SUBSÍDIO I
A BONDADE DE UM JUSTO
A Bíblia está repleta de textos
que demonstram a bondade de Deus. A parábola levanta este questionamento: “E
Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda
que tardio para com eles?”.
A bondade de Deus faz com que
ele ouça aos seus escolhidos. Jesus ensinou que: “se, vós, pois, sendo maus,
sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai que está nos
céus, dará bens aos que lhe pedirem?” (Mt 7.11).
Quando encontramos na Bíblia a
expressão “boas coisas” significa as dádivas do Pai que foram descritas por
Jesus em que encontramos expressas na ética do Reino de Deus conforme o Sermão
do Monte: retidão, sinceridade, pureza, humildade e sabedoria e tudo o mais que
glorifique a Deus.
Antes disso ele estava ensinando
sobre oração também. Ele dizia: “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e encontrareis;
batei, e abrir-se-vos-á” (Mt 7.7). Na parábola que estamos estudando,
encontramos a viúva clamando, Jesus ensina sobre a oração e precisamos lembrar
que Deus é bom. Richards destaca nesta passagem que “se os pais humanos, que
são maus, dão coisas boas aos seus filhos, Deus, que é completamente bom,
certamente dará coisas boas àqueles que Lhe pedirem, ou seja, Deus não apenas
responderá nossas orações, mas, sua resposta nascerá de seu amor de Pai por
nós, e será verdadeiramente uma coisa boa”.
Na análise de Mateus 7.7,11
Tasker destaca que “o discípulo jamais deve imaginar que a persistência na
oração é necessária para sobrepujar alguma indisposição da parte do Pai quanto
a responder aos pedidos dos seus filhos, nem precisara temer jamais que o Pai o
despachará oferecendo-lhe algum substituto desprezível”. Tasker destaca
também que “seria um comportamento incrível, diz Jesus, da parte de qualquer
pai terreno, por mau (isto
é, “maldoso” ou “mesquinho” ) que fosse, zombar do filho dando-lhe alguma coisa
parecida com o que o filho pede mas, de fato, basicamente diferente — pedra em
vez de pão, cobra em vez de peixe, quanto mais incrível seria rebaixar-se o Pai
Celeste a tais indignidades, ou negar-se a presentear dádivas a seus filhos, em
resposta as suas orações, tão
boas como as que os pais terrenos se empenham em dar”.
Importante destacar que a
bondade de Deus se manifesta de maneira abundante na disposição das dádivas
espirituais, em especial, na dádiva do Espírito Santo. Toda bondade presente na
criatura humana foi incutida pelo Criador, pois sua bondade lhe é inerente à
natureza. Portanto, Deus é eternamente bom e ele desejou compartilhar essa
bondade com o ser humano.
Os atributos morais de Deus
expressam o seu caráter, e, geralmente são divididos em bondade, santidade e
justiça. Tratam-se de características divinas presentes no relacionamento de
Deus com suas criaturas. A bondade faz parte da essência de Deus: “provai e
vede que o Senhor é bom; bem-aventurado o homem que nele confia” (Sl 34.8).
Campbell destaca que “podemos discorrer acerca de Deus, de sua existência e das
evidências externas que o universo e a providência oferecem, entretanto, e
somente quando seu amor e presença tocam nosso coração é que o conhecemos de
fato em sua bondade indescritível”.4
Texto extraído da
obra: As Parábolas
de Jesus: As
verdades e princípios divinos para uma vida abundante. 1. ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 2018
COMENTÁRIO E
SUBSÍDIO II
INTRODUÇÃO
A parábola do Juiz Iníquo, que na verdade, é a
parábola da viúva perseverante, tem muito a nos ensinar sobre a oração. Vivemos
em uma sociedade que se esqueceu de oração, que deixou de buscar a Deus, e
quando o faz busca apenas seus interesses egoístas. Na aula de hoje, com base
nessa parábola contada por Jesus, aprenderemos a importância de persistir em
oração, confiando que o Senhor ouve nossas petições, e ainda mais relevante,
que podemos ter comunhão com Ele.
I. A FÉ COMO
PERSEVERANÇA
A palavra pistis em grego carrega múltiplos
significados, podendo se referir tanto à crença, quando a fidelidade, sobretudo
em tempos de adversidades. O autor da Epístola aos Hebreus define a fé como “o
fundamento das coisas que se esperam” (Hb. 11.1). Essa é a fé-fidelidade,
apresenta por Paulo como um dos aspectos do Fruto do Espírito (Gl. 5.22). Essa
é a fé que, segundo as próprias palavras de Jesus, deve ser cultivada, sob o
risco de, por causa da falta de amor de muitos, deixar de existir (Lc. 18.8). Há
pessoas que estão desistindo da caminhada cristã, trocando-a por valores
meramente terrenos, buscando pratos de lentilhas ao invés do maná celestial. A
fé cristã é a base da fé daqueles que se entregam incondicionalmente a Cristo,
que seguem Seus passos como verdadeiros discípulos. Essa fé também pode ser
demonstrada como charisma do Espírito (I Co. 12), a fim de ver a manifestação
de milagres, Jesus disse que essa fé é capaz de mover montanhas (Mt. 17.20).
Uma das formas de expressar essa fé é por meio da oração, sobretudo nestes
tempos nos quais as pessoas deixaram de orar. Por causa do pragmatismo
contemporâneo, muitas igrejas confiam mais em seus dotes políticos, do que na
intervenção do Espírito para conduzir seus ditames. Como igreja do Senhor Jesus,
devemos perseverar na oração, firmes nas promessas dAquele que o Cabeça da
igreja.
II. A PARÁBOLA
DA PERSEVERANÇA
A fim de ressaltar a importância da perseverança na
oração, Jesus contou uma parábola a respeito de uma viúva persistente. É digno
de destaque o papel das mulheres no Evangelho segundo Lucas, principalmente
daquelas que ficaram viúvas (Lc. 2.27,28; 4.25,26; 7.11-17; 18.1-8; 20.45-47;
21.1-4). Essa parábola precisa ser compreendida no contexto da época dos tempos
de Jesus, nesse tempo o tribunal era móvel, tratava-se de uma tenda que seguia
um determinado juiz. Aquela viúva, mesmo sendo uma mulher, e ainda por cima
viúva e pobre, manteve-se perseverante em relação a sua causa. A mensagem que
Jesus quer ensinar nessa parábola é única: devemos orar e jamais desfalecer.
Lembremos que Paulo nos instruiu a orar sem cessar (I Ts. 5.17), isso quer
dizer que devemos orar sempre, pois a oração descortina os céus. É importante
ressaltar que por causa de Jesus, hoje temos livre acesso ao trono da graça (Hb.
4.14-16). É bem verdade que Deus nem sempre responde as orações da maneira que
desejamos, Ele pode dizer “não”, como aconteceu com Moisés e Paulo, ou
simplesmente “espere”. Em todas as situações, devemos perseverar até que
saibamos a vontade de Deus, cientes de que Sua vontade é soberana, e que sempre
fará o melhor para cada um de nós.
III. A
PERSEVERANÇA NA ORAÇÃO
A oração baseia-se na convicção de que o Pai
Celeste, que tem providencial cuidados sobre nós (Mt. 6.26,30; 10.29,30), que é
cheio de misericórdia (Tg. 5.11), ouvirá e responderá às petições dos seus
filhos da maneira e no tempo que Ele julgue melhor. A oração deve, então, ser
feita com toda a confiança (Fp. 4.6), embora Deus saiba de tudo aquilo que
necessitamos, antes de lhe pedirmos (Mt. 6.8,32). A resposta do Senhor pode ser
demorada (Lc. 11.5-10), importuna (Lc. 18.1-8) e repetida (Mt. 26.44), e a
resposta pode não ser o que pedimos (II Co. 12.7-9), mas o cristão pode
descarregar sua ansiedade em Deus, sabendo que nEle podemos descansar (Fp.
4.6,7). As posições na oração, de acordo com a Bíblia, são as mais diversas: em
pé (I Sm. 1.20,26; Lc. 18.11), de joelhos (Dn. 6.10; Lc. 22.41), curvando a
cabeça e inclinando-a à terra (Ex. 12.27; 34.8), prostrado (Nm. 16.22; Mt.
26.39), com as mãos estendidas (Ed. 9.5) ou erguidas (Sl. 28.2; I Tm. 2.8).
Sobre o lugar, o templo é reconhecido, prioritariamente, como “Casa de Oração”
(Lc. 18.10), mas os fiéis sempre oraram em lugares diversos, de acordo com a
necessidade: dentro de um grande peixe (Jn. 2.1), sobre os montes (I Rs. 18.42;
Mt. 14.23), no terraço da casa (At. 10.9), em um quarto interior (Mt. 6.6), na
prisão (At. 16.25), na praia (At. 21.5). O lugar e a posição corporal não são
dogmáticos em relação à oração, o mais importante, conforme ressaltou o Senhor,
em Jo. 4.24, é a disposição espiritual, a fim de não incorrer na hipocrisia dos
fariseus (Mt. 6.5).
CONCLUSÃO
A parábola de Jesus, a respeito da mulher perseverante, deve servir de
motivação para que continuemos orando, ainda que os tempos sejam difíceis. Não
sabemos o que sobrevirá o dia de amanhã, mesmo assim estamos cientes que o
Senhor está no comando. Devemos confiar na Sua palavra que é fiel e verdadeira,
e na Sua disposição de fazer sempre o que é melhor, ainda que não compreendamos
neste momento. A resposta ao pragmatismo, que se adianta sem a vontade de Deus,
é persistir diante dAquele que tem todas as respostas.
José Roberto A. Barbosa
Disponível no Blog
subsidioebd.blogspot.com
COMENTÁRIO E
SUBSÍDIO III
INTRODUÇÃO
A
perseverança na fé é uma das exortações bíblicas mais urgentes nos dias de
hoje. Sobretudo, quando acompanhada da oração, pois esta também é de suma
importância, visto ser a forma de comunicação vital dos discípulos com o Pai
soberano nestes tempos perigosos até o estabelecimento final do Reino de Deus.
Esta parábola, também conhecida como a "parábola da viúva persistente”,
mostra que a oração intermitente em tempos de crise é o meio pelo qual os
discípulos do Reino se valem da justiça do Pai a seu favor.
Lucas deixa claro o motivo pelo qual Jesus conta
essa parábola: devemos perseverar na oração. Como afirma John Wesley: "Ele
falou uma parábola para eles - Esta e a seguinte parábola nos advertem contra
dois extremos fatais, no que diz respeito à oração: o primeiro contra a
fraqueza e o cansaço, o segundo contra a autoconfiança". Perseverar
remonta a ideia de permanecer, resistir, em nosso caso, não desistir da fé
cristã em tempos de tentação, aflição, angústia, provação e perseguição.
Perseverança é uma qualidade daquele que persiste, que tem constância nas suas
ações e não desiste diante das dificuldades. Perseverar é conquistar seus
objetivos devido ao fato de manter-se firme e fiel a seus ideais e propósitos.
A insistência da viúva é a lição da parábola. Deus é um exemplo inverso desse
juiz. Ele não responde a um pedido de má vontade. A mensagem de Jesus é clara:
se até mesmo um juiz insensível atende às frequentes solicitações de alguém,
Deus certamente responderá às contínuas orações dos seus servos. Deus
responderá à injustiça e à perseguição que oprimem o Seu povo. No final, Ele se
vingará – “Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça” (v.8).
I. INTERPRETANDO
A PARÁBOLA DO JUIZ INÍQUO
1.
Uma parábola difícil. Muitos estudiosos consideram essa parábola uma das mais difíceis. De
fato, o modo como algumas Bíblias a intitulam, ou seja, quando na epígrafe
editorial consta, por exemplo, "A parábola do juiz iníquo", têm
levado muitos a fazerem interpretações equivocadas sobre a bondade, o amor e a
justiça de Deus. Contudo, devemos levar em conta o propósito que levou Jesus a
contar essa parábola. Trata-se de uma parábola que, a exemplo de outras que
estudamos ao longo desse trimestre, funciona como um contraste. Conforme
veremos, ela possui até certo fundamento em seu estilo de acentuar a
perseverança, e se faz acompanhar de um chamado ao discernimento (v.6), três
afirmações da defesa graciosa que Deus faz dos seus e é concluída com um
questionamento sobre a existência, ou não, da fé, quando chegar o tempo em que
Deus defenderá os seus (v.8b).
Na parábola do juiz iníquo o Senhor Jesus ministra
um precioso ensinamento sobre o dever de orar. A construção da parábola se dá
em torno de dois personagens que exemplificam muito bem as nossas dificuldades
diárias e como devemos lidar com elas. O contexto desta parábola tem como
propósito central, estimular as pessoas na prática da oração como parte
intrinsecamente partidária da adoração. Nesta parábola, Deus não é dito ser
similar ao juiz iníquo, mas ele é descrito como alguém que está muito mais
disposto e que é muito mais generoso do que ele (Lc 11.9-13, 18.6-8). São três
os atributos divinos apresentados nesta parábola: a bondade, o amor e a justiça
de Deus. Segundo os melhores exegetas, o atributo do qual deriva, se é que
podemos usar esse termo, todos os outros atributos, é justamente a bondade
divina, tão bem expressa nessa parábola. Para o crente, a lição importante é:
persistência.
2. O
juiz. Não é
preciso interpretar, ao pé da letra, cada detalhe de todas as parábolas.
Entretanto, aqui vamos assim proceder com o fim exclusivo de mostrarmos o
contexto que se passa na mente dos ouvintes. Tudo indica que na estrutura
jurídica do judaísmo antigo existiam dois sistemas de tribunais: o judaico e o
gentílico. Por isso, há estudiosos que entendem que o magistrado da parábola
era um juiz gentio. A Mishná declara que três juízes deveriam definir a
sentença nos casos que envolvessem propriedade. Flávio Josefo fala de tribunais
com até sete juízes na Galileia. A parábola pressupõe um tribunal com um juiz
somente, pois, neste caso, pode tratar-se de um simples recurso para a
simplificação da narrativa. Na verdade, para entendermos melhor a parábola, não
é tão importante o conhecimento do sistema jurídico daquele tempo, mas sim nos
conscientizar da condição desesperadora de muitas viúvas da época que sofriam
com juízes corruptos ou desumanos.
O evangelho de Lucas
volta parte de sua atenção para as pessoas consideradas de má fama pela
sociedade judaica. Lucas menciona muitas pessoas que não
eram respeitáveis. O trecho que acabamos de ler é uma parábola
proferida por Jesus, como é atestado no início do versículo 9: “Propôs
também esta parábola...”. As causa religiosas eram julgadas pelo
Sinédrio, órgão judaico máximo, um tribunal aristocrático composto pelo Sumo
Sacerdote e por nobres. Jesus foi interrogado por esse conselho sobre questões
de doutrina e considerado culpado. O Sinédrio não podia aplicar a pena de
morte. Por isso, o caso foi levado ao governador romano, Pôncio Pilatos. Na
cidade em que a viúva vivia havia um juiz. Jesus o descreve como sendo um homem
contrário a Deus e que também não tinha qualquer respeito pelas pessoas. Essa
descrição sem dúvida enfatiza que aquele juiz era alguém egoísta e desprezível.
3. A
viúva. As viúvas eram reconhecidas pelas suas roupas típicas, as quais
indicavam sua situação (Gn 38.14,19). Naquele tempo as jovens casavam-se no
início da adolescência, por isso, apesar de haver muitas viúvas, elas não eram,
necessariamente, mulheres de idade avançada. A maioria era deixada sem nenhuma
forma de subsistência. Se permanecessem na família do falecido, acabavam numa
condição inferior, quase servil. Se retornassem para a sua família de origem, o
dinheiro do dote repassado nas negociações do seu casamento teria que ser
devolvido. Dessa forma, as viúvas em geral ficavam em uma situação bastante
miserável. Geralmente elas eram vendidas como escravas para a quitação das
dívidas. Portanto, uma mulher pobre, por causa da morte de seu marido, ficava
privada do amparo social e, em caso de controvérsias de ordem pública, se não
tinha dinheiro, precisava confiar na honestidade dos magistrados. Esse é o
contexto em que devemos ler essa parábola.
As viúvas, como demonstra o texto de Mc 12.42, estão
na categoria dos pobres e infortunadas (Lc 7.12) que desejavam justiça e
libertação daqueles que as oprimem (Lc 18.3), mas que os juízes negam-lhes a
justa atenção (Lc 18.4). Na Palestina na época de Jesus, as viúvas eram
duplamente discriminadas. Uma primeira discriminação vem da própria condição de
ser mulher. Na época de Jesus, a mulher tinha pouca participação na sociedade
seu mundo era o cuidado da casa e filhos. O homem senhor absoluto na estrutura
da família patriarcal, tinha todos os privilégios. Outra vem da discriminação e
empobrecimento que a mulher tinha quando se tornava viúva. Sem condições para trabalhar,
com o peso de seus filhos, tinham condição desprezível na sociedade.
“A viúva, por conseguinte, vestia-se conforme o
seu estado. Em Gn 38.14,19, o termo ’almānût (viuvez) descreve “os vestidos da
viuvez”. O “vestido da viuvez” está relacionado com o estado de luto e, por
isso, essas vestes não são muito diferentes ou até mesmo idênticas às vestes
usadas no velório”. (TEOLOGIA E GRAÇA)
4. O
caso e a perseverança. A mulher tinha uma causa que deveria ser apresentada a um tribunal da
cidade ou a um juiz que resolvesse exclusivamente a questão por via
administrativa. Talvez se tratasse de pendências judiciárias ou mesmo dívidas
deixadas pelo seu marido, de hipotecas sobre a herança patrimonial. Apesar de o
caso poder enquadrar-se nos inúmeros existentes à época quando uma mulher tinha
de defender seus direitos contra as maldades de um adversário poderoso que,
sendo mais importante e influente, está seguro e tranquilo, ela toma uma
decisão inédita, pois não escolhe advogados (talvez sua condição nem o
permitisse), nem defensores públicos, mas contra o costume de seu ambiente,
decide apresentar, pessoalmente, a instância ao juiz. Este, segundo o relato, é
um juiz iníquo, isto é, não teme a Deus. Ela, porém, demonstra um coração
decidido e uma disposição muito grande. Tanto que o texto usa a expressão
"molesta" (v.5) para indicar a perseverança da viúva diante do juiz.
Por isso, ao final, o juiz cede para não ser mais incomodado, isto é,
"molestado" pela mulher que o importuna.
“Nessa parábola temos dois personagens
principais: Um juiz e uma viúva. A viúva tinha uma causa justa contra um
adversário que não é revelado no texto. O que se vê é que ela desejava
ardentemente que o juiz julgasse sua causa, fazendo justiça. O juiz a desprezou
várias vezes ignorando o seu pedido. No entanto, pela insistência da viúva, e
pela importunação que ela causava a ele, o juiz decide que iria julgar a causa”.
(ESBOÇANDO IDEIAS)
Nesta parábola percebesse os extremos de uma
sociedade, de um lado um Juiz, alguém muito importante e que não temia ninguém,
do outro, uma desamparada viúva, frágil e sem recursos, porém, essa viúva
através da sua busca justa, convenceu um juiz injusto a julgar corretamente sua
causa. A viúva é a personagem que nos mostra que devemos buscar a solução das
nossas causas justas. Não era um caso de vingança ou de lucro indevido, era uma
causa justa e seu clamor era por agilidade e retidão no julgamento, pois tinha
certeza que estava correta. Isso mostra fé da parte dela. Podemos identificar
essa viúva com os servos de Deus.
SUBSÍDIO EXEGÉTICO
“A Parábola do Juiz e da Viúva enfoca a oração
persistente. Claro que Jesus não está ensinando que Deus é como um juiz
injusto. A parábola é dita num estilo ‘quanto mais’. Se um homem iníquo
finalmente responde os clamores de uma viúva, quanto mais um Deus justo ouvirá
as orações dos seus filhos. “A parábola fala sobre uma situação da vida real. O
juiz não tem reverência a Deus ou respeito pelos direitos das pessoas. Uma
viúva pobre envolvida num processo na mesma cidade pleiteia com o juiz
insensível para decidir em favor dela contra um adversário (v.3). Por um longo
tempo ele não faz nada, ignorando os clamores por justiça. Como outras viúvas
naquela sociedade, ela é impotente e entre a mais vulnerável das pessoas. Ela é
dependente dos outros para cuidar dela” (ARRINGTON, F. L. In: ARRINGTON, French
L.; STRONDAD, Roger (Eds.). Comentário
Bíblico Pentecostal. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.435).
II. A BONDADE
DE UM DEUS JUSTO
1.
Deus é bom. Não é novidade o fato de a Bíblia estar repleta de textos que
demonstram a bondade de Deus. A parábola, uma vez mais, reforça tal verdade
quando o Senhor, retoricamente, questiona: "E Deus não fará justiça aos
seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que tardio para com
eles?" (v.7). A bondade de Deus faz com que Ele ouça aos seus servos. E
não poderia ser diferente, pois Jesus ensinou que se, nós, pois, sendo maus,
sabemos dar boas coisas aos nossos filhos, "quanto mais vosso Pai que está
nos céus, dará bens aos que lhe pedirem?" (Mt 7.11). Antes disso o Mestre
também ensinava sobre a oração, dizendo: "Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e
encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á" (Mt 7.7). Na parábola que estamos
estudando, encontramos a viúva clamando, e este é o recurso utilizado por Jesus
para, mais uma vez, ensinar sobre a oração e nos lembrar que Deus é bom.
Esta é a mais prazerosa das perfeições da natureza
de Deus, que faz com que Ele seja amado e desejado por nós. Somente Deus é
essencialmente bom e perfeito (Mc 10:18). Sua bondade se estende além da
misericórdia. A misericórdia pressupõe um objeto miserável, mas a bondade não
necessita de forma alguma de um objeto. Por exemplo: a criação foi um ato de
bondade e não de misericórdia. Quando falamos sobre a bondade de Deus, estamos
nos referindo à Sua magnificência, à Sua liberalidade e doação na administração
de todas as coisas. Esta característica divina alcança todos os outros
atributos divinos. Quando Deus revelou-Se a si mesmo a Moisés, de maneira que
um ser humano fosse capaz de suportar, Ele disse: “Eu farei passar toda a
minha bondade por diante de ti” (Êx 33:19), como se a bondade fosse a fonte
de todos os afluentes de Sua glória.
“Esse juiz iníquo faz um contraste com o juiz
justo, que é o Deus todo poderoso. Se um juiz iníquo ouviu uma pessoa das mais
simples e humildes da sociedade, e julgou a sua causa, Deus, o todo poderoso
juiz justo, não iria fazer muito melhor do que isso? Com certeza! Por isso, o
texto mostra claramente essa verdade: “Não fará Deus justiça aos seus
escolhidos, que a ele clamam dia e noite, embora pareça demorado em
defendê-los?” (Lc 18. 7)” (ESBOÇANDO IDEIAS)
2.
Deus é justo. Além da bondade do Pai, o crente sabe que Ele é justo. Uma vez mais é
necessário recordar que a parábola não deve ser tomada ao nível dos detalhes,
pois estes não são o mais importante. O juiz de nossa parábola é iníquo,
injusto; Deus, a quem servimos, por outro lado, é justo. Nisto consiste o
elemento de contraste dessa parábola. Este conhecimento já tinha Abraão ao
chamar o Senhor de "Juiz de toda a Terra" (Gn 18.25). A justiça de
Deus é tão elevada que, assim como a paz de Cristo, excede a todo nosso
entendimento (Is 56.1).
A Justiça é um outro atributo divino, é uma das Suas
características próprias. Ser justo é uma qualidade fundamental da natureza de
Deus. A justiça de Deus se manifesta através de Jesus Cristo e é expressa nas
Suas ações e no cumprimento das exigências da perfeição do próprio Deus. Paulo afirma
em Romanos 1.17 que a Justiça de Deus se revela através do evangelho.
Encontramos na Palavra de Deus o padrão para toda a justiça que precisa ser
cumprida por todas as pessoas. A Parábola do Juiz Iníquo nos ensina a orar
pelos motivos corretos. Todo o contexto da parábola parece indicar que a viúva
que importunava o juiz estava do lado da justiça, ou seja, seu pedido era
legítimo e aceitável.
“A ansiedade da viúva certamente era
muito grande para ver a sua situação resolvida. Porém, precisou de vários
encontros com o juiz para que ele a atendesse. Precisou ser resistente e
persistente. Deus faz todas as coisas no tempo certo. A nossa ansiedade e
imediatismo muitas vezes destroem a nossa persistência e a nossa fé. A parábola
termina dizendo que Deus faz justiça depressa e não demorada. “Digo-vos que,
depressa, lhes fará justiça.” (Lc 18. 8). Assim, se um juiz humano e iníquo
consegue trazer soluções para as questões apresentadas a Ele, Deus muito mais!” (ESBOÇANDO IDEIAS)
3. Deus assume a nossa
causa. Na parábola,
encontramos uma pobre viúva pedindo justiça, mas o que Jesus está ensinando é
sobre o dever de orar sempre e nunca desfalecer, isto é, a perseverar. Assim,
ao mesmo tempo em que ensina sobre a oração e a perseverança, o Mestre lembra
um preceito da Lei, mostrando que Deus assume a nossa causa: "Pois o
Senhor, vosso Deus, é o Deus dos deuses e o Senhor dos senhores, o Deus grande,
poderoso e terrível, que não faz acepção de pessoas, nem aceita recompensas;
que faz justiça ao órfão e à viúva e ama o estrangeiro, dando-lhe pão e
veste" (Dt 10.17,18).
“Ao contrário do juiz iníquo, Deus é justo. Ele é
nosso juiz e Ele ouve quando oramos. Se até uma pessoa ruim faz justiça quando
é muito importunado, quanto mais Deus irá atender as orações de quem clama a
Ele dia e noite! Jesus disse que Deus vai fazer justiça, e depressa (Lucas
18:6-8). Ele não ignora nossas orações. Mas nós precisamos ter fé e não
desistir. O tempo de Deus é diferente do nosso mas Ele não falha. Na hora
certa, Ele vai fazer justiça e restaurar todas as coisas”. (RESPOSTAS.COM)
A palavra-chave aqui é: esperar em Deus. Assim como
a viúva soube esperar sem desanimar-se, assim também devemos nós fazer. O tempo
não pode roubar a nossa fé, nem levar embora nossa esperança. Que o tempo, no
entanto, possa apenas contribuir para fazer com que as raízes da fé se
aprofundem mais e mais no coração, até transformarem nossos sonhos em
realidade.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“A aplicação é clara e simples. Uma viúva pode obter
justiça de um juiz que não teme a Deus e não tem nenhuma consideração pelos
seus semelhantes, simplesmente pela sua vinda contínua. Quanto mais deveria um
cristão ter fé e crer que um Deus justo, bom e amoroso responderá as suas
orações, embora Ele possa demorar – ou seja, embora às vezes pareça que a
resposta demora! Depressa, lhes fará justiça, ou seja, subitamente, inesperadamente,
mas não necessariamente quando eles pensam que a resposta deve vir” (CHILDERS,
Charles. Comentário Bíblico Beacon.
Vol. 6. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.467).
III. A
PERSEVERANÇA DA VIÚVA É UMA IMAGEM PARA NÓS
1.
Oração. Até que nosso Senhor retorne, infelizmente, viveremos em constante luta
contra o pecado (Hb 12.1). Por esse motivo, não devemos desistir de perseverar
na oração e na súplica até que alcancemos o alvo (Fp 3.12-14). Ainda durante
seu ministério Jesus exortava aos seus discípulos a que estivessem de
"sobreaviso" e que também vigiassem e orassem (Mc 13.33; ARA). Uma
das características distintivas do Evangelho de Lucas é a oração (3.21; 5.16;
6.12; 9.18,28,29; 10.21,22; 11.1; 22.41-46; 23.46). Ao ensinar a respeito do
Espírito Santo, Lucas nos mostra que Deus cumpre o seu propósito. No entanto,
exige a atitude certa por parte do povo de Deus que, de acordo com este
Evangelho, é a oração. Vemos Jesus orando antes de cada grande crise da sua
vida, ou seja, chegando a orar pelos seus agressores (Lc 23.34). Por ser um
homem de oração, Jesus exortou seus discípulos a fazerem o mesmo (Lc 11.2;
22.40,46). É importante lembrar que Jesus advertiu contra o tipo errôneo de
oração (Lc 20.47).
Perseverar remonta a ideia de permanecer, resistir,
em nosso caso, não desistir da fé cristã em tempos de tentação, aflição,
angústia, provação e perseguição. Nosso desafio, mesmo vivendo tais
dificuldades, é o de mantermo-nos inflexíveis e firmes na fé em Cristo,
esperando pacientemente nEle em tudo. É uma capacidade divina para resistir ao
dia mau (Ef 6.13).(4º Trim 2017. CPAD; Lição 12). A oração é uma
forma de servirmos a Deus (Lc 2.36-38). Oramos porque Deus nos ordena que o
façamos (Fp 4.6-7). A falta de oração demonstra a falta de fé e a falta de
confiança na Palavra de Deus. Deus determinou a oração como meio para que
pudéssemos obter Suas soluções em inúmeras situações:
- Preparação para grandes decisões (Lc 6.12-13)
- Derrubar barreiras demoníacas na vida das pessoas (Mt
17.14-21)
- Ajuntamento de obreiros para a colheita espiritual (Lc
10.2)
- Obtenção de forças para vencer a tentação (Mt 26.41)
- Um meio de fortalecer a outros espiritualmente (Ef
6.18-19).
Nem sempre a resposta divina é imediata, aqui entra
a perseverança e o exercício da fé – inteira dependência de Deus, pois
entendemos que estamos debaixo da Sua sabedoria e é para o nosso benefício que
a resposta parece demorar (Mt 7.7; Lc 18.1-8). A oração não deve ser vista como
nosso meio de obter que Deus faça nossa vontade na terra, mas como um meio de
obter a vontade de Deus feita na terra. A sabedoria de Deus, em muito, excede a
nossa.
2. Perseverança. Além de orar, é necessário compreender que a oração deve
vir acompanhada de perseverança. A exortação à oração persistente está
estreitamente ligada à expectativa da volta do Senhor. 0 texto de Lucas 17.22
nos alerta de maneira bastante clara a respeito do tipo de oração e do perigo
de esmorecimento na prática de orar a qual se tem em mira aqui. Deus quer ser
buscado de forma incessante e persistente pelos seus, pois a perseverança
levará em conta o tempo de espera como um meio para aclarar e purificar a nossa
vida no aprendizado das coisas de Deus.
“Regozijai-vos na esperança, sede pacientes na
tribulação, na oração, perseverantes” (Rm 12.12). Perseverança na oração é
recomendada em todos os lugares e ordenada como sendo o nosso dever particular.
“Jesus disse que deveríamos ser persistentes,
perseverantes. Se aquele juiz, que era injusto, julgou a causa da mulher,
quanto mais o Senhor fará justiça aos seus escolhidos que a ele clamam
continuamente? É certo que fará justiça, e depressa! Por isso devemos ser
perseverantes quando oramos. Daniel teve a sua oração ouvida desde o primeiro
momento, mas a resposta só veio 21 dias depois, Dn 12.12-14. Caso ele tivesse
interrompido suas orações, a resposta não viria. Devemos orar até que a
resposta venha. Por isso, Paulo afirmou: … perseverai na oração… Cl 4.2”. (IBCBH).
“A perseverança nos levará a receber. Sob longa
luta, Jacó foi abençoado (Gn 32). Depois de uma longa busca, a mulher cananeia
recebeu aquilo que desejava (Mt 15). Após a frequente repetição de sua oração,
Elias recebeu chuva (1 Rs 18). Após a contínua oração da congregação, Pedro, de
maneira maravilhosa, foi libertado da prisão (At 12). Mediante perseverança
unânime em oração e súplica, o Espírito Santo foi derramado no dia de
Pentecostes (At 1 e 2). Visto que muitos oram, mas apenas uma vez por um
assunto, e não perseveram, eles também não o recebem. Portanto, se abstenha de
tudo aquilo que dificulte você de perseverar, como por exemplo: letargia,
preguiça, descrença de que o assunto não será concedido, divergência entre os
nossos desejos (estando parcialmente focado nas coisas espirituais e
parcialmente nas terrenas), a instabilidade dos nossos desejos. Tais questões,
e outras semelhantes, fazem com que o suplicante facilmente desista de orar e o
impedem de orar com frequência. Desse modo, ele seguirá sem receber o
cumprimento dos seus desejos. Portanto, restabelecei as mãos descaídas e os
joelhos trôpegos."” (Retirado no livro: The Christian's Reasonable
Service. Vol. 3, Grand Rapids, MI: Reformation Heritage Books, 2007. pp.
461-462)
3. Fé. Somos, da mesma forma, exortados a perseverar na fé. A
parábola conclui com uma pergunta: "Quando, porém, vier o Filho do Homem,
porventura, achará fé na terra?" (v.8b). Jesus refere-se aqui à fé da
súplica incessante, que não esmorece, ou seja, à fé perseverante. A própria
interrogação traz uma conexão direta com a parábola, pois questiona se o Filho
irá encontrar uma fé persistente como a da viúva. Esta fé é aquela que, em meio
às dificuldades e às perseguições, transforma-se em fidelidade e coragem para
testemunhar diante dos homens (Lc 9.26; 12.9). A fim de preservarmos este tipo
de fé, precisamos cultivar uma vida de oração constante e persistente.
“A conclusão da parábola é impressionante. Jesus
derruba a questão do imediatismo e mostra que na realidade o que falta muitas
vezes nas pessoas é a fé. A viúva teve fé, mas muitos não têm. Com uma pergunta
de efeito Jesus questiona se aqueles que vêm até Deus com suas orações serão
como a viúva cheia de fé perseverante ou não. “Contudo, quando vier o Filho do
Homem, achará, porventura, fé na terra?” (Lc 18. 8)” (ESBOÇANDO IDEIAS)
SUBSÍDIO DEVOCIONAL
“Jesus ensina uma importante lição a respeito da
oração, nas parábolas do amigo importuno e do juiz injusto. Ambas ilustram a
frequentemente citada promessa de Jesus: ‘Pedi e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis;
batei, e abrir-se-vos-á. Porque aquele que pede, recebe; e o que busca,
encontra; e, ao que bate, se abre’ (Mt 7.7,8; veja Lc 11.9,10). “Os três
imperativos em Mateus 7.7 (‘pedi’, ‘buscai’ e ‘batei’) são verbos que
originalmente estão no presente ativo. Por conseguinte, o sentido dessa
passagem é: ‘Continuai pedindo, até receberdes; continuai buscando, até
encontrardes; continuai batendo, até que vos seja aberta a porta’. Muito
diferente da incredulidade, a importunação e a persistência demonstram a firme
determinação de se alcançar um fim desejado, ao mesmo tempo que evidenciam a fé
que prevalece contra todos os obstáculos” (BICKET, Zenas J.; BRANDT, Robert L. Teologia Bíblica da Oração. 6ª
reimpressão. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 206).
CONCLUSÃO
A interpretação dessa parábola
como um ensino sobre a oração persistente tem sido a melhor interpretação ao
longo da história da igreja. A viúva que, com sua insistência, constrange o
juiz à intervenção, é um modelo de perseverança na fé e na oração confiante.
Esperar com firmeza e fidelidade a vinda do Filho do Homem, ou seja, a
consumação da nossa salvação é o melhor incentivo para a oração corajosa. No
“mundo tereis aflições”, disse Jesus (Jo 16.33), mas somos convocados a
permanentemente invocar a Deus por socorro, pois sempre fará justiça aos que
clamam a Ele. Deus sempre estará junto daqueles que perseveram na fé e na
oração.
Apesar de nos sentirmos muitas vezes frágeis como a
viúva, tendo diante de nós adversidades a serem superadas, e tendo de
perseverar mesmo quando se passa muito tempo, no entanto, não estamos diante de
um juiz iníquo que não quer nos atender. Se ela conseguiu prevalecer mesmo
diante de tantos fatores contrários, muito mais nós, que buscamos justiça das
mãos de um Deus que não tarda em socorrer-nos. Precisamos nos lançar nos braços
de Deus com confiança e de forma perseverante. A persistência diante de Deus
não deve ser motivada pela tentativa de convencê-lo a nos atender, como se
tivéssemos recorrendo ao juiz iníquo da parábola. Devemos ter a motivação de
manter acesa a chama da fé que nos leva a clamar, bater e insistir até que tudo
se consuma. Veja que Jesus termina a parábola dizendo assim: “…Digo-vos que
depressa lhes fará justiça. Quando porém vier o Filho do homem, porventura
achará fé na terra?” (Lc 18.8). Portanto, a perseverança está relacionada à
atitude de não desistir dos propósitos por incredulidade, desânimo ou dúvida. A
isso a Bíblia chama de fé.
“Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a
tua palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome
sou chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos”. (Jeremias 15.16).
Francisco Barbosa
Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br