sexta-feira, 26 de abril de 2019

LIÇÃO 4: O ALTAR DO HOLOCAUSTO



SUBSÍDIO I

O ALTAR DOS HOLOCAUSTOS

“Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé; tendo o coração purificado da má consciência e o corpo lavado com água limpa.” (Hb 10.22)
O Altar de Bronze (cobre) era o primeiro objeto que se via ao entrar pela Porta do Pátio. Ele fazia parte da liturgia de adoração do povo de Israel e ficava situado fora do santuário, ao ar livre dentro do Pátio. Esse altar foi erigido para oferecer sacrifícios a Deus para que fosse conquistado o perdão dos pecados. A posição do Altar, que ocupava o primeiro lugar naquele recinto, indicava que, para chegar-se a Deus no seu Santuário, os direitos e demandas da perfeita justiça divina precisam ser satisfeitas. Antes de gozar da comunhão com Deus, devemos passar por esse Altar, que é o lugar da manifestação da justiça e do amor de Deus.
Nesse altar, eram oferecidos holocaustos, que eram ofertas voluntárias que tinham por objetivo alcançar o favor de Deus. O animal era imolado fora do Pátio. Depois de tiradas as suas vísceras e a sua pele, o animal limpo era trazido e colocado sobre o altar. 
A estrutura desse altar era quadrada, com dois metros e vinte e cinco centímetros (2,25 m) de largura e dois metros e vinte e cinco centímetros (2,25 m) de altura. A construção desse altar era feita com madeira de acácia (madeira muito resistente) e revestida de cobre por dentro e por fora. Nele eram oferecidos todos os sacrifícios a Deus, tanto os sacrifícios pelos pecados que eram queimados até virarem cinza, quanto os sacrifícios que eram holocaustos de gratidão e louvor a Deus pelas suas benesses. Dos holocaustos denominados “oferta pacífica” (ou de Paz), os ofertantes podiam comer da sua carne, sem sangue, e não podiam comer as suas vísceras. Do mesmo modo como se tomava o sacrifício e colocava-o sobre o altar, Jesus também foi levantado tipologicamente no altar do calvário para redimir a nossa alma (ver Lv 1.8,9; Jo 3.14,15; 12.32,33; Ef 5.2). 

I – PARA QUE SERVIA O ALTAR DE BRONZE?

O Altar de Bronze servia para duas finalidades básicas no contexto dos rituais dos sacrifícios de animais: (1) para os holocaustos por pecados cotidianos e (2) para a expiação do pecado uma vez por ano (Êx 38.30; 30.28). As ofertas queimadas eram feitas sobre o Altar de Bronze duas vezes por dia, um pela manhã, e outro à tardinha. 

Servia para Serem Feitos os Holocaustos

Antes de querer entender o sentido teológico do Altar do Holocausto, precisamos conhecer o significado da palavra “holocausto”. O prefixo “olã”, no hebraico, literalmente significa “ascendente” ou “aquilo que sobe”. Como esse tipo de oferta era consumido no fogo, a fumaça do holocausto exalava um cheiro especial que subia para os ares. Ao entrar no Pátio, a primeira visão do ofertante era “o Altar do Holocausto”, construído para oferecer sacrifícios perante o Senhor. A palavra “altar”, portanto, sugere a ideia de “mesa” levantada, visto que a imolação das vítimas (animais) era colocada em cima do altar. Naquele lugar, era derramado o sangue dos sacrifícios pelos pecados do povo. O altar foi o único lugar onde Deus encontrava-se com o povo de Israel para reconciliação. Um animal limpo e sem defeito era oferecido ali em substituição ao pecador. Por causa da regularidade e frequência com que aconteciam os sacrifícios de holocaustos, eles eram chamados de “holocausto contínuo” (Êx 29.42). O animal sacrificado era totalmente queimado no holocausto, e o cheiro da gordura queimada sobre o altar exalava um cheiro que agradava a Deus; era um “cheiro suave, uma oferta queimada ao SENHOR” (Êx 29.18). Foi o que Cristo fez por todos nós, entregando-se por nós em sacrifício suave a Deus (ver Ef 5.2).

Servia para Ser Feita a Expiação pelos Pecados

Na oferta do sacrifício para expiação pelo pecado, a vítima, depois de imolada, era queimada, e o sangue do animal era separado e colocado num vasilhame e, em seguida, era aspergido sobre o Altar de Bronze. O Altar tinha quatro pontas, que também eram identificadas como chifres. Nessas pontas, o sacerdote tingia-as com o sangue do sacrifício. É interessante saber que o vocábulo hebraico saraph significa “consumir”; por isso, o sacrifício era consumido pelo fogo do altar. Quando o animal imolado e limpo era colocado sobre o altar de fogo, tornava-se maldito por Deus em lugar dos homens pecadores. Ora, entende-se que expiação é quando Deus perdoa o pecado de um pecador arrependido e abre o caminho para a reconciliação com o pecador mediante um sacrifício de um substituto. Deus aceitava o animal que era sacrificado no lugar do pecador, que deveria morrer por conta de seu pecado, mas que acabou sendo salvo por esse substituto que morreu em seu lugar. No NT, Jesus Cristo é o Cordeiro substituto que deu a sua vida pelos pecadores de todo o mundo (ver Jo 3.16). Jesus fez de si mesmo a oferta pelo pecado, e o seu sangue é o que “nos purifica de todo o pecado” (1 Jo 1.7).   

Servia para Queimar o Incenso 

Havia uma distinção entre o Altar do Incenso, que era feito de madeira de acácia coberto de ouro (Êx 30.1-8), e o Altar de Bronze. Este Altar também usava o fogo para queimar o incenso que era composto de resinas, gomas e gravetos de plantas aromáticas. O composto do incenso tinha estoraque, ônica (ou onicha), gálbano perfumado e outras árvores odoríficas. Geralmente, o sacerdote tomava brasas do Altar de Bronze lá fora no Pátio com uma pá no fundo do altar e espargia o pó do incenso sobre as brasas do altar, fazendo exalar um agradável odor no ambiente do Lugar Santo. Era o símbolo das orações e intercessões em favor do povo de Israel. A fumaça do incenso subia e enchia o ambiente com agradável cheiro, que representava as orações que subiam até o trono da Graça (ver Lc 1.8-13; Ap 5.8; 8.3,4).

Texto extraído da obra “O TABERNÁCULO”, editada pela CPAD. 

COMENTÁRIO E SUBSÍDIO II

INTRODUÇÃO

O altar do holocausto era a primeira indumentária que se encontrava ao entrar no Pátio do Tabernáculo. Considerando o significado do sacrifício de Cristo, no plano da salvação, estudaremos, na lição de hoje, a respeito daquele altar, fazendo as devidas aplicações em relação ao significado da cruz, bem como do sacrifício vicário de Jesus. É importante compreender, logo a princípio, que não precisamos mais sacrificar animais, pois o sacrifício de Jesus é suficiente, para conduzir todo pecador a Deus.

I. O ALTAR DO HOLOCAUSTO
                                                                 
O Altar do Holocausto tinha uma forma quadrada, seu lado interno era feito com madeira de acácia, e era revestido com uma grossa camada de bronze. Ele media cerca de 2,25m de largura, mas 1,35m de altura, e um detalhe de quatro pontas (ou chifres), que serviam para atar o animal, antes que esse fosse sacrificado. Aquele altar era o lugar propício para imolar o animal, e este tinha uma significado especial, pois apontava para um sacrifício que seria realizado no futuro, por meio do qual seria possível ter pleno acesso a Deus. O sacrifício de animais, na Antiga Aliança, era um tipo de Cristo, os profetas anteciparam que o castigo que nos traz a paz estaria sobre Ele, e que pelas suas pisaduras seríamos sarados (Is. 53.4-6). Por isso se faz alusão à figura do cordeiro, aquele animal que seria imolado pelo pecado do povo. Isso porque, como explica o autor da Epístola aos Hebreus, “quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão de pecados” (Hb. 9.22).  

II. CALVÁRIO, O ALTAR DO SACRIFÍCIO

É importante explicar que a palavra grega diatheke, tanto significa em grego aliança, quanto testamento. Quando usada como aliança, não implica que as partes envolvidas são iguais. Por isso, no Pacto do Sinai, Deus era o Soberano e Sua lei era mediada através de Moisés. O sangue dos animais, naquela aliança, era “figuras das coisas que estão no céu assim se purificassem; mas as próprias coisas celestiais, com sacrifícios melhores do que estes” (Hb. 9.23). Por isso Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém “no mesmo céu, para agora comparecer, por nós, perante a face de Deus” (Hb. 9.24). O sacerdote da Antiga Aliança entrava no santuário, para oferecer sacrifícios “muitas vezes” (Hb. 9.25), mas com Cristo foi diferente, pois “oferecendo-se uma vez, para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para a salvação” (Hb. 9.28). A adoração na Nova Aliança, em linhas gerais, é superior porque o santuário no qual o sacrifício definitivo de Cristo foi realizado é celeste, e se trata do verdadeiro santuário em cujo modelo o terreno se inspirou. Além disso, o sacrifício de Jesus foi oferecido com Seu próprio sangue, sendo Ele mesmo o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. E por fim, há uma promessa escatológica, pois Ele virá segunda vez, e essa é nossa bendita esperança, aguardamos a trombeta soar, e os mortos em Cristo ressuscitarem, e nós seremos transladados (I Ts. 4.13).

III. JESUS, NOSSO CORDEIRO

Não é mais necessária a repetição de sacrifícios, seguindo os moldes da Antiga Aliança, pois a oblação de Jesus foi “feita uma vez” (Hb. 10.10). Esse sacrifício, em virtude da sua perfeição, é capaz de justificar o pecador, e não precisa mais ser continuado “cada dia” (Hb. 10.11). Jesus ofereceu “um único sacrifício”, que é eternamente eficaz (Hb. 10.12), enquanto que o sumo-sacerdote levítico adentrava aos Santos dos santos, uma vez por ano, por ocasião da expiação. Cristo está agora “assentado para sempre à destra de Deus” (Hb. 10.12), e por esse motivo, chegará o dia em que Ele será adorado por todos, até que “seus inimigos sejam postos por escabelo dos seus pés” (Hb. 10.13). E por causa desse sacrifício, podemos ter segurança de que somos alcançados pela graça de Deus. E mais que isso, que “nenhuma condenação há para aqueles que estão em Cristo Jesus” (Rm. 8.35). Isso nos coloca debaixo de outra condição, pois por meio do sacrifício de Cristo, desfrutamos de uma Nova Aliança, anteriormente profetizada por Jeremias, ao declarar que chegaria o dia no qual Deus faria uma nova aliança com o ser humano (Jr. 31.33). Como essa é uma nova realidade, os sacrifícios levíticos se tornaram obsoletos, e não faz sentido mais retornar a eles (Hb. 10.18).

CONCLUSÃO

O altar do sacrifício era o lugar no qual os animais eram sacrificados, para propiciação dos pecados do povo. Na Nova Aliança, temos um sacrifício perfeito, que não precisa mais ser repetido, o sacrifício de Jesus Cristo, na cruz do calvário, nos é suficiente para a salvação, temos convicção que, por causa dEle, temos acesso ao Pai, podemos desfrutar de uma nova condição espiritual, fomos feitos novas criaturas (II Co. 5.17).


José Roberto A. Barbosa
Disponível no Blog subsidioebd.blogspot.com

COMENTÁRIO E SUBSÍDIO III

INTRODUÇÃO

Qual era o caminho que o pecador percorria para ter seus pecados perdoados? Ao estudarmos o Altar dos Holocaustos e o rito de lavagem dos corpos dos sacerdotes na pia de bronze, aprenderemos como alguns símbolos apontavam, com impressionante precisão, para a completude da obra expiatória de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Nessa perspectiva, estudaremos o Altar dos Holocaustos, enfatizaremos relação simbólica das suas quatro pontas com a redenção provida pelo sacrifício vicário e, por último, como o Altar dos Holocaustos revela uma imagem do Calvário para nós. Que o Espírito Santo fale ao seu coração!
Temos uma descrição do Altar dos Holocaustos em Êxodo 27.1-8. Em Êxodo 30.28 o altar é conhecido como o “Altar dos Holocausto”. Sua localização era no pátio externo entre a entrada e do Lugar Santo e era a primeira peça que se avistava ao adentrar o Santuário. Nesse Altar ardia uma chama de origem divina (Lv 9.24) e permanecia constantemente aceso (Lv 6.13). O Altar era figura do sacrifício de Cristo no Calvário – sendo a primeira peça, nos ensina que só podemos entrar na presença de Deus pelo caminho da cruz (Jo 14.6). Nós entramos em uma posição de comunhão espiritual e bênçãos através de Cristo (Ef 1.3). – Dito isto, convido-o a pensar maduramente a fé cristã!

I. O ALTAR DO HOLOCAUSTO
                                                                 
1. O Altar do Holocausto. O termo “holocausto” vem de um prefixo hebraico que significa “ascendente” ou “aquilo que sobe”. Nós o descrevemos como uma oferta consumida no fogo. No Antigo Testamento, a fumaça do holocausto exalava um cheiro especial que subia pelos ares. Quando um ofertante entrava no Pátio do Tabernáculo, a primeira imagem a aparecer-lhe era a do “altar”, mais conhecido como “o altar dos holocaustos”. A palavra “altar” sugere uma ideia de “mesa levantada”, visto que a imolação da vítima do sacrifício dava-se em cima do altar, ou seja, neste lugar, o sangue dos muitos sacrifícios era derramado pelos pecados do povo.
Um holocausto era um sacrifício totalmente queimado para Deus. O animal era morto e seu sangue era derramado sobre o altar onde a carcaça era totalmente queimada (Êx 29.16-18). Era o pagamento pelo pecado cometido. A palavra original é derivada de uma raiz que significa ‘ascender’, e aplicava-se à oferta que era inteiramente consumida pelo fogo e no sua fumaça subia até Deus. O termo ‘Altar’ tem a significação mais usual da palavra hebraica e grega que significa ‘lugar de matança’. O nosso termo ‘Altar’ vem da palavra latina ‘altus’, que chamava-se assim por ser construída em uma elevação, com a finalidade de sacrificar e para outros oferecimentos.

2. O modelo do altar e seus materiais. A forma do altar era quadrada. Seu lado interno era produzido com madeira de acácia e revestido com uma grossa camada de bronze (ou cobre). O altar media 2,25m de largura, mais 1,35m de altura. Ele tinha uma base alta e apresentava quatro cantos com quatro pontas em forma de chifres. Isso ajudava o sacerdote na ministração da cerimônia, pois o animal ficava amarrado em um desses chifres para, em seguida, ser sacrificado. Tão logo o pecador passasse pela porta principal do Pátio, ele teria que passar por alguns metros de distância pelo Altar dos Holocaustos. Assim, por meio do sacerdote, o pecador apresentaria a sua oferta de sacrifício ao Senhor. O modelo estrutural do altar apresenta-nos alguns símbolos preciosos acerca do sacrifício vicário de Jesus:
O altar era uma caixa quadrada de madeira de acácia coberta de bronze, medindo cinco côvados de comprimento, cinco de largura e três de altura. Tinha pontas de bronze em cada um dos quatro cantos. O Altar era oco e com uma grelha dentro dele. As cinzas caíam num recipiente. Ele era transportado através de varas cobertas de cobre que passavam pelas quatro argolas. Como nas outras peças da mobília, há diferenças de opinião quanto aos detalhes da sua construção.

1) O Altar dos Holocaustos indica o caminho de salvação para o pecador. No Altar dos Holocaustos, o pecador tinha seus pecados expiados. Aqui, o Calvário de Cristo tem um significado todo especial. O Cordeiro de Deus fez-se de oferta para expiar toda a culpa do pecador. Ele é “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). Assim, nosso Senhor suportou, em nosso lugar, o juízo de Deus sobre o pecado, fazendo-se pecado por nós (Is 53.4,10; Zc 13.7; Mt 26.39; 1 Tm 2.5,6). Tenha confiança na suficiência do sacrifício de Jesus! Todo acontecimento histórico e espiritual é relevante em Cristo. Examinar isso em nosso coração, de maneira sincera, implicará nossa eternidade.
O uso de um cordeiro para sacrifício era bastante familiar aos judeus. Na instituição da festa da Páscoa, um cordeiro foi usado como sacrifício (Êx 12.1 -36); um cordeiro foi levado ao matadouro, segundo as profecias de Isaías (Is 53.7); um cordeiro era imolado nos sacrifícios diários de Israel (Lv 14.12-21; Hb 10.5-7). João Batista usou essa expressão como referência ao sacrifício definitivo de Jesus na cruz para expiar os pecados do mundo, tema que o apóstolo João aborda ao longo de seus escritos (Jo 19.36; Ap 5.1-6; 17; 17.14) e que aparece também em outros escritos do Novo Testamento (1Pe 1.19). Jesus como o ‘cordeiro’ foi imolado em nosso lugar, Cristo carregou "os pecados de muitos" (Hb 9.28) — e a plenitude da ira divina caiu sobre ele (Is 53.10-11; 2Co 5.21). Esse foi o preço do pecado que ele carregou, e ele o pagou plenamente. Seu grito de angústia em 27.46 (Eli, Eli, lamá sabactâni?) reflete o extremo amargor do cálice da ira que lhe Foi dado. não seja como eu quero, e sim como tu queres. Isso não indica nenhum conflito entre as pessoas da Trindade. Antes, revela de maneira clara como Cristo, em sua humanidade, voluntariamente rendeu sua vontade à vontade do Pai em todas as coisas — de modo tão preciso que não haveria conflito entre a vontade divina e os desejos dele (Jo 4.34; 6.38; 8.29; Fp 2.8)

2) Os chifres do Altar indicam um símbolo de poder, autoridade e proteção. Na Bíblia, “os chifres” têm um símbolo de autoridade, poder e proteção. Essa simbologia estava presente no altar do holocausto e lembra-nos o mesmo poder, autoridade e proteção que o Senhor revelou no Calvário. Jesus Cristo, a luz do mundo, é poderoso para salvar todos os homens (Mt 28.19; Mc 16.15; Lc 24.47; At 1.8; 1Jo 2.2).
As pontas eram um símbolo de força e era um lugar de refúgio - Homens em apuros fugiam para se agarrar as pontas do altar (1Rs 1.50-51). Cristo é a ponta da salvação (Lc 1.68-69). Ele é o poder de Deus para salvação (Rm 1.16). Pela fé em Cristo nós nos apoderamos da força salvadora do Senhor (Is 27.5). Ao comissionar a Igreja à obra missionária, Jesus outorga seu poder, ou seja, com base na sua autoridade, os discípulos foram enviados a fazer "discípulos de todas as nações". O amplo escopo do comissionamento dos discípulos é consumado por meio da autoridade ilimitada de Jesus, em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. A fórmula é uma forte declaração do trinitarianismo. Os apóstolos já haviam experimentado o poder do Espírito Santo de salvar, guiar, ensinar e realizar milagres. Em breve eles receberiam a presença habitadora do Espírito e uma nova dimensão de poder para testemunhar (At 2.4; 1Co 6 .19-20; Ef 3.16,20). E é interessante notar que o termo grego para ‘testemunhas’ encerra o sentido de “pessoa que dá a vida pela sua fé", pois esse foi o preço comumente pago pelo testemunho.

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

A fim de ilustrar o primeiro tópico, reproduza o esquema abaixo, conforme a sua possibilidade. Na apresentação, enfatize que o Altar do Holocausto simboliza a cruz do Calvário, lugar onde Cristo foi crucificado. É uma imagem especial!
II. AS QUATRO PONTAS (CHIFRES) DO ALTAR E O SENTIDO DE REDENÇÃO

 Antigo Testamento apresenta uma linguagem que prefigura coisas e experiências presentes no Novo Testamento. De modo geral, a imagem das quatro pontas do Altar dos Holocaustos apresenta-se nessa perspectiva quando analisamos o sentido de redenção contido nelas:
1. As Quatro Pontas e a Propiciação. O ato de fazer a propiciação, segundo o Dicionário Houaiss, implica “tentar obter de alguém sua boa vontade, torná-lo favorável, aplacar a sua ira com sacrifícios”. Nas Escrituras, o sangue do sacrifício era de um animal inocente. Quando o sacerdote imolava o animal e retirava-lhe o sangue no altar de quatro pontas e, com esse gesto, apresentava a oferta pelos pecados do povo. Isso é uma propiciação, ou seja, um modo de readquirir o favor de Deus. O evento era uma ação para apaziguar a ira de Deus, a fim de que a sua justiça e a santidade fossem satisfeitas e proporcionassem um perdão eficaz ao pecador. As quatro pontas do altar do holocausto rememoram a morte de Cristo como propiciação provida por Deus para cobrir o nosso pecado e manifestar a justiça divina. O Senhor tomou sobre si o nosso pecado, revelando-nos o ato gracioso do Pai (Rm 3.24-26; 1 Jo 2.2).
A palavra ‘propiciação’ carrega a ideia básica de apaziguamento ou satisfação, especificamente em relação a Deus. A propiciação é um ato de duas partes que envolve apaziguar a ira de uma pessoa ofendida e se reconciliar com ela. “Propiciação: “Deus o ofereceu como sacrifício para propiciação mediante a fé, pelo seu sangue, demonstrando a sua justiça” - Romanos 3:25 Aqui está a palavra que eu mais admiro, pois ela demonstra a intenção de Deus em relacionar-se com seu povo. “Propiciar”, segundo o dicionário é “tornar propício, favorável”. Você só torna algo favorável quando este algo está desfavorável, ou pelo menos inerte. Na mente de Paulo e João, quando escreveram sobre o ato de propiciar, estavam as práticas feitas pelos pagãos de fazer sacrifícios de propiciação para tornar um deus (falso) favorável a eles. Se eles queriam fertilidade, eles ofereciam sacrifícios de propiciação para tornar os deuses da fertilidade propícios a eles e terem seus desejos atendidos. Se fossem viajar pelo mar, faziam sacrifício de propiciação para tornar os deuses dos mares favoráveis a eles durante a viajem, afastando assim sua ira e ganhando seu favor. Era basicamente isso que havia na mente deles quando escreveram sobre o ato de propiciar. Seus leitores da época entendiam muito bem isso, pois se havia um deus qualquer furioso, deveriam sacrificar algo em propiciação para afastar sua ira e ganhar seu favor. Detalhe importante: há um deus enfurecido ou inerte, e eu quero que ele seja favorável a mim? Então, sou eu que devo oferecer sacrifício de propiciação para que ele se torna favorável a mim.” (Walter H. C. Silva, Propiciação, Expiação, Justificação - Sabe a diferença? Disponível em:http://walterhcsilva.blogspot.com/2014/02/propiciacao-expiacao-justificacao-sabe.html. Acesso em: 23 ABR, 2019)
‘Propiciação’ - crucial para o valor do sacrifício de Cristo, essa palavra carrega a ideia de conciliação ou satisfação — nesse caso, a morte cruel de Cristo satisfez a santidade ofendida e a ira de Deus contra aqueles pelos quais Cristo morreu (Is 53.11; Cl 2.11-14). A palavra hebraica equivalente a essa era usada para descrever o propiciatório — a tampa da arca da Aliança — onde o sumo sacerdote aspergia o sangue do animal morto no Dia da Expiação para expiar os pecados do povo. Nas religiões pagãs, é o adorador e não a divindade o responsável por acalmar a ira da deidade ofendida. Porém, na realidade, o homem é incapaz de satisfazer a justiça de Deus se não for por intermédio de Cristo, exceto se passar a eternidade no inferno.

2. As Quatro Pontas e a Substituição. Levítico 16 diz muito acerca do sentido de “substituição”. Ele narra que o sumo sacerdote Arão colocava as mãos sobre a cabeça do animal para sacrificá-lo. Esse animal devia ser um macho sem defeito. Posteriormente, o sumo sacerdote confessava os pecados e as faltas do pecador arrependido a partir da oferta apresentada no altar dos holocaustos com as quatro pontas. Logo, a oferta tomava o lugar do pecador. Foi exatamente assim que Jesus levou sobre si a nossa culpa, oferecendo-se na cruz em nosso lugar (Is 53.4-6; Jo 1.29; 1 Pe 2.24). Na pessoa de Jesus Cristo, a nossa pena foi cumprida plenamente (1 Co 5.7).
A palavra redimir significa “comprar os direitos”. O termo era usado especificamente em referência à compra da liberdade de um escravo. A aplicação desse termo à morte de Cristo na cruz é bem notável. Se somos “redimidos”, então a nossa condição anterior era uma de escravidão. Deus comprou nossa liberdade, e não somos mais escravos do pecado ou da lei do Velho Testamento. Esse uso metafórico de redenção é o ensinamento de Gálatas 3.13 e 4.5.
Cristo não somente sofreu como o modelo do cristão, mas, muito mais importante, como o substituto do cristão. Carregar os pecados era ser punido por eles (Nm 14.33; Ez 18.20). Cristo sofreu o castigo e a condenação no lugar dos cristãos, satisfazendo, assim, a um Deus santo (2Co 5.21; Cl 3.13). Essa importante doutrina da expiação substitutiva é a essência do evangelho. Exatamente como o pão sem fermento simbolizou estar livre do Egito pela Páscoa (Êx 12.15-17), do mesmo modo a igreja deve ser sem fermento, uma vez que foi separada do domínio do pecado e da morte por meio do perfeito Cordeiro pascal, o Senhor Jesus Cristo. A igreja, portanto, tem de eliminar tudo o que for pecaminoso, a fim de ser separada da velha vida, incluindo a influência dos membros pecadores da igreja.

3. As Quatro Pontas e a Reconciliação. O Altar era o lugar-símbolo da reconciliação de Deus com o povo de Israel. Ali, uma vítima inocente era completamente queimada e consumida, restando apenas o sangue colocado numa pequena pia e encaminhado ao Lugar Santíssimo, o qual, depois, era aspergido sobre o propiciatório (Êx 29.11-14; Lv 4.12,16-21; 16.14-19,27). Esse rito nos leva à cruz como o único lugar onde Deus se encontra com o pecador, a fim de perdoá-lo e reconciliá-lo mediante o sangue da expiação (Hb 9.12; Rm 5.10,11; 2 Co 5.18,19). Na cruz, o Cordeiro Inocente pagou a dívida do culpado e, por isso, podemos dizer: “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo” (2 Co 5.19).
Todos os aspectos relacionados à conversão de uma pessoa e à vida recém transformada em Cristo são executados por um Deus soberano. Os pecadores por si mesmos não podem decidir participar dessas novas realidades (Rm 5 .10; 1Co 8.6; 11.12; Ef 2.1).è Cristo quem possui o  ministério da reconciliação - a realidade de que Deus deseja que os homens pecadores se reconciliem com Ele (Rm .5.10; Ef 4 .17-24). Deus chama os cristãos para proclamar o evangelho da reconciliação aos outros (1Co 1.17). O conceito de serviço, corno servir à mesa, deriva da palavra grega para "ministério". Deus quer que os cristãos aceitem o privilégio de servir aos incrédulos, proclamando o desejo de se reconciliarem. Deus por sua própria vontade e propósito usou seu Filho, o único sacrifício aceitável e perfeito, como meio de reconciliar os pecadores consigo, (At 2.23; Cl 1.19-20; Jo 14.6; At 4.12; 1Tm 2.5-6). Deus dá início à mudança na situação do pecador no falo de que ele o leva de uma posição de alienação a um estado de perdão e relacionamento correto para com ele próprio. Essa é a essência do evangelho. O mérito intrínseco da morte reconciliadora de Cristo é infinito e a oferta é ilimitada. Esse é o cerne da doutrina da justificação pela qual Deus declara justo o pecador arrependido, e não computa seus pecados contra ele porque o cobre com a justiça de Cristo no momento em que o pecador coloca a sua fé sincera em Cristo e em sua morte sacrifical (Rm 3 .2 4-4.5; SI 32.2; Rm 4.8).

4. As Quatro Pontas e a Redenção. A ideia que a palavra nos dá é a da libertação da prisão do pecado. Logo, Redenção é o pagamento de um preço pelo resgate de uma pessoa. O preço: a morte de Cristo na cruz (Mt 20.28; At 20.28; Gl 3.13; 1 Tm 2.5,6; 1 Pe 1.18,19). Aqui, é importante ressaltar que o termo “redimir” aparece, na língua grega, com o significado de “comprar e tirar fora do mercado” (uma expressão retirada do comércio de escravos), ou seja, “resgatar” de uma vez por todas a pessoa da escravidão. Foi isso que Jesus fez por nós quando nos libertou da escravidão do pecado (Rm 6.22).
Em Mateus 20.28 lemos que o Filho do Homem veio para ... dar a sua vida em resgate por muitos. A palavra traduzida como “por" significa "em lugar de", enfatizando a natureza substitutiva do sacrifício de Cristo. Um "resgate" é um preço pago para redimir um escravo ou prisioneiro. A redenção não envolve um preço pago a Satanás. Pelo contrário, o resgate é oferecido a Deus — para satisfazer a sua justiça e a sua ira contra o pecado. O preço pago foi a própria vida de Cristo, como expiação com sangue (Lv 17.11; Hb 9.22). Esse, portanto, é o significado da cruz: Cristo submeteu-se à punição divina contra o pecado em nosso favor (Is 53.4-5; 2Co 5.21). Suportar o impacto da ira divina no lugar dos pecadores era o "cálice" que ele disse que teria de beber.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“Sendo que as palavras subentendem o livramento de um estado de escravidão mediante o pagamento de um preço então, de que fomos libertos? A contemplação dessas coisas é motivo de grande alegria! Cristo nos livrou do justo juízo de Deus que realmente merecíamos, por causa dos nossos pecados (Rm 3.24,25). Ele nos livrou das consequências inevitáveis de se quebrar a lei de Deus, que nos sujeitava à ira divina. Embora não façamos tudo quanto a Lei requer, já não estamos debaixo de uma maldição. Cristo tomou sobre si essa maldição (Gl 3.10-13). A sua redenção conseguiu para nós o perdão dos pecados (Ef 1.7) e nos libertou deles (Hb 9.15). Ele, ao entregar-se por nós, remiu-nos ‘de toda iniquidade [gr. anomia]’ (Tt 2.14 [...]” (HORTON, M. Horton (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.357).


III. O ALTAR DO HOLOCAUSTO É UMA IMAGEM DO CALVÁRIO

1. O lugar do sacrifício. No Altar dos Holocaustos, como visto anteriormente, as vítimas inocentes eram sacrificadas no lugar dos pecadores. Segundo a doutrina do Antigo Testamento, confirmada no Novo, “quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão” (Hb 9.22). O lugar em que foi cumprida de uma vez por todas tal realidade foi no Calvário (Hb 9.27,28). Nele, o Cordeiro de Deus, o Filho Unigênito, foi sacrificado por amor a nós (Jo 3.16).
"É o sangue que fará expiação em virtude da vida" (Lv 17.11). A fraseologia evoca as próprias palavras de Cristo (Mt 26.28). "Derramamento de sangue" refere-se à morte (Hb 7.14,18). O ministério de Cristo como Sumo Sacerdote deve ser exercido no tabernáculo perfeito do céu. O verdadeiro Sumo Sacerdote que ofereceu o verdadeiro sacrifício pelo pecado no verdadeiro Tabernáculo. Ele é o cumprimento pleno das figuras sombrias do sistema levítico. O tabernáculo terreno e seus utensílios eram somente réplicas simbólicas do verdadeiro tabernáculo celestial (Hb 8.2), e também foram contaminados por causa das transgressões do povo (Lv 16.16). A missão do Filho está ligada de maneira inseparável ao supremo amor de Deus pelo "mundo" perverso e pecador da humanidade (Jo 6.32,51; 12.47; Mt 5.44-45), que está em rebelião contra Deus. Em João 3.15, a expressão "de tal maneira” enfatiza a intensidade ou grandeza do amor de Deus. O Pai deu o seu único e amado Filho para morrer em favor dos homens pecadores (2Co 5.21).

2. O lugar de punição ao pecado. O altar do holocausto denota que todo o ato pecaminoso deveria ser punido. A santidade de Deus e sua justiça não deixam o pecado sem punição. Infelizmente, nos tempos atuais, muitos não gostam de ouvir acerca da gravidade do pecado e como Deus se ira com ele. É preciso afirmar que semelhante ao altar do holocausto, o Calvário foi o lugar de punição do pecado de toda a humanidade. Na Cruz, Deus libertou-nos do pecado e proveu-nos eficaz salvação em Jesus, pois as Escrituras afirmam: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 6.23).
Romanos 6.23 descreve duas certezas inexoráveis:
1) a morte espiritual é o salário para toda pessoa que é escrava do pecado; e
2) a vida eterna é um dom gratuito dado por Deus aos pecadores indignos que creem no seu filho (cf. Ef 2.8-9).

3. O lugar de esperança. A obra no Calvário foi muito superior e mais ampla que a dos holocaustos, pois, a partir dali, o pecador arrependido ressuscita para uma nova vida (2 Co 5.17). A obra do Calvário traz-nos um chamado à ressurreição. Nossa vida manifesta agora todo o refrigério do Evangelho e da ação do Espírito Santo em nós. Por isso, o Calvário é um lugar de esperança!
... em Cristo” (2Co 5.17), essas duas palavras compreendem uma breve, mas a mais profunda afirmação do sentido inexaurível da redenção do cristão, a qual inclui o seguinte:
1) a segurança do cristão em Cristo, que suportou no seu corpo o castigo de Deus contra o pecado
2) a aceitação do crente em Cristo, apenas em quem Deus se compraz;
3) a futura segurança do crente em Cristo, que é a ressurreição para a vida eterna e o único fiador pela herança do cristão no céu; e
4) a participação do crente na natureza divina de Cristo, a Palavra eterna (2Pd 1.4). A obra do Calvário nos torna nova criatura - algo criado num nível qualitativamente novo de excelência. Diz respeito à regeneração ou novo nascimento (Jo 3.3; Ef 2.1-3; Tt 3.5; 1Pe 1.23; 1Jo 2.29). Essa expressão abrange o perdão dos pecados do cristão pagos pela morte substitutiva de Cristo (Gl 6.15; Ef 4.24). Para estes, “as coisas antigas já passaram” - depois que uma pessoa é regenerada, os sistemas de valores, as prioridades, as crenças, as paixões e os planos antigos passam a pertencer ao passado. O mal e o pecado ainda estão presentes, mas o cristão os vê a partir de uma nova perspectiva, a eles não mais o controlam, eis que se fizeram novas. A gramática grega indica que essa renovação é uma condição de fato contínua. A nova percepção espiritual do cristão de todas as coisas é uma realidade constante para ele, e agora ele vive para a eternidade, não para as coisas passageiras. Tiago descreve essa transformação como a fé que produz obras (Tg 2.14-25).


SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ

“A Cruz de Cristo
Os homens dizem que a cruz de Cristo não representou um ato heroico, mas quero lhe dizer que a cruz de Jesus Cristo pôs mais heroísmo na alma dos homens do que qualquer outro evento da história humana. Muitos homens têm vivido, regozijando-se e morrido, acreditando no Deus vivo, no Cristo de Deus cujo sangue limpou seus corações do pecado. Eles perceberam o verdadeiro espírito supremo do seu sacrifício santo – bendito seja Deus.
Eles manifestaram ao gênero humano aquela mesma medida de sacrifício, e suportaram tudo o que os seres humanos poderiam suportar. Quando a resistência já não era mais possível, eles passaram a estar com Deus, deixando o mundo abençoado pela evidência de uma consagração profunda, verdadeira, pura e boa, como fez o próprio Filho de Deus” (LAKE, John G. Devocional. Série: Clássicos do Movimento Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, pp.53-54).

CONCLUSÃO

Hoje aprendemos que o pecador precisava, no Antigo Testamento, passar pelo “altar de sacrifícios” para que fosse aceito diante de Deus. Mas vimos também que Cristo é a oferta suficiente e eficaz para a expiação completa de nossa culpa. Em Cristo, somos redimidos! Portanto, prestemos ao Senhor um verdadeiro sacrifício de louvor!
O holocausto era um cheiro suave e agradável para Deus (Lev. 1:9,13,17) e fazia com que a pessoa fosse aceita diante de Deus e perdoada (Levítico 1:3-4). Em Efésios 5:2, Paulo nos mostra claramente que o holocausto era uma figura exata do Senhor Jesus Cristo, que "vos amou e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave”. O Salmo 22 descreve em detalhes e profeticamente as palavras de Jesus na cruz quando Deus lança sobre Ele os pecados do mundo inteiro “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Salmo 22:1), e a agonia de ser crucificado: “todos os meus ossos se desconjuntaram” (Salmo 22:14). E então se segue o calor do fogo da morte: “O meu coração é como cera; derreteu-se no meio de minhas entranhas. A minha força se secou como um caco, e a língua se me pega ao paladar (Salmo 22:14-15) Em seu último respiro, a oferta está completa e Jesus clama: "Está consumado” (João 19:30). “Ele o fez!” (Salmo 22:31). (PALAVRAPRUDENTE)
Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos”. (Jeremias 15.16)

Francisco Barbosa
Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br

quinta-feira, 18 de abril de 2019

LIÇÃO 3: ENTRANDO NO TABERNÁCULO: O PÁTIO



SUBSÍDIO I

O Pátio

O Pátio é como se fosse um redil de ovelhas. O pastor das ovelhas fica durante as noites neste redil como guardião do seu rebanho; assim também é o Deus de Israel (Yahweh), que desejava ficar no meio do seu povo. O Tabernáculo seria o seu redil no meio de Israel. Então, Ele mesmo propõe a Moisés construir uma morada especial no meio das tribos de Israel. Disse o Senhor a Moisés: “E me farão um santuário, e habitarei no meio deles” (Êx 25.8). Em síntese, Deus desejou morar com os homens.
A porta foi especialmente desenhada e construída para servir de entrada e saída ao acesso do povo naquele local. Portanto, o acesso restringia-se à parte exterior do pátio (Átrio).
Dentro dessa cerca de linho fino retorcido, havia dois ingredientes importantes, que eram: o Altar de Bronze (ou cobre) que era usado para os sacrifícios, e a bacia de Bronze (cobre) polido, que era usada para as purificações dos sacerdotes antes de eles entrarem no Santuário. Porém, o acesso do povo ao Santuário seria somente possível através do sacerdote, o qual apresentava os sacrifícios pelos pecados e sacrifícios de gratidão do povo. Hoje, o caminho de acesso a Deus é por Jesus Cristo, que é a nossa Porta de acesso ao Pai, e pela sua carne, representada pelo véu rasgado de alto a baixo na sua obra expiatória.
A melhor tipologia para o Tabernáculo é o Senhor Jesus Cristo. Ele, segundo o Novo Testamento, fez-se carne e habitou entre os homens (Jo 1.14). Ele tornou-se o nosso Tabernáculo, isto é, como profetizou Isaías: “Ele vos será santuário” (Is 8.14)

Texto extraído da obra “O TABERNÁCULO”, editada pela CPAD

COMENTÁRIO E SUBSÍDIO II

INTRODUÇÃO

O Tabernáculo tinha um pátio, com uma entrada de acesso, por meio da qual era possível adentrar aos seus recônditos. Na aula de hoje, estudaremos a respeito desse pátio, com destaque para a porta por meio da qual era possível chegar até esse. Mais importante, nessa lição é destacar que Cristo é a porta, e por meio dEle podemos chegar ao Pai, e desfrutar de plena intimidade com Ele, que deu essa graça, por meio do sacrifício na cruz.

I. O PÁTIO DO TABERNÁCULO
                                                                 
O pátio do Tabernáculo ficava no centro de todas as tribos de Israel, sua construção foi a primeira etapa do processo de edificação, ainda no primeiro dia do segundo ano, após a saída do povo judeus do Egito, catorze dias antes da celebração da Páscoa (Ex. 40.2,17). As tribos de Israel ficavam dispersas estrategicamente no entorno desse pátio, os exércitos de Judá, Issacar e Zebulom estavam na porta principal do pátio; aos fundos, do oeste para o ocidente, na retaguarda do pátio, estavam as tropas de Efraim, Manassés e Benjamim; ao norte, na lateral do Tabernáculo, encontrava-se o exercito de Naftali, Dã e Aser; e mais ao sul, estabeleceram-se a tropa de Ruben, Simeão e Gade. Esse pátio era cortinado, com 45 metros de cumprimento, com aproximadamente 22,5 centímetros de largura. Havia sessenta colunas de bronze, sobre as quais havia um cortinado de linho branco torcido de aproximadamente 2,25 metros de altura. Essas colunas foram feitas de madeira de acácia, nas quais as cortinas eram presas. O acesso a esse pátio se dava por uma única porta, por onde era possível chegar ao lugar sagrado. As cortinas do pátio tinham cores definidas: azul, púrpura, carmesim e branco.

II. CRISTO, A PORTA PARA A SALVAÇÃO

Apenas uma porta dava acesso ao pátio do Tabernáculo, de igual modo, apenas Cristo é o caminho para se chegar a Deus (Jo. 14.6). Em nenhum outro há salvação, Seu nome é o único pelo qual os homens e as mulheres podem ser salvos (At. 4.12). Nos ditos populares, há quem assuma que “todos os caminhos levam a Roma”, mas apenas um caminho conduz ao céu, e este é Jesus Cristo. Não se trata de exclusivismo, muito pelo contrário, Ele é Aquele por meio de Quem Deus inclui a todos os que serão salvos. Deus amou o mundo de uma maneira tal, que entregou Seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nEle crê, tenha a vida eterna (Jo. 3.16). É bem verdade que apertada é a porta, e estreito é esse caminho (Mt. 7.13,14), pois é caracterizado pelo discipulado, que envolve renúncia e sacrifício (Mt. 16.24). Aqueles que reconhecem Cristo como Pastor, ouvem a Sua voz, e se encontram em Seu aprisco, esses entram por essa porta para encontrar guarida, e saem para o serviço, pois entrarão e sairão e encontrarão pastagem (Jo. 10.9).

III. ACESSO A DEUS

Por que Cristo é a Porta, como Ele mesmo assim se identificou (Jo. 10.9), podemos ter confiança de acesso ao Pai. Devemos pensar em uma Porta como a possibilidade de entrada e saída. Muitas pessoas estão aprisionadas pelas amarras da religião, mas nós que entramos por Cristo, desfrutamos da liberdade com a qual Ele nos libertou (Mt. 11.28-30). Não estamos mais atados aos princípios do legalismo religioso, nem mesmo há diferença entre judeus e gentios, homens e mulheres, pois em Cristo fomos feitos um (Gl. 3.26-29). O acesso ao antigo pátio do Tabernáculo era restrito, bem como as demais partes daquela Tenda. Mas por causa do sacrifício de Cristo no calvário, podemos entrar com ousadia no trono da graça, a fim alcançar misericórdia e graça (Hb. 4.16). Como se isso não fosse suficiente, recebemos o Espírito de adoção, por meio do qual podemos clamar Aba, Pai (Gl. 4.4-7). O próprio Jesus nos ensinou a orar chamando a Deus de Pai (Mt. 6.9), de modo que nada mais impede que possamos desfrutar dessa intimidade com Deus, pois nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus (Rm. 8.1). Os limites da religião privam o homem e a mulher de terem acesso a Deus, mas por causa de Cristo que é a Porta, temos intimidade com Aba.

CONCLUSÃO

O Tabernáculo antigo, que depois foi substituído pelo Templo, tinha restrições de acesso. Mas, por causa de Cristo, todos podem se achegar a Deus. O próprio Jesus é a Porta de entrada, a certeza de que temos um Pai amoroso, que nos envolve com sua graça, que nos atrai a Si. As relações humanas são marcadas pela segregação, das mais diversas naturezas, mas aqueles que estão em Cristo não podem fomentar a divisão, pois nEle fomos feitos um, para vivemos em comunhão, com Deus e uns com os outros.

José Roberto A. Barbosa
Disponível no Blog subsidioebd.blogspot.com

COMENTÁRIO E SUBSÍDIO III

INTRODUÇÃO

O Tabernáculo representa um grande símbolo espiritual para o povo de Israel. Ali, Deus se centralizava no meio de seu povo. E Ele esperava que essa nação reconhecesse isso. Nessa perspectiva, estudaremos acerca da posição do Pátio do Tabernáculo entre as Tribos de Israel, descreveremos a construção da cerca do Pátio e conheceremos mais sobre o sentido da Porta Principal do Pátio. Cada imagem nos revelará um valor espiritual edificante concernente à Obra Expiatória de Jesus Cristo.
Deus acampa com o seu povo. O plano de Deus sempre foi de morar em nós e ser o nosso Deus. Ele nos conduz, ele nos quer e Ele fala a nós com a voz suave de um marido que está desesperadamente apaixonado pela sua noiva. As bandeiras de cada tribo apontavam para a real bandeira de Deus - Jesus Cristo. As quatro faces e as quatro cores falam d'Ele. Ele é o nosso estandarte. O Senhor é chamado YHWH Nissi (O Senhor é a nossa bandeira). Como os Levitas se levantavam entre o homem e Deus, assim Jesus Cristo se levanta entre o homem e um Deus santo e irado, para ser um Mediador, e trocar a vingança pela clemência. O cristão nunca verá a ira da parte de Deus. Ele é nosso Pai, nosso Marido e nosso Amigo (Jo 17.22-23; 6.28-29; Hb 7.22-25). É útil estudar sobre o tabernáculo por que a nossa fé é alimentada pelo estudo de tudo que foi antes escrito (Rm 15.4; 1Pd 2.2; Jo 5.39). Por isso convém estudar o que diz a Bíblia sobre o tabernáculo. 

I. O PÁTIO ENTRE AS TRIBOS DE ISRAEL
                                                                 
Quando Moisés distribuiu as tribos em torno do Pátio do Tabernáculo, estava revelado nesse ato um senso de organização divino. O Pátio do Tabernáculo ficava no centro de todas as tribos de Israel. Era o símbolo de que Deus estaria no meio de seu povo (Is 8.14).
Isaías 8.14 lança uma luz sobre a disposição das tribos em torno do pátio do santuário: Isaías encontrou encorajamento no Senhor como o seu santo lugar de proteção contra seus acusadores.

1. As montagens provisórias do Tabernáculo. A Palavra de Deus mostra que a construção do Pátio teve como primeira etapa a montagem da estrutura do Tabernáculo no Sinai. Isso ocorreu no primeiro dia do primeiro mês do segundo ano, após a saída do povo judeu do Egito (Êx 40.2,17), isto é, quatorze dias antes da celebração da Páscoa. Do Sinai até Canaã passaram-se muitos anos. Antes de Israel entrar em Canaã, Moisés orientou que um lugar fixo deveria ser estabelecido para o Tabernáculo. Inicialmente, a estrutura foi montada em Gilgal (Js 4.19; 5.10; 9.6; 10.6,43). Depois a transferiram para Siló (Js 18.1), que ficava no território de Efraim. Tempos mais tarde, nos períodos de Saul e Davi, e por causa das guerras internas e externas, a Arca da Aliança ficava alojada em lugares diversos, o que demonstrava que o Tabernáculo já não tinha localização fixa. Finalmente, Jerusalém foi conquistada por Davi e, no reinado de Salomão, o Tabernáculo deu lugar ao Templo de Jerusalém, onde o próprio Deus confirmou o lugar e o aprovou com a manifestação de sua glória (1 Rs 8.10,11).
O primeiro Tabernáculo era uma tenda provisória que foi usado durante toda a peregrinação. Seu oficiante era Moisés, ele fazia todos os serviços e durante algum tempo não houve nenhum ritual oficial, nem sacerdócio oficial. Era o local onde podiam consultar e ouvir Deus através de Moisés. Quando Moisés entrar a nuvem baixava sobre a Tenda e cada pessoa, da porta de sua tenda, adorava ao Senhor. O formato de tenda foi utilizado por mais ou menos 500 anos, até a construção do Templo de Salomão. Na época dos Juízes, tendas e locais de adoração foram estabelecidos por todo o país: Gilgal, Siló, Betel, Dã, Mispa, Ofra, Hebrom, Belém, Nobe e outros lugares de menor importância. Durante o mandato de Eli o Tabernáculo e a Arca ficaram em Siló. Numa batalha contra os Filisteus, os Israelitas levaram a Arca para o campo de batalha e ela foi levada pelos inimigos, quando recuperada foi levada para Quiriate-Jearim. No tempo de Samuel havia cultos e sacrifícios em Mispa e em outros lugares. Nos dias de Davi, embora não fosse o Tabernáculo completo, Davi construiu uma tenda em Jerusalém para abrigar a Arca de Deus e durante um tempo ela ficou na Casa de Abinadabe, isto aconteceu quando Davi conquistou Jerusalém. Depois Davi colocou esse Tabernáculo no Monte Sião, na época, os utensílios essenciais do Tabernáculo estavam distribuídos entre Jerusalém e Gibeom. Depois com a construção do Templo toda a mobília do Tabernáculo foi reunida e Jerusalém se tornou o centro do verdadeiro culto divino. Com Salomão, a Tenda dá lugar ao Templo, com a aprovação divina. A nuvem que pairou no Templo por ocasião da dedicação, era "a glória do SENHOR", o símbolo visível da presença de Deus. Ela sinalizava a aprovação desse novo templo pelo Senhor. Uma manifestação semelhante ocorreu quando o tabernáculo foi dedicado (Êx 40.34-35). A dedicação solene de Salomão foi dirigida ao Senhor. Salomão reconheceu na nuvem escura uma manifestação da graciosa presença do Senhor entre o seu povo (Êx 19.9; 20.21; Lv 16.2) e declarou que construíra o templo para que o Senhor pudesse ali habitar na glória da espessa escuridão.

2. A posição do Pátio do Tabernáculo. Para entender a organização das tribos em torno do Pátio do Tabernáculo é preciso compreender o propósito divino resumido em Êxodo 25.8: “E me farão um santuário, e habitarei no meio deles” (cf. 29.45,46). Aqui está expressa a vontade de Deus em ser o centro de seu povo. A localização geográfica do Tabernáculo, o centro do acampamento e de frente para o Oriente, isto é, voltado para o levante do Sol, revela exatamente a vontade de Deus em habitar no coração do povo de Israel. Ora, Ele é quem deve estar no centro do nosso coração. Deus é quem deve dominar a nossa mente e vida.
Como já falamos em lições anteriores, Tabernáculo, nome derivado do verbo "habitar", era o nome apropriado para a construção que seria o lugar da presença de Deus com seu povo. Sua presença estaria entre os querubins, e dali Deus se encontraria com Moisés (Êx 25. 22). O Pentateuco registra cinco nomes para o tabernáculo:
• 1) "santuário", que denotava o lugar sagrado ou posto à parte, ou seja, lugar santo;
• 2) "tenda", que indicava a habitação temporária ou desmontável;
• 3) "tabernáculo", de "habitar", que designava o lugar da presença de Deus (bem como outros títulos);
• 4) "tabernáculo da congregação ou reunião"; e
• 5) "tabernáculo do testemunho".
É interessante notarmos a maravilha do texto original de Êxodo 25.8 no hebraico bíblico: “וְעָשׂוּ לִי מִקְדָּשׁ וְשָׁכַנְתִּי בְּתוֹכָם” (Veasu li miqedash veshachanti betocham), cuja tradução literal seria: “E me farão um santuário, e habitarei DENTRO DELES”. Este era o propósito maior do tabernáculo: Deus não habitasse apenas no MEIO DELES – mas sim DENTRO DELES.
O Tabernáculo, como figura de nossa comunhão com Deus, possuía apenas uma entrada descrita assim na Bíblia: “À porta do átrio, haverá um reposteiro de vinte côvados, de estofo azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino retorcido, obra de bordador; as suas colunas serão quatro, e as suas bases, quatro” (Êx 27.16).
3. A posição do Exército de Israel em torno do Tabernáculo. Os exércitos das tribos judaicas estavam localizados em torno do santuário divino.
1) De frente para a porta principal de acesso ao Tabernáculo. Os exércitos de Judá, Issacar e Zebulom estavam posicionados na porta principal do Pátio do Santuário. Juntos, esses exércitos somavam 186.400 homens (Nm 2.3-9);
2) Aos fundos, do Oeste para o Ocidente. Na retaguarda do Pátio do Tabernáculo estavam as tropas de Efraim, Manassés e Benjamim que, juntas, somavam 108.100 homens (Nm 2.18-23);
3) Ao norte. Na lateral do Tabernáculo, encontravam-se as hostes de Naftali, Dã e Aser. Juntas, somavam 157.600 homens (Nm 2.25-30);
4) Ao Sul. Na outra lateral do Tabernáculo, estabeleceram-se os exércitos de Ruben, Simeão e Gade. Ambos somavam 151.450 homens (Nm 2.12-19).
Ao todo eram 603.550 homens acima de vinte anos de idade que estavam entorno do Pátio do Tabernáculo. Isso passava a mensagem de que Israel reconhecia a centralidade de Deus na vida espiritual e social da nação. Assim, devemos tê-Lo como o centro de todas as esferas da vida.
Cada uma das doze tribos teve uma área específica do acampamento para habitar. Quando os seus antepassados tinham partido ao sul rumo ao Egito aproximadamente 400 anos antes, eles tinham constituído uma família de doze tribos, cada uma encabeçada por um dos filhos de Jacó, que foi chamado por Deus de Israel. Enquanto eram escravos no Egito, eles preservaram as suas divisões familiares, e durante os anos as famílias dos doze filhos transformaram-se em famílias tribais ou tribos. s doze tribos, em grupos de três, eram divinamente colocadas a uma certa distância ao redor do tabernáculo. Quatro das tribos - Judá, Rúben, Efraim e Dã - foram reconhecidas como líderes tribais. Cada uma teve seu próprio estandarte ou bandeira que os identificava como cabeça das tribos, enquanto as outras tribos tiveram suas insígnias, uma bandeira menor. É importante notar que o Jacó (o patriarca das 12 tribos) tinha profetizado que a posição sênior em sua família pertenceria à tribo de Judá: "O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele se congregarão os povos" (Gn 49.10). Do lado oriental ficou a tribo de Judá. Judá ocupava o lugar de honra ao leste. Gn 49.8-12 realça o papel e a centralidade que Judá teria na derrota dos inimigos de Israel. Judá era a tribo da qual o Messias nasceria. À sua direita, estava a tribo de Issacar e ao outro lado Zebulon. Quando as tribos marchavam, o tabernáculo era transportado no meio das tribos de Israel, seis tribos à frente e seis atrás.

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

Seguindo a perspectiva apresentada na seção “Interagindo com o Professor”, reproduza o esquema abaixo, conforme as suas possibilidades, a fim de ilustrar o Pátio do Tabernáculo.

II. A CONSTRUÇÃO DA CERCA DO PÁTIO

1. O cortinado de linho branco da cerca do Pátio. Uma cerca de 45 metros de comprimento com aproximadamente 22,5 centímetros de largura separava o Tabernáculo das Tribos ao redor. As sessenta colunas de bronze, sobre as quais havia um cortinado de linho branco torcido de aproximadamente 2,25 metros de altura, sustentavam a cerca do Pátio. Assim, não se podia ver o que passava-se no interior do pátio, senão a cobertura do Tabernáculo.
Estudando sobre as cortinas do tabernáculo, saberemos melhor da linguagem bíblica. Quando Davi desejava edificar um templo ao Senhor, ele argumenta que ele morava em uma casa de cedro “e a arca de Deus mora dentro de cortinas” (II Sm 7.2; II Cr 17.1). A profecia da destruição de Israel dada por Jeremias menciona “as minhas cortinas” (Jr 4.20; 10.20). A cor da primeira cortina, de linho fino, era branca. É comentado que na Palestina não abunda as cabras brancas, mas abunda as negras. Por isso a cor da segunda cortina, de pêlos de cabra, é dada como negra, ou morena, por ser escura (Ct 1.5). Sem estudar sobre as cortinas do tabernáculo essas referências seriam um mistério. (PALAVRAPRUDENTE).
O tabernáculo estava separado de Israel por meio de um cortinado de linho branco de dois metros e meio de altura, sustentado por sessenta colunas de bronze. No seu interior se encontrava as demais peças e divisões. As cortinas do tabernáculo falam de santidade. Dentro das cortinas tudo era santo, o impuro tinha que ficar do lado de fora. Por serem de linho fino, as cortinas falam da santidade de Deus. No livro de Habacuque encontramos a seguinte passagem: “Tu que és tão puro de olhos que não podes ver o mal” (Hc 1.13).

2. Colunas, cortinas e varais do Pátio (Êx 27.10-12). As colunas de bronze foram feitas de madeira de acácia e ficavam presas na parte interior da cortina por bases ou placas de bronze colocadas sobre o solo. Já as cortinas eram costuradas uma a outra até formarem uma tela bem firme. Por sua vez, os varais encaixavam-se às colunas e ao cortinado da cerca. Tudo era metricamente encaixado. Assim, as colunas, as cortinas e os varais são elementos que didaticamente podem simbolizar a segurança, a estabilidade e a comunhão na vida cristã, produzidas pela Obra Expiatória de Cristo. Ora, em Cristo toda a justiça de Deus foi satisfeita na obra expiatória; por isso temos a segurança da salvação (Rm 8.33-39). Estamos seguros em Cristo (Jo 10.28-30)! Depois, a partir dessa obra, temos acesso às promessas de Deus, as quais nos dão estabilidade na vida cristã (Rm 14.4; Cl 3.3). Por fim, a Expiação de nosso Senhor não apenas salvou-nos, mas abriu-nos a porta da comunhão cristã (1 Co 12.12,13; Ef 2.1216). Portanto, à semelhança das colunas, cortinas e varais do Tabernáculo, a Obra Expiatória de Cristo nos traz segurança, estabilidade e comunhão na vida cristã.
Em se tratando de segurança em Cristo, Romanos 8.33 é esclarecedor: “é Deus quem justifica - quem pode acusar com êxito alguém a quem Deus declarou justo?” Há quatro razões pelas quais o cristão não pode ser declarado culpado:
1) a morte de Cristo;
2) sua ressurreição;
3) sua posição soberana;
4) sua contínua intercessão por eles (Is 53.12; Hb 7.25; Rm 8.35-39).
Em Romanos 8.35-39, o apóstolo lista uma relação de experiências ou pessoas que não podem separar o cristão do amor de Deus em Cristo, e para Paulo, não é apenas uma teoria. Ao contrário, foi um testemunho pessoal de alguém que havia, pessoalmente, sobrevivido a ataques dessas entidades e emergiu triunfante. A estabilidade na vida cristã advém do modo como Cristo avalia cada cristão, e o seu julgamento não leva em consideração a tradição religiosa ou a preferência pessoal (Rm 8.33-34; 1Co 4.3-5), mas considera o coração. Também já estamos mortos com Cristo. Escrevendo aos Colossenses 3.3, o apóstolo utiliza um tempo verbal para indicar que a morte ocorreu no passado; nesse caso, na morte de Jesus Cristo, quando os cristãos foram unidos com ele, o castigo pelo pecado deles foi pago e eles ressuscitaram com ele para uma nova vida oculta juntamente com Cristo, em Deus. Essa significativa expressão tem um sentido triplo:
1) os cristãos têm uma vida espiritual comum com o Pai e com o Filho (1Co 6.17; 2Pe 1.4);
2) o mundo não pode compreender a grande importância da nova vida do cristão (1Co 2.14; 1Jo 3.2); e
3) os cristãos estão seguros e protegidos de todos os inimigos espirituais, bem como têm acesso a todas as bênçãos de Deus (Jo 10.28; Rm 8.31-39; Hb 7.25; 1Pe 1.4).

3. A cerca de linho: a santidade e a justiça de Deus. A parte reservada na esfera interna do Pátio, separada pelo “linho branco torcido”, revelava a santidade de Deus. Ali, os sacerdotes ministravam os cerimoniais de sacrifícios pelos pecados do povo. Nesse sentido, o Pátio do Tabernáculo revelava que o pecador não tinha acesso ao Deus Santo, senão por meio do sacerdote. Deus é Santo e Justo. O homem carece de santidade e de justiça. No entanto, em Cristo, o pecador é justificado e santificado para a salvação. Esse é o maior milagre que o pecador pode desfrutar de seu encontro com Jesus. Só quem pode justificá-lo e santificá-lo é Jesus!
O Tabernáculo estava separado da congregação por uma cerca de 60 colunas de bronze, sobre as quais apoiava-se um cortinado de linho branco, de dois metros e meio de altura. Temos uma tipologia que aponta para a separação entre Deus e o pecador (Êx 38.10-15, 19, 31; Is 59.2). No Evangelho segundo Lucas temos o linho branco apontando para o homem perfeito, para o caráter justo de Jesus. Esse evangelista apresenta a pessoa do Salvador como o Filho do homem. E o Evangelho do Filho do homem. E como todo homem perfeito, ilustre e nobre precisa de uma genealogia, o médico Lucas registra a ascendência de Jesus. O Senhor, em Lucas, cumpre a profecia de Zacarias 6.12: "E dize-lhe: Assim diz o Senhor dos Exércitos: Eis aqui o homem cujo nome é Renovo: ele brotará do seu lugar, e edificará o templo do Senhor".

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“[...] Faz-se necessário examinar mais de perto alguns aspectos da obra redentora de Cristo. Várias palavras bíblicas a caracterizam. Ninguém que leia as Escrituras de modo perceptivo pode fugir à realidade de que o sacrifício está no âmago da redenção, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. A figura de um cordeiro ou cabrito sacrificado como parte do drama da salvação e da redenção remonta à Páscoa (Êx 12.1-13). Deus veria o sangue aspergido e ‘passaria por cima’ daqueles que eram protegidos por sua marca. Quando o crente do Antigo Testamento colocava as suas mãos no sacrifício, o significado era muito mais que identificação (isto é: ‘Meu sacrifício’). Era um substituto sacrifical (isto é: ‘Sacrifico isto em meu lugar’)” (HORTON, M. Horton (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.352).

III. A PORTA DO PÁTIO

1. A Porta do Pátio: uma tipificação do único caminho (Êx 27.16). Para se entrar no Pátio do Tabernáculo havia apenas uma Porta. Esta porta dava acesso ao local sagrado, onde Deus habitava. Cristo, o nosso Senhor, é a verdadeira Porta de acesso para todos os pecadores. Ele mesmo declarou: “Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens” (Jo 10.9). Essa palavra de nosso Senhor confirma toda a doutrina do Novo Testamento que tem em Cristo o único caminho de entrada possível para chegarmos ao Pai: “Ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14.6). Essa porta, portanto, é o único meio de acesso a Deus (At 4.12; Ef 2.18).
A entrada foi ornamentada com uma cortina (Êx 26.36) de 9 m de comprimento. Provavelmente era muito bonita, como o véu dentro do Tabernáculo. A cortina que formava a cobertura, para a entrada no átrio tinha cores diferentes daquela que circundava o átrio retangular. Havia somente um caminho para entrar-se nesse lugar especialíssimo escolhido por Deus e enfaticamente indicado como o lugar de sua habitação com o povo. João 10.9 e 10 são uma maneira proverbial de insistir que a fé em Jesus como o Messias e o Filho de Deus é o único meio para ser "salvo" do pecado e do inferno, e receber vida eterna. Somente Jesus Cristo é a única fonte verdadeira de conhecimento de Deus e a única base para a segurança espiritual. Jesus diversas vezes se autodeclarou "Eu sou" (veja Jo 6.35; 8.12; 10.7-9; 10.11,14; 11.25; 15.1,5). Em resposta à pergunta de Tomé, Jesus declarou que ele é o caminho para Deus porque ele é a verdade de Deus (Jo 1.14) e a vida de Deus (Jo 1.4; 3.15; 11.25). João discorre no capítulo 14.6 sobre o fato de que, a exclusividade de Jesus como o único caminho para o Pai é enfática. Existe somente um caminho, não muitos caminhos, para Deus, ou seja, Jesus Cristo (Jo 10.7-9; Mt 7.13-14; Lc 13.24; At 4.12).

2. As quatro colunas e suas bases: uma tipificação do Evangelho (Êx 27.16). Destacamos aqui as quatro colunas e suas quatro bases. Essas bases e colunas sustentavam a porta principal do Pátio. Esse fato nos faz rememorar os quatro Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João), o maior instrumento que o ser humano tem para conhecer a pessoa bendita de nosso Senhor Jesus Cristo. Toda a revelação de que precisamos saber acerca da pessoa de Cristo está narrada nos Evangelhos. Por isso, para ter uma base espiritual sólida e conhecer a pessoa de Jesus, precisamos começar pelos Evangelhos. Assim, Leia toda a Palavra de Deus e a guarde no seu coração.
Sobre isto, transcreve um trecho do livro de Abraão de Almeida, “O TABERNÁCULO E A IGREJA - Entrando com ousadia no santuário de Deus” (CPAD): “As quatro colunas da entrada do Tabernáculo têm também um significado muito importante. Em Êxodo 27.16 lemos: "A porta do átrio haverá um reposteiro de vinte côvados, de estofo azul, púrpura, carmesim e linho fino torcido, obra de bordador; as suas colunas serão quatro, as suas bases quatro". Estas quatro colunas representam ou falam da oportunidade para todos, pois o número quatro está sempre relacionado com a plenitude da Terra. Todos têm oportunidade de entrar no Santuário (Mateus 24.31; João 3.16).
Os quatro véus que cobrem as quatro colunas de entrada da tenda, por suas cores significativas, apontam-nos os quatro Evangelhos, pela ordem em que estes aparecem no Novo Testamento. Comparemos essas cores com os retratos de Jesus que os quatro evangelistas nos deram:
1. A púrpura. Esta cor se relaciona com a realeza e aponta para o Evangelho segundo Mateus, que é o Evangelho do Rei. Mateus enfatiza este aspecto do caráter de Jesus, quando, por 14 vezes, o chama de Filho de Davi, o famoso rei cuja descendência Deus prometeu perpetuar no trono de Israel. O Messias viria como Rei, conforme a profecia de Zacarias 9.9: "Eis aí o teu Rei". Por isso Mateus registra a genealogia de Jesus, pois um Rei precisa provar a sua ascendência real.
2. O carmesim. O Evangelho segundo Marcos está relacionado com a cor carmesim, ou seja, como sangue, que aponta para o servo sofredor, para o Messias na cruz, conforme a profecia de Isaías 42.1: "Eis aqui o meu servo, a quem sustento; o meu escolhido, em quem a minha alma se compraz; pus sobre ele meu Espírito, e ele promulgará o direito para os gentios". Um servo não precisa de genealogia, por isso Marcos não trata da ascendência do Senhor. Mateus, em seu Evangelho, focaliza a pessoa de Jesus do ponto de vista de sua realeza, e isto nos leva ao Lugar Santíssimo do Tabernáculo, onde Deus habitava sobre o Propiciatório, entre os querubins da glória. Marcos, por sua vez, já apresenta os traços de Jesus do ponto de vista da cruz, como o servo sofredor, e isto nos leva ao altar de bronze, ou dos holocaustos. Percebemos esses pontos de vista claramente expressos em Mateus 13.23 e Marcos 4.8,20, respectivamente. Nesses textos, que tratam da Parábola do Semeador, a frutificação em Mateus é decrescente, enquanto em Marcos é crescente. Mateus diz: a 100, a 60 e a 30 por um, e Marcos registra: a 30, a 60 e a 100 por um, e isso conforme as três principais divisões do Tabernáculo: o Pátio, o Santuário e o Santo dos Santos.
3. Linho branco. No Evangelho segundo Lucas temos o linho branco apontando para o homem perfeito, para o caráter justo de Jesus. Esse evangelista apresenta a pessoa do Salvador como o Filho do homem. E o Evangelho do Filho do homem. E como todo homem perfeito, ilustre e nobre precisa de uma genealogia, o médico Lucas registra a ascendência de Jesus. O Senhor, em Lucas, cumpre a profecia de Zacarias 6.12: "E dize-lhe: Assim diz o Senhor dos Exércitos: Eis aqui o homem cujo nome é Renovo: ele brotará do seu lugar, e edificará o templo do Senhor".
4. Azul. Finalmente chegamos à cortina azul, e essa cor indica sempre o Céu ou aquilo que é celeste. Vemos em João o Evangelho do Filho de Deus. Jesus, como Filho de Deus, cumpre a profecia de Isaías 40.9: "Tu, ó Sião, que anuncias boas-novas, sobe a um monte alto! Tu, que anuncias boas-novas a Jerusalém, ergue a tua voz fortemente; levanta-a, não temas, e dize às cidades de Judá: Eis aí está o vosso Deus". João não registra a genealogia de Jesus, pois Deus não tem genealogia.
Dentre as referências ao azul no Antigo Testamento destaca-se à do cordão azul em Números 15.38-40: "Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes que nos cantos das suas vestes façam borlas pelas suas gerações; e as borlas em cada canto presas por um cordão de azul. E as borlas vos serão para que, vendo-as, vos lembreis de todos os mandamentos do Senhor, e os cumprais; e não seguireis os desejos do vosso coração, nem os dos vossos olhos, após os quais andais adulterando. Para que vos lembreis de todos os meus mandamentos, e os cumprais, e santos sereis a vosso Deus".” (Abraão de Almeida, O TABERNÁCULO E A IGREJA - Entrando com ousadia no santuário de Deus CPAD, pág 16)

3. As cores da cortina de entrada: diversos tipos (Êx 27.16). Azul, púrpura, carmesim e branco eram as cores da cortina de entrada ao Pátio. Nas Sagradas Escrituras, as cores sempre simbolizaram aspectos importantes da fé. Muitas igrejas de tradições cristãs distintas (como as episcopais, as reformadas e, até mesmo, algumas pentecostais) observam o que se convencionou chamar de Calendário Litúrgico. Nele, os dias comemorativos são inspirados por cores. Essa prática está ancorada nas comemorações litúrgicas do povo de Deus do Antigo Testamento. Nesse aspecto, podemos destacar, por exemplo, que o azul lembra o céu. A púrpura lembra a ideia de realeza. O carmesim lembra a ideia de humilhação e sofrimento. O branco lembra a ideia de justiça, perfeição (Rm 5.18). O Senhor Jesus remonta essas cores: Ele veio e foi para o céu, Ele é o Rei dos reis e Senhor dos senhores, Ele é justo e perfeito, e foi humilhado e moído pelos nossos pecados (Is 42.1; Fp 2.5-9).
No hebraico, a palavra masak é usada para descrever a cortina da entrada da tenda (Êx 27.16;35.17;38.18;39.40;40.8,33). Algumas vezes, essa palavra é usada para se referir ao véu que separava o lugar santo do santíssimo (Êx 35.12;39.34;40.21; compare com o termo véu em Êx 26.31). Essa separação era feita com fios multicoloridos e acabamento artístico. Era pendurada em cinco colunas de madeira de cetim, revestidas de ouro, e ainda havia cinco bases de cobre. A cortina que permitia a entrada no tabernáculo não poderia ser levantada por qualquer vento. O acesso ao interior da tenda era altamente restrito por esta pesada e ornamentada barreira. Isso lembra ao cristão que o maravilhoso acesso ao Deus vivo se deu porque Cristo completou Sua obra (Hb 4.16). Os governantes antigos, em sua maioria, não eram acessíveis para ninguém que não fizesse parte de seus principais conselheiros (Et 4.11). Em contrapartida, o Espírito Santo pede a todos que se acheguem com confiança ao trono de Deus para receber misericórdia e graça por meio de Jesus Cristo (Hb 7.25; 10.22; Mt 27.51). A arca da Aliança era vista como o lugar na terra onde Deus se assentava em seu trono entre os querubins (cf. 2Rs 19.15; Jr 3.16-17). Os tronos orientais incluíam um estrado para os pés — mais uma metáfora para a arca (Sl 132.7). Foi no trono de Deus que Cristo fez expiaçâo pelos pecados, e é ali que a graça é dispensada aos cristãos para todas as questões da vida (2Co 4.15; 9.8; 12.9; Ef 1.7; 2.7). "Graça seja convosco" tornou-se uma saudação comum entre os cristãos que celebravam essa provisão (Rm 1.7; 16.20.24; ICo 1.3; 16.2.3;2Co 1.2; 13.13;Cl 1.3;6.18;Ef 1.2: 6.24; Fp 1.2; 4.18; Cl 1.2; 4.18; 1Ts 1.1; 5.28; 2Ts 1.2; 3.18; tTm 1.2: 6.21;2Tm 1.2; 4.22;Tt 1.4; 3.15; Fm 3,25).


SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ

“A Palavra, não os Sentimentos
Que Deus nos dê uma posição séria e decidida, na qual a carne e o sangue tenham de se render! Avançaríamos muito. Não seríamos movidos por nossos sentimentos.
O indivíduo ora por uma noite inteira e recebe uma bênção, mas amanhã, por ele não sentir exatamente o que acha que deve sentir, começa a murmurar. Desse modo, ele troca a Palavra de Deus por seus sentimentos.
Deixe Cristo fazer sua obra perfeita. Você tem de deixar de ser. Trata-se de algo difícil para você e para mim. Mas não é problema algum quando você está nas mãos do oleiro. Você está errado quando fica esperneando. Você está certo quando fica quieto e deixa Deus formar você de novo.
Portanto, permita que hoje Ele o forme de novo e faça de você um vaso que aguentará a tensão” (WIGGLESWORTH, Smith. Devocional. Série: Clássicos do Movimento Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp.76-77).

CONCLUSÃO

Nesta lição, estudamos a centralidade de Deus em nossa vida por meio da posição do Tabernáculo. Fomos estimulados a termos uma base e segurança espiritual por meio da construção do Pátio do Tabernáculo. E concluímos que o Senhor é o único meio de acesso a Deus através da imagem da porta do pátio. Portanto, sejamos conscientes de que Jesus Cristo se revelou ao seu povo como o único caminho para o pecador alcançar a salvação. Ele é o único caminho que conduz ao Céu!
“Tudo quanto outrora foi escrito, para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência, e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança" (Rm 15.4). O Tabernáculo, construído por Moisés no deserto, deixou profundas lições para a Igreja, tanto através da rica tipologia dos seus objetos, como também pelo significado espiritual do sacerdócio, dos sacrifícios e das celebrações anuais.

Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos”. (Jeremias 15.16)
   
Francisco Barbosa
Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br