quarta-feira, 16 de agosto de 2017

LIÇÃO 8: A IGREJA DE CRISTO

SUBSÍDIO I

Caro professor, prezada professora,

A Paz do Senhor!

Uma igreja local dividida não terá êxito em sua jornada terrena e jamais alcançará o objetivo da evangelização mundial. Você tem a oportunidade, neste domingo, de tocar num assunto determinante para o crescimento da Igreja Primitiva: A COMUNHÃO CRISTÃ.
A palavra Comunhão, de acordo com o texto bíblico na língua original, tem um sentido bem amplo. Proveniente do gregokoinê, o termo para comunhão é KOINONIA. Este expressa os seguintes significados: “participação, quinhão; comunicação, auxílio, contribuição; sociedade, comunhão, intimidade, ‘cooperação’; (nos papiros, da relação conjugal)”1. A ideia da palavra é expressar o vínculo perfeito de unidade fraternal dentro de uma comunidade específica cujas características essenciais são a cooperação e o relacionamento mútuo.
A Igreja de Cristo é a reunião de diversas pessoas (diferentes classes sociais, sexos e etnias). Essas pessoas formam − seja no bairro, no município, no Estado ou até mesmo no país − a “assembleia” visível [a comunidade do Altíssimo] e convocada por Deus para proclamar o Evangelho da salvação a toda criatura. Para atingir esse alvo, a comunhão cristã tem um papel preponderante na divulgação das Boas Novas. 
Por intermédio da koinonia, a Igreja Cristã denotará a relevância do Evangelho de Jesus Cristo a uma sociedade, cuja paz e a verdadeira dignidade humana são o objeto de busca frequente. A igreja local está estabelecida nessa sociedade. Aquela precisa ser relevante e autêntica no desenvolvimento de suas ações. Por isso, a comunhão do Corpo de Cristo deve transparecer uma realidade visível de amor a Deus acima de todas as coisas, ao próximo e entre os irmãos. Só assim que a sociedade sem Deus reconhecerá a graça acolhedora da igreja local e atentará para a proclamação do Evangelho de Cristo Jesus (At 2.46,47). 

SUGESTÃO PEDAGÓGICA

Caro professor, prezada professora, ao final da aula, discuta com os alunos sobre o que poderia ser feito por eles na igreja local e, na sociedade, que refletissem como luz a atividade evangelizadora da Igreja e a vida em comunhão do Corpo de Cristo. Evoque o testemunho do Livro de Atos a partir do testemunho poderoso de vida daquela igreja que resultou na conversão de milhares de pessoas a Cristo (At 2.42-47).

1 TAYLOR, W. C. Dicionário do N T Grego. 10. ed. Rio de Janeiro: Imprensa Batista Regular, 2001, p. 119.

Marcelo Oliveira de Oliveira
Redator do setor de Educação Cristã (CPAD)

SUBSÍDIO II

INTRODUÇÃO

A palavra igreja, no grego, é ekklesia, forma de ek, “para fora de” e klesis, “chamado”, era usado entre os gregos para descrever um corpo de cidadãos reunidos, uma assembleia, com a finalidade de discutir os assuntos do estado (At. 19.39). No cristianismo, diz respeito: 1) ao grupo inteiro dos redimidos ao longo de toda história, do qual Cristo se referiu como “minha igreja”, Mt. 16.18, que, mais tarde, é definida por Paulo como “a igreja, que é o seu corpo” (Ef. 1.22,23; 5.23); 2) no singular, como em Mt. 18.17, refere-se a um grupo formado por crentes professor (At. 20.28; I Co. 1.2; Gl. 1.13; I Ts. 1.1; II Ts. 1.1; I Tm. 3.5), quando no plural, diz respeito às igrejas de uma região.
                                                                                                                                         
1. A NATUREZA DA IGREJA

O termo ekklesia, conforme mostrado acima, se refere, portanto, a 1) todo o corpo de cristão em uma cidade (At. 11.22; 13.1); 2) uma congregação (I Co. 14.19,35; Rm. 16.5); e 3) todo o corpo de crentes na terra (Ef. 5.32). Os cristão, por sua vez, são chamados de 1) irmãos – já que ela é uma fraternidade ou comunhão espiritual, no qual foram abolidas as divisões que separam a humanidade (Cl. 3.11; Gl. 3.28); e 2) os do Caminho – já que seguir a maneira especial daquele que assim se identificou (Jo. 14.6), vivendo de acordo com Ele (At; 9.2). É possível que também os irmãos sejam denominados de crentes (por depositarem sua fé nos ensinamentos de Cristo), santos (por terem sido separados por Ele para servirem-no), eleitos (por terem sido escolhidos para um ministério glorioso), discípulos (por se predisporem a ser aprendizes do Mestre) e cristão (já que sua devoção se fundamenta não apenas em ensinamentos, mas na pessoa de Cristo). A igreja é ilustrada, ao longo do Novo Testamento, como 1) corpo de Cristo (I Co. 12.13); 2) templo de Deus (I Pe. 2.5,6); e 3) noiva de Cristo (II Co. 11.2; Ef. 5.25-27; Ap. 19.7; 21.2; 22.17).

2. OS MEMBROS DA IGREJA

A condição bíblica para ser membro da igreja de Jesus é, primordialmente, a fé explícita no Evangelho e confiança sincera e de todo coração na salvação vicária (At. 16.31), além disso, a submissão ao batismo como testemunho simbólico da fé em Cristo, confessando, verbalmente, essa fé (Rm. 10.9,10). É interessante distinguir, aqui, a igreja visível, constituída de todos os verdadeiros cristão de todas as denominações, cujos nomes estão elencados no livro de membros das igrejas, da igreja invisível, composta daqueles cujos nomes estão registrados no céu. Os muitos membros da igreja, constituem, na verdade, um corpo (Cl. 1.18), tendo Cristo como Cabeça (Ef. 4.15), o qual, deu “uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo” (Ef. 4.11). A igreja, como organização, tem Presbíteros/ bispos (At. 14.23; 20.28 a fim de cuidar ou supervisionar (I Tm. 3.1), presidir (I Tm. 5.17), defender a sã doutrina (Tt. 1.9), escolhidos de acordo com especificações (I Tm. 3.1-6; Tt. 1.7-9) como critério para a ordenação (I Tm. 4.14; Tt. 1.5) e os diáconos, que tinham como objetivo servirem aos necessitados da igreja e as mesas, para os quais, também, se observavam algumas qualificações (I Tm. 3.8-10,12-13) para auxiliarem os presbíteros (pastores) At. 6.1-6).

3. A MISSÃO DA IGREJA

Tudo isso tem como objetivo central: 1) a evangelização (Mt. 28.19; At. 1.8) a todas as nações, para isso, Jesus prometeu estar com aqueles que seguiam levando a mensagem do evangelho (Mt. 28.20); 2) a edificação dos crentes (Ef. 4.12), com vistas “ao aperfeiçoamento dos santos”, para isso, deve ter os dons espirituais (I Co. 12). Mas não deve ficar restrita a esses dons, precisa também investir no ensino (Ef. 4.11); 3) a adoração, por meio das ofertas (I Co. 16.2), a fim de desenvolver a comunhão entre os membros (Hb. 10.25), com orações, músicas e ações de graças; 4) o auxílio aos mais necessitados, principalmente, aos órfãos e as viúvas (Tg. 1.27), sensível a carência dos mais pobres (Tg. 2.1-11). Mas é preciso ter em mente que o foco central da igreja é o evangelho de Cristo, para isso, não podemos fugir da mensagem da salvação pelo sacrifício vicário de Jesus, o qual morreu pelos nossos pecados (I Co. 15.3), ressuscitou dentre os mortos (I Co. 15.20; Rm. 1.3,4) para livrar os seres humanos do julgamento vindouro (II Ts. 1.8). Não podemos esquecer que o evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo que crê (Rm. 1.16), por isso, ai de nós se não pregarmos o evangelho (I Co. 9.16).

4. AS ORDENANÇAS DA IGREJA

1) o batismo – palavra usada na fórmula de Mt. 28.19,20 em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, na autoridade de Jesus, quando enviou sua igreja (At. 2.38). Todos aqueles que recebem a Cristo como salvador podem ser batizados, por meio da profissão de fé (At. 8.37), da oração (At. 22.16) e do voto de consagração (I Pe. 3.21). O motivo central do batismo é o testemunho (Gl. 3.27). 2) a santa ceia – é uma comemoração em memória de Cristo (Lc. 22.19; I Co. 11.24,25) que expõe a encarnação do Verbo (Jo. 1.14; Jo. 6.33), a aliança com Cristo, no seu sangue (I co. 11.25); Hb. 9.14-24; Rm. 3.25,26; I Pe. 1.2), que nos conclama à responsabilidade (I Co. 11.20-34), mas isso não quer dizer que precisemos ser perfeitos para participar da ceia, pois somente são dignos aqueles que se consideram indignos (I Tm. 1.15), isso, porém, não deva dar margem a vida em pecado (Rm. 6.1,2). O pecado mais grave, na ceia do Senhor, é não discernir o valor da sua morte e ressurreição pelos nossos pecados, no caso de Corinto, muitos se reuniam, não para celebrar esse memorial, mas para se embriagarem e se empanturrarem de comida.

CONCLUSÃO

A igreja é o corpo de Cristo, a habitação de Deus através do Espírito. Portanto, cada crente, nascido de cima, é parte da igreja universal, isto é, daqueles que estão inscritos no céu (Ef. 1.22,23; 2.22; Hb. 12.23). A igreja existe, como razão prioritária, a fim de 1) ser agência de Deus para a evangelização do mundo (Mt. 28.19,20; Mc. 16.15,16; At. 1.8); 2) ser um corpo coletivo no qual o homem possa adorar a Deus (I Co. 12.13); 3) ser canal do propósito divino de edificar um corpo de santos aperfeiçoados segundo a imagem de Seu Filho (I Co. 12.28; 14.12; Ef. 4.11-16)

Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
Extraído do Blog subsidioebd

COMENTÁRIO E SUBSÍDIO III

INTRODUÇÃO

A descida do Espírito Santo no dia de Pentecostes marcou o início da jornada da Igreja, e vemos o seu final glorioso no epílogo da história humana, em Apocalipse. Todos nós fazemos parte dessa história. O presente estudo pretende descrever a Igreja como corpo de Cristo, o que isso significa e quais são os elementos que identificam uma igreja. [Comentário: Eclesiologia (do grego ekklesia e logos) é o ramo da teologia cristã que trata da doutrina da Igreja: seu papel na salvação, sua origem, sua disciplina, sua forma de se relacionar com o mundo, seu papel social, as mudanças ocorridas, as crises enfrentadas, suas doutrinas, a relação com outras denominações e sua forma de governo. A Igreja tem sua origem na presciência de Deus e cumpre a relevante responsabilidade de ser o instrumento da revelação de Seus mistérios ao mundo, bem como o Seu instrumento de ação na Terra. A Igreja é um projeto de Deus (Ef 3.1-12), implantado na Terra pelo próprio SENHOR: “edificarei a minha igreja” Mt 16.18. Nenhuma outra organização religiosa na Terra recebeu do próprio Deus o privilégio de ter sido fundada por Ele mesmo, que reclama para Si o Seu direito de Propriedade sobre ela: Minha Igreja! (At 20.28, Hb 9.12) [2]. A Igreja é um projeto oculto no mistério de Deus porque foi estabelecido desde a eternidade (Mt 25.34, 1Pe 1.20). Encontramos duas citações de Jesus usando o termo “Igreja” , a primeira em Mt 16.18 e a segunda, também em Mateus 18.18.]

I. A COMUNIDADE DOS FIÉIS
                                
1. Etimologia. O termo grego para "igreja" é ekklesía. literalmente, "chamado para fora", do verbo grego ekkaleo, "chamar, convocar", que não aparece no Novo Testamento grego e só ocorre duas vezes na Septuaginta: "e chamaram Ló" (Gn 19.5) e "chamarás pacificamente" (Dt 20.10, LXX). O substantivo ekklesía aparece 115 vezes no Novo Testamento, das quais em apenas cinco não é traduzido por "igreja": em Atos 19.32,39 e 41, a ideia é de "ajuntamento" ou "assembleia", como aparece na ARA; e nas outras duas ocorrências o termo se refere à congregação de Israel (At 7.38; Hb 2.12). [Comentário: Igreja (do grego εκκλησία [ekklesía] através do latim ecclesia). É uma palavra de origem grega escolhida pelos autores da Septuaginta (a tradução grega da Bíblia Hebraica) para traduzir o termo hebraico q(e)hal Yahveh, usado entre os judeus para designar a assembleia geral do "povo do deserto", reunida ao apelo de Moisés. Etimologicamente, a palavra grega ekklesia é composta de dois radicais gregos: ek, que significa para fora, e klesia, que significa chamados. A Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã traz a seguinte definição para igreja: “No NT, “igreja” traduz a palavra grega ekklēsia. No grego secular, ekklēsia designava uma assembleia pública, e este significado ainda foi mantido no NT (At 19.32, 39, 41). No AT hebraico a palavra qahal designa a assembleia do povo de Deus (e.g. Dt 10,4; 23.2-3; 31.30; Sl 22.23), e a LXX, a tradução grega do AT, traduz esta palavra por ekklēsia e synagōgē, igualmente. Até mesmo no NT, ekklēsia pode significa a assembleia dos israelitas (At 7.38; Hb 2.12); mas, à parte destas exceções, a palavra ekklēsia no NT designa a igreja cristã, tanto local (e.g. Mt 18.17; At 15.41; Rm 16.16; 1 Co 4.17; 7.17; 14.33; Cl 4.15) quanto universal (e.g. Mt 16.18; At 20.28; 1 Co 12.28; 15.9; Ef 1.22).]

2. A assembleia dos cidadãos. A Septuaginta emprega o mesmo termo ekklesía para traduzir o hebraico qahal, "assembleia, multidão humana reunida", em referência à congregação de Israel (Dt 23.2; 31.30; 2 Cr 6.3), e para verter mais quatro palavras menos frequentes no Antigo Testamento. Esse era o mesmo vocábulo para a assembleia dos cidadãos em Atenas. Mas o termo aparece no Novo Testamento com um significado glorioso: "Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos Santos e da família de Deus" (Ef 2.19) e "universal assembleia e igreja dos primogênitos" (Hb 12.23). Essas palavras expressam um tom de uma celebração jubilosa, de uma reunião festiva com todos os remidos como cidadãos da comunidade celestial (Ap 5.11-13). [Comentário: A versão dos Setenta esteve em uso durante os tempos do Novo Testamento e os escritores do Novo Testamento que usavam a palavra, talvez fossem influenciados de algum modo pelo uso da versão dos Setenta. Talvez a melhor maneira de examinar a palavra nesta versão é dar os resultados dos estudos dos três eruditos no assunto. Resumiremos seus achados e acrescentaremos alguma informação que observamos em nosso próprio estudo. Na versão dos Setenta "eclesia" é usada quase que cem vezes. Ela traduz a palavra hebraica "qahal" que significa assembleia ou congregação. No hebreu há duas palavras usadas para a reunião do povo de Israel: ‘edhah’ e ‘qahal’]

3. O significado da expressão "Santa Igreja Católica". Essas palavras aparecem nos principais credos da antiguidade cristã. O termo katholikós, "universal, geral", significa literalmente "de acordo com o todo", pois é substantivo composto por katá e de holos. A preposição grega katá significa "de cima para baixo, contra, ao longo de, conforme, de acordo, segundo", e a palavra holos quer dizer "todo, inteiro, completo". Foi Inácio, bispo de Antioquia (70-110), que empregou o termo para designar a igreja com o sentido de "geral, universal". Mas o significado exato do termo se perdeu com o tempo. [Comentário: καθολικός (katholikos), significa "universal", "geral" ou "referente à totalidade. No Credo Niceno de fé nossa Igreja é definida como a "Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica": "Una" porque apenas pode haver uma só Igreja verdadeira, com um só chefe que é Cristo. "Santa" porque a Igreja procura santificar e transformar seus membros através dos Sacramentos. "Católica" porque a Igreja é universal e tem membros em todas as partes do mundo. A palavra "Católica" provém da palavra grega "Katholikos" que significa mundial ou universal]

SUBSÍDIO DIDÁTICO
                               
O primeiro tópico é um pouco técnico. Mas é importante conhecer o sentido etimológico do termo "igreja". O comentarista m ostra que ekklesia é uma palavra grega que significa um grupo de pessoas "chamado para fora" e a interliga com o termo hebraico qahal, “assembleia, multidão humana reunida", no contexto do Antigo Testamento.

II. ELEMENTOS QUE IDENTIFICAM UMA IGREJA

1. Afinal, o que é Igreja? É toda congregação ou assembleia que se reúne em torno do nome de Jesus Cristo como Senhor e Salvador, professando sua fé nEle publicamente e de forma diversificada, aberta a todas as pessoas, a qual inclui o batismo e a Ceia do Senhor (nas reuniões específicas). Trata-se da igreja no sentido completo da palavra. Como Jesus mesmo prometeu. Ele está presente na igreja por meio do Espírito Santo até a consumação dos séculos (Mt 18.20; 28.20). [Comentário: A igreja é o Corpo de Cristo. Efésios 1.22-23 diz: “E sujeitou todas as coisas a seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da igreja, que é o seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos.” O Corpo de Cristo é feito de todos os crentes desde o tempo de Pentecoste até ao Arrebatamento. O Corpo de Cristo consiste em dois aspectos: a Igreja Universal e a Igreja Local. a igreja não é um prédio, ou uma denominação. De acordo com a Bíblia, a igreja é o Corpo de Cristo: todos aqueles que já colocaram sua fé em Jesus Cristo para salvação (Jo 3.16; 1Co 12.13). A igreja é uma organização? Muitas pessoas têm a noção errada de que a igreja é uma organização ou instituição, independente do povo que compõe a igreja. Este não é o conceito bíblico de igreja. Jesus não morreu para estabelecer uma instituição, mas para salvar o povo do pecado (At 20.28; 1Co 6.20). Jesus e o Pai não habitam numa organização, mas no povo que os obedece (Jo 14.15,23). Em vez de falar de uma organização, a Bíblia descreve a igreja como um corpo composto de membros vivos (Rm 12.4-5; 1Co 12.12-27; Cl 1.18,24; Ef 5.23). Estes membros do corpo são “blocos” ou “pedras” usados na construção da igreja (1Pd 2.5; 1Co 3.10-15). Muitas pessoas sugerem que a “igreja universal” é constituída de todas as congregações locais no mundo. Isto não é um conceito bíblico. Uma igreja local consiste de cristãos que se reúnem num determinado lugar. Eles podem ser identificados e contados (Rm 16.14, 15; 1Co 16.19; Cl 4.15). A igreja universal consiste de todos os discípulos de Cristo em todo o mundo. Nenhum homem é capaz de identificar e contar todos os membros deste corpo universal. Tentativas de contar todos os verdadeiros cristãos em uma nação ou no mundo ilustram a ignorância e a vaidade dos homens. Somente Deus pode contar e identificar seus “primogênitos arrolados nos céus” (Hb 12.23). A igreja cristã é o corpo de Cristo, acima e além de ser uma instituição dotada de organização, recursos vários, objetivos e realizações. E como tal, é ou deve ser mantida na unidade do Espírito. ]

2. As ordenanças. São duas as ordenanças da Igreja dadas por ordem específica do Senhor Jesus. A primeira é o batismo em águas: "Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo" (Mt 28.19). A segunda é a Ceia do Senhor: "fazei isso em memória de mim" (Lc 22.19). O batismo em águas é o rito que simboliza a nossa união com Cristo e é a nossa confissão pública de fé em Jesus (Rm 6.A). Como se nasce apenas uma vez, da mesma forma o batismo acontece uma só vez (Ef 4.5). Já a Ceia do Senhor é o rito da comunhão e significa a continuação da vida espiritual (l Co 10.16). O crente em Jesus precisa estar em comunhão com a Igreja para participar da Ceia do Senhor. Isso por si mostra a impossibilidade de alguém querer ser crente sem se tornar membro da Igreja. [Comentário: A expressão ordenanças traz a ideia de um grupo de mandamentos específicos, que devem ser repetidos reiteradas vezes. No caso das ordenanças de Jesus, o Batismo e a Santa Ceia, devem ser repetidos sempre, para que o povo de Deus, a Igreja, se lembrasse não apenas do sacrifício de Cristo, mas igualmente do seu efeito para conosco. Ordenanças, no caso do batismo e da Santa Ceia, são rituais que exemplificam para a Igreja os últimos momentos de Jesus com seus discípulos e a ressurreição de nosso Senhor. Jesus deixou claro que seus discípulos deveriam ensinar, batizar e celebrar a Ceia do Senhor: “Portanto, ide,ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;” (Mt 28.19).Em relação à Santa Ceia, “E digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto da vide até àquele Dia em que o beba de novo convosco no Reino de meu Pai” (Mt 26.29). A igreja romana entende que o cumprimento das ordenanças fazem com que o fiel seja contemplado por Deus com uma graça especial, mas a Bíblia não confirma esse ensinamento. Seu cumprimento mostra que somos obedientes e que cremos naquilo que Jesus nos disse; portanto, somos pessoas agraciadas por Deus tendo em vista nossa fé e obediência. As ordenanças, pois, não são um poder mágico que confere alguma bênção especial.]

3. A adoração. Os crentes em Jesus se reúnem para a adoração pública e coletiva. Os dois principais verbos gregos para "adorar", no Novo Testamento, são proskyneo, que significa "adorar, render homenagem", no sentido de prostrar-se (Ap 19.10), e latreuo, que significa "servir" a Deus (Ap 22.3). À luz da Bíblia, podemos definir adoração como serviço sagrado, culto ou reverência a Deus por suas obras (SI 92.1-5) e por aquilo que Deus é (SI 100.1-4). Não há diferença entre "servir" e "adorar" nem entre "prostrar-se" e "adorar". Os principais elementos de um culto são: oração, louvor, leitura bíblica, pregação ou testemunho, oferta e manifestação dos dons do Espírito Santo (1Co 14.26). [Comentário: Os termos estão muito bem definidos. Cabe apenas ressaltar que existe uma distinção entre a vida cristã como culto constante a Deus (Dt 6.6,7; Cl 3.17), o culto individual (Mt 6.6), o culto familiar (Jó 1.5) e o culto público solene (Is 56.7; Hb 10.25). Não há nas Escrituras algum "manual litúrgico" preciso e literal que forneça todos os dados e circunstâncias exatas de como devem ser administrados os elementos constituintes do culto. No entanto, também não somos deixados ao bel prazer e às vãs imaginações de como podemos aplicar àquilo que a Igreja de Cristo foi ordenada a realizar. Ressalta-se, ainda, que a vida cristã é um culto constante a Deus, que é oferecido individualmente, em qualquer tempo e lugar e onde não é necessário que se exerçam os chamados elementos de culto, como por exemplo, oração, cânticos e leitura da Bíblia. O culto público é o ajuntamento solene do povo de Deus, convocado para reunir-se em dia, hora e local estabelecidos, com o objetivo de prestar serviço espiritual a Deus sob a liderança de pessoas especialmente designadas para tal. É preciso que se entenda claramente que existe uma diferença fundamental entre nossa vida diária como culto a Deus e o culto que a ele prestamos publicamente, juntamente com os demais irmãos em Cristo. Determinadas atividades que seriam pertinentes à nossa vida como culto não seriam próprias a este culto público]

4. A família de Deus. Não devemos confundir igreja com templo; a casa de Deus é outra coisa. Há passagens no Novo Testamento em que o termo "casa" parece se referir à igreja: "para que saibas como convém andar na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo" (1Tm 3.15); "vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo" (1 Pe 2.5); "já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus" (1Pe 4.17). O termo "casa" também é utilizado na Bíblia metaforicamente para designar "família" (Js 24.15; At 16.31). A Igreja é citada como a família de Deus (Ef 2.19) e o templo espiritual de Deus (1Co 3.16; Ef 2.22). É por isso que chamamos de irmãos aqueles que se convertem ao Senhor Jesus. [Comentário: 1Tm 3.15,16 identifica a igreja como sendo a “casa de Deus”. Nesta casa, Deus é nosso Pai (Ef 3.14,15). Nós somos a Noiva de Cristo (Ef 5.22-33). Somos irmãos em Cristo. Tratamos uns aos outros como membros da mesma família: “Não repreendas ao homem idoso, antes exorta-o como a pai; aos moços, como a irmãos; às mulheres idosas, como a mães, às moças, como a irmãs, com toda a pureza” (1Tm 5.1,2). A igreja de Cristo na terra é a nossa família (Ef 2.19, 1Jo 3.1, Ef 3.14-15).]

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

"Precisamos nos identificar primeiro com o Senhor Jesus Cristo, parecer com Ele no amor, no trato com as pessoas, nas estratégias de trabalho, no aproveitamento das oportunidades, no uso de autoridade para libertar os oprimidos e na compaixão pelas pessoas. Enfim, identificar-se com Cristo é ser parecido com Ele no projeto de transformar o mundo [...]. Precisamos também de identificação entre nós mesmos, ou seja, precisamos entender e praticar o que é ser Igreja. Não me refiro a uma comunidade com estatuto e CGC, endereço e liderança, que faz o que quer, com o quer e quando quer. Uma comunidade burocrática e fria, cheia de deveres e direitos, sem vida nem poder. Igreja não é um lugar onde uma multidão ali chega triste e sai vazia, nem tampouco um meio através do qual se possa ganhar dinheiro, explorando-se a boa fé alheia. Igreja não é uma facção dividida por um grupo de radicais e outro de liberais, onde só há confronto e não há vida. Igreja não é lugar de promessas mirabolantes, mas um lugar de vida onde Jesus se manifesta, onde há sinceridade, onde acontecem maravilhas, onde o amor tem liberdade de atuar, onde há comunhão e onde há poder" (FERREIRA, Israel Alves. Igreja Lugar de Soluções: Como recuperar os enfermos espirituais, l.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, pp.12-13).


III. O CORPO DE CRISTO

1. O corpo e seus membros. A Igreja é o corpo místico de Cristo (Ef 1.22,23). O apóstolo Paulo chama a atenção para um detalhe importante: "o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo" (1Co 12.12). Mas ele não relaciona o tema unidade e diversidade do corpo e seus membros com a Igreja, o que era de se esperar, mas diz o seguinte: "assim é Cristo também". Longe de confundir Cristo com a Igreja, pois Jesus é transcendente (Cl 1.16,17), o que Paulo nos ensina é que pertencemos a Cristo e por Ele somos membros do seu corpo (1 Co 12.27). [Comentário: A frase "o Corpo de Cristo" é uma metáfora comum do Novo Testamento para a Igreja (todos aqueles que são verdadeiramente salvos). A Igreja é chamada "um só corpo em Cristo" em Romanos 12:5, "um só corpo" em 1 Coríntios 10:17, "o corpo de Cristo" em 1 Coríntios 12:27 e Efésios 4:12, e "no corpo" em Hebreus 13:3. A Igreja é claramente equacionada com "o corpo" de Cristo em Efésios 5:23 e Colossenses 1:24. Ao entrar em nosso mundo, Cristo assumiu um corpo físico "preparado" para Ele (Hebreus 10:5; Filipenses 2:7). Por meio de Seu corpo físico, Jesus demonstrou o amor de Deus de forma clara, tangível e corajosa - especialmente através da Sua morte sacrificial na cruz (Romanos 5:8). Depois de Sua ascensão física, Cristo continua a Sua obra no mundo através daqueles que Ele redimiu - a Igreja agora demonstra o amor de Deus de forma clara, tangível e corajosa. Desta forma, a Igreja funciona como o "Corpo de Cristo"]

2. A morada de Deus. Quando Saulo de Tarso se encontrou com Jesus no caminho de Damasco, ele ouviu a voz que dizia: "Saulo, Saulo, por que me persegues?" (At 9.4). Saulo perseguia os discípulos de Jesus, mas o Senhor se identificou com eles. Ao apóstolo foi revelado que a Igreja é o corpo espiritual de Cristo, sendo o Senhor mesmo a cabeça (Ef 1.22,23; Cl 1.18), e seus membros são o templo de Deus, a habitação do Espírito Santo (1Co 3.16); em outras palavras, a morada de Deus no Espírito (Ef 2.22). O tabernáculo e o Templo de Jerusalém representavam a presença de Deus (Êx 40.34; 2 Cr 7.2,16). O salmista diz: "SENHOR, eu tenho amado a habitação da tua casa e o lugar onde permanece a tua glória" (SI 26.8). Não existe mais o Templo de Jerusalém, mas Deus habita no cristão individual (Jo 14.23; 1Co 6.19). [Comentário: A Igreja pode ser chamada do Corpo de Cristo por causa desses fatos:
1) Os membros do Corpo de Cristo são unidos a Cristo no momento da salvação (Efésios 4:15-16).
2) Os membros do Corpo de Cristo seguem a Cristo como o seu Cabeça (Efésios 1:22-23).
3) Os membros do Corpo de Cristo são a Sua representação física neste mundo. A Igreja é o organismo através do qual Cristo manifesta a Sua vida para o mundo de hoje.
4) Os membros do Corpo de Cristo são habitados pelo Espírito Santo de Cristo (Romanos 8:9).
5) Os membros do Corpo de Cristo possuem uma diversidade de dons adaptados a funções específicas (1 Coríntios 12:4-31). "Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros do corpo, embora muitos, formam um só corpo, assim também é Cristo" (Versículo 12).
6) Os membros do Corpo de Cristo compartilham um vínculo comum com todos os outros cristãos, independentemente da sua origem, raça ou ministério. "para que não haja divisão no corpo, mas que os membros tenham igual cuidado uns dos outros." (1 Coríntios 12:25).
7) Os membros do Corpo de Cristo são seguros em sua salvação (João 10:28-30). Para um Cristão perder a sua salvação, Deus teria que realizar uma "amputação" no Corpo de Cristo!
8) Os membros do Corpo de Cristo participam da Sua morte e ressurreição (Colossenses 2:12).
9) Os membros do Corpo de Cristo compartilham a herança de Cristo (Romanos 8:17).
10) Os membros do Corpo de Cristo recebem o dom da justiça de Cristo (Romanos 5:17)]

3. Os membros do corpo. A tradução "por um só Espírito" (1Co 12.13), como aparece na Almeida Século 21, e expressões correlatas na NTLH, e na NVI (que tem esta nota: "Ou com; ou ainda por"), não significa o mesmo que "em um só Espírito". As duas versões são gramaticalmente legítimas (Lc 2.27; 1 Co 12.3; Ef 3.5). Ser batizado "por um só Espírito" quer dizer que é o Espírito quem batiza; isso indica a iniciação dos crentes no corpo de Cristo e não se refere ao batismo do dia de Pentecostes. Essa posição é defendida também por Stanley M. Horton. Não há distinção de pessoas, raça ou status social na Igreja. O apóstolo explica: "formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito" (1Co 12.13b). A ilustração do corpo humano com a Igreja nos versículos seguintes, além de mostrar a unidade na diversidade, ensina também que precisamos uns dos outros (1 Co 12.21) e que, igualmente, diferimos entre si (1Co 12.18) e que precisamos cuidar uns dos outros (1Co 12.25). Isso é Igreja. [Comentário: O apóstolo Paulo, em sua primeira carta aos coríntios, evoca uma das principais figuras da igreja para ensinar que não devemos lutar uns contra os outros, mas devemos servir uns aos outros. Somos um corpo com diferentes membros e cada membro trabalha para servir ao corpo. Três verdades são destacadas pelo veterano apóstolo: Em primeiro lugar, a unidade do corpo (1Co 12.12,13). A igreja é o corpo de Cristo. Só existe uma igreja, um corpo, um rebanho, uma noiva. Todos aqueles que foram predestinados, chamados, justificados e glorificados fazem parte desse corpo. Exatamente quando cremos em Cristo, somos batizados pelo Espírito nesse corpo. Passamos, então, a fazer parte da família de Deus. Tornamo-nos membros da igreja do Deus vivo. Tornamo-nos filhos de Deus e ovelhas do seu pastoreio. Somos introduzidos nesse corpo místico e dele jamais seremos desligados. A igreja visível possui muitas denominações, com várias peculiaridades distintas. Temos diferenças de sistema de governo. Temos formas diferentes de administrar os sacramentos. Temos formas diferentes de interpretarmos determinadas passagens das Escrituras. Mas, se cremos na Trindade. Se cremos que Jesus é o nosso único Salvador e Senhor. Se temos as Escrituras como nossa única regra de fé e prática. Se cremos na salvação pela graça mediante a fé. Se cremos que Jesus voltará em glória para julgar os vivos e os mortos, então, fazemos parte da verdadeira igreja, da única igreja, do corpo de Cristo. Não importa a cor da nossa pele, a nossa condição social ou mesmo a nossa denominação. Se estamos em Cristo, somos um. Em segundo lugar, a diversidade dos membros do corpo (1Co 12.14-23). O corpo é um só, mas possui muitos membros. Os membros são diversos, mas todos pertencem ao mesmo corpo. É Deus quem dispôs os membros no corpo como lhe aprouve. Por isso, no corpo não pode existir competição. Não há espaço no corpo para complexo de superioridade. Os olhos não podem dizer às mãos: Não preciso de vocês. Também, no corpo não pode existir complexo de inferioridade. Os pés não podem dizer aos olhos: Por que não sou olho, pé eu não quero ser. Cada membro tem sua função no corpo e deve desempenhá-la para a edificação do corpo. É impensável um membro do corpo atacar outro. Seria evidência de insanidade um membro do corpo deixar de servir a outro membro ou mesmo feri-lo. A diversidade dos membros não é uma negação da unidade corpo, mas uma prova incontestável de sua funcionalidade e beleza. Em terceiro lugar, a mutualidade no corpo (1Co 12.24-31). Os membros estão no corpo não para competirem uns com os outros, mas para servirem uns aos outros. Cada um é colocado por Deus para uma atividade peculiar. Deixar de cumprir o seu papel é prejudicar todo o corpo. Nenhum membro do corpo é autossuficiente. Precisamos servir uns aos outros. Precisamos suprir as necessidades uns dos outros. Nenhum crente possui todos os dons espirituais. O que nos falta é suprido por outro membro do corpo e o que falta ao outro membro do corpo, deve ser suprido por nós. Essa mutualidade traz comunhão na igreja na terra e promove a glória de Deus no céu. Esse cuidado recíproco no corpo e esse amor prático na igreja demonstra ao mundo a eficácia do evangelho. O amor, desta forma, é a apologética final, a prova mais eloquente de que somos discípulos de Jesus. Agindo assim, o mundo crerá que Deus enviou Jesus. Então, haverá a salvação dos perdidos, a edificação dos salvos e a glorificação do nome de Deus]

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

"A fim de enfatizar e visualizar a relação viva dos crentes com o Cristo, a Bíblia o apresenta como o 'cabeça' da Igreja, e a Igreja como seu 'corpo' (1 Co 12.27; Ef 1.22,23; Cl 1.18). Há várias razões para esta analogia. A igreja é a manifestação física - visível - de Cristo no mundo, a fazer seu trabalho, tal como chamar os pecadores ao arrependimento, proclamando a verdade de Deus às nações e preparando-se para as eras vindouras. A Igreja também é um corpo, composta de um arranjo complexo de diversas partes, cada qual discreta, cada qual recebendo do Cabeça, cada qual com seus próprios dons e ministérios, contudo, todos necessários à obra de Deus por vir (Rm 12.4-8; 1 Co 6.15; 10.16,17; 12.12-27; Ef 4.15,16). (MENZIES, William W.; HORTON, Stanley M. Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da Nossa Fé. l.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, pp.134-35).

CONCLUSÃO

Diante do exposto, concluímos que Deus estabeleceu a sua morada, primeiramente no tabernáculo e depois no Templo, ambos consagrados a Ele, e que da mesma forma o Espírito Santo também estabeleceu a sua habitação no corpo do cristão individual. Entre gentios e judeus, o Senhor Jesus formou um novo povo (1Co 10.32), de modo que o gentio deixa de ser gentio quando se converte ao evangelho de Jesus Cristo (1Co 12.2; Ef 2.11). A missão principal da igreja é adorar a Deus e propagar o evangelho a todas as nações da terra (Mt 28.19,20). [Comentário: É difícil concebermos que um ambiente tenso, hostil, desunido, desarticulado, onde falte o amor solidário e a graça perdoadora, possa ser visitado pelo óleo, pelo orvalho, pela bênção e pela vida de Deus – “Oh! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união. (3) ... porque ali o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre”. (Sl 133). A bênção do Senhor está na unidade do povo. Em Mt 5.23,24 Jesus vincula nosso relacionamento horizontal (irmãos) com nosso relacionamento vertical (Deus). A verdadeira espiritualidade pressupõe comunhão com Deus e com os irmãos (1Jo 3). A harmonia, a unidade de ação, a interdependência, a mutualidade, a solidariedade na alegria e no sofrimento de cada membro do corpo promove o crescimento espiritual (Ef 2.21,22; 4.16; Cl 2.19).] “... corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus ...” (Hebreus 12.1-2),
Francisco Barbosa

Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br

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