quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

LIÇÃO 4: ALEGRIA, O FRUTO DO ESPÍRITO; INVEJA, HÁBITO DA VELHA NATUREZA



SUBSÍDIO I

Prezado professor, já estudamos a respeito do que são as obras da carne e o fruto do Espírito, o propósito do fruto do Espírito e o perigo das obras da carne. A partir da lição do próximo domingo, estudaremos de modo mais específico um aspecto do fruto do Espírito em oposição as obras da carne.
Na lição do dia 22 temos duas palavras-chave: alegria e inveja. É importante que você e seus alunos conheçam a definição destes vocábulos para que tenham uma compreensão melhor da lição. No hebraico a palavra alegria é sãmah e segundo o dicionário Vine1, significa uma emoção espontânea ou felicidade extrema. No grego a palavra é euphrainõ e significa estar feliz, regozijar-se, tornar-se alegre. É importante ressaltar que esta felicidade não é uma emoção passageira, resultado de um aumento de salário, uma premiação, a compra da casa própria, a posse de bens materiais ou do uso de alguma medicação. Essa alegria é produzida pelo Espírito Santo em nosso interior e vem diretamente de Deus, pois somente Ele é a fonte e a origem do verdadeiro contentamento. Vivemos em uma sociedade materialista e consumista, onde as pessoas associam alegria e bem-estar a compra de bens. Quando não se é possível (em tempos de crise econômica) comprar ou esse ato já não proporciona “felicidade”, muitos partem para o uso (indevido) dos remédios. Na década de 80 surgiu um medicamento chamado “prozac”. Ele foi considerado a pílula da felicidade. Logo depois veio à “fluoxetina” com a promessa de ajudar as pessoas a se sentirem alegres e motivadas. Sabemos que algumas pessoas, em especial as que sofrem de depressão, até precisam fazer uso desse tipo de medicação, mas não podemos nos deixar enganar: droga alguma é capaz de nos fazer realmente felizes. Nossa alegria vem de dentro para fora e é resultado da nossa comunhão com Deus, mediante a sua infinita graça. Jesus declarou que no mundo teríamos aflições (tristezas) (Jo 16.33), mas Ele também prometeu que daria uma alegria permanente aos súditos do Reino e que essa alegria não seria circunstancial.
O texto utilizado na Leitura Bíblica em Classe da lição (Jo 16.20-24) é parte de um diálogo entre Jesus e seus discípulos. Parece que a fala do Mestre nos versículos 17 e 18 deixam os discípulos confusos. Então, Jesus explica que ao presenciar a sua morte, eles ficariam tristes e desolados enquanto o mundo (os pecadores sobre o engano de Satanás) se alegraria. Mas, a tristeza dos discípulos seria momentânea e iria durar somente até a sua ressurreição, que ocorreu no terceiro dia. Nos versículos 21 e 22 Jesus se utiliza de uma ilustração, bem conhecida de todos, a respeito de dor e alegria para que não houvesse mais dúvidas a respeito do que estava sendo ensinando. Continuando com o diálogo e ensino, nos versículos 23 e 24, o Mestre instrui a respeito do orar em seu nome ao Pai. Os discípulos ainda não tinham ouvido nada a esse respeito, e nem mesmo orado a Deus em nome do Filho. Jesus esclarece que as orações em seu nome seriam ouvidas e atendidas: “tudo o que pedirdes em meu nome”. Contudo, segundo o Comentário Bíblico Pentecostal1, ‘“tudo” não é um cheque em branco. Jesus está exortando-os a pedir o Espírito; é Ele quem trará alegria. Jesus dará o Espírito, e eles o receberão”.
Em oposição à alegria do Espírito, veremos a inveja, ou seja, a tristeza, a dor, diante do sucesso e dos bens que o próximo possui. O invejoso deseja intensamente possuir o que o outro tem. Ele também fica pesaroso diante da felicidade de outrem. Tem pessoas que até choram com a dor do outro, mas se incomodam com a felicidade alheia. Como você se sente diante das conquistas e alegria do próximo?
Atualmente, as redes sociais têm ajudado a disseminar a inveja. Uma pesquisa recente, realizada por uma empresa russa de segurança digital, comprova que as redes sociais não somente aproximam as pessoas, mas também promovem a inveja e a tristeza. Pois, nas redes sociais, todos estão sempre felizes, arrumados, bem vestidos, em lugares especiais, etc. Os “amigos” virtuais, ainda que inconscientemente, ao verem as imagens passam a acreditar que suas vidas são ruins e querem ter o que o outro tem (cobiça, inveja). É claro que ninguém vai postar fotos limpando a casa, chorando, deprimido, ou seja, suas lutas e dores, o que passa a ideia de que vidas dos outros é o que diríamos “um mar de rosas”. Também tem aqueles que gostam de ostentar, exibir seus bens, pois segundo eles gera prestigio e mais ascensão social, porém essas pessoas estão de alguma forma contribuindo para o aumento da cobiça e da inveja. Por isso, temos visto tantas pessoas emocionalmente e espiritualmente doentes.
A Palavra de Deus recomenda que sejamos cheios do Espírito Santo para que não venhamos dar lugar as obras da carne (Gl 5.16). Sabemos que a inveja procede da nossa velha natureza pecaminosa. Precisamos nos encher constantemente do Espírito Santo para que possamos ter uma vida santa e justa, livre do pecado. Deus nos chamou para uma vida de santidade e pureza, por isso cuidado com o grave pecado que não deveria jamais encontrar lugar no coração dos crentes: a inveja. A Bíblia declara que os que cometem tais coisas, se não se arrependerem, “não herdarão o Reino de Deus” (Gl 5.21).

SUGESTÃO DIDÁTICA:
Faça no quadro o esquema abaixo. Utilize-o para mostrar o que é a verdadeira alegria e a sua origem. Discuta com os alunos os tópicos.
 1. Salvação
 2. Atos poderosos de Deus.
 3. Espírito Santo. 
 4. A presença de Deus.
 5. A bênção de Deus.
Dicionário Vine: O significado exegético e expositivo das palavras do Antigo e do Novo Testamento. 14.ed.Rio de Janeiro: 2011, pp. 33, 385
2 Comentário Bíblico Pentecostal. Vol I. 4.ed. Rio de Janeiro: CPAD, p. 591.
  Por Telma Bueno

SUBSÍDIO II

INTRODUÇÃO

Uma das principais buscas da humanidade é a felicidade, os gurus da contemporaneidade a vendem, em seus frascos vencidos. Na lição de hoje aprenderemos que o Senhor nos garante alegria, que não deve ser confundida com aquela, que costuma depender das circunstâncias. Veremos que no contexto da modernidade é improvável que se possa ser feliz, sobretudo porque o sentimento de inveja corrói qualquer possibilidade de satisfação. Por isso, no final da lição, ressaltaremos que somente poderemos viver alegre trilharmos o caminho do contentamento.

1. CONTRA A INVEJA CARNAL

A inveja, na teologia paulina, é uma obra da carne que caracteriza o mundo pagão, distanciado de Deus (Rm. 1.29). A palavra grega é phtonos, e esta ocorre inclusive no contexto religioso, pois não poucos os que pregam a Cristo por inveja (Fp. 1.15), a fim de tirarem proveito do evangelho. Há outra palavra grega com a mesma perspectiva, trata-se de zelos que tanto tem uma conotação positiva quanto negativa. Em relação a esse último diz respeito à inveja que destrói os relacionamentos. A esse respeito Elifaz declara a Jó que “a ira do louco o destrói, e a inveja do tolo o mata” (Jó. 5.2). Nas epístolas paulinas, de maneira negativa, está relacionado aos ciúmes carnais (I Co. 3.3). Essa mesma palavra aparece em Gl. 5.20, e pode muito bem ser traduzida na contemporaneidade por ressentimento, ou em percepção mais psicanalítica, como recalque. Isso porque o que caracteriza essa inveja é o sentimento de amargura, fundamentado na irrealização, principalmente do desejo contido (Tg. 3.14-16). Esse sentimento pode ser difundido no meio eclesiástico, quando as pessoas ressentidas prejudicam os outros, a fim de se sobressaírem. Paulo mostrou esse sentimento doentio quando se tornou cúmplice ao perseguir os cristãos (Fp. 3.6). Os judaizantes agiram do mesmo modo quando quiseram justificar suas práticas legalistas (Rm. 10.1-3). Com base nesse ciúme invejoso, o Sumo Sacerdote decidiu decretar a prisão dos apóstolos (At. 5.17-18). Essa é uma obra bastante comum em igrejas carnais, que pode ser exemplificada pela de Corinto nos tempos de Paulo (I Co. 3.3). A expectativa do Apóstolo, em II Co. 12.12, era a de não encontrar mais esse tipo de pecado na igreja. Isso somente se torna possível na medida em que cultivamos o fruto do Espírito, desenvolvendo uma vida alegre no Espírito.

2. A ALEGRIA QUE VEM DO SENHOR

A alegria, que é uma virtude do fruto do Espírito, não pode ser confundida com felicidade. Deus não nos chamou para sermos felizes, mas para viver alegres. Essa alegria não depende das circunstâncias, está fundamentada no Senhor. A palavra grega para essa alegria é chara, que está associada a charis, que é a graça de Deus. A fonte dessa alegria, portanto, é o próprio Deus, pois dEle ela procede (Fp. 4.4). Paulo se referiu várias vezes a essa chara em sua Epístola aos Filipenses, que por sinal é considerada a Carta da Alegria (Fp. 4.11,12). Essa é produzida pelo Espírito Santo na vida do crente (I Ts. 1.6), por isso é um gozo inefável e glorioso (I Pe. 1.8). Essa alegria está fundamentada na salvação que recebemos gratuitamente de Deus (Lc. 2.10,11). O simples fato de estamos na presença de Deus é fonte de alegria (Sl. 16.11), fazendo com que estejamos sempre alegres (Sl. 126.3). Mesmo diante das tribulações, não desvanecemos, pois temos esperança na redenção que se aproxima (Rm. 12.12). Nos alegramos até mesmo no fato de sermos participantes das aflições de Cristo (I Pe. 4.13). Sabemos inclusive que as aflições do tempo presente não se comparam com a glória que em nós há de ser revelada (Rm. 8.18). Mas essa alegria deve ser concretizada em ações, e uma delas é o ato de dar (At. 20.35; II Co. 9.7,10). Enquanto o mundo desanima, especialmente diante das adversidades, o crente se regozija no Senhor. Por causa dessa alegria espiritual seu rosto está sempre radiante (Pv. 15.13). Independentemente das circunstâncias, aquele cuja confiança está em Deus tem sempre um cântico nos lábios (Sl. 149.1-5). É essa alegria que dar força para o fiel seguir adiante, mesmo que as situações não sejam favoráveis (Ne. 8.10).

3. CULTIVE O CONTENTAMENTO

Os cristãos precisam fugir desse modelo mundano, que alimenta a ganância, e naturaliza a inveja. Para tanto devem saber que “é grande ganho a piedade com contentamento” (I Tm. 6.6). Por isso, devemos aprender a cultivar a satisfação, saber distinguir o que é necessário do supérfluo. De modo que, conforme instrui o autor da Epístola aos Hebreus, nossos costumes devem ser sem avareza, contentando-nos com o que temos (Hb. 13.5). Essa é uma prática que se concretiza ao longo da experiência com Deus, cultivando o fruto do Espírito, aprendendo a ser dependente, sabendo que Ele provê “o pão nosso de cada dia” (Mt. 6.11). Na escola de Cristo, aprendemos, como fez Paulo, a estar contente com o que se tem, saber estar abatido pela privação, e se for o caso, a ter em abundância (Fp. 4.11-13). Por deixarem de cultivar essa virtude do Espírito, muitos cristãos estão dobrados diante de Mamom (Mt. 6.24). Ao invés de investir neste mundo tenebroso, cuja riqueza perece e causa ansiedade (Mt. 6.19-21), busquemos primeiro o Reino de Deus, e o necessário nos será dado (Mt. 6. 33). O texto, no seu devido contexto, nos diz que “estas coisas”, isto é, alimentação e vestimenta, não “todas as coisas”, como apregoa a teologia da ganância. Tenhamos cuidado para não dar primazia ao dinheiro em nossas vidas, pois a esse respeito alertou o Apóstolo que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males (I Tm. 6.10). Uma vida cristã sadia não está pautada na inveja, na insatisfação defendida pela sociedade, mas na alegria que vem do Senhor, reconhecendo que Ele nos dá muito mais do que merecemos. 

CONCLUSÃO

A inveja é um sentimento adoecedor, que gera rivalidades e prejudica os relacionamentos (Pv. 14.30). Existem várias pessoas enfermas, inclusive no contexto eclesiástico, que não conseguem encontrar satisfação. A fim de nos opor a esse sentimento degenerador, devemos cultivar a alegria do Senhor, que é fonte de grande contentamento. A piedade deve ser o “capital” espiritual que devemos desejar, e buscar viver mais para os outros, e menos para nós mesmos. Somente assim desfrutaremos da alegria que vem do Senhor, e nos dar força para seguir adiante (Ne. 8.10).


Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
Extraído do Blog subsidioebd

COMENTÁRIO E SUBSÍDIO III

INTRODUÇÃO

Na lição de hoje, estudaremos a alegria, como fruto do Espírito, e a inveja, como obra da carne. Veremos que a alegria que sentimos, e que é resultado do fruto do Espírito, não depende das circunstâncias. Mesmo enfrentando dificuldades e tribulações, podemos ter alegria em nosso coração. Estudaremos também a respeito da inveja, um sentimento terrível que faz parte da natureza adâmica. Veremos que tal sentimento não agrada a Deus e prejudica o próximo. [Comentário: Quando vivemos a vida cristã plenamente, somos alegres e felizes a despeito das circunstâncias. A alegria é marca de uma vida santa, real, verdadeira! Fomos eleitos na santificação do Espírito (1Pe 1.2). O santo é uma pessoa normal que vive o padrão de vida do reino de Deus. Jesus deixou claro que o verdadeiro motivo da alegria não é o sucesso naquilo que fazemos, mas o fato de os nossos nomes estarem escritos nos céus (Lc 10.17-20). Davi fala da alegria da salvação (Sl 51.11). Houve grande alegria na casa do carcereiro de Filipos quando todos experimentaram a salvação pela fé no Senhor Jesus (At 16.30-34). Interessante este contraste entre a alegria que o Espírito Santo concede ao crente e a inveja. Sem Cristo estamos mortos em nossos delitos e pecados (Ef 2.1). Onde há morte não pode haver alegria! Mas, pela graça, passamos da morte para a vida pela fé em Jesus (Jo 5.24; Ef 2.4-5). Quando cremos em Jesus como Salvador e nos submetemos a ele como Senhor, recebemos o dom do Espírito. Exultamos de alegria no Espírito porque não há bem maior do que a salvação. Logo, devemos entender que, no coração de um regenerado não há espaço para a inveja, algo que só é produzido por aqueles que ainda estão mortos em seus delitos e pecados (Ef 2.1).] Dito isto, vamos pensar maduramente a fé cristã?


I. FÉ PARA SUBIR O MONTE DO SACRIFÍCIO

1. A alegria do Senhor. A alegria, como fruto do Espírito, não está relacionada às circunstâncias e não depende dos bens materiais. No texto de João 16.20-24, Jesus afirma que daria uma alegria permanente para os seus servos de maneira que nada, nesse mundo, conseguiria tirá-la, nem mesmo a morte. A alegria do Espírito é um estado de graça e de bem-estar espiritual que resulta da comunhão com Deus. Quem tem a alegria do Espírito não tem espaço para o desânimo, a melancolia e a inveja. Deus deseja que todos os seus servos sejam cheios de alegria, “pois a alegria do Senhor é a nossa força” (Ne 8.10). Zacarias profetizou acerca da entrada triunfal de Jesus, em Jerusalém, dizendo que tal ato traria alegria (Zc 9.9); Paulo incitava os crentes a serem alegres em todo o tempo (Fp 4.4) e o salmista incentiva o povo a servir a Deus com alegria (Sl 100.2). A maior alegria do crente está no fato de que seu nome já foi escrito no Livro da Vida e que Jesus em breve voltará. [Comentário: A Bíblia afirma que a alegria é fruto do Espírito Santo (Gl 5.22). Jesus não quer discípulos medíocres, mas discípulos que produzam muito fruto (Jo 15.8). Paulo ensina que, quando desfrutamos da característica desse fruto, representada no grego pela palavra “χαρά” “chara”, ou seja, gozo, passamos a sentir uma maravilhosa sensação de alegria e felicidade por todas as coisas que recebemos de Deus pela Sua infinita graça (Ef 2.8-9). Logicamente viver neste mundo não é nada fácil e não somos alienados para negarmos isso. Nestes dias toda sorte de notícias chega até nós de maneira inesperada. A surpresa provocada por tais notícias são, em muitos casos, a causa de um profundo sentimento de tristeza (Jo 16.33). A cada dia fica mais claro que estamos próximos da vinda de Jesus (Ap 22.20), porém sabemos que enquanto isto não ocorre teremos que ser sustentados pelo poder do Espírito Santo, que nos permite viver alegres em meio às tribulações. Esta alegria é incondicional, não depende de situações, ela é sobrenatural e incompreensível aos não regenerados. No contexto de Atos 13.52, eram tempos de perseguição intensa, as pessoas estavam sendo presas, Tiago já havia sido degolado por ser servo do Senhor Jesus (At 12), eles estavam perdendo tudo o que tinham, a pressão aumentando até fora das terras de Israel contra o povo de Deus e mesmo assim, os discípulos se encontravam na condição de transbordantes de alegria e do Espírito Santo. O gozo produzido pelo amadurecimento do fruto do Espírito Santo nos garantirá mais momentos de felicidade do que possa tentar nos entristecer Satanás, através de notícias e informações apelativas. Sigamos firmes, não olhando nem para a direita nem para a esquerda (Tg 1.2).]

2. A fonte da nossa alegria. Deus é a fonte da nossa alegria e de todas as dádivas que recebemos (Tg 1.17). O melhor presente que o Senhor já nos concedeu foi à vinda de Jesus a este mundo e o seu sacrifício, na cruz, para perdão dos nossos pecados (Jo 3.16). Talvez você esteja enfrentando uma situação difícil e, por isso, está com o seu coração triste e pesaroso. Mas creia que o Deus que não poupou o seu próprio Filho dará a você todas as coisas que necessita para sua completa alegria no Espírito Santo (Rm 8.32). Os irmãos do primeiro século, mesmo sofrendo, alegravam-se em Deus, e essa alegria deu-lhes forças para enfrentar toda a sorte de perseguição. Paulo e Silas, depois de serem açoitados e presos, cantavam hinos de louvor a Deus, mostrando que não estavam tristes ou amargurados pelo sofrimento (At 16.24,25). [Comentário: O fruto da alegria é manifestado mediante a ação do Espírito no interior do crente e independe das circunstâncias. Quando Deus é o manancial de nossa alegria, nada consegue reduzi-la! É uma satisfação perene e abundante, uma vez que se origina nEle.
A seguir, consideraremos algumas fontes de alegria espiritual.
1. A salvação. No momento em que uma pessoa recebe o perdão de seus pecados, é como se o peso do mundo inteiro lhe fosse tirado dos ombros. Jesus, ao entrar em nosso coração, traz alegria inefável. Maria se alegrou ao ser escolhida como instrumento de Deus para Cristo vir ao mundo (Lc 1.46-49). O próprio nascimento do Salvador foi motivo de celebração (Lc 2.10-14). Em muitos salmos, Davi expressou alegria por sua salvação (Sl 13.5; 31.7; 32.11; 35.9).
2. Os atos poderosos de Deus. Ao longo do Antigo Testamento, observamos o Todo-Poderoso agindo em pessoas que o amavam e o serviam. Deus atuou em nosso benefício, ao preservar a nação de Israel, na qual nasceria o Messias, e ao entregar o seu único Filho como remissão por nossos pecados. Ele operou grandes maravilhas no passado e ainda hoje, pelo poder do Espírito Santo, convence o homem do pecado, leva-o ao arrependimento, honra a pregação da sua Palavra, batiza com o Espírito Santo, supre as necessidades, cura as enfermidades etc. Tudo isso alegra sobremaneira nosso coração.
3. O Espírito Santo. A alegria é produto do Espírito Santo, cuja morada é o interior do crente. Faz parte da própria natureza do Espírito! Esta virtude era característica dos crentes da igreja primitiva. Por quê? Em razão de serem cheios do Espírito. Eles poderiam sentir-se desanimados, ou amedrontados, ou solitários. No entanto, haviam aprendido que, em qualquer situação, a alegria proveniente do Espírito tornava-se em fonte de força, ajudando-os a transpor as adversidades.
4. A Presença de Deus. O próprio Deus é a fonte de toda a alegria (Lc 1.47; Fp 4.4). Na presença do Senhor encontramos esta gloriosa virtude (Sl 16.11). Em João 20.20, lemos que os discípulos alegraram-se ao verem o Senhor. Ir à casa do Senhor é motivo de alegria (Sl 122.1).
5. A bênção de Deus. A bênção de Deus resulta em alegria (Sl 126.3). Confiar em Deus traz contentamento, porque conscientizamo-nos de sua suficiência para suprir todas as nossas necessidades (Fp 4.19). Além disso, alegramo-nos ao vermos nossos irmãos serem abençoados (1Ts 3.9). Lições Bíblicas CPAD Jovens e Adultos 1º Trimestre de 2005 Título: O Fruto do Espírito — A plenitude de Cristo na vida do crente Comentarista: Antonio Gilberto Lição 4: Alegria: O fruto da graça Data: 23 de Janeiro de 2005]

3. A bênção da alegria. Diante dos embates e conflitos da vida, o crente em Jesus Cristo não perde a paz nem a alegria, pois o seu regozijo vem da comunhão com o Pai. Essa comunhão é estabelecida mediante a oração, a leitura da Palavra e o jejum. O crente vive por fé e não por circunstâncias. O profeta Habacuque declarou que ainda que não houvesse provisão, ele se alegraria no Senhor e o exaltaria (Hb 3.17,18). Pertencer ao Senhor e receber da sua alegria é um grande privilégio que nos leva a exaltar e adorar ao Senhor em todo o tempo. [Comentário: Os crentes cheios do Espírito Santo transbordam de alegria mesmo quando enfrentam perseguições (At 13.48-52). Cada crente deve buscar essa plenitude do Espírito; cada célula deve ser cheia do Espírito; a igreja toda deve transbordar de alegria no Espírito Santo em suas celebrações! Deus quer que a água da vida jorre do interior de cada crente e da comunhão dos crentes (Jo 4.14; 7.37-39) no corpo de Cristo para que os famintos e sedentos do mundo sejam saciados. A alegria, como fruto do Espírito, não depende das circunstâncias exteriores. Ela permanece até nas dificuldades, porque é desenvolvida no interior do crente pelo Espírito Santo. Isto foi reconhecido por Paulo ao escrever aos tessalonicenses (1Ts 1.6). Esta virtude é infinitamente melhor que a felicidade oferecida pelo mundo, é o que apóstolo Pedro chamou de “gozo inefável e glorioso” (1Pe 1.8); está à parte de todos os níveis de contentamento puramente humanos. É resultado da fé em Deus (Rm 15.13).]

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“O fruto do Espírito é a obra espontânea do Espírito Santo em nós. O Espírito produz esses traços de caráter que são encontrados em Cristo, e que são o resultado do controle de Cristo — não podemos obtê-los tentando consegui-los sem a Sua ajuda. Se quisermos que o fruto do Espírito cresça em nós, devemos unir a nossa vida à dEle (veja Jo 15.4,5). Devemos conhecê-lO, amá-lO, lembrá-lO e imitá-lO. Como resultado, cumpriremos o propósito da lei — amar a Deus e aos homens. Quais dessas qualidades você quer que o Espírito produza em você?” (Manual da Bíblia de Aplicação Pessoal. RJ: CPAD, 2013, p.41,42).

II. A INVEJA, O DESGOSTO PELA FELICIDADE ALHEIA

1. Definição. Segundo o Dicionário Bíblico Wycliffe “a palavra grega phthonos, que designa inveja” é utilizada em todo o Novo Testamento. A inveja é uma dor intensa (interior), diante do sucesso do próximo. Dor diante daquilo que é bom para o outro, por isso, Provérbios 14.30 diz que “a inveja é a podridão dos ossos”. O invejoso se amargura e adoece emocionalmente pelo fato de ele não ter o que a outra pessoa tem. A inveja faz com que as pessoas se utilizem de atitudes mesquinhas e malévolas para prejudicar o outro. Definitivamente, a inveja é um sentimento negativo que pertence à natureza adâmica. Esse sentimento perverso tem a sua origem em Satanás, pois ele tentou ser semelhante a Deus (Is 14.12-20). [Comentário: A Enciclopédia livre Wikpédia define assim: “Inveja ou invídia, é um sentimento de angústia, ou mesmo raiva, perante o que o outro tem e a própria pessoa não tem. Este sentimento gera o desejo de ter exatamente o que a outra pessoa tem (pode ser tanto coisas materiais como qualidades inerentes ao ser). A inveja pode ser definida como o sentimento de frustração e rancor gerado perante uma vontade não realizada de possuir os atributos ou qualidades de um outro ser, pois aquele que deseja tais virtudes é incapaz de alcançá-la, seja pela incompetência e limitação física, seja pela intelectual. Além disso, pode ser considerada um sintoma em certos transtornos de personalidade, como na Síndrome de Borderline, no Transtorno de Personalidade Passivo-Agressiva e no Transtorno de Personalidade Narcisista” https://pt.wikipedia.org/wiki/Inveja. Curiosamente, Napoleão Bonaparte costumava afirmar que "a inveja é um atestado de inferioridade". Esso tipo de inveja é um pecado e não é uma característica de um Cristão – isso só mostra que ainda estamos sendo controlados pelos nossos próprios desejos (1Co 3.3). Gálatas 5.26 diz: “Não sejamos cobiçosos de vanglórias, irritando-nos uns aos outros, invejando-nos uns aos outros”.]

2. Inveja, fruto da velha natureza. Aprendemos em Gálatas 5.21 que a inveja é obra da carne. Uma pessoa dominada pela carne não mede esforços para degradar as qualidades boas existentes em outras pessoas. Infelizmente, muitos crentes ainda se deixam dominar por esse sentimento e acabam prejudicando a Igreja do Senhor e impedindo até que algumas pessoas se convertam. Que o Senhor livre os nossos corações dessa motivação perversa. [Comentário: Tiago 3.15 diz: “Mas, se tendes amarga inveja, e sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade. Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica”. O cristão verdadeiro não se deixa levar pela inveja e não age com maldade. A inveja não deve ser confundida da com a cobiça. São dois sentimentos negativos, que no decorrer do tempo passaram a ser confundidos. No Antigo Testamento, a palavra traduzida na Versão Almeida Revista e Corrigida por “inveja” é a palavra “qana’” (קנא), com sua derivada “q’inah” (קנאח), cujo significado é o mesmo do português, ainda que também tenha um componente de “zelo” e de “ciúme”, um “ardor que causa ira”. No Novo Testamento, são duas as palavras traduzidas na Versão Almeida Revista e Corrigida por “inveja”. A primeira é “phthonos” (φθόνος), como se vê em Mt.27:18; Mc.15:10; Rm.1:29; Fp.1:15; Tt.3:3. A segunda é “zelos” (ζήλος), como se vê em At.5:17; 7:9; 13:45; 17:5; Rm.13:13; I Co.3:3; Tg.3:14,16. Em Mc.7:22, a palavra “inveja” é tradução do grego “poneros ophthalmos” (πονηρος όφθαλμός), que, literalmente, é “mau olhar”. Aqui, também, vemos as duas ideias presentes no vocábulo hebraico, ou seja, o de um “ciúme, um ardor que causa ira”, como também o de um “mau olhar”. A inveja pode ser definida como uma vontade frustrada de possuir os atributos ou qualidades de um outro ser, pois aquele que deseja tais virtudes é incapaz de alcançá-la, seja pela incompetência e limitação física, seja pela intelectualhttp://auxilioebd.blogspot.com.br/2012/09/licao-11-inveja-um-grave-pecado_8003.html. No Éden, a serpente despertou em Eva o desejo de ser como Deus (Gn 3.1-5). Porém, em vez de “ter os olhos abertos”, como havia afirmado Satanás ao tentar a mulher, na verdade, o pecado fez com que a mente do ser humano fosse entenebrecida, que ele fosse cego pelo príncipe deste mundo (2Co 4.4), de tal maneira que o homem, no pecado, passou apenas a enxergar a si próprio, a querer apenas o seu imediato bem-estar, numa cegueira tal que não o fez perceber que, neste individualismo, neste egoísmo, não só não estaria levando em conta o próximo, mas, o que é mais grave ainda, estaria contribuindo para a sua própria destruição, visto que, numa ação egoística, ninguém é favorecido, nem mesmo aquele que age desta forma.]

3. Os efeitos da inveja. A inveja jamais trará bons resultados, pois é nociva e destruidora. Esse sentimento leva as pessoas a cometerem toda a sorte de maldade. Tomemos como exemplo os irmãos de José. Foi por inveja que eles o venderam como escravo aos mercadores (Gn 37.28). Alguns dos conflitos existentes entre Raquel e Lia também surgiram por causa da inveja de Raquel (Gn 30.1). A inveja que Saul passou a alimentar em relação a Davi levou-o a adoecer mental e espiritualmente (1Sm 18.7,8). Fez também com que ele perseguisse e desejasse matar a Davi (1Sm 18.10,11). Quantos não estão sendo também perseguidos e até “mortos” pela inveja. Ela separa os irmãos, destrói as famílias e igrejas. Em o Novo Testamento, vemos que o Filho de Deus foi preso e levado a Pilatos por inveja dos sacerdotes (Mt 27.18). Paulo alertou a Timóteo e a Tito a respeito desse sentimento nefasto (1Tm 6.4; Tt 3.3). A inveja é obra da carne e somente encontra guarida nos corações daqueles que ainda são dominados pela velha natureza e não pelo Espírito Santo. [Comentário: A Inveja se trata de um pecado que dá origem a outros pecados. Existem pecados que, por sua própria natureza, levam as pessoas a cometer outros pecados. Por isso, a inveja é tratada como um “pecado capital” ou “pecado grave”, ou seja, nunca vem sozinha, traz consigo outros pecados. É, por isso, aliás, que o salmista afirma que “um abismo chama outro abismo” (Sl 42.17). A primeira vez que as Escrituras se referem a esse sentimento quando Caim teve o seu semblante caído e se irou porque seu sacrifício não foi aceito mas, sim, o de seu irmão Abel (Gn 4.5,6). Ele se entristeceu não foi pela não aceitação por parte de Deus de sua oferta, mas foi pelo fato de que seu irmão obteve sucesso perante Deus. O sucesso de Abel despertou amarga inveja em Caim, em consequência, este matou seu irmão (Gn 4.8); nesse caso, a inveja levou à prática do homicídio. Na primeira ocorrência do termo “inveja” na Versão ARC, em Gn 30.1, quando Raquel nutriu inveja por sua irmã Leia, que engravidou e deu filhos a Jacó, enquanto ela possuía a madre estéril. Neste caso, a inveja levou Raquel a murmurar e a se revoltar contra Deus (Gn 30.2). Não obstante a murmuração e revolta, Raquel ofereceu sua serva Bila para que deitasse com Jacó e concebesse filhos, dessa forma, nasceu Dã, de quem surgiria a apostasia no meio do povo de Israel (Gn 49.16-18; Jz 8). “O coração em paz dá vida ao corpo, mas a inveja apodrece os ossos” (Pv 14.30). O “coração em paz” é o mesmo que a alma livre, tratada, curada. Nada mais saudável para o corpo do que uma alma livre de qualquer ferida. Observe o nível de enfermidade que a inveja projeta: podridão nos ossos. Ou seja, uma pessoa dominada pela inveja tem sua vida totalmente transtornada – inclusive sua saúde física. Não é a toa que a Bíblia descreve que no exato momento quando a inveja dominou a alma de Caim, o rosto dele mudou (Gn 4.5). Apenas o Espírito Santo pode exercer Sua Obra no crente. É Ele que nos convence do pecado, inclusive da inveja (Jo 16.8; 1Jo 4.4); O crente deve alimentar-se com a Palavra de Deus, deve ter seu momento devocional (Sl 119.9); Deve lembrar-se da cruz de Cristo, ela implica em abrir mão de coisas difíceis, ainda que sejam desejos, sentimentos ou ainda bens materiais que possam ocupar o lugar que pertence a Deus (Lc 9.23); Se formos adoradores fieis a Deus, firmados em seu Templo, fecharemos a porta para a infidelidade, e para diversas malignidades (At 5.1-5) http://auxilioebd.blogspot.com.br/2012/09/licao-11-inveja-um-grave-pecado_8003.html.]

SUBSÍDIO DIDÁTICO

“Cobiçar é desejar a propriedade de outras pessoas. Não devemos fixar nossos desejos em nada que pertença a outra pessoa. Não apenas esses desejos nos fariam infelizes, como também pode nos levar a cometer outros pecados, como adultério e roubo. Invejar os outros é um exercício inútil, porque Deus pode propiciar tudo o que realmente necessitamos, mesmo se não nos der sempre tudo o que queremos. Para deixar de cobiçar, precisamos praticar o contentamento com o que temos. O apóstolo Paulo enfatiza a importância do contentamento em Filipenses 4.11. É uma questão de perspectiva. Em vez de pensar no que não temos, devemos agradecer a Deus pelo que Ele nos deu, e nos esforçar para ficar satisfeitos. Afinal, o nosso bem mais importante é gratuito e está disponível a todos — a vida eterna, que só é dada por Cristo” (Manual da Bíblia de Aplicação Pessoal. RJ: CPAD, 2013, p.462).
III. A ALEGRIA DO ESPÍRITO É PARA SER VIVIDA

1. A alegria no viver. Não tenha medo de sorrir e de desfrutar da felicidade que Cristo nos oferece. Não se esqueça de que Jesus veio ao mundo para nos dar vida abundante, mesmo enfrentando tribulações (Jo 10.10). O Senhor Jesus disse que, no mundo, teríamos aflições, mas Ele nos exortou a ter bom ânimo (Jo 16.33). Jesus deseja que tenhamos vitória sobre as aflições e tristezas. [Comentário: Quem tem a Cristo, mesmo em momentos difíceis, experimenta a alegria do Espírito Santo. A alegria do regenerado não está atrelada às coisas passageiras, aos bens materiais, entretenimento e às informações midiáticas que só tentam nos afastar do verdadeiro propósito do Senhor para nossas vidas. O intento do Criador é nos apresentar uma alegria constante e permanente, que só conhece aquele que desenvolve esta característica do fruto do Espírito (At 13,52). A principal característica humana que nos difere dos outros animais é o raciocínio. O homem foi dotado por Deus de entendimento para que pudesse adorar ao Criador de forma racional (Rm 12.2). A razão humana capacita o homem a glorificar a Deus e receber dEle aquilo que for necessário para uma vida plena. Enquanto o homem sem Deus sofre com muitas dores, o servo fiel vive cercado pelas misericórdias do Senhor (Sl 32.10). Tais misericórdias proporcionarão ao justo uma vida de gozo, isto é, alegria e louvores perpétuos ao Todo Poderoso (Sl 32.11). Louvar a Deus é reconhecer de coração as bênçãos que recebemos através de Sua infinita bondade. Logo, ser alegre é uma característica de todo aquele que vive uma vida em Cristo.]

2. Alegria no servir. Servir a Deus e ao próximo é um privilégio, por isso, o fazemos com alegria (Sl 100.2). Muitos querem ser servidos, mas precisamos seguir o exemplo do Mestre. Ele declarou que não veio ao mundo para ser servido, mas para servir (Mc 10.45). Jesus serviu aos seus discípulos, aos pobres e necessitados. Sua alegria e desprendimento para o serviço era resultado da sua comunhão com o Pai. O Todo-Poderoso também se alegrou com as obras do Filho (Mt 3.16,17). [Comentário: Desde que nos tornamos cristãos, fomos também dotados por Deus de uma grande variedade de dons espirituais. Entretanto, graças a essa diversidade e por meio dela, todos podem cooperar para o bem de todos. Seja qual for a espécie de serviço que se deva prestar na igreja, que seja feito de coração com fidelidade pelos que são qualificados por Deus quer seja a profecia, o ensino, a exortação, a administração, as contribuições materiais, a visitação aos enfermos, quer a realização de qualquer outra classe do ministério. Para ilustrar suas palavras, Paulo usa a figura do corpo humano, como já fizera em 1Co 12.12-27. Cada parte do corpo tem sua função característica a desempenhar e contudo, num corpo sadio, todas as partes funcionam harmoniosa e interdependentemente para o bem do corpo todo. Assim deve ser na igreja que é o corpo de Cristohttp://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao7-mii-3tr11-abelezadoservicocristao.htm. O amor, sendo o único contexto em que os dons espirituais podem cumprir o propósito de Deus, deve ser o princípio predominante em todas as manifestações espirituais. Daí, Paulo exortar os coríntios: "Segui a caridade e procurai com zelo os dons espirituais" (14.1). Os crentes devem, com muito zelo, buscar as coisas do Espírito, para que, assim equipados, possam ajudar, consolar e abençoar o próximo neste mundo. Às vezes, ainda que inconscientemente, deixamos de servir o nosso próximo porque de alguma forma não compreendemos que o que estamos fazendo na realidade é feito para o Senhor (Mt 25.35-40). Quando estendemos a mão ao nosso próximo estamos estendendo a mão aquele a quem Deus ama, então precisamos estar dispostos a ser instrumentos de Deus na vida de quem Ele colocar em nosso caminho. Precisamos fazer isso com alegria porque temos o privilégio de ser as mãos, os pés, a boca do Senhor na vida de outra pessoa. A palavra no ensina “E tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor, e não aos homens” (Cl 3.23).]

3. Alegria no contribuir. Você tem entregue seus dízimos e ofertas com alegria? Contribuir para a expansão do Reino de Deus é uma alegria e um privilégio. Paulo ensinou aos coríntios a contribuírem não com tristeza ou por obrigação, mas com alegria, pois Deus ama ao que oferta com contentamento (2Co 9.7). O que agrada ao Pai não é o valor da nossa contribuição, mas a disposição do nosso coração (Lc 21.1-4). Nossas ofertas e dízimos são uma forma de louvor e gratidão a Deus por tudo que Ele fez, tem feito e fará em nosso favor. Não entregue suas ofertas para ser visto pelos homens ou para barganhar com Deus, buscando ser abençoado de alguma forma. Entregue a Deus o seu melhor com alegria, pois você já foi e é abençoado por Deus. O Senhor merece o nosso melhor. [Comentário: Na Bíblia, no livro de Gênesis, está registrada a história de dois irmãos chamados Caim e Abel, ambos fizeram uma oferta a Deus. Caim ofereceu os frutos da terra e Abel ofereceu as primícias do seu rebanho, o Senhor atentou e alegrou-se da oferta de Abel. O que podemos aprender com essa história, já que ambos tentaram servir e agradar ao Senhor? Podemos aprender que toda vez que desejamos servir ou ofertar algo ao Senhor precisamos oferecer o melhor, aquilo que é o primeiro lugar, o mais valioso. Quando procedemos assim estamos declarando com nossa vida que Ele é o primeiro e que o melhor que podemos ter já temos: Ele, o Senhor. Trabalhar para o Senhor não é dar a sobra do seu tempo e sim o melhor do seu tempo, ou seja, as primícias. Essa foi a grande diferença das ofertas de Caim e Abel; Abel ofereceu-lhe o que tinha de melhor e de mais valioso, diferentemente das frutas de Caim. Quando decidimos servi-lo devemos trabalhar com ardor, entusiasmo e alegria assim como servimos em nosso lar e aos nossos familiares. Quando estamos trabalhando para conseguir algo para nossa família nos esforçamos ao máximo e o fazemos com expectativa e alegria. Com esse mesmo ardor, vontade e alegria devemos servir a Deus. Às vezes nos preocupamos com o tipo de serviço que poderemos fazer, mas o que realmente importa é como fazermos o serviço do Senhor. Esteja pronto para servir em qualquer momento, em qualquer lugar, de coração e sem pedir nada em troca. Não existe segredo para servir ao Senhor, basta amá-lo de todo coração e, principalmente, colocar em prática esse amor http://www.ibftonline.com/site/principios-do-servico-cristao-3/.]

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

O contentamento é um dom de Deus

Você está satisfeito, a despeito das circunstâncias que enfrente? Paulo sabia como ficar contente, quer tivesse abundância ou estivesse em necessidade. O segredo era buscar a força e a resistência no poder de Deus. Você tem grandes necessidades ou está descontente porque não tem o que deseja? Aprenda a confiar nas promessas de Deus e no poder de Cristo para ajudar você a ficar satisfeito e contente. Se você sempre quer mais, peça que Deus remova esse desejo e lhe ensine o contentamento em cada circunstância. Ele suprirá todas as suas necessidades, mas de uma maneira que Ele sabe que é melhor para você. [...] Paulo estava contente e satisfeito, porque podia ver a vida do ponto de vista de Deus. Ele se concentrava no que deveria fazer e não no que achava que deveria ter. Paulo tinhas as prioridades corretas e era grato por tudo o que Deus lhe dera. Ele havia se separado do que não era essencial, para que pudesse se concentrar no que é eterno” (Manual da Bíblia de Aplicação Pessoal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2013, pp.163,164).

CONCLUSÃO

Que a alegria, como fruto do Espírito, seja derramada em nossos corações, mesmo enfrentando lutas e tribulações e que jamais venhamos permitir que a inveja tenha lugar em nossos corações. Que amemos a Deus e ao próximo, alegrando-nos com o seu sucesso. [Comentário: Vimos aqui um contraste entre a alegria cristã propiciada pelo Espírito Santo e a inveja, oriunda da velha natureza. O cristão é uma nova criatura, no entanto, ele trava em si uma guerra contínua e naturalmente, poderá haver situações onde aflorem sentimentos como a inveja. Ter inveja indica que não estamos satisfeitos com o que Deus tem nos dados. A Bíblia nos diz que devemos estar satisfeitos com o que temos, pois Deus nunca vai nos deixar ou abandonar (Hb 13.5). Para combater o sentimento de inveja, precisamos nos tornar mais como Jesus e menos como nós mesmos. Podemos fazer isso ao estabelecer um relacionamento pessoal com Deus. Podemos conhecê-lO mais através de estudos bíblicos, oração e de ir à igreja. À medida que aprendemos a servir a outras pessoas ao invés de nós mesmos, nossos corações começam a mudar. “Não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2).] “NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”.


Francisco Barbosa

Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br

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