acontecem
maravilhas, onde o amor tem liberdade de atuar, onde há comunhão e onde há poder"
(FERREIRA, Israel Alves. Igreja Lugar de Soluções: Como recuperar os
enfermos espirituais, l.ed. Rio de Janeiro:
CPAD, 2001, pp.12-13).
III. O CORPO
DE CRISTO
1. O corpo e seus membros. A Igreja é o corpo místico de Cristo (Ef 1.22,23). O
apóstolo Paulo chama a atenção para um detalhe importante: "o corpo é um e
tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo"
(1Co 12.12). Mas ele não relaciona o tema unidade e diversidade do corpo e seus
membros com a Igreja, o que era de se esperar, mas diz o seguinte: "assim
é Cristo também". Longe de confundir Cristo com a Igreja, pois Jesus é
transcendente (Cl 1.16,17), o que Paulo nos ensina é que pertencemos a Cristo e
por Ele somos membros do seu corpo (1 Co 12.27). [Comentário: A frase "o Corpo de Cristo" é uma metáfora
comum do Novo Testamento para a Igreja (todos aqueles que são verdadeiramente
salvos). A Igreja é chamada "um só corpo em Cristo" em Romanos 12:5,
"um só corpo" em 1 Coríntios 10:17, "o corpo de Cristo" em 1
Coríntios 12:27 e Efésios 4:12, e "no corpo" em Hebreus 13:3. A
Igreja é claramente equacionada com "o corpo" de Cristo em Efésios
5:23 e Colossenses 1:24. Ao entrar em nosso mundo, Cristo assumiu um corpo
físico "preparado" para Ele (Hebreus 10:5; Filipenses 2:7). Por meio
de Seu corpo físico, Jesus demonstrou o amor de Deus de forma clara, tangível e
corajosa - especialmente através da Sua morte sacrificial na cruz (Romanos
5:8). Depois de Sua ascensão física, Cristo continua a Sua obra no mundo através
daqueles que Ele redimiu - a Igreja agora demonstra o amor de Deus de forma
clara, tangível e corajosa. Desta forma, a Igreja funciona como o "Corpo
de Cristo"]
2. A morada de Deus. Quando Saulo de Tarso se encontrou com Jesus no caminho de
Damasco, ele ouviu a voz que dizia: "Saulo, Saulo, por que me
persegues?" (At 9.4). Saulo perseguia os discípulos de Jesus, mas o Senhor
se identificou com eles. Ao apóstolo foi revelado que a Igreja é o corpo
espiritual de Cristo, sendo o Senhor mesmo a cabeça (Ef 1.22,23; Cl 1.18), e
seus membros são o templo de Deus, a habitação do Espírito Santo (1Co 3.16); em
outras palavras, a morada de Deus no Espírito (Ef 2.22). O tabernáculo e o
Templo de Jerusalém representavam a presença de Deus (Êx 40.34; 2 Cr 7.2,16). O
salmista diz: "SENHOR, eu tenho amado a habitação da tua casa e o lugar
onde permanece a tua glória" (SI 26.8). Não existe mais o Templo de
Jerusalém, mas Deus habita no cristão individual (Jo 14.23; 1Co 6.19). [Comentário: A Igreja pode ser chamada do Corpo de Cristo por causa
desses fatos:
1) Os membros do Corpo de Cristo são unidos a Cristo no
momento da salvação (Efésios 4:15-16).
2) Os membros do Corpo de Cristo seguem a Cristo como o seu
Cabeça (Efésios 1:22-23).
3) Os membros do Corpo de Cristo são a Sua representação
física neste mundo. A Igreja é o organismo através do qual Cristo manifesta a
Sua vida para o mundo de hoje.
4) Os membros do Corpo de Cristo são habitados pelo Espírito
Santo de Cristo (Romanos 8:9).
5) Os membros do Corpo de Cristo possuem uma diversidade de
dons adaptados a funções específicas (1 Coríntios 12:4-31). "Porque, assim
como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros do corpo, embora
muitos, formam um só corpo, assim também é Cristo" (Versículo 12).
6) Os membros do Corpo de Cristo compartilham um vínculo
comum com todos os outros cristãos, independentemente da sua origem, raça ou
ministério. "para que não haja divisão no corpo, mas que os membros tenham
igual cuidado uns dos outros." (1 Coríntios 12:25).
7) Os membros do Corpo de Cristo são seguros em sua salvação
(João 10:28-30). Para um Cristão perder a sua salvação, Deus teria que realizar
uma "amputação" no Corpo de Cristo!
8) Os membros do Corpo de Cristo participam da Sua morte e
ressurreição (Colossenses 2:12).
9) Os membros do Corpo de Cristo compartilham a herança de
Cristo (Romanos 8:17).
10) Os membros do Corpo de Cristo recebem o dom da justiça
de Cristo (Romanos 5:17)]
3. Os membros do corpo. A tradução "por um só Espírito" (1Co 12.13), como
aparece na Almeida Século 21, e expressões correlatas na NTLH, e na NVI (que
tem esta nota: "Ou com; ou ainda por"), não significa o mesmo que
"em um só Espírito". As duas versões são gramaticalmente legítimas
(Lc 2.27; 1 Co 12.3; Ef 3.5). Ser batizado "por um só Espírito" quer
dizer que é o Espírito quem batiza; isso indica a iniciação dos crentes no
corpo de Cristo e não se refere ao batismo do dia de Pentecostes. Essa posição
é defendida também por Stanley M. Horton. Não há distinção de pessoas, raça ou
status social na Igreja. O apóstolo explica: "formando um corpo, quer judeus,
quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um
Espírito" (1Co 12.13b). A ilustração do corpo humano com a Igreja nos
versículos seguintes, além de mostrar a unidade na diversidade, ensina também
que precisamos uns dos outros (1 Co 12.21) e que, igualmente, diferimos entre
si (1Co 12.18) e que precisamos cuidar uns dos outros (1Co 12.25). Isso é
Igreja. [Comentário: O apóstolo Paulo, em sua primeira carta aos coríntios,
evoca uma das principais figuras da igreja para ensinar que não devemos lutar
uns contra os outros, mas devemos servir uns aos outros. Somos um corpo com
diferentes membros e cada membro trabalha para servir ao corpo. Três verdades
são destacadas pelo veterano apóstolo: Em primeiro lugar, a unidade do corpo
(1Co 12.12,13). A igreja é o corpo de Cristo. Só existe uma igreja, um corpo,
um rebanho, uma noiva. Todos aqueles que foram predestinados, chamados,
justificados e glorificados fazem parte desse corpo. Exatamente quando cremos
em Cristo, somos batizados pelo Espírito nesse corpo. Passamos, então, a fazer
parte da família de Deus. Tornamo-nos membros da igreja do Deus vivo.
Tornamo-nos filhos de Deus e ovelhas do seu pastoreio. Somos introduzidos nesse
corpo místico e dele jamais seremos desligados. A igreja visível possui muitas
denominações, com várias peculiaridades distintas. Temos diferenças de sistema
de governo. Temos formas diferentes de administrar os sacramentos. Temos formas
diferentes de interpretarmos determinadas passagens das Escrituras. Mas, se
cremos na Trindade. Se cremos que Jesus é o nosso único Salvador e Senhor. Se
temos as Escrituras como nossa única regra de fé e prática. Se cremos na
salvação pela graça mediante a fé. Se cremos que Jesus voltará em glória para
julgar os vivos e os mortos, então, fazemos parte da verdadeira igreja, da
única igreja, do corpo de Cristo. Não importa a cor da nossa pele, a nossa
condição social ou mesmo a nossa denominação. Se estamos em Cristo, somos um.
Em segundo lugar, a diversidade dos membros do corpo (1Co 12.14-23). O corpo é
um só, mas possui muitos membros. Os membros são diversos, mas todos pertencem
ao mesmo corpo. É Deus quem dispôs os membros no corpo como lhe aprouve. Por
isso, no corpo não pode existir competição. Não há espaço no corpo para
complexo de superioridade. Os olhos não podem dizer às mãos: Não preciso de
vocês. Também, no corpo não pode existir complexo de inferioridade. Os pés não
podem dizer aos olhos: Por que não sou olho, pé eu não quero ser. Cada membro
tem sua função no corpo e deve desempenhá-la para a edificação do corpo. É
impensável um membro do corpo atacar outro. Seria evidência de insanidade um
membro do corpo deixar de servir a outro membro ou mesmo feri-lo. A diversidade
dos membros não é uma negação da unidade corpo, mas uma prova incontestável de
sua funcionalidade e beleza. Em terceiro lugar, a mutualidade no corpo (1Co
12.24-31). Os membros estão no corpo não para competirem uns com os outros, mas
para servirem uns aos outros. Cada um é colocado por Deus para uma atividade
peculiar. Deixar de cumprir o seu papel é prejudicar todo o corpo. Nenhum
membro do corpo é autossuficiente. Precisamos servir uns aos outros. Precisamos
suprir as necessidades uns dos outros. Nenhum crente possui todos os dons
espirituais. O que nos falta é suprido por outro membro do corpo e o que falta
ao outro membro do corpo, deve ser suprido por nós. Essa mutualidade traz
comunhão na igreja na terra e promove a glória de Deus no céu. Esse cuidado
recíproco no corpo e esse amor prático na igreja demonstra ao mundo a eficácia
do evangelho. O amor, desta forma, é a apologética final, a prova mais
eloquente de que somos discípulos de Jesus. Agindo assim, o mundo crerá que
Deus enviou Jesus. Então, haverá a salvação dos perdidos, a edificação dos
salvos e a glorificação do nome de Deus]
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
"A
fim de enfatizar e visualizar a relação viva dos crentes com o Cristo, a Bíblia
o apresenta como o 'cabeça' da Igreja, e a Igreja como seu 'corpo' (1 Co 12.27;
Ef 1.22,23; Cl 1.18). Há várias razões para esta analogia. A igreja é a manifestação
física - visível - de Cristo no mundo, a fazer seu trabalho, tal como chamar os
pecadores ao arrependimento, proclamando a verdade de Deus às nações e
preparando-se para as eras vindouras. A Igreja também é um corpo, composta de um
arranjo complexo de diversas partes, cada qual discreta, cada qual recebendo do
Cabeça, cada qual com seus próprios dons e ministérios, contudo, todos necessários
à obra de Deus por vir (Rm 12.4-8; 1 Co 6.15; 10.16,17; 12.12-27; Ef 4.15,16). (MENZIES,
William W.; HORTON, Stanley M. Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da Nossa
Fé. l.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1995,
pp.134-35).
CONCLUSÃO
Diante do exposto, concluímos que Deus estabeleceu
a sua morada, primeiramente no tabernáculo e depois no Templo, ambos
consagrados a Ele, e que da mesma forma o Espírito Santo também estabeleceu a
sua habitação no corpo do cristão individual. Entre gentios e judeus, o Senhor
Jesus formou um novo povo (1Co 10.32), de modo que o gentio deixa de ser gentio
quando se converte ao evangelho de Jesus Cristo (1Co 12.2; Ef 2.11). A missão
principal da igreja é adorar a Deus e propagar o evangelho a todas as nações da
terra (Mt 28.19,20). [Comentário: É difícil concebermos que um ambiente tenso, hostil, desunido,
desarticulado, onde falte o amor solidário e a graça perdoadora, possa ser
visitado pelo óleo, pelo orvalho, pela bênção e pela vida de Deus – “Oh!
quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união. (3) ... porque ali o
Senhor ordena a bênção e a vida para sempre”. (Sl 133). A bênção do Senhor
está na unidade do povo. Em Mt 5.23,24 Jesus vincula nosso relacionamento
horizontal (irmãos) com nosso relacionamento vertical (Deus). A verdadeira
espiritualidade pressupõe comunhão com Deus e com os irmãos (1Jo 3). A
harmonia, a unidade de ação, a interdependência, a mutualidade, a solidariedade
na alegria e no sofrimento de cada membro do corpo promove o crescimento
espiritual (Ef 2.21,22; 4.16; Cl 2.19).] “... corramos, com
perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor
e Consumador da fé, Jesus ...” (Hebreus 12.1-2),
Francisco Barbosa
Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br
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