SUBSÍDIO I
INTRODUÇÃO
A primeira parte do capítulo 3
da Primeira Epístola de Paulo a Timóteo apresenta orientações a respeito do
pastorado e do diaconato. Na aula de hoje estudaremos a respeito desses
ministérios, com vistas à edificação do corpo de Cristo. A princípio, destacaremos
a função do pastorado, que a princípios era delegada aos presbíteros, enquanto
supervisores da obra, e ministradores da palavra. Em seguida, atentaremos para
o ministério dos diáconos, ressaltando, sobretudo, seu chamado para o serviço
cristão.
1. O MINISTÉRIO
PASTORAL-PRESBITERAL-EPISCOPAL
O dom ministerial de pastor é
necessário por diversos motivos, dentre eles, a importância de manter a
decência e ordem no culto, atentando para os elementos litúrgicos da celebração
(I Co. 14.40). Além disso, existem falsas doutrinas que se proliferam,
ameaçando a integridade do evangelho. O pastor tem responsabilidade
apologética, de proteger o rebanho dos falsos mestres, os lobos que querem
devorar as ovelhas (Tt. 1.11; II Pe. 2.1). Mas é no cuidado individual das
ovelhas que o pastor exerce com maior propriedade o seu ministério,
principalmente quando alguma delas se encontra enfermas (Tg. 5.14). É nesse
particular que o ministério de pastor se diferencia dos demais de Ef. 4.11.
Cabe ao pastor a tarefa de dar acompanhamento pessoal às suas ovelhas. Em Jo.
21.15-17 Jesus orienta Pedro em relação à adequação do ministério pastoral. Ele
deveria apascentar primeiramente instruir as ovelhas no caminho, não deixando
de prover alimento apropriado para o crescimento saudável. É triste testemunhar
que nos dias atuais muitos procuram o título de pastor, sem qualquer interesse
nesse importante ministério. A elitização do pastorado tem causado muitos males
à igreja, principalmente depois que se criou a figura dos “pastores-presidentes”.
Ninguém quer mais ser um simples pastor, como foi Jesus, que se sacrificou pelo
rebanho. O dom ministerial de pastor é necessário por diversos motivos, dentre
eles, a importância de manter a decência e ordem no culto, atentando para os
elementos litúrgicos da celebração (I Co. 14.40). Além disso existem falsas
doutrinas que se proliferam, ameaçando a integridade do evangelho. O pastor tem
responsabilidade apologética, de proteger o rebanho dos falsos mestres, os
lobos que querem devorar as ovelhas (Tt. 1.11; II Pe. 2.1). Mas é no cuidado
individual das ovelhas que o pastor exerce com maior propriedade o seu
ministério, principalmente quando alguma delas se encontra enferma (Tg. 5.14).
É nesse particular que o ministério de pastor se diferencia dos demais de Ef.
4.11. Cabe ao pastor a tarefa de dar acompanhamento pessoal às suas ovelhas. Em
Jo. 21.15-17 Jesus orienta Pedro em relação à adequação do ministério pastoral.
Ele deveria apascentar primeiramente instruir as ovelhas no caminho, não deixando
de prover alimento apropriado para o crescimento saudável. É triste testemunhar
que nos dias atuais muitos procuram o título de pastor, sem qualquer interesse
nesse importante ministério. Na verdade, a busca desenfreada por posição
eclesiástica, tem causado muitos danos à igreja institucionalizada. É
imprescindível que o pastor tenha conhecimento da Palavra, pois como irá
doutrinar se não tiver fundamentação bíblica? Não podemos esquecer que toda
Escritura é divinamente inspirada, e é a partir desta que o obreiro está
preparado para toda boa obra (II Tm. 3.16,17). Se quisermos ser obreiros
aprovados por Deus, inclusive no ministério pastoral, devemos manejar bem a
palavra da verdade (II Tm. 2.15). Atualmente há muitas exigências para o ofício
de pastor, mas que não têm respaldo bíblico, não se fundamentam nas
recomendações paulinas (Tt. 1.7-11). Há igrejas que substituíram o modelo
pastoral bíblico pela administração empresarial. Alguns pastores são
reconhecidos não pela capacidade de apascentar, mas pela produtividade
organizacional, pelos lucros que trazem às igrejas. Seguindo o exemplo de Jesus
(Jo.13.1-17), o que mais se espera de um pastor é que esse seja amoroso, que
apascente o rebanho com cuidado (I Pe. 5.1-3).
2. A ATUAÇÃO DOS
DIÁCONOS NA IGREJA
Em sentido específico, o diácono
é um ofício na igreja cristã, referido por Paulo em Fp. 1.1; I Tm.
3.8,12. A esse respeito é preciso fazer a distinção entre o uso amplo do
termo diácono, englobando as mulheres, como o caso de Febe (Rm. 16.1), e o
restrito, relacionado ao oficio eclesiástico (I Tm. 3.8-13). A instituição do
diaconato na igreja aconteceu em virtude do crescimento, demandando atitudes
para sua administração. Os helenistas da igreja argumentavam que as viúvas
gregas estavam sendo preteridas da assistência social (At. 6.1). Para resolver
esse importante negócio os diáconos foram escolhidos, a fim de que os apóstolos
pudessem se dedicar mais à Palavra. Isso quer dizer que eles acumulavam as
atribuições, faziam mais do que podiam. Ministros centralizadores acabam por
arcar com as consequências da liderança insegura. Há pastores que estão
sobrecarregados com tantas responsabilidades, querem suprir todas as carências
da igreja sozinhos, por causa disso comprometem a integridade física e
espiritual. A opção dos apóstolos para a solução desse problema na igreja foi a
escolha de sete homens, a maioria deles helenistas, para cumprir essa função
social. Os apóstolos não tiveram receio de partilhar a organização da igreja
com os cristãos gregos. Entre esses se encontrava Estevão, um diácono que não
se restringiu apenas em servir às mesas. Ele era um diácono cheio do Espírito
Santo e de sabedoria (At. 6.3,10), cheio de fé (At. 6.5) e de poder (At. 6.8).
Os diáconos da igreja, seguindo o exemplo de Estevão, não precisam ficar
restritos ao trabalho social. Eles podem, com ousadia e intrepidez do Espírito,
testemunhar do evangelho de Jesus (At. 1.8). Na seleção dos diáconos para o
serviço na igreja deveriam ser observadas as seguintes qualificações: 1)
respeitável – seu caráter deveria ser digno de imitação, levando suas
atribuições a sério, não podiam apenas ocupar um cargo; 2) de uma só palavra –
não deveria ser dado às conversas fúteis, tratava-se de uma pessoa digna de
confiança; 3) não inclinado ao vinho – naquela região era comum as pessoas se
embriagarem, os diáconos deveriam fugir da bebedeira; 4) não cobiçoso – a
ganância tem conduzido muitos líderes à ruina, os diáconos deveriam se
distanciar dessa prática, tendo em vista que é também da sua responsabilidade
arrecadar as ofertas na igreja; 5) íntegros na doutrina – precisam ser
conhecedores da Palavra de Deus, atentarem para as Escrituras, e sua conduta em
piedade; 6) testado e experimentado – a vida dos candidatos ao diaconato deve ser
provada, quando alguém assume um cargo de liderança sem ser provado pode
decepcionar toda a congregação; 7) exemplo no lar – a esposa do diácono é parte
do seu ministério, sua família deve ser um exemplo de piedade, sua mulher deve
contribuir com o serviço diaconal; e 8) disposição para o trabalho – o
diaconato é mais do que um título eclesiástico, as pessoas que são separadas
para esse trabalho devem exercê-lo na igreja, com disposição e humildade.
CONCLUSÃO
O princípio da liderança
servidora, que tem fundamentação bíblica, precisa ser resgatado em nossas
igrejas. O modelo empresarial de liderança está desgastando muitos obreiros,
alguns deles, ao invés de perceberem o ministério como serviço, estão
procurando apenas status. Nos dias atuais, como nos tempos de Jesus, precisamos
continuar orando para que Deus envie verdadeiros ceifeiros para sua seara (Mt.
9.38), pessoas realmente comprometidas com o Reino de Deus, não apenas com sua
posição eclesiástica.
Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
COMENTÁRIO E
SUBSÍDIO II
INTRODUÇÃO
Paulo dá inicio ao capítulo três da Primeira
Epístola de Timóteo, falando a respeito do trabalho pastoral. Ser pastor não é
abraçar uma profissão, mas um ministério divino cuja função primordial é cuidar
das ovelhas do Senhor. Nenhum pastor tem condições de cuidar do rebanho
sozinho. São necessários ajudantes, por isso, neste mesmo capítulo, o apóstolo
Paulo fala a respeito do diaconato.
Na lição de hoje estudaremos a respeito do
pastorado e do diaconato, duas funções de extrema importância para o
crescimento do Reino de Deus. [Comentário: Strongs NT 1985:
ἐπίσκοπος ἐπίσκοπος, ἐπισκόπου, ὁ (ἐπισκέπτομαι), um supervisor, um homem
incumbido do dever de ver que coisas a serem feitas por outros são feitos com
razão, qualquer curador, tutor, ou superintendente. A palavra tem o mesmo
sentido abrangente nos escritos gregos de Homero Odys. 8, 163; Ilíada 22;
Assim, no Novo Testamento ἐπίσκοπον τῶν ψυχῶν, guardião das almas, aquele que
cuida de seu bem-estar (1Pe 2.25; Hb 13.17), especificamente, o
superintendente, superintendente de cabeça ou de qualquer igreja cristã (At
20.28; Fp 1.1; 1Tm 3.2; Tt 1.7). A palavra "episcopado" significa
pastorado, dado que as palavras gregas "epíscopos", "poimen"
e "presbítero" são de significado idêntico - bispo, pastor,
presbítero ou ancião. Paulo e Barnabé escolheram irmãos em Cristo, os mais
velhos, em cada igreja (At 14.19-23). Paulo orienta Tito a escolher “homens
mais velhos ( presbíteros)” (Tt 1.1-5), para que fossem “supervisores (bispos)”
(Tt 1.5-9). Os “supervisores (bispos)” das passagens bíblicas eram "homens
mais velhos ( presbíteros)", lembrando que a palavra grega
"presbítero" não significa necessariamente uma "pessoa
idosa" (compare o filho mais novo (neoteros) (Lc 15.13) com o filho mais velho
(presbuteros) (Lc 15.25). Assim, Paulo ensina que aquele que anseia, deseja, o
pastorado, ou o bispado, excelente obra deseja. De fato, o pastorado é um
ministério especialmente digno de nota. O pastor é aquele que leva o rebanho às
pastagens melhores e mais seguras. “Episkopoi” é o superintendente ou
bispo e o trabalho que estes tinham era o de supervisores, ou seja, os que
detinham a nobre função episcopal eram aqueles que visitavam, cuidavam e
zelavam dos homens para o bem dos mesmos (STRONG:1984). Em suma, estes eram os
cuidadores dos cristãos e, traduzindo para o nosso português, eles eram os
atuais pastores.]. Vamos pensar maduramente sobre a fé cristã?
1. QUEM DESEJA O
EPISCOPADO
1. "Excelente obra
deseja". "Esta é uma palavra fiel: Se alguém deseja o
episcopado, excelente obra deseja" (v.1). Em sua carta a Timóteo, Paulo
assevera que almejar o episcopado, ou seja, o pastorado é aspirar uma obra
excelente. Contudo, é importante ressaltar que a função pastoral não é uma
profissão ou um meio para ascender social e economicamente. [Comentário: O Pastor ou Bispo é um
líder que cuida principalmente da vida espiritual do seu rebanho, mas não
descuida nenhum aspecto da vida da comunidade. Para isto ele deve ser
especialmente chamado e vocacionado por Deus, e deve ter como prioridade servir
abnegada e totalmente ao Senhor na pessoa do rebanho que lhe foi confiado. Deve
dar o exemplo de vida cristã. Ser marido de uma só mulher (casado, portanto),
vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar, não vicioso, nem
espancador, não avarento, nem ganancioso, mas moderado em todas as coisas.
Estas qualificações por si só, já descrevem o que é ser pastor. Diferentemente
da ideia exposta hoje, principalmente pelos defensores da teologia da prosperidade,
aquele que deseja o episcopado deve estar preparado para passar necessidades,
sofrer injúrias e calunias. Ser pastor é não ter outro interesse senão o pregar
a Cristo. É não se envolver nos negócios deste mundo, buscando riquezas, fama e
posição. É saber dizer não quando o coração disser sim. É não ir à casa dos
ricos em detrimento dos pobres. É não dar atenção demasiada para uns,
esquecendo-se dos outros. É não ficar do lado dos jovens, em detrimento dos
adultos e vice-versa. Ser pastor é não envolver-se em demasia com as pessoas,
ao ponto de se perder a linha divisória do amor e do respeito, do carinho e da
disciplina. Ser pastor é não aceitar subornos nem tampouco desprezar os não
expressivos. O pastorado é um ministério muito especial, com muitos espinhos e
dificuldades, mas também repleto das graças maravilhosas e incomparáveis.].
2. A chamada. O
ministério pastoral vem de Deus. É Ele que escolhe. Muitos são escolhidos e
separados apenas pelos homens, mas não por Deus. Paulo afirma que foi chamado
pelo Senhor desde o ventre de sua mãe (Gl 1.15). Deus também vocacionou
Jeremias para ser profeta antes do seu nascimento (Jr 1.5). Quem é chamado não
só tem a convicção do convite, mas apresenta um perfil que agrada a Deus. [Comentário: A chamada para o
ministério Pastoral tem duas características fundamentais: a) A
determinação de Deus (soberania) somente por sua graça; b) A incapacidade do
homem em exercer a missão, o ministério (2 Co 3.5). Erwin Lutzer define chamado
como “uma convicção interior, dada pelo Espírito Santo e confirmada pela
Palavra de Deus e pelo Corpo de Cristo” – “Tal é a confiança que temos
diante de Deus, por meio de Cristo. Não que possamos reivindicar qualquer coisa
com base em nossos próprios méritos, mas a nossa capacidade vem de Deus. Ele
nos capacitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do
Espírito; pois a letra mata, mas o Espírito vivifica” (2Co 3.4-6). Ninguém
ingressa no ministério sem que tenha a sua vontade direcionada, trabalhada e
persuadida para o mesmo. Este direcionamento da vontade é fruto da chamada de
Deus, o que é um fator decisivo. Ninguém pode, como tentou Simão (Atos
8.18-19), comprar um dom espiritual. Deus chama e trabalha na vontade humana,
direcionando-a ao ministério. A declaração doutrinária da Convenção Batista
Brasileira diz no capítulo 11 sobre o Ministério da Palavra: “Todos os crentes
foram chamados por Deus para a salvação, para o serviço cristão, para
testemunhar de Jesus Cristo e promover o seu Reino, na medida dos talentos e
dos dons concedidos pelo Espírito Santo. Entretanto, Deus escolhe, chama e
separa certos homens, de maneira especial, para o serviço distinto, definido e
singular do ministério da sua palavra. O pregador da palavra é um porta-voz de
Deus entre os homens. Cabe-lhe missão semelhante àquela realizada pelos
profetas do Velho Testamento e pelos apóstolos do Novo Testamento, tendo o
próprio Jesus como exemplo e padrão supremo”. Charles Spurgeon, considerado o
príncipe dos pregadores, ponderou algumas coisas muitos pertinentes: “Homens
que ousam declarar-se embaixadores de Cristo precisam compreender mais
profundamente que o Senhor lhes ‘entregou’ a palavra da reconciliação (2 Co
5.18,19)...Preferiria que vivêssemos em duvida e nos examinássemos muitíssimas
vezes, do que tornarmos empecilhos no ministério... Ser pastor sem vocação é
como ser membro professo e batizado sem conversão...”. Esse chamado, portanto,
não é uma escolha pessoal, uma profissão religiosa, mas uma chamada
irresistível para servir ao Senhor em Seu nome e para a Sua glória. Gosto muito
do pensamento: “Deus não chamou homens extraordinários para um trabalho comum,
mas homens comuns para um trabalho extraordinário”].
3. O preparo. Deus
chama, porém, o preparo cabe aos seus servos. O pastor precisa ter conhecimento
bíblico (o que deve saber), teológico e habilidades ministeriais (o que deve
ser capaz de fazer). Seu preparo não termina quando conclui um seminário
teológico, mas se dá durante toda a sua jornada. Em o Novo Testamento
vemos que os apóstolos foram chamados, mas só foram enviados após algum tempo
de aprendizado com Jesus (Mc 6.7; Mt 10.16; Lc 10.1). O exemplo de Paulo também
é bem significativo. Ele foi chamado, já possuía o conhecimento da Lei, pois
teve como professor o renomado Gamaliel, mas partiu para a Arábia e ali ficou
três anos se preparando para exercer seu ministério junto aos gentios (Gl
1.17,18). Paulo foi enviado pelo Espírito Santo (At 13.4). [Comentário: A chamada envolve
a aceitação de alguns atributos, de alguns postulados indispensáveis ao
exercício do ministério pastoral: fidelidade consciente à Palavra de Deus,
crença inabalável no valor da alma humana, convicção firme de que fora de
Cristo não há salvação, reconhecimento de que existe um inimigo pessoal e
dedicação completa da vida ao Espirito Santo. O ministério pastoral é uma obra
de excelência e exige caráter cristão maduro e estável e uma vida pessoal boa e
ordenada. Não há pastores perfeitos, mas o pastor há de ser alguém que persegue
a perfeição, já que a obra do Ministério da Palavra é uma obra excelente, que
exige excelência. O pastor tem como seu modelo e exemplo Jesus Cristo, o que
faz com que tenha a incumbência de apascentar o seu rebanho e treiná-lo no
serviço da igreja. Já a igreja tem a missão de expandir o Reino de Deus. Os
pastores vão e vem, mas a igreja, como corpo de Cristo, permanece. Quando o
pastor é fervoroso, ativo e eficiente os membros da igreja são espiritualmente
vigorosos e ativos. Daí a importância da pregação pastoral. É neste sentido que
o apóstolo Paulo desenvolve a doutrina do ministério cristão no texto de 2
Coríntios 2.14 a 7.16. Sem a convicção inabalável da incumbência divina ninguém
deve entrar no serviço ministerial. Com a certeza da sua vocação, a experiência
do poder do Evangelho na sua vida, o amor ao povo e o desejo ardente de servir
como embaixador de Cristo, o pastor terá prazer no estudo das Escrituras, no
preparo dos sermões para a orientação de conforto espiritual do seu povo e no
desenvolvimento da sua igreja no cumprimento da missão. Texto extraído de:
http://www.batistas.com/index.php?option=com_content&view=article&id=152:a-excelencia-do-pastorado&catid=28:artigos&Itemid=33; acesso em
21 JUL 15].
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"Se algum homem deseja ser 'bispo',
deseja um encargo nobre e importante. É necessário, porém, que essa aspiração
seja confirmada pela Palavra de Deus (1 Tm 3.1-10; 4.12) e pela igreja, porque
Deus estabeleceu para a igreja certos requisitos específicos. Quem se disser
chamado por Deus para o trabalho pastoral deve ser aprovado pela igreja segundo
os padrões bíblicos. Isso significa que a igreja não deve aceitar pessoa alguma
para a obra ministerial tendo por base apenas seu desejo, sua escolaridade, sua
espiritualidade, ou porque essa pessoa acha que tem uma visão ou chamada. A
igreja da atualidade não tem o direito de reduzir esses preceitos que Deus
estabeleceu mediante o Espírito Santo. Eles estão plenamente em vigor e devem
ser observados por amor ao nome de Deus, ao seu reino e da honra e
credibilidade da elevada posição de ministro.
Os padrões bíblicos do pastor, são principalmente
morais e espirituais. O caráter íntegro de quem aspira ser pastor de uma igreja
é mais importante do que personalidade influente, dotes de pregação, capacidade
administrativa ou graus acadêmicos. O enfoque das qualificações ministeriais
concentra-se no comportamento daqueles que perseveram na sabedoria divina, nas
decisões acertadas e na santidade devida. Os que aspiram ao pastorado sejam
primeiro provados quanto à sua trajetória espiritual (cf. 3.10). Partindo daí,
o Espírito Santo estabelece o elevado padrão para o candidato, [isto é] que ele
precisa ser um crente que se tenha mantido firme e fiel a Jesus Cristo e aos
seus princípios de retidão, e que por isso pode servir como exemplo de
fidelidade, veracidade, honestidade e pureza. Noutras palavras, seu caráter deve
demonstrar o ensino de Cristo em Mateus 25.21 de que ser 'fiel sobre o pouco'
conduz à posição de governar 'sobre o muito'" (Bíblia de Estudo
Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 1867).
2. QUALIFICAÇÕES E
ATRIBUIÇÕES DOS PASTORES E DIÁCONOS (3.1-13)
1. Atribuições dos pastores (vv.
1-7). Os que almejam o pastorado necessitam conhecer as
atribuições e qualificações que tal atividade exige. Na hora da escolha de um
candidato ao santo ministério da Palavra, o líder e a igreja de um modo geral
precisam ver no aspirante algumas características. [Comentário: ‘Não entre no
ministério se puder passar sem ele’, foi o conselho profundamente sábio de
um teólogo a alguém que procurou a sua opinião’ ....se não amar a sua vocação,
logo sucumbirá ou desistirá da luta, ou prosseguirá descontente, sob o
peso cego de uma monotonia tão fastidiosa como a de um cavalo cego
girando um moinho. .. Cingidos desse amor, vocês serão intrépidos; despidos
desse cinto mais que magico da vocação irresistível, consumir-se-ão na desventura...Leia
cuidadosamente as qualificações do bispo, registradas em 1 Timóteo 3.2-7
e Tito 1.6-9. Se esses dons e graças não estiverem em vocês, e com abundancia,
é possível que tenham bom êxito como evangelistas, mas como pastores não terão
nenhum valor”. Moisés e Jeremias se sentiram totalmente incapazes para a missão
de liderarem o povo de Deus. As expressões de Moisés: “quem sou eu para ir a
Faraó...?” (Ex 3.11); “Ah, Senhor! Eu nunca fui um bom orador, nem antes, nem
agora, que falaste ao teu servo, pois sou pesado de língua...Ah, Senhor!
Peço-te que envies outro que queiras enviar” (Ex 4.10,13); e de Jeremias
: “Ah, Senhor Deus! Eu não sei falar, pois sou apenas um menino” (1.6), revelam
a nossa incapacidade para o exercício do ministério. John J. Jowett, falando
aos alunos de Yale, sobre “A Vocação do pregador”, disse: “Já trabalhei no
ministério cristão mais de vinte anos. Amo a minha vocação. Gozo ardente
deleite nos seus serviços... Uma só é a minha paixão e por ela tenho vivido: A
obra absorventemente árdua , gloriosa embora, de proclamar a graça e o amor de
nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo... O chamado do Eterno tem que ressoar
através das recamaras da sua alma de modo tão claro como o som dos sinos
matinais ressoa pelos vales da Suiça, convocando os compônios para a oração e
louvor...A singularidade das nossas circunstancias e a espantosa singularidade
de nossas almas fornecem o meio pelo qual ouvimos a voz do Senhor...A certeza
de ser enviado é o elemento vital da nossa comissão. Mas ouçamos de novo a
Palavra de Deus: ‘ Não mandei profetas, e todavia eles foram correndo; não
falei a eles e, todavia, profetizaram’. Texto extraído de :
http://prazerdapalavra.com.br/colunistas/oswaldo-jacob/4302-o-imperativo-do-chamado-para-o-ministerio-pastoral].
2. Qualificações espirituais e
ministeriais. Paulo apresenta uma lista de 15 qualificações. A
primeira, como não poderia deixar de ser, é ter uma vida irrepreensível (v. 2),
ou seja, santa. Viver em santidade não é fácil, mas é possível, pois o Espírito
que no crente habita quer operar a santificação. O pastor é o exemplo para o
rebanho, por isso, precisa ter uma vida ilibada. O pastor também precisa ter
conhecimento bíblico, sendo "apto a ensinar" (3.2); ter bom
testemunho diante da igreja e dos descrentes (3.7); não ser neófito,
inexperiente (3.6). [Comentário:
Por que estudar sobre a qualificação dos líderes?
1 Porque a Palavra de Deus fala
sobre este assunto;
2 Porque dará discernimento à
igreja para avaliar e confrontar seu(s) líder(es) (1Tm 5.19-21);
3 Porque serve para o líder ou
futuro líder fazer uma autoavaliação;
4 Porque conseguiremos
diferenciar presbíteros de diáconos e conhecer outras expressões;
5 Porque a maior parte dessas
qualificações todo crente deve buscar, independentemente do desejo ou
possibilidade de ser líder;
6 Porque é a maneira de Deus
orientar a igreja para que ela reconheça ou não a pessoa como líder.
Note que a expressão “é
necessário” demonstra que as instruções de Paulo não são meras dicas. Na
verdade, são condições impostas àqueles que desejam ser ministros do evangelho.
Paulo elenca pelo menos, quinze quesitos como: ser irrepreensível, cônjuge
fiel, sóbrio, prudente, respeitável, hospitaleiro, apto para ensinar
(intelectualmente, moralmente e didaticamente), moderado com a bebida, não
violento, amável, pacífico e não avarento ou cobiçoso. Além disso, deve ter uma
educação familiar exemplar e ser um ótimo marido. O ministério pastoral não
pode aceitar novos na fé e nem crentes imaturos. Resumindo: o candidato ao ministério
pastoral deve ter (e viver) uma boa reputação.].
3. Qualificações familiares. Ser
casado e ter uma vida conjugal saudável (3.2). O pastor deve amar sua esposa
"como Cristo amou a Igreja e a si mesmo se entregou por ela" (Ef
5.25). Precisa governar bem toda a sua família, seus filhos precisam ser
crentes e darem bom testemunho (3.4). Se o pastor não cuida da sua família, que
é seu primeiro rebanho, como cuidará do rebanho do Senhor? [Comentário: Desde os primórdios da igreja
os exegetas tentam descobrir exatamente o que Paulo quer dizer com o seu
"marido de uma só mulher". A qualificação aparece nas duas listas. Há
três interpretações possíveis para “esposo de uma só mulher” em 1 Timóteo 3:2.
(1) Talvez essa passagem esteja dizendo apenas que um polígamo não é
qualificado para ser um pastor/ presbítero/ diácono. Essa é a interpretação
mais literal da frase, mas aparenta ser improvável já que poligamia era bem
rara durante a época que Paulo estava escrevendo. (2) A frase também pode ser
traduzida como “homem de uma mulher só”. Isso indicaria que um bispo deve ser
completamente leal à mulher com quem é casado. Essa interpretação se focaliza
mais em pureza moral do que em estado civil. (3) Essa frase também pode estar
declarando que para ser um pastor/presbítero/diácono, um homem só pode ter sido
casado uma vez, com exceção do caso de um viúvo que se casou de novo. As
interpretações (2) e (3) são as mais prevalentes hoje. Leia mais: http://www.gotquestions.org/Portugues/marido-uma-esposa.html#ixzz3gZVFF8QC. D. A.
Carson - Em alguns aspectos essa é a mais difícil ou disputada qualificação da
lista. Ela tem sido interpretada de diversas formas. Alguns pensam que significa
que este homem deve ser casado - que ele deve ser um marido. Essa interpretação
é altamente improvável. Está claro que Paulo não era casado, pelo menos naquele
momento da vida dele, e certamente o Senhor Jesus nunca foi casado. Em 1
Coríntios 7, Paulo reconhece que há certas vantagens em ser solteiro no
ministério. (...) Assim há vantagens em ser solteiro no ministério, e a
condição de solteiro não deveria ser menosprezada. É altamente improvável que
esse texto, então, estipule que um presbítero tenha que ser casado.].
4. Qualificações morais. Ser
honesto, sincero, verdadeiro (3.2); hospitaleiro, ou acolhedor, sabendo tratar
bem as pessoas (3.2); não dado ao vinho, não usuário de bebidas alcoólicas
(3.3); não espancador, ou seja não violento, agressivo (3.3; Gl 5.22); não
cobiçoso nem ganancioso (3.3); ser sóbrio (3.2), simples, moderado
(3.3); não contencioso (3.2; 2 Tm 2.24); não avarento (3.3; 6.10).
Infelizmente, há igrejas que desprezam esses aspectos na hora de separar
pessoas ao ministério pastoral. [Comentário:
A primeira qualificação de um pastor/presbítero/diácono é que ele seja
“irrepreensível” (1 Timóteo 3:2). Se divórcio/ novo casamento resulta em um
pobre testemunho para aquele homem em sua igreja ou comunidade, talvez a
qualificação de ser “irrepreensível” o exclua, ao invés da exigência de “esposo
de uma só mulher”. Um pastor/presbítero/diácono é para ser um homem do qual a
igreja e comunidade podem se orgulhar e ter como exemplo de um líder que é como
a Cristo e tem liderança religiosa. Se seu divórcio/ novo casamento detrata
desse objetivo, talvez ele não deva exercer a posição de pastor/
presbítero/diácono. É importante lembrar, no entanto, que só porque um homem é
desqualificado de servir como um pastor/presbítero/diácono, que isso não
significa que ele não é um membro valioso do Corpo de Cristo. Todo Cristão
possui dons espirituais (1 Coríntios 12:4-7) e é chamado para edificar outros
crentes com seus dons (1 Coríntios 12:7). Um homem que é desqualificado da
posição de pastor/ presbítero/diácono ainda pode ensinar, pregar, servir, orar,
louvar e fazer uma parte importante da liderança da igreja.Leia mais: http://www.gotquestions.org/Portugues/marido-uma-esposa.html#ixzz3gZW4Jug9. A palavra
traduzida por irrepreensível usada no texto, é no grego "anepleptos".
Ela aparece 3 vezes no Novo Testamento, a saber: 1 Tim 3:2, 5:7 e 6:14. O
significado é sempre o de alguém de quem não se pode falar nada contra, sem
mancha, sem culpa inacusável. Independente ser ou não o causador do divórcio (
se é que existe tal condição ), o homem que passou por esta experiência não se
encaixa nas exigências bíblicas e será usado
pelo Diabo para escandalizar e
envergonhar o evangelho. Existe "pastor" que se casou em rebeldia
contra os conselhos dos pais, de amigos e até de seus pastores atraindo as
maldições do Senhor. Tal flagrante violação da vontade de Deus, tornou tal
crente o único responsável pela falência do seu próprio casamento,
desqualificando-o de uma vez por todas, para o exercício do pastorado.].
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"Quinze qualificações (3.2-7). Os versículos
relacionam 15 qualidades a serem consideradas quando da seleção de bispos.
Observe que entre as qualificações, não aparece a capacitação em seminário ou a
posse de algum dom espiritual em particular. Observe o breve esboço do caráter
do bispo (3.2-7).
Irrepreensível:
inteiramente fiel à sua esposa;
Esposo de uma só
mulher; inteiramente fiel à sua mulher;
Temperante: sóbrio,
solícito e modesto;
Domínio próprio:
discipulado, moderado;
Respeitável:
modesto, honrado, bem-comportado;
Hospitaleiro: que
recebe bem os visitantes;
Apto para ensinar;
capacitado a explicar e aplicar os ensinamentos;
Não dado à
embriaguez; não dado ao vinho;
Não violento; não
dado à hostilidade, ao antagonismo;
Gentil: bondoso,
razoável, de boa família;
Não contencioso: não
combativo, inimigo de contendas;
Não avarento:
preocupado com as pessoas, não com as finanças;
Bom governante de
sua família: administra a vida familiar;
Não seja um
recém-convertido: maduro e humilde;
Reputação imaculada:
admitido pelos de fora"
(RICHARDS, Lawrence
O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por
capítulo. 10. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 835).
3. O DIACONATO
1. Os diáconos. A palavra diácono significa "aquele que serve".
Assim como o pastor, eles são chamados para servir à Igreja do Senhor. Os
diáconos tiveram e têm um papel muito importante no crescimento da Igreja.
Infelizmente, hoje em algumas igrejas, o ofício de diácono parece ter perdido
sua importância. Em geral, são chamados para essa função os novos crentes,
todavia, esse não é o padrão do Novo Testamento. [Comentário:
O termo diácono (do grego antigo διάκονος, "ministro",
"servo", "ajudante") Neste sentido todos os membros da
igreja são diáconos (servos) de Deus. Todos devem ministrar aos outros.
Paulo recomendou uma mulher chamada Febe, “a qual serve na igreja que está em
Cencréia,” Rm. 16:1. Ela não foi uma diaconisa e que saibamos, não ocupou
nenhum cargo na igreja. Mas era uma boa serva de Deus e muito útil para o
trabalho. Todos os membros devem servir uns aos outros. Devem fazer tudo
necessário para o bem estar da igreja. A palavra diácono sendo usada pela
primeira vez em referência a ajudantes da igreja no livro de Atos. "E os
doze, convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é razoável que nós
deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas" (Atos 6:2). Os homens que
estavam alimentando o rebanho ao pregar e ensinar perceberam que não era certo
abandonar essas atividades para servir às mesas, por isso encontraram alguns
outros homens que estavam dispostos a servir e ministrar às necessidades
físicas da igreja enquanto eles ministravam às necessidades espirituais. Era
uma melhor utilização dos recursos e um melhor uso dos dons de cada um. Isso
também envolvia mais pessoas no atendimento e auxílio uma à outra.].
2. Chamado para servir. Assim como os
pastores, aqueles que almejam o diaconato precisam ter o desejo de servir a
Deus e aos irmãos. Hoje muitos querem ser servidos, mas poucos seguem o exemplo
de Jesus e querem servir.
Em Atos 6.1-7 encontramos várias qualificações que
foram exigidas dos primeiros diáconos. Porém, na sua carta a Timóteo, Paulo
indica outros importantes requisitos para o diaconato.
3. Qualificações. Aqueles que exercem a função de
diácono necessitam ser honestos, não de língua dobre (mentiroso, fofoqueiro),
não dado ao vinho (que não tenha nenhum tipo de vício), não cobiçoso,
ganancioso, tendo uma boa consciência, que governem bem sua família (vv.
8,9,12). Você tem estas qualificações? O ministério cristão é algo muito sério. [Comentário:
Hoje, para a igreja bíblica, esses papéis são essencialmente os mesmos.
Os presbíteros e pastores devem "pregar a palavra, insta a tempo e fora de
tempo, admoestar, repreender, exortar, com toda longanimidade e ensino" (2
Timóteo 4:2), e os diáconos devem cuidar de tudo o mais. As responsabilidades
de um diácono podem incluir tarefas administrativas ou organizacionais, servir
como atendente ou porteiro nos cultos, cuidar da manutenção do edifício ou
servir como tesoureiro da igreja. Isso depende das necessidades da igreja e dos
dons dos homens disponíveis.
As responsabilidades de um diácono não são
claramente listadas ou descritas nas Escrituras. Assume-se que sejam todas as
tarefas não realizadas pelos presbíteros ou pastores. Entretanto, as
qualificações para um diácono são claramente delineadas nas Escrituras. Eles
devem ser irrepreensíveis, marido de uma só mulher, bons governantes de seus
lares, respeitáveis, honestos, não viciados em álcool e não gananciosos (1
Timóteo 3:8-12). De acordo com a Palavra, o ofício de diácono é uma honra e uma
bênção. "Porque os que servirem bem como diáconos, adquirirão para si um
lugar honroso e muita confiança na fé que há em Cristo Jesus" (1 Timóteo
3:13). Leia mais:
http://www.gotquestions.org/Portugues/responsabilidades-diaconos-igreja.html#ixzz3gZaUJkXQ].
4. SERVIÇO – RAZÃO DE
SER DO MINISTÉRIO
1. O exemplo do Mestre. Para cumprir
sua missão sacrificial em favor dos homens, Jesus despojou-se temporariamente
de sua glória plena (Jo 17.14; Fp 2.5-10). Paulo diz que Ele assumiu a forma de
servo, mais que isso, a forma de escravo (Fp 2.6-8). Jesus lavou os pés dos
discípulos para lhes ensinar uma importante lição. Sendo Ele Senhor e Salvador,
deu prova de que se comportava como servo (Jo 13.4,5). [Comentário: A Bíblia nos exorta a que tenhamos o mesmo
sentimento que houve em Cristo Jesus (Fp 2.5-8). Qual foi esse sentimento?
1. Subsistindo em forma de Deus - literalmente,
Paulo quer dizer que Jesus é Deus.
2. Não julgou como usurpação o ser igual a Deus -
isto é, não quis se aproveitar do fato de ser Deus em benefício próprio.
3. A si mesmo se humilhou - Jesus veio a este mundo
para servir e não pra ser servido.
4. Tornando-se obediente até a morte e morte de
cruz - Ele foi servo até o último segundo de vida.
Jesus nunca deixou nem deixará de nos servir. Somos
eternos beneficiários do serviço dele. Isso deve despertar em nossos corações a
vontade de servir às pessoas enquanto o seguimos, visto que ele nos amou,
entregou sua vida por nós e segue nos servindo na trilha da vida. O coração
daqueles que seguem os passos de Jesus não é dominado pelo desejo de grandeza e
de aplausos, mas sim pelo propósito de servir mais e melhor aos que precisam de
ajuda, não lhes importando o quanto isso possa lhes custar (Lucas 10.25-35).].
2. O exemplo de Paulo. Paulo era um
servo fiel. Após seu encontro com Jesus sua vida foi utilizada em prol da
Igreja. Ele não mediu esforços para servir. Sua pregação foi sempre autêntica.
Ele jamais usou de fraudulência. Hoje há muitos falsos obreiros que se
aproveitam dos fiéis e da Igreja para obter ganho financeiro. Um dos requisitos
recomendado por Paulo a quem deseja ser pastor é ser obreiro "não
cobiçoso de torpe ganância" (1 Tm 3.3). No mesmo espírito, Pedro escreveu
que o obreiro deve apascentar o rebanho do Senhor "tendo cuidado dele, não
por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância" (1 Pe 5.2). [Comentário: A palavra pastor nunca aparece na Bíblia como
sendo uma profissão, e sim, como um ministério. Em Atos 20.17 e 28 aprendemos
que os presbíteros da igreja deveriam pastorear o rebanho. Pastorear não é
exercer um cargo. e sim cuidar do estado espiritual daqueles que foram salvos
por Cristo Jesus. O apóstolo Paulo nos dá um exemplo de como se age com
pessoas, mesmo cheio de problemas - e até fazendo oposição ao ministério, como
foi o caso dos coríntios. A estes Paulo escreve: "Eu de boa vontade me
gastarei e ainda me deixarei gastar em prol das vossas almas. Se mais vos amo,
serei menos amado?" (2Co 12.15). O pastor segundo o coração de Deus não
tem pena de si - ele se entrega e se gasta em beneficio das ovelhas de
Cristo.].
3. O exemplo de Timóteo. Timóteo foi um
pastor exemplar, que demonstrou ter um caráter imaculado. Sua mãe Eunice e sua
avó Loide eram crentes judias que muito contribuíram para sua formação
espiritual e moral.
Ele cuidou da Igreja com zelo e não teve medo de se
opor aos falsos mestres que estavam tentando seduzir os crentes em relação à
salvação pela fé em Jesus. O líder de uma Igreja precisa ser corajoso e
plenamente comprometido com Jesus Cristo. Ele também demonstrou não buscar a
glória para si. Infelizmente, há líderes que são movidos a elogios, ou mesmo
por lisonjas. Isso é perigoso para o ministério pastoral de qualquer pessoa. [Comentário: Timóteo foi um dos líderes mais destacado
da igreja primitiva. Não que fosse forte em todas as áreas. Ele era jovem,
tímido e doente, mas foi cooperador de Paulo e o continuador de sua obra. A
esse jovem líder, o apóstolo Paulo escreveu duas de suas espístolas. Sua mãe
era judia e seu pai grego (At 6.1). Timóteo tinha bom testemunho em sua cidade
e também fora de seu domicilio (At 16.2). Timóteo foi educado à luz das
Escrituras desde sua infância (2Tm 3. 14,15). Tanto sua avó Loide, como sua mãe
Eunice eram mulheres comprometidas com Deus e com elas Timóteo aprendeu a ter
fé sem fingimento desde a sua juventude (2 Tm 1.5). Em Filipenses capítulo 2.
19 a 24, o apóstolo Paulo nos fala de algumas características desse importante
líder espiritual. Vejamos quais são essas marcas:
1. Timóteo, um líder que cuida dos interesses do
povo. O líder é um sevo. Ele não visa seus próprios interesses, mas cuida dos
interesses do povo de Deus. Timóteo não cuidava dos interesses do povo para
alcançar com isso algum favor pessoal. Ele não usava as pessoas. Sua relação
com as pessoas não era utilitarista. O apóstolo Paulo diz: “Porque a ninguém
tenho de igual sentimento, que sinceramente cuide dos vossos interesses” (Fp
2.20). Jesus foi o maior de todos os líderes e ele disse que não veio para ser
servido, mas para servir. Quando seus discípulos disputavam entre si quem era o
maior dentre eles, Jesus tomou a bacia e a toalha e lavou os pés dos dicípulos.
Liderança cristã é influência por meio do serviço abnegado.
2. Timóteo, um líder de caráter provado. Timóteo
era um homem de Deus. Sua vida estava centrada em Cristo. Ele era comprometido
com as Escrituras, fiel a Cristo Jesus e dedicado à igreja. Timóteo não buscava
glória para si mesmo. Ele não construía monumentos ao seu próprio nome. Ele
buscava na igreja os interesses de Cristo. Paulo denuncia o fato de existirem
na igreja homens que buscavam interesses próprios, porém Timóteo, diferente
desses, buscava os interesses de Cristo. Leiamos o registro do apóstolo: “pois
todos eles buscam o que é seu próprio, não o que é de Cristo Jesus” (Fp 2.21).
3. Timóteo, um líder de caráter provado. Timóteo
tinha zelo pela sua vida e também da doutrina. Ele era um homem consistente na
teologia e na conduta. Seu caráter era provado. O apóstolo escreve: “E
conheceis o seu caráter provado…” (Fp 2.22). Timóteo era um homem
irrepreensível, que tinha bom testemunho dentro e fora da igreja. A vida do
líder é a vida da sua liderança. Liderança não é apenas performace, mas sobre
tudo, integridade. John Maxwell definiu liderança como influência. Um líder
influencia sempre: para o bem ou para o mal. A liderança jamais é neutra. Um
líder é bênção ou maldição. Timóteo era uma bênção, pois sua vida referendava
seu ensino.
4. Timóteo, um líder consagrado à causa do
evangelho. Timóteo não era um líder subserviente a homens. Ele servia ao
evangelho. Paulo escreve: “pois serviu ao evangelho, junto comigo, como filho
ao pai” (Fp 2.22). Ele era servo de Deus, dedicado ao serviço do evangelho.
Quem serve a Deus não se submete aos caprichos dos homens. Quem serve a Deus
não depende de elogios nem teme as criticas. Quem serve a Deus não anda atrás
de holofotes. Servir a Deus é servir ao evangelho, é colocar a vida a serviço
do reino de Deus na proclamação e ensino do evangelho.
Estamos nos preparando para uma importante eleição
de oficiais em nossa igreja. Que olhemos para o testemunho de Timóteo e
busquemos em Deus a direção para a escolha da nossa liderança espiritual. http://hernandesdiaslopes.com.br/2010/04/timoteo-um-lider-digno-de-ser-imitado/#.Va7ktKRViko].
CONCLUSÃO
Os pastores e diáconos são obreiros, instituídos
pelo Senhor, para auxiliar os servos de Deus. Não importa a função que você
exerça na Igreja de Cristo, seja você um pastor ou um diácono, o importante é
que "todos sejam um" para a glória de Deus (Jo 17.21), sabendo que
para Ele todo serviço tem a sua importância e valor. [Comentário: O chamado é o começo de tudo. Podemos
pensar que ele acontece no momento da conversão ou também após (At 9.3-9). De
qualquer forma, é uma experiência marcante e decisiva que muda nossa vida e
nossa trajetória. Há alguns casos bem conhecidos na Bíblia como José, Abraão,
Moisés, Isaías dentre outros. Em todos esses casos houve uma mudança radical na
vida e trajetória dessas pessoas, ou seja, 1. eles nunca mais foram os mesmos.
2. seus destinos foram determinados pelo Senhor Deus. 3. suas vidas obedeceram
um programa divino (Rm 8.30). Novamente, chama-nos a atenção a pessoa de Jesus.
Ele tinha muito clara a visão do seu chamado, a ponto de dizer “minha comida e
minha bebida é fazer a vontade do meu pai que está no céu”. De fato, o chamado
de Deus para nós, torna-se a razão da nossa vida... (2Co 5.14-15; 1Co 10.31).
Por fim, antes de pensarmos em serviço ou ministério, precisamos pensar se
somos ou não servos. Infelizmente, essa palavra praticamente caiu em desuso.
Quase não se ensina a respeito deste assunto. Por essa razão, a maioria dos
cristãos não vivem como servos.]. NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos,
por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”.
Francisco Barbosa
Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br.