VÍDEO I
Ev. Natalino das Neves
Prof. Flavio Segantin
INTRODUÇÃO
Na lição de hoje estudaremos a respeito da decisão
de Josué, com sua família, de servir ao Senhor. Inicialmente mostraremos que
essa foi uma decisão que não poderia ser postergada, em seguida, que se tratava
tanto de uma decisão individual quanto coletiva, e por fim, que o serviço, ou
mais precisamente, o culto, deve ser direcionado ao Senhor, somente Ele, e não
outro, é digno da nossa adoração. Ao final, faremos o mesmo desavio de Josué, a
fim de conclamar as famílias cristãs a servirem ao Senhor, e não optarem pelos
valores deste mundo tenebroso.
1. ESCOLHEI HOJE A QUEM SERVIS
Josué não impõe ao povo que esse deveria servir,
por obrigação, ao Senhor, antes deveria fazer uma opção. Ele diz: “se vos
parece mal o servirdes ao Senhor”, isto é, “se não desejais fazê-lo de bom
grado, por contentamento”, escolhei a quem queres servir. Deus não obriga quem
quer que seja a servi-lo, fomos dotados, desde o princípio, com o livre-arbítrio,
a opção pela decisão. No tempo de Elias o povo estava debatendo-se entre dois
pensamentos, e, às vezes, queriam servir tanto a Deus quanto a Baal (I Rs.
18.21). A vontade de Deus é que todos se arrependam, mas Ele deixa que as
pessoas façam a sua escolha (At. 17.11; II Pe. 3.9). As famílias podem optar se
quem servir ao Deus da Bíblia ou aos deuses do mundo. Esses deuses hoje são
materializados através das ideologias, principalmente as materialistas, que
negam a existência de Deus, e reduz tudo ao tangível. Mas essa decisão não pode
ser postergada, é arriscado deixar para depois, as famílias precisam escolher
“hoje” a quem servirão. Muitas famílias se debruçam apenas sobre os valores
terrenos, estão fundamentadas no consumismo, transformaram o entretenimento em
um deus. Estão adiando a decisão de servir a Deus, os valores midiáticos, que
contrariam a Palavra de Deus, são colocados em primeiro plano. A sociedade
moderna já fez sua opção, ela prefere o humanismo ateísta, ou um deus de acordo
com seus deleites, que não a chame à responsabilidade. O deus desse século está
entenebrecendo as pessoas em seus vis prazeres, conduzindo-as à perdição (II
Co. 4.4). O hedonismo se tornou a razão de existir, ninguém tem expectativa em
relação ao futuro, por isso, comem e bebem, aguardando apenas a morte (I Co.
15.32). Como resultado dessa condição, o desespero está tomando conta das
famílias. A riqueza, que também é endeusada, não compra a paz, por isso muitas
famílias estão angustiadas diante das incertezas da vida (Mt. 6.25-34).
2. PORÉM, EU E A MINHA CASA
Mas há um “porém”, uma alternativa, outra
possibilidade, a de não se coadunar com os valores deste mundo (Rm. 12.1,2).
Diante dos muitos deuses disponíveis daquela época, inclusive o dos amorreus
(Js. 24.18), o povo de Israel tinha outra opção. Esse “porém” precisa ser
observado pelas famílias cristãs como uma contracultura. Não somos obrigados a
seguir a “onda” do mundo. Não podemos esquecer que o mundo jaz no maligno (I
Jo. 5.19), e que aqueles que vivem na carne não podem agradar a Deus (Rm. 8.8).
Há um “porém” para a igreja de Jesus Cristo, bem como para as famílias que dela
fazem parte. Os líderes das famílias, assim como fez Josué, precisam tomar a
iniciativa. Josué precisava dar o exemplo, ele mesmo precisava colocar-se diante
da sua família. Muitos pais já não estão fazendo o mesmo, não se comprometem
com o bem estar da família. Há quem esteja delegando a criação dos filhos aos
avós, ou mesmo à escola, ou televisão. O culto doméstico não será levado
adiante a menos que alguém tome a iniciativa. Os maridos crentes não podem
fugir da responsabilidade, cabem a eles a tarefa de chamar a família para o
altar. Josué admitiu que a sua casa o seguisse porque aquela era uma sociedade
patriarcal. Dificilmente seus filhos se negariam a servir ao Senhor, pois ele
já havia tomado essa decisão por eles. De igual modo agiu o carcereiro de
Filipos, após perguntar “que farei para ser salvo?”. Ao que Paulo responde,
“crê no Senhor Jesus e será salvo tu e a tua casa” (At. 16.31). Essa não é uma
promessa, mas uma possibilidade, quando os pais tomam uma decisão por Cristo,
os filhos, principalmente aqueles que estão em tenra idade, são criados no
caminho do Senhor, e quando crescerem, poderão permanecer no temor a Deus (Pv.
22.6). Esse texto de Provérbios também não é uma promessa, mas um princípio
geral, que tem sua aplicação. Quanto mais investirmos na instrução dos nossos
filhos na Palavra de Deus, menores serão as chances de esses se desviarem.
3. SERVIREMOS AO SENHOR
A declaração de Josué demonstra sua resolução, isto
é, que ele sabia o que deveria ser feito. Após avaliar as grandes coisas que o
Senhor havia feito por Israel, tirando-o do Egito, conduzindo-o pelo deserto, e
trazendo-o à terra prometida, não havia razões para ir após outros deuses. O
povo respondeu a Josué dizendo “serviremos ao Senhor, nosso Deus, e
obedeceremos à sua voz” (Js. 24.24). A história demonstrará, posteriormente,
que esse povo, com o passar do tempo, optou pelos deuses das nações vizinhas. O
livro bíblico de Juízes revela o ciclo de pecado, sofrimento, súplica e
salvação do Senhor. Mas não importa o que o mundo escolha, muito menos o que
farão as futuras gerações, nós, hoje, devemos tomar nossa decisão pela Palavra
de Deus. Precisamos aprender a servir ao Senhor com alegria, apresentar a Ele
com cânticos, e hinos de louvor e adoração (Sl. 100.1,2). Fomos chamados para
servir a Deus, o serviço é marca fundamental do cristão. Jesus é o maior
exemplo, pois o filho do homem veio para servir, não para ser servido (Mc.
10.35). O serviço cristão é tanto horizontal quanto vertical, devemos tribular
louvor e adoração a Deus, de todo coração, fundamentado em nosso amor e
gratidão (Mt. 22.37). Mas também precisamos servir aos nossos irmãos, a igreja
é um ambiente de serviço, não de intrigas e disputas por cargo. Quando alguém
quiser ser o maior na igreja, deve saber que somente poderá fazê-lo servindo
cada vez mais (Mt. 20.26). O serviço cristão é uma disposição espiritual, não carnal,
para ser usado por Deus, e como nos dias de Josué e Elias, ninguém pode servir
a dois senhores, pois haverá de agradar a um e aborrecer ao outro (Mt. 6.24). O
serviço ao Senhor está relacionado também à adoração, e o princípio bíblico a
esse respeito é o de que Deus busca adoradores. E esses o fazem não através do
engano e da idolatria, mas em verdade, em Cristo, revelado nas Escrituras, e em
espírito, não através do que pode ser visto ou tocado, mas no Espírito, que nos
eleva a Deus em Cristo (Jo. 4.24).
CONCLUSÃO
O mundo já tomou sua decisão, segue após os seus
princípios, que nada têm de cristãos. Muito pelo contrário, o que predomina no
mundo é a “concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da
vida” (I Jo. 2.15). Nós, porém, com as nossas famílias, permanecemos naquilo
que aprendemos, e de que fomos inteirados, sabendo de quem aprendemos (II Tm.
3.14,16). Enquanto o mundo coxeia entre
dois pensamentos, e segue após o deus deste século, nós, as famílias cristãs,
decidimos por servir ao Senhor, e como Josué, declaramos: “Eu e a minha casa
serviremos ao Senhor” (Js. 24.15).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COLSON, C., PEARCEY, N. E agora, como viveremos? Rio de Janeiro: CPAD, 2002.
KOSTENBERGER, A. J. JONES, D. J. Deus, Casamento e Família: reconstruindo o fundamento bíblico. São Paulo: Vida Nova, 2011
Extraído do Blog: subsidioebd.blogspot.com.br
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