SUBSÍDIO I
Caro professor, prezada
professora,
Na lição desta semana é
importante pontuarmos e ampliarmos o termo “santidade” usado tanto no Antigo
quanto em o Novo Testamento. Para isso, disponibilizamos o texto, abaixo, do
pastor e teólogo Esequias Soares:
DEFININDO OS TERMOS
O significado básico de qâdash é ‘ser
santo, ser santificado, santificar, ser posto à parte’ (Êx 29.21). O
adjetivo qâdosh, ‘santo’,
designa o próprio Deus: ‘Santo, Santo, Santo é o SENHOR dos exércitos’ (Is
6.3). Isso diz que respeito à santidade como pureza ética. O equivalente grego
é hágios: ‘Quem
não te temerá, Senhor, e quem não glorificará o teu nome? pois só tu és santo’
(Ap 15.4). Deus é santo em si mesmo completamente separado de tudo o que comum
e impuro ou pecaminoso: ‘Porque assim diz o Alto e o Sublime, que habita na
eternidade e cujo nome é Santo: Em um alto e santo lugar habito e também com o
contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e para
vivificar o coração dos contritos’ (57.15). A revelação aqui mostra um Deus
transcendente e imanente. Ele é exaltado e elevado das nações e habita na
eternidade do tempo e do espaço, e seu nome, natureza e caráter é Santo [qâdôsh]. Isso é
transcendência. Mas habita também com o contrito e abatido para vivificar o
pecador abatido de espírito e contrito de coração. É a graça salvadora de Deus
para todas as pessoas (Tt 2.11).
A etimologia da raiz de qâdash é ainda
incerta; parece ser uma combinação que indica ‘queimar no fogo’, uma referência
à oferta queimada, ou ‘brilho, brilhante’, especificamente divino, como no
substantivo ‘sanidade’, qôdesh:
‘Quem é semelhante a ti, glorioso em santidade, terrível em louvores, operando
maravilhas? (Êx 15.11 – TB), mas a ideia básica é de ‘separar, retirar do uso
comum’. A natureza essencial do substantivo qôdesh pertence ao domínio do sagrado; a ideia é
de santidade, que distingue daquilo que é comum ou profano: ‘para fazer
diferença entre o santo e o profano e entre o imundo e o limpo’ (Lv 10.10); ‘e
profanam as minhas coisas santas; entre o santo e o profano não fazem
diferença, nem discernem o impuro do puro’ (Ez 22.26); ‘E a meu povo ensinarão
a distinguir entre o santo e o profano e o farão discernir entre o impuro e o
puro’ (Ez 44.23).”
(Texto extraído da
obra A Razão da Nossa Fé: Assim cremos, assim vivemos,
editora CPAD, 2017)
Marcelo Oliveira de Oliveira
Redator do setor de Educação Cristã (CPAD)
Redator do setor de Educação Cristã (CPAD)
SUBSÍDIO II
INTRODUÇÃO
Na aula de hoje daremos continuidade aos
estudos sobre o Cremos, com ênfase na santificação, doutrina basilar da nossa
fé, considerando a necessidade de termos vida santa. Inicialmente, definiremos
o que é a santificação, a partir do Novo Testamento. Em seguida, trataremos a respeito
dos três aspectos da santificação (passado) – justificação; presente
(progressivo) e glorificação (futuro). Ao final, destacaremos a importância de
uma vida cristã santificada, a fim de agradar ao Senhor.
1. DEFININDO SANTIFICAÇÃO
A palavra santificação (hagiasmos, em grego),
de acordo com o Dicionário Vine, é usada para significar: a) a separação para
Deus (I Co. 1.30; II Ts. 2.13; I Pe. 1.2); b) o curso de vida adequando aos que
assim são separados (I Ts. 4.3,4,7; Rm. 6.19,22; I Tm. 2.15; Hb. 12.14). A
santificação é, portanto, a relação com Deus na qual os homens entram pela fé
em Cristo (At. 26.18; I Co. 6.11), e à qual o seu direito exclusivo é a morte
de Cristo (Ef. 5.25,26; Cl. 1.22; Hb. 10.10,29; 13.12). A separação do crente
das coisas más é a vontade de Deus (I Ts. 4.3), e o Seu propósito em chamá-lo
para o evangelho (I Ts. 4.4), conforme Ele a ensina pela Palavra (Jo. 17.17,19)
e deve ser procurada, avidamente e constantemente (I Tm. 2.15; Hb. 12.14). O
agente da santificação é o Espírito Santo (Rm. 15.16; II Ts. 2.13; I Pe. 1.2; I
Co. 6.11).
2. OS TRÊS
ASPECTOS DA SANTIFICAÇÃO
2.1 Posicional – em Hb. 10.10, o autor diz que “Temos sido santificados
pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez”. Isso quer dizer, então,
que, de certo modo, já somos santos. Por isso, nas epístolas o Paulo se dirige
aos seus destinatários como santos(Rm. 12.13; I Co. 14.33; Fp. 4.21).
2.2 Progressivo – embora sejamos declarados imediatamente e legalmente
santos, pelo ato da regeneração e da justificação, somos instruídos a seguir
adiante, em santificação (Fp. 3.13,14). Assim, espera-se que cresçamos até o
ponto de podermos digerir alimento sólido (Hb. 5.12-14; I Pe. 2.1-3). Esse
processo de transformação se dá em amor (Cl. 3.7-14) no contato com Espírito do
Senhor (II Co. 3.18; I Co.10.13).
2.3 Futura – em Fp. 3.11 Paulo fala da ressurreição dos mortos, isto
é, o momento da glorificação do corpo, esse é o aspecto futuro da santificação.
A passagem bíblica de I Co. 15.51,52 detalha como isso acontecera. Com essa
esperança, temos a fé de “as aflições do tempo presente não são para
comparar com a glória que em nós há de ser revelada” (Rm. 8.18).
3. A VIDA EM SANTIFICAÇÃO
Concordamos com Menzies e Horton (1995, p.
159), que “embora jamais venhamos a atingir, nesta vida, um estágio que não nos
permita pecar, podemos receber capacidade para evitar o pecado. Não somente
precisamos da contínua purificação pelo sangue (I Jo. 1.7) como jamais
chegaremos ao ponto de não precisarmos dela enquanto vivermos aqui. Por isso,
precisamos ser realistas, e atentar para o que está escrito em I Jo. 1.10: “Se
dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em
nós”. Mas, ao mesmo tempo, sabemos que não podemos viver na prática contínua do
pecado (I Jo. 3.8-10). Isso porque a rejeição persistente à voz do Espírito
Santo poderá levar à rebelião e à perda definitiva da salvação, melhor dizendo,
à apostasia (Gl. 5.21; Hb. 6 e 10). Devemos levar em conta a recomendação de
Paulo: “Que diremos pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça abunde? De
modo nenhum. Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda
nele?”. Diante dos fracassos ao longo do caminho, não devemos nos sentir
derrotados, pois temos um Advogado junto ao Pai, um Amigo, Jesus Cristo (I Jo.
1.7).
CONCLUSÃO
A santificação, enquanto processo, é o ato de
separar-se do mal e devotar-se a Deus (Rm. 12.1,2; I Ts. 5.23; Hb. 13.12). As
Escrituras põem a santificação posicional, e, por conseguinte, a progressiva,
como condição para se ver a Deus (Hb. 12.14). Mas uma vida de santificação,
conforme exigida em de I Pe. 1.15,16), somente pode ser efetivada pelo Espírito
Santo, que produz em nós e conosco, o Seu fruto (Rm. 6.1-11,13; 8.1,2,13; Gl.
2.20; Fp. 2.12,13; I Pe. 1.5).
Prof. Ev. José
Roberto A. Barbosa
Extraído do Blog
subsidioebd
COMENTÁRIO E
SUBSÍDIO III
INTRODUÇÃO
Quando o pecador
se arrepende e aceita Jesus como seu Salvador pessoal, ele é justificado,
regenerado, santificado e adotado na família de Deus. A santificação é
especialidade do Espírito Santo; é instantânea, mas ao mesmo tempo progressiva,
pois esse processo continua na vida do crente. O presente estudo pretende explicar
a necessidade e a possibilidade de uma vida santa. [Comentário: A Palavra de Deus demonstra
enfaticamente que a nossa salvação não é um fim em si mesma, antes é o início
da vida cristã, através da qual nos tornamos filhos de Deus e progredimos em santificação
até à consumação de todo propósito de Deus em nossa vida. Devemos estar atentos
para o fato de que a salvação (justificação, regeneração, união com Cristo),
não é a linha de chegada da vida cristã; antes, é o ponto de partida [1]. Um dos maiores desafios da vida
para o cristão resume-se numa única pergunta: “Como viver de forma santa num
mundo de tanta corrupção, podridão moral e apelos sexuais?”. Diante de tudo
isso, fica difícil para o homem tomar decisões morais e éticas sob o prisma da
santidade, vivendo em um mundo dominado pelo pecado e por operações malignas.]
I. DEFININDO
OS TERMOS
1. A santidade de Deus. Essa santidade é absoluta, pois Deus é santo em seu caráter
e essência, conforme disse o profeta Amos, em duas ocasiões: "Jurou o
Senhor Jeová, pela sua santidade" e "Jurou o Senhor Jeová pela sua
alma" (Am 4.2; 6.8). A santidade é característica fundamental de Deus (Is
6.3; Ap 4.8). Ele é singular por causa de sua majestade infinita e também em
virtude de se tratar de um Ser totalmente distinto e separado, em pureza, de
suas criaturas (SI 99.1-5). Essa santidade é a plenitude gloriosa da excelência
moral de Deus, que existe nEle e que nEle se originou, não tendo sido derivada
de ninguém: "Não há santo como é o SENHOR [...]" (1 Sm 2.2). [Comentário: O
termo "SANTIDADE" denota a transcendência de Deus, sua separação do
mundo e de todas as coisas criadas. Consiste na qualidade divina de estar
distinguido (separado) das coisas criadas e finitas. O termo, ao longo da
história, nunca perdeu o seu sentido de transcendência ou separação do mundo. O
termo em si não representava necessariamente uma importância ética, o que se
demonstra pelo fato de que as coisas de uso secular eram consideradas santas
quando separadas e consagradas ao serviço de Jeová — tais como o templo, o
sacrifício, o sábado. Qualquer coisa relacionada diretamente com o culto ou
presença de Jeová era considerada santa — Jerusalém era a Cidade Santa porque
ali habitava Jeová e manifestava-se a seu povo. É evidente que a ideia de
santidade não é primariamente ética em si, mas o sentido bíblico conferido ao
conceito de "santo" é proeminentemente ético. Nos Salmos, Profetas e
no Novo Testamento, a ideia de transcendência está presente, porém uma
transcendência ética – Deus é uma pessoa, e seus caminhos e pensamentos
transcendem aos do homem; Deus transcende ao homem em bondade, e isto é um
aspecto ético. A santidade de Deus é mais difícil de explicar do que todos
os Seus outros atributos, em parte porque é um dos Seus atributos essenciais
que não é compartilhado pelo homem. Fomos criados à imagem de Deus e
compartilhamos muitos dos seus atributos, obviamente em um grau muito menor
–amor, misericórdia, fidelidade, etc. Entretanto, alguns dos atributos de Deus
nunca serão compartilhados por seres criados -- onipresença, onisciência,
onipotência e santidade. A santidade de Deus é o que o separa e distingue de
todos os outros seres. A santidade de Deus é mais do que Sua perfeição ou
pureza sem pecado; é a essência de Sua “alteridade” -- Sua transcendência. A
santidade de Deus encarna o mistério da Sua grandiosidade e nos faz olhar para
Ele com assombro quando começamos a compreender um pouco da Sua majestade.]
2. Significado. O verbo hebraico qadash,"ser santo", e seus
derivados "santo, santificar, dedicar, consagrar", no Antigo
Testamento, significam "separar". Quando aplicado à religião de
Israel, tem a ideia de "separar para Deus, retirar do uso comum", tal
como pode ser visto em Levítico 10.10. Isso vale para lugares (Êx 3.5), casas e
campos (Lv 17.14,16), utensílios e animais (Lv 8.10,11; 10.12,13,17), o ouro do
Templo (Mt 23.17,19), pessoas (Êx 28.41) e muitas outras coisas, como dias
santos, festas, etc. Assim, o sentido de santidade é de afastar-se de tudo o
que é pecaminoso, de tudo o que contamina. A Septuaginta traduz
qadosh,"santo", pelo termo grego hagíos, "santo", palavra
adotada pelos escritores do Novo Testamento. Há outro termo menos comum, mas
igualmente importante, taher, "purificar", e seu cognato katharizo, no
grego, usado na Septuaginta e no Novo Testamento nos sentidos cerimonial e
moral. [Comentário: No Antigo Testamento encontramos a palavra qadash,
para designar “santificar”. O substantivo correspondente é qodesh, enquanto o
adjetivo é qadosh. Os principais significados destas palavras estão
relacionados a “brilhar” e “cortar”, apontando para pureza e separação. Estas
ideias podem ser melhor entendidas quando lemos o que diz estudioso Girdlestone
em sua obra Old Testament Synonyms (Sinônimos no Antigo Testamento, Pg. 283),
citado por Louis Berkhof em seu livro Teologia Sistemática (Editora Luz para o
Caminho, 1990, Pg 531): “Os termos santificação e santidade são
empregados atualmente com tanta frequência para descrever qualidades
morais e espirituais, que mal comunicam ao leitor a ideia de posição ou de
relação existente entre Deus e uma pessoa ou coisa a Ele consagrada.” No
Novo Testamento encontramos o verbo hagiazo, que é derivado de hagios, que
também apresenta a ideia primária de separação.]
3. Exclusividade. Dizer que qualquer coisa, objeto ou pessoa é consagrada,
separada ou dedicada a Deus significa dizer que isso pertence a Ele (Êx 13.2)
ou serve a Ele com exclusividade (Êx 30.30; Lv 20.26). O que é sagrado não pode
ter uso comum; o azeite da unção e o incenso do santuário não podiam ter outro
uso (Êx 30.33,38). O sagrado deve ser tratado como tal. Os antigos hebreus
levavam a santidade a sério. Todos esses rituais de consagração são
representações visuais de verdades espirituais reveladas no Novo Testamento (Cl
2.17; Hb 8.5; 9.9). [Comentário: As palavras "santificar",
"sagrado" e "santo" são traduções da mesma palavra grega.
Elas significam estar separado para um serviço especial. Na Bíblia muitas
coisas além de pessoas são apresentadas como santificadas –- os móveis do
Tabernáculo (Êx 40.10,11,13); uma montanha (Êx 19.23); comida (1Tm 4.5).
Torna-se até possível para um crente santificar a Deus no seu coração (1Pd
3.15). Portanto, santificar, ou tornar sagrado, não significa purificar ou tornar
sem pecado, mas separar alguma coisa para Deus e o serviço a Deus. Em relação
ao Cristão, santificação ou santidade significa estar separado do pecado e para
Deus. Existem três aspectos distintamente diferentes desta santificação:
passado, presente e futuro. Todo Cristão está autorizado a falar, "fui
santificado; estou sendo santificado; ainda serei santificado."]
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Este
tópico tem uma característica conceituai, por esse motivo sugerimos que o
prezado professor, a prezada professora, estude bem os termos tanto do Antigo
quanto do Novo Testamento para o termo "santo". Nesta oportunidade,
disponibilizam os o conceito exegético desse termo:
"Santo [Antigo Testamento], qõdesh:' santidade, coisa santa, santuário'. Este substantivo o
corre 469 vezes com os significados de: 'santidade' (Êx 15.11), ’coisas santas'
(Nm 4.15, ARA) e 'santuário' (Êx 36.4).
Santo (Novo Testamento): hagiasmos, é traduzido em Rm 6.19,22; 1 Ts 4.7; 1 Tm 2.15; Hb 12.14 por
'santificação'. Significa: (a) separação para Deus (1 Co 1.30; 2 Ts 2.13; 1 Pe
1.2); (b) o estado resultante, a conduta que convém àqueles que são separados
(1 Ts 4.3,4,7; e os quatro primeiros textos citados acima). A ’santificação' é,
pois, o estado predeterminado por Deus para os crentes, no qual Ele pela graça
os chama, e no qual eles começam o curso cristão e assim o buscam. Por
conseguinte, eles são chamados ’santos' (hagioi)" (VINE, W. E.; UNGER, Merril F. (et all). Dicionário
Vine: O Significado
Exegético e Expositivos das Palavras do Antigo e do Novo Testamento, 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, pp.281,970).
II. A NECESSIDADE
DE TERMOS UMA VIDA SANTA
1. Israel. O apelo à santidade diz respeito à pureza da nação de
Israel para manter o povo distante da idolatria, da prostituição e de outras
práticas pecaminosas. Deus escolheu Israel para ser sua propriedade particular
dentre todos os povos, reino sacerdotal e povo santo: "[...] então, sereis
a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é
minha. E vós me sereis reino sacerdotal e povo santo [...]" (Êx 19.5,6). O
estilo de vida dos israelitas devia estar de acordo com a santidade do seu
Deus: "Santos sereis, porque eu, o SENHOR, vosso Deus, sou santo" (Lv
19.2). Essa santidade exigida era mais do que natural, porque Deus é santo (Lv
11.44), e os israelitas foram "separados", ou seja,
"retirados" dentre os povos para Deus. [Comentário: Alguma
vez você já pensou no grande privilégio que é ser chamado de “a propriedade
peculiar de Deus”? Pois bem, o povo de Israel está recebendo do Senhor essa
maravilhosa boa nova: “Vós sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os
povos.” Mas, como todo privilégio traz consigo uma série de responsabilidades,
o Senhor determinou que isso só seria possível se o seu povo vivesse sob a
égide dos seus mandamentos e da sua aliança eterna. O que temos aqui é, na
verdade, um pacto ou uma aliança entre o Deus libertador e o seu povo, que foi
liberto da escravidão do Egito. Era muito comum na época os tratados de
suserania. Quando um rei vencia uma determinada nação, o povo conquistado
passava a ser seu vassalo e uma espécie de sua propriedade peculiar. Deus é o
senhor supremo de todo o universo. Ele é o dono dos céus e da terra: “Toda a
terra é minha” (Ex 19.5b). Porém, que maravilha Deus querer nos fazer a sua
propriedade peculiar! Essa verdade é tão preciosa que será mais uma vez
destacada no contexto neotestamentário na primeira carta de Pedro. Lá, o
apóstolo nos revela que o propósito de Deus em nos conceder esse grande
privilégio é para anunciarmos as suas maravilhosas virtudes ao mundo (1Pe 2.9)]
2. A Igreja. Os três propósitos de Deus com Israel são os mesmos para a Igreja:
"Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo
adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas
para a sua maravilhosa luz" (1Pe 2.9). Assim como os israelitas, fomos
chamados por Deus e separados para o seu serviço; agora somos sacerdócio real,
nação santa e povo ' adquirido. Desde os tempos do Antigo Testamento, a
idolatria e a prostituição sempre caminharam juntas (Jz 8.33; Os A.13,14).
Esses são os mesmos desafios da igreja hoje: "Porque esta é a vontade de
Deus, a vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição" (1Ts 4.3).
Devemos fugir da prostituição e também da idolatria (1Co 6.18; 10.14). [Comentário: 1Pe
2.9-10 “Vós, porém,” nos versículos 1 a 8 Pedro estabelece um contraste entre aqueles
que obedecem à Palavra e os que não obedecem a ela; entre os que aceitam e os
que rejeitam a Cristo (1Pe 1.22; 2.8). Daí o motivo de ele começar o versículo
9 com uma conjunção adversativa – “porém”. Somos escolhidos para fazer parte do
Reino de Deus, da nação santa, fomos eleitos pelo próprio Senhor! Temos um
papel importante na história do mundo. Estamos aqui para declarar louvores a
Deus àqueles que não O conhecem, para que possam receber o Seu amor e a Sua
Graça, pois o Senhor nos tirou do mundo de trevas e escuridão e nos trouxe para
Sua maravilhosa luz. “A palavra nação refere-se a um grupo de pessoas, isto é,
um conjunto de pessoas que pertencem a uma comunidade humana por falarem a
mesma língua e compartilharem uma cultura e uma história comum. (Shedd, ob.
cit., p.46). Aos Efésios, o apóstolo declarou que a igreja tem “um só Senhor,
uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age
por meio de todos e está em todos” (Ef 4.5-6). Sendo assim, a igreja
compartilha de muitas coisas em comum e, por isso, pode ser chamada de nação.
Essa nação é “santa” porque o Deus que a escolheu é Santo. A ideia bíblica de
santidade de Deus é dupla. Primeiro, Ele é absolutamente distinto de todas as
Suas criaturas e exaltado sobre elas em infinita majestade (Ec 5.2); segundo,
Ele não tem comunhão com o pecado (Jó 34.10; Hc 1.13; 1Jo 1.5). Desde há muito
o Senhor vem dizendo ao Seu povo que Sua vontade é que ele seja santo –
separado (Lv 19.1-2; 2Co 6.14-7.1; 1Ts 4.3; 1Pe 1.13-16)]
3. Uma exigência natural. Essa exigência é mais do que natural porque Deus é Santo:
"mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a
vossa maneira de viver, porquanto escrito está: Sede santos, porque eu sou
santo" (l Pé 1.15,16) assim como o é seu Filho Jesus Cristo (Lc 1.35; Jo
6.69). Da mesma maneira como Deus escolheu e santificou o povo de Israel para
viver em santidade, assim também o Senhor Jesus nos chamou para vivermos uma
vida santa. Israel precisava viver longe das práticas imorais dos cananeus,
nós, da mesma forma devemos nos abster da prostituição. [Comentário: Quando
é que algo nos pertence? Quando ganhamos, herdamos ou compramos esse “algo”.
Certo? Seguindo essa ideia, a igreja é propriedade do Senhor porque Ele a
comprou; não com ouro ou prata, mas com Seu precioso sangue (1Pe 1.18-19; 1Co
6.19-20; 7.23; Gl 3.13; 4.5; Cl 1.13-14; Ap 5.9). “Cristo comprou os homens
para Deus ‘da terra’ (Ap 14.3), de maneira que eles se tornam propriedade de
Deus, livres da escravidão do pecado e da morte, do mal e do sofrimento que
importunou a sua existência terrena. O preço da compra é o sangue de Cristo”[10].
A santidade do homem é uma ordem de Deus (Lv 19.2, 1Pe 1.16b). A ideia de
santidade aqui é de afastamento do mal, do pecado para uma vida consagrada a
Deus. É parte da nova vida em Cristo, da Nova Aliança (cf Hb 12.14; 2Co 7.1) .
A igreja precisa crescer em santidade, pois é o santuário de Deus: “no qual
todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor”
(Ef 2.21; 5.26-27). A santidade de Deus determina o conceito de adoração (Hb
10.22). O adorador deve se adaptar ao adorado. No serviço ao Senhor devemos nos
oferecer com santo procedimento: “… sirvamos a Deus de modo agradável,
com reverência e santo temor; porque o nosso Deus é fogo consumidor.” (Hb
12.28b-29) – O termo “sirvamos” pode ser traduzido por “cultuemos”. Portanto,
em nosso “serviço” (culto) devemos fazer com temor e tremor. Deus quer que
sejamos santos para Ele e não seguir o nosso coração enganoso (cf Jr 17.9)]
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Quem
subirá ao monte do Senhor Quem estará no seu lugar santo? 'Aquele que é limpo
de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura
enganosamente. Este receberá a bênção do Senhor e justiça do Deus da sua
salvação' ([Sl 24]vv.3,4).
Estou
profundamente convencido de que oração pelo reavivamento é uma ofensa diante de
Deus se não tivermos um coração puro. É quase uma blasfêmia ousar entrar na
presença do Deus santo e pedir que nos abençoe se os nossos corações não
estiverem puros diante dEle. A oração pelo reavivamento tem um pré-requisito.
Quem subirá ao monte do Senhor? Quem estará no seu lugar santo? Quem estará em
sua presença? Quem estará na sala do trono - o santo dos santos-conforme descreve Hebreus 10?" (BLACKABY, Henry. Santidade:
O
plano de Deus para uma vida abundante, l.ed.
Rio de Janeiro: CPAD, 2015. pp.77-78).
III. A
POSSIBILIDADE DE TERMOS UMA VIDA SANTA
1. A santificação
posicional. É o primeiro
aspecto da santificação, também chamado de santificação passada ou instantânea.
É posicional porque acontece uma mudança no ser humano, de pecador para
santificado em Cristo (At 26.18; 1Co 1.2). É a santificação que ocorre quando o
pecador recebe, pela fé, a Jesus como Senhor e Salvador pessoal (1 Co 1.30).
Essa santificação é instantânea, mas é também o começo de uma vida progressiva
de santificação. Todos nós, salvos em Jesus, somos santos, e é assim que somos
reconhecidos no Novo Testamento (At 9.13,32,41) e é dessa maneira que o apóstolo
Paulo se dirige aos crentes nas suas epístolas (Rm 1.7). A base dessa
santificação é o sacrifício de Jesus (Hb 10.10,14), mas ela é obra do Deus
trino e uno por ocasião da conversão do pecador a Cristo (Jo 17.17; 1 Co 6.11;
1Pe 1.2). [Comentário: É
o estamos em Cristo (2Co 5.17 e Jo 15.4). O Pr. Antonio Gilberto escreve:
“Santificação é um ato divino que também ocorre dentro do homem, refletindo
logo em seu exterior. Daí a diferença entre santidade – um estado – e justiça –
santidade prática, de vida (Lc 1.75). Na operação divina da conversão, a
santidade de Cristo passa a ser a nossa santidade (Cl 2.10; 1Co 2.30; Hb
10.10,14 e Rm 8.2). Seus méritos são creditados à nossa conta. Estamos tratando
da santificação posicional em Cristo, não da santificação progressiva, no viver
diário do crente, como mostrada em 2 Coríntios 7.1 e Apocalipse 22.1.”.]
2. A santificação real. É conhecida como a santificação presente. Ela é progressiva
(Pv 4.18). A cada dia avançamos em santidade: "Mas todos nós, com cara
descoberta, refletindo, como um espelho, a glória do Senhor, somos
transformados de glória em glória, na mesma imagem, como pelo Espírito do
Senhor" (2 Co 3.18). Observe que havia crentes carnais na Igreja de
Corinto (1Co 3.3) e, mesmo assim, eles são considerados "santos", por
isso precisavam de crescimento espiritual (2 Pé 3.18). De igual modo, o
apóstolo Pedro exorta à santificação (1 Pe 1.15,16) os mesmos que ele antes
chama "santos" 1 Pe 1.2). Isso é possível porque somos nascidos de
Deus (1 Jo 4.7; 5.1) e o Espírito Santo está em nós e habita em nós (Jo 14.17;
2 Tm 1.14).
[Comentário: É a salvação do domínio e influência do pecado.
Santificação bíblica significa basicamente separação para uso e posse de Deus.
Uma boa definição é a de Paulo em Atos 27.23: “...do Senhor, de quem sou e a
quem sirvo”. Santificação não é apenas a pessoa pertencer a Deus, mas também
servi-lo. Se o leitor é um santo de Deus, certamente está servindo a Deus. Há
muita santificação por aí que pode ser tudo, menos bíblica. A santificação
posicional, deve tornar-se experimental no viver diário do crente. A
santificação é primeiramente interna, isto é, pureza interior, purificação do
pecado, refletindo isso em nosso exterior, traduzido em separação do pecado e
dedicação a Deus. É um termo ligado ao culto a Deus e consagração ao seu
serviço, conforme se vê no livro de Levítico, através de pessoas e coisas,
sacerdotes, templo, objetos etc. Quem pensa ser santo deve ser separado do mal
e dedicado a Deus para seu uso (2Tm 2.21). A santificação, como aca¬bamos de
ver, tem um lado posicional e outro prático: um santo viver. A justiça é comparada
a um vestido (Jó 29.14 e Is 59.17). Mas o corpo, que recebe esse vestido, como
deve estar? É razoável um vestido limpo em corpo sujo? A santificação é o que
Deus faz em nós. Nesse sentido, a salvação é progressiva. Uma criança nova é
perfeita, mas não é adulta. Uma frutinha é também perfeita ao formar-se, mas
não é madura (Ef 4.13). Tendo sido justificado, o crente progride e prossegue
para a perfeição, de que em seguida nos ocuparemos. Portanto, ao estudarmos a
santificação precisamos vê-la quanto à posição do crente em Jesus Cristo, e
quanto ao estado do crente em si mesmo.]
3. A santificação futura. É o terceiro aspecto da santificação, conhecido também como
"glorificação" (Fp 3.11). Na ressurreição, seremos completos, e isso
é extensivo à santificação, quando o Senhor Jesus declara "que
transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo
glorioso" (Fp 3.21). É nessa ocasião que veremos a Deus como Ele é (1Jo
3.2). Essa é a nossa esperança. [Comentário: glorificação: Será a salvação da presença do pecado em
nossa vida. A glorificação é a inteira conformação com Jesus Cristo (Rm 8.23 e
1Jo 3.2). É a perfeição do crente. Na glorificação, a salvação envolverá o
corpo físico, então glorificado. Estaremos ressuscitados. Estaremos no Céu (Rm
13.11; 2Co 5.2,4; Fp 2.12 e Hb 9.2). Será redenção do corpo (Rm 8.23). A
glorificação será o que Deus fará conosco]
4. É possível ser santo? Sim! É possível. E deve ser o desejo de todo cristão se
parecer com Jesus e ter uma vida santa, assim como o Mestre teve. Pela sua
infinita graça, Deus concede vida santa a todos os pecadores, desde que eles se
arrependam e confessem o nome de Jesus (Rm 10.9,10). Assim, Deus disponibilizou
três meios para a santificação: o sangue de Jesus: "E, por isso, também
Jesus, para santificar o povo pelo seu próprio sangue, padeceu fora da
porta" (Hb 13.12); o Espírito Santo (2 Ts 2.13); e a própria Palavra de
Deus (Jo 17.17; Ef 5.26). O Senhor nos forneceu todos os recursos necessários
para uma vida santa e separada do mundanismo (Rm 12.1,2). [Comentário: 1. O
Sangue de Cristo: “Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz,
mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos
purifica de todo pecado” (1 Jo 1.7). O Sangue fala da nossa posição perante Deus.
É uma obra consumada que concede ao pecador arrependido um lugar na presença de
Deus (Hb 13.12; 10.10, 14; 1 Jo 1.7). Observemos que, como resultado da obra
consumada de Cristo, o pecador arrependido é transformado de pecador impuro em
adorador santo. A santificação é o resultado dessa maravilhosa obra redentora
do Filho de Deus, ao oferecer-se no Calvário para aniquilar o pecado pelo seu
sacrifício. Em virtude desse sacrifício, o crente é eternamente separado para
Deus; sua consciência é purificada e ele próprio é unido em comunhão com o
Senhor Jesus Cristo (Hb 12.11; 9.14). À luz de 1 Jo 1.7 fica claro que o que
remove essa barreira, que é o pecado, entre o ser humano e Deus, para que flua
entre ambos a comunhão, é o Sangue eficaz de Jesus Cristo. Não há ninguém
perfeito, mas é possível andar em comunhão com Deus, desde que o Sangue do
Cordeiro esteja nos purificando. Não há comunhão com Deus se não debaixo do
sangue de Cristo (1 Jo 1.9).
2. O Espírito Santo: “E
não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do
Espírito” (Ef 5.18). É impossível a santificação sem a operação do Espírito
Santo. Diríamos que Ele é o agente, o dinamizador. O ensino bíblico deixa bem
claro este fato (1 Co 6.11; 1 Pe 1.1, 2; Rm 15.16). “Da mesma forma que o
Espírito Santo pairava sobre o caos original (Gn 1.2), seguindo-se o
estabelecimento da ordem pelo Verbo de Deus assim o Espírito paira sobre a alma
humana, fazendo-a abrir-se para receber a luz e a vida de Deus” (2 Co 4.6). O
Espírito Santo toma o imundo e o leva ao santo. Fez o que aconteceu na casa de
Cornélio (At 10). E agora os gentios são aceitos na família de Deus porque
foram santificados, separados pelo Espírito Santo. Para uma vida de santidade o
Espírito Santo terá de entrar em cena. Homens e mulheres santos são aqueles em
que o Espírito Santo trabalha.
3. A Palavra de Deus: “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo
ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto
limpa, para que produza mais fruto ainda. Vós já estais limpos pela palavra que
vos tenho falado” (Jo 15.1-3). Os cristãos são descritos como sendo gerados
pela Palavra de Deus (1 Pe 1.23). A Palavra de Deus desperta as pessoas para
compreenderem a insensatez e impiedade de suas vidas. Quando dão importância à
Palavra, arrependendo-se e crendo em Cristo, são purificados pela Palavra que
lhes fora falada. Esse é o início da purificação, que deve continuar através da
vida do crente. No início de sua consagração ao ministério, o sacerdote israelita
tomava um banho cerimonial completo, banho que nunca se repetia, era uma obra
feita uma vez para sempre. Todos os dias, porém, era obrigado a lavar as mãos e
os pés. Da mesma maneira, o regenerado foi lavado (Tt 3.5, Jo 13.10); mas
precisa de uma separação diária das impurezas e imperfeições conforme lhe foram
reveladas pela Palavra de Deus, que serve como espelho para a alma (Tg
1.22-25). Deve lavar as mãos, isto é, seus atos devem ser retos; deve lavar os
pés, isto é, “guardar-se das imundícias em que tão facilmente tropeçam os pés
do peregrino, que anda pelas estradas deste mundo.]
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
"No
mundo, os crentes são forasteiros e peregrinos (Hb 11.13; 1 Pe 2.11). (a) Não devem
pertencer ao mundo (Jo 15-9), não se conformar com o mundo (ver Rm 12.2), não
amar para o mundo (2.15), vencer o mundo (5.4), odiar a iniquidade do mundo (ver
Hb 1.9), morrer para o mundo e ao Pai ao mesmo tempo (Mt 6.24; Lc 16.13; ver Tg
4 .4). Amar o mundo significa estar em estreita comunhão com ele e dedicar-se aos
seus valores, interesses, caminhos e prazeres. Significa ter prazer e
satisfação naquilo que ofende a Deus e que se opõe a Ele (Lc 23.35). Note, é
claro, que os termos 'mundo' e 'terra' não são sinônimos; Deus não proíbe o
amor à terra criada, i.e., à natureza, às montanhas, às florestas, etc"
(ARRINGTON, French L; SRONSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal Novo
Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, pp. 1957-58).
CONCLUSÃO
O nosso dever não consiste apenas em nos afastar do
pecado e de toda a forma de paganismo, mas também de combatê-los com a pregação
do evangelho e com nossa maneira de viver, assim como fizeram os primeiros
cristãos. O cristianismo é a única religião do planeta que tem o Espírito Santo
(Jo 14.16,17). É Ele quem nos capacita a viver em santidade e a vencer as
tentações. Somos privilegiados porque temos Jesus e o Espírito Santo. [Comentário: Somos posicionalmente
santos e esta posição nos obriga a vivermos em santidade. A santidade implica
principalmente na mortificação do pecado que habita em nós e em viver de acordo
com a vontade de Deus revelada nas Escrituras. Sabemos que embora santificados,
o velho homem permanece em nós e carece de ser mortificado diariamente, pelo
poder do Espírito Santo. Sendo pelo poder do Espírito Santo, a santificação
deve ser um processo irresistível na vida do verdadeiro salvo; o alvo da
escolha de Deus é que sejamos santos e irrepreensíveis diante dele (Efésios
1.4), para isso nos escolheu mediante a santificação do Espírito (2Ts 2.13).] “...
corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando
firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus ...” (Hebreus 12.1-2).
Francisco Barbosa
Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br