Nesta semana, Donald Trump tornou-se o primeiro presidente
dos Estados Unidos a visitar o Muro das Lamentações, o que fez da sua passagem
por Israel um evento histórico. Sua visita à Terra Santa, aliás, não aconteceu
por acaso. Ele aproveitou o mês de maio, muito significativo para o Estado de
Israel, para solidificar a bem-sucedida parceria israelo-estadunidense,
praticamente ignorada por seu antecessor, Barack Obama, que preferiu agradar os
inimigos históricos de Israel.
Por que a visita de Trump à Terra Santa ocorreu no mês de
maio. Grandes acontecimentos se deram em Israel, nesse mês, desde o fim da
Segunda Guerra Mundial, a começar pela derrota da Alemanha nazista, em 8 de
maio de 1945. Depois da vitória dos Aliados, Israel finalmente pôde se
estruturar para, em poucos anos, ter o seu Estado proclamado. E isso aconteceu
em 14 de maio de 1948, quando terminou o Mandato Britânico.
O domínio da Grã-Bretanha sobre Israel perdurou por trinta
anos (1918-1948). À época, a população judaica na Terra de Israel era de 650
mil pessoas e já formava uma comunidade organizada, com instituições políticas,
sociais e econômicas bem desenvolvidas. Israel já era uma nação em todos os
sentidos, faltando apenas a oficialização
do Estado. Naquele mesmo dia foi proclamado o Estado de Israel, de acordo com o
plano de partilha da ONU (Organização das Nações Unidas) de 1947.
Apenas onze minutos após essa proclamação, o
presidente dos Estados Unidos, Harry S. Truman, reconheceu a legitimidade do
Estado de Israel, o que marcou o início de uma profunda amizade e respeito
mútuo, baseados em valores democráticos comuns, decorrentes de sistemas
políticos e jurídicos firmemente apoiados nas tradições liberais. O
relacionamento entre eles é tão bom que, às vezes, eles “concordam em
discordar”. Em um único dia, 14 de maio de 1948, Israel se tornou independente
da Grã-Bretanha, teve o seu Estado proclamado e firmou uma amizade com a maior
potência mundial.
No dia seguinte, surgiram enormes dificuldades. Aliás,
menos de 24 horas após a proclamação do Estado de Israel, os exércitos
regulares de Egito, Jordânia, Síria, Líbano e Iraque já tinham invadido o novo
país, forçando Israel a defender a soberania que acabara de conquistar. Essa,
que ficou conhecida como a Guerra da Independência, foi vencida por Israel,
após quinze meses de batalha, entre maio de 1948 e julho de 1949. Ela ceifou a
vida de seis mil israelenses (quase 1% da população). Ainda durante esse
período, os israelenses obtiveram uma grande vitória no âmbito político: em 11
de maio de 1949, o Estado de Israel se tornou o 59º membro das Nações Unidas.
Em 1960, um dos principais organizadores do programa de extermínio
nazista durante a Segunda Guerra Mundial, Adolfo Eichmann, foi levado para
Israel a fim de ser julgado segundo a legislação israelense de punição aos
nazistas e seus colaboradores, criada em 1950. Eichmann, considerado culpado de
crimes contra a humanidade e o povo judeu, foi condenado à morte e enforcado em
30 de maio de 1962. Essa foi a única vez em que a pena de morte foi aplicada
sob a lei israelense.
Cinco anos mais tarde ocorreu a Guerra dos Seis Dias. Em
maio (novamente em maio) de 1967, o Egito novamente deslocou um grande número
de tropas para o deserto do Sinai, ordenando que as forças de manutenção de paz
da ONU se retirassem da Palestina.
Israel, então, invocando seu direito inerente de autodefesa, obteve grande
vitória, após seis dias de combate.
Em maio de 1994, com o objetivo de por termo ao conflito
israelo-palestino e, pelo menos, minimizar o conflito árabe-israelense, Israel
e a então OLP (Organização para Libertação da Palestina) deram um importante
passo. Israelenses e palestinos, que tinham assinado em Washigton D.C., nos
Estados Unidos, uma Declaração de Princípios, começaram a conversar, visando ao
estabelecimento de um autogoverno na Faixa de Gaza e na área de Jericó. A
última etapa das negociações entre eles se iniciaram, de acordo com o que
estava previsto, em maio de 1996. Nesses mesmos mês e ano, Israel abriu
escritórios de representação comercial em Oman e no Qatar.
Durante os oito anos de obamismo, houve poucos avanços no
fortalecimento da relação israelo-estadunidense, que beneficia a ambos os
países. Por quê? Porque o cristão (cristão?) Barack Obama ignorou-a, preferindo
cumprir a agenda progressista, contrária à cosmovisão judaico-cristã, das
Organizações Unidas e da União Europeia. Estas, como todos sabem, têm desprezado
israelenses e cristãos, e isto é uma das razões pelas quais o terrorismo tem
crescido em todo o mundo.
Quanto a Trump, trata-se de um presidente inteligente e
temente a Deus. Ele tem sido perseguido pela grande mídia esquerdista porque,
na medida do possível, tem se mostrado um líder conservador, inimigo do
terrorismo islâmico e da imigração ilegal. Ao mesmo tempo, ele busca pacificar
o mundo, como tem demonstrado em sua primeira viagem ao estrangeiro.
O ódio de muitos jornalistas progressistas,
evangelicofóbicos, contra Trump, ademais, é grande porque ele tem dado um basta
ao preconceito contra o evangelicalismo em todo o país. Ora, os Estados Unidos
são cristãos em sua origem! Mas, como mostra muito bem o filme God's not Dead 2 (por trás do qual estão muitos apologistas, como Rice
Broocks e Gary Habermas), as autoridades estadunidenses, estimuladas pela
política de Obama (que evitava dizer um simples Merry Christmas), vinham intensificando as perseguições contra os pastores.
Finalmente, aproveito este mês de maio para parabenizar,
mais uma vez, a todo o povo israelense pelo aniversário de 69 anos de
proclamação do Estado de Israel. E finalizo este texto citando um trecho
veterotestamentário das Escrituras Sagradas: “Rogai ao Eterno pela paz em
Jerusalém! Prosperem os que te amam, ó Jerusalém! Haja paz em teus baluartes e
segurança em teus palácios. Por amor a meus irmãos e companheiros, rogarei por
Tua paz. Por amor à Casa do Eterno, nosso Deus, buscarei sempre o Teu bem" (Bíblia Hebraica, Editora Sêfer, Salmo 122).
Ciro Sanches Zibordi
Ciro Sanches Zibordi
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