COMENTÁRIO E SUBSÍDIO I
INTRODUÇÃO
O fruto do
Espírito é o resultado de uma vida cristã abundante e manifestada no
relacionamento entre os irmãos e irmãs na igreja e no lar, na convivência com
os descrentes no trabalho e na sociedade. Por isso, devemos entender o conflito
entre a carne e o Espírito e a função do fruto do Espírito. – Alista de
virtudes que o apóstolo Paulo chama de “fruto do Espírito” (Gl 5.22, 23) é um
contraponto aos vícios denominados “obras da carne” (Gl 5.19-21). A fonte
dessas virtudes é o Espírito Santo, as quais são uma atuação da graça de Deus
em nossa alma, como disse Donald Gee: “o fruto do Espírito não está no solo natural,
mas vem de Deus”. Esse fruto aparece por meio do crescimento na graça de nosso
Senhor Jesus Cristo, como acontece com a santificação (Pv 4.18; 2 Co 3.18). Não
se trata de um conjunto artificial de regras resultante de esforço humano, mas consequência
de quem é guiado pelo Espírito. É o resultado de uma vida cristã abundante
manifestada no relacionamento entre os membros do corpo de Cristo na igreja e
no lar, na convivência com os descrentes no trabalho e na sociedade. É um dos
temas mais vibrantes da ética cristã, pois mostra para o mundo o que o Espírito
Santo colocou dentro de cada um de nós.
I. O FRUTO DO ESPÍRITO NA VIDA DO CRENTE
O crente em Jesus é alguém que
vive sob os domínios do Espírito; ele é liberto da lei e dos rudimentos deste
mundo, mas isso não significa uma vida passiva. O fruto do Espírito é a
expressão do Espírito na vida do crente.
1. Definição. Jesus nos salva e nos dá o Espírito Santo, nos renova e coloca em nós o
desejo de fazer o que é bom e agradável a Deus. O fruto do Espírito é o
resultado natural de um processo de amadurecimento e a consequência de um
processo natural de crescimento espiritual. Ele surge gradativamente dentro de
nós como resultado da regeneração do Espírito Santo de forma instantânea e
também gradativa por meio do crescimento na graça de nosso Senhor Jesus Cristo,
como acontece com a santificação. O apóstolo apresenta nove modalidades do
fruto (v.22).
2. “O fruto”, no singular. Alguns expositores estranham o fato de Paulo contrapor “as obras da
carne” (v.19) com o “fruto do Espírito” (v. 22), no singular, quando era de se
esperar “frutos”. O missionário Eurico Bergstén explica esse singular
ilustrando esse fruto como uma laranja e seus gomos. O “fruto” que aparece logo
em seguida é o amor (“caridade”, na Versão Almeida Corrigida – 1969), diz o
missionário, as oito virtudes seguintes são os reflexos do amor: “gozo, paz,
longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança” (v. 22). Donald
Gee chama o fruto do Espírito de nove modalidades do fruto. A forma singular
sugere que nelas se produz a unidade de caráter de Cristo, as nove graças
mencionadas, todas elas em contraste com as confusões das obras da carne.
3. Andar no Espírito
(v.16). Ser guiado pelo Espírito significa, na linguagem
paulina, vitória sobre os desejos e impulsos carnais. “Andar no Espírito” é uma
expressão que indica viver corretamente em humildade, submissão e santidade. O
apóstolo Paulo usa termos similares para se referir a esse estilo de vida dos
crentes: “para que possais andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em
tudo, frutificando em toda boa obra e crescendo no conhecimento de Deus” (Cl
1.10); “andar e agradar a Deus” (1 Ts 4.1); “andai em amor” (Ef 5.2); “andai
como filhos da luz” (Ef 5.8); “andai nele” (Cl 2.6). O apóstolo Pedro nos
ensina: “andai em temor, durante o tempo da vossa peregrinação” (1 Pe 1.17).
Não é por acaso que o tema sobre o fruto do Espírito aparece
em Gálatas. As igrejas da Galácia viviam uma experiência que o assunto exigia.
Os opositores de Paulo na região eram os legalistas dentre os judeus que se
juntaram ao grupo de Jesus, os chamados judaizantes, mas que não abriram mão de
certas práticas judaicas, como a circuncisão, o khasherut e a guarda do
sábado entre outros rituais. Eles ensinavam que os gentios convertidos à fé
cristã deviam observar a lei de Moisés como condição para salvação (At 15.1,
5). É a doutrina da salvação por meio das obras defendida pelas religiões não
cristãs e por alguns ramos da religião cristã.
O sacrifício de Jesus Cristo na cruz mostra que o ser humano
é completamente incapaz de se salvar, incapaz de ir ao céu, à presença de Deus,
por sua própria bondade e força. Jesus deixou isso claro quando disse: “porque
sem mim vocês não podem fazer nada” (Jo 15.5). O orgulho humano faz que a
pessoa se rebele contra a sentença de Deus. Tais pessoas se ofendem porque Deus
não aceita seus esforços pessoais como condição para a salvação. Os membros do
corpo de Cristo praticam as boas obras porque já são salvos e não para serem
salvos.
A proposta disseminada pelos judaizantes era a fé em Jesus e
mais as obras da lei, a morte de Jesus não é suficiente para a salvação e por
isso precisava de um reforço adicional. Era essa forma de doutrina que estava
sendo divulgada na Galácia. Tão logo Paulo retornou de sua viagem missionária
ficou sabendo que os irmãos da Galácia estavam agora envolvidos com essa
doutrina legalista, e isso o deixou estupefato e atônito: “Estou muito admirado
com vocês, pois estão abandonando tão depressa aquele que os chamou por meio da
graça de Cristo e estão aceitando outro evangelho” (Gl 1.6 NTLH). O verbo grego
metatísthe¯ mi, “deixar, abandonar, desertar, mudar
de pensamento, virar a casaca”, era usado na antiguidade quando alguém
desertava do exército ou quando se rebelava contra ele. Significa também
mudança de partido político, de filosofia e de religião. Em outras palavras, aqueles
irmãos estavam abandonando a fé. O apóstolo usa a palavra grega heteros, que significa
“outro”, de natureza diferente, que não é a mesma coisa que allos, que quer
dizer “outro”, mas de mesma natureza. Isso afasta a hipótese de que o evangelho
pregado pelos seus opositores seja meramente um evangelho “corrompido,
distorcido ou pervertido”, mas outra coisa, coisa ainda pior. Ele foi
categórico ao chamar a doutrina desses legalistas de “outro evangelho” (Gl
1,8,9), isto é, sem vínculo com o Cristo ressuscitado, revelado no Novo
Testamento.
O Espírito Santo renova todas as pessoas que vêm a Jesus e
coloca nelas o desejo de fazer o que é bom e agradável a Deus. O fruto do
Espírito é o resultado natural de um processo de amadurecimento e a
consequência de um desenvolvimento natural de crescimento espiritual. Ele surge
paulatinamente dentro de cada crente como resultado da regeneração do Espírito
Santo de forma instantânea e também gradativa por meio do crescimento na graça
de nosso Senhor Jesus Cristo, como acontece com a santificação. Os gálatas receberam
esse ensino desde o início, quando o apóstolo esteve com eles. Eles ouviram
isso na pregação de Paulo na sinagoga de Antioquia da Pisídia (At 13.14-41).
O que estava acontecendo nas igrejas da Galácia é típico de comunidades
religiosas legalistas. “A religião legalista frequentemente gera desavença e
competição espiritual; é egocêntrica e motivada somente pela carne, ou seja,
pelo ego (Gl 5.13-15, 19-21).”74 Esse é o retrato das igrejas galacianas. Mas,
a mensagem apostólica que vale para todas as épocas e em todos os lugares
continua atual: “Digo, porém, o seguinte: vivam no Espírito e vocês jamais satisfarão os desejos da carne” (Gl
5.16). “Viver no Espírito” é uma expressão que indica viver corretamente em humildade,
submissão e santidade, para a glória de Deus (Ef 5.9, 10; Fp 1.11; Cl 1.10).
Segue a lista com nove virtudes: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria,
paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio
próprio. Contra estas coisas não há lei” (Gl 5.22, 23 ARA). Não se trata de uma
lista exaustiva. Essas nove virtudes contrapõem as obras da carne mencionadas nos
vv. 19-21, de modo que tanto as virtudes como as “obras da carne” são
representativas. As palavras “e coisas semelhantes a estas” (Gl 5.21); “Contra
tais coisas não há lei” (v. 23 TB) indicam a existência de outros pecados e
outras virtudes. Há outras listas do fruto do Espírito (Rm 12.9-21; Cl 3.12,
13). Assim como cada lista dos dons espirituais foram para situações
específicas para aplicação conforme o contexto, da mesma forma, a lista do
fruto do Espírito segue essa mesma estrutura (Gl 5.15, 26). Esta questão não
está clara na maioria dos teólogos e expositores bíblicos pentecostais.
Alguns expositores estranham o fato de Paulo contrapor “as obras
da carne” (v. 19) com o “fruto do Espírito” (v. 22), singular, quando era de se
esperar “frutos”. Há diversas explicações sobre esse detalhe. Segundo o pastor
Antônio Gilberto, “O uso da forma singular fruto em Gálatas 5.22
sugere a unidade e harmonia do caráter do Senhor Jesus Cristo, as quais são
reproduzidas no crente mediante as nove qualidades do fruto do Espírito Santo
vistas na citada referência”. Segundo o Comentário Bíblico
Pentecostal – Novo Testamento, o singular mostra a unidade
essencial do fruto do Espírito: “o crente cheio do Espírito deve demonstrar
todas as características do Espírito, não apenas esta ou aquela virtude”. Alguns
expositores bíblicos pulam essa parte. Para Gordon Fee, Paulo não tinha esse contraste
em mente, mas “imaginava o fruto como um ramalhete com flores de
características diversas formando um conjunto”. O missionário Eurico Bergstén
compara esse singular com uma flor de nove pétalas e também ilustra o “fruto” como
uma laranja e seus gomos. O “fruto” que aparece logo em seguida é o amor
(caridade), diz o missionário, as outras virtudes seguintes são os reflexos do
amor. A forma singular sugere que nessas virtudes se produz a unidade de
caráter de Cristo, as nove graças mencionadas em Gálatas 5.22, todas elas em contraste
com as confusões das obras da carne. É o fruto individualizado. Donald Gee
chama essas graças ou virtudes de modalidades do fruto.
A maioria dos teólogos e expositores bíblicos pentecostais
usa com frequência o número nove para as virtudes mencionadas em Gálatas 5.22,
mas não deixa claro se é uma referência apenas ao v. 22 ou a ideia de uma lista
completa. Gordon Fee é direto: “É um engano referir-se a essa lista como o
fruto de nove facetas. A lista não tem o propósito de ser exaustiva, mas representativa,
exatamente como a lista precedente de pecados, em Gálatas 5.5-21”. O mais
importante é que cada membro do corpo de Cristo conheça o significado do “fruto
do Espírito” e viva essa realidade. É verdade que vida abundante brota do
Espírito, mas não cresce naturalmente, precisa ser cultivada, a Bíblia não
ensina um modo de vida passivo. Vivemos essas coisas porque somos salvos e não para
sermos salvos.
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
Abra a aula de hoje,
perguntando: O que é mais importante? Ser batizado no Espírito Santo ou viver o
fruto do Espírito? Após ouvir as respostas, de acordo com as Escrituras, diga
que essa pergunta não faz sentido algum para o crente. Em nenhum lugar da
Bíblia se ensina essa “escolha”, pois tanto um quanto o outro são igualmente
importantes na vida do crente e da igreja. Tanto o Batismo no Espírito Santo, e
a realidade dos dons espirituais, quanto o fruto do Espírito são realidade de
uma única fonte: o Espírito Santo. Ao expor o conteúdo desse primeiro tópico,
deixe claro que para vencer a Carne é preciso “andar no Espírito”; e só “anda
no Espírito” quem manifesta o fruto do Espírito. Logo, só há um jeito de
crucificar a carne: o fruto do Espírito.
II. DIFERENÇA E RELAÇÃO ENTRE O FRUTO E OS
DONS DO ESPÍRITO
Os dons espirituais e o fruto do
Espírito têm a sua origem numa mesma fonte e ambos glorificam a Cristo, mas se
trata de coisas distintas. O amor, por exemplo, não é um dom (1 Co 14.1).
1. Diferença. O que há em comum entre essas duas fases abençoadas da nossa redenção é
a fonte de origem. A primeira e a maior modalidade do fruto do Espírito é o
amor, as demais modalidades são reflexos do amor. O apóstolo Paulo usa o amor
como representante do fruto do Espírito ao comparar o fruto com os dons do Espírito.
O amor é superior aos dons, é o “caminho ainda mais excelente” (1 Co 12.31).
Por essa razão, o amor encabeça essa lista (Gl 5.22); e em outras passagens
prevalece a supremacia do amor (1 Co 13.13; Gl 5.13; 6.1,2). Paulo afirma ainda
que os dons sem o amor não são “nada” (1 Co 13.1-3) e são passageiros (1 Co
13.8-10), mas o amor é eterno.
2. Os dons na igreja. Convém relembrar que os dons são importantes. Isso não significa que
devemos desprezá-los. É a vontade de Deus que os irmãos e as irmãs não ignorem
os dons espirituais (1 Co 12.1), que busquemos os melhores (12.31) e “não
desprezeis as profecias” (1 Ts 5.20). Os dons são comparados a um andaime numa
construção; a igreja, a um edifício (1 Co 3.10-12; Ef 2.20-22). Não é possível
uma construção prosseguir sem o andaime, mas uma vez concluída a obra, o
andaime é dispensado. No céu não haverá necessidade dos dons, mas eles são uma
necessidade imperiosa na vida da igreja hoje, pois ela precisa do poder do alto
para combater o reino espiritual das trevas (Ef 6.10-12). Segundo Apocalipse 21
e 22, no mundo vindouro não há necessidade desses recursos do Espírito.
– O Espírito
continua atuando na vida dos crentes por meio do fruto do Espírito (Gl 5.22) e
das manifestações dos dons espirituais (1 Co 12.411). As funções básicas dos
dons estudadas na lição passada são para a adoração e o serviço do ministério,
ao passo que o fruto revela caráter de Cristo no crente. Os dons são capacitações
especiais concedidas pelo Espírito de Deus ao crente para serviço especial na
execução dos propósitos divinos por meio da Igreja (1 Co 14.12). São recursos
do Espírito Santo operados por meio dos seres humanos, os crentes em Jesus,
enquanto a igreja estiver na terra (1 Co 13.8-10). O fruto presente no
testemunho cristão revela nove graças, a partir do amor: gozo, paz,
longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. É,
na verdade, a ética do Espírito. Os dons espirituais e o fruto do Espírito,
embora distintos, se relacionam por terem a origem na mesma fonte e por ambos glorificarem
a Cristo.
Não se trata de um conjunto de regras de conduta com o
objetivo de regulamentar a vida cristã, a ética paulina não é uma nova lei (Gl
5.23). O crente em Jesus é alguém que vive sob os domínios do Espírito, ele é
liberto da lei e dos rudimentos deste mundo, mas isso não significa uma vida passiva.
O fruto do Espírito é a expressão do Espírito na vida do crente.
Amor – O pastor Antonio Gilberto chama o amor de “fruto
por excelência”, de fato, é significativo o lugar de honra que o amor ocupa
nesta lista. Todas as virtudes espirituais têm no amor a sua origem: “Deus é
amor” (1 Jo 4.8). As quatro palavras gregas para amor são: eros inclui paixão,
é o amor de um jovem por uma jovem e não aparece no Novo Testamento; storgos significa “carinhoso,
afetuoso”, usado entre pais e filhos, só aparece uma vez no Novo Testamento, na
sua forma composta filostorgos (Rm 12.10); filía é o amor
fraternal; e agápe¯ é o amor de
Deus mais preocupado em fazer o outro feliz, é a benevolência sem limites: “Mas
Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de Cristo ter morrido por
nós quando ainda éramos pecadores” (Rm 5.8). Paulo apresenta uma descrição das características
do amor (1 Co 13.4-8). Note que Paulo menciona algumas vezes o amor juntamente
com a fé e a esperança (Gl 5.5, 6; Cl 1.4, 5; 1 Ts 1.3), mas ressalta que a
maior dessas virtudes é o amor: “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o
amor, estes três; porém o maior deles é o amor” (1 Co 13.13). Podemos chamar amor
agápe¯ de amor de
Deus, como esse é o termo usado pelo apóstolo na lista de Gálatas 5.22, podemos
também considerar amor cristão.
Alegria ou gozo – A
palavra grega usada para “alegria” é chara e
significa “gozo, regozijo, alegria, motivo de alegria”. Trata-se de uma
linguagem da celebração e da adoração, ou seja, nos cultos: “Alegrem-se sempre no
Senhor; outra vez digo: alegrem-se!” (Fp 4.4). A expressão “regozijai-vos”
(ARC) é uma saudação grega, mas se torna diferente e especial porque o apóstolo
acrescenta: “sempre, no Senhor”. O Senhor Jesus é a fonte inesgotável de gozo e
alegria, e isso dá à saudação paulina um sentido completamente novo. O
sentimento que norteava a vida dos filipenses era de alegria e comunhão, e isso
vale para todos os cristãos em todos os lugares e em todas as épocas. Mesmo em
momentos de perseguição e nos dias de dificuldades, nada disso é problema
suficiente para roubar a nossa alegria: “porque a alegria do SENHOR é a força
de vocês” (Ne 8.10). É a atitude de quem “vive no Espírito” em relação às
pessoas que os rodeia. Como resultado desse estado de graça está o bom relacionamento
do cristão com as demais pessoas. Trata-se de algo proveniente de uma experiência
espiritual, cujo fundamento está em Deus. Não consequência de uma vitória numa
competição (Rm 14.17; 15.13).
Paz – Seu
correspondente hebraico é shalom e não
significa apenas ausência de problemas, de guerra ou a presença do bem-estar. A
palavra por si só significa “completo”. Esse termo é traduzido na Septuaginta
por ei re¯ ne¯, “paz”, que,
com exceção de 1 João, aparece em todos os livros do Novo Testamento. A paz
nessa passagem é aquela que vem de Deus (Rm 15.33; 16.20; 1 Co 14.33; 2 Co
13.11; 1 Ts 5.23; 2 Ts 3.16), e isso quer dizer a tranquilidade do coração
proveniente do perdão divino mediante a fé em Jesus (Rm 5.1). Essa paz de Deus
na vida cristã está acima de todos os bens que uma pessoa pode adquirir e
sobrepuja a todo entendimento, pois vai além da razão humana: “E a paz de Deus,
que excede todo entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo
Jesus” (Fp 4.7).
Longanimidade – Longanimidade
é um dos atributos comunicáveis de Deus como o amor entre outros (Sl 103.8; Tt
3.4-6) que há nos seres humanos certa ressonância. O termo grego para “longanimidade”
nessa passagem é makrothymia, “paciência,
perseverança”. É o estado de espírito que com serenidade a pessoa piedosa
suporta os açoites da vida, provocados por pessoas ou coisas. Essa graça impede
de nos levar ao desânimo e ao estresse diante de conflito e de qualquer mal (Lc
21.19; 2 Pe 1.5-7), e diz respeito a atitude de Deus para com o ser humano (Rm
2.4; 9.22; 1 Tm 1.16). Assim deve ser a nossa atitude para com os outros.
Benignidade e bondade – O
pastor Antonio Gilberto classifica essas duas virtudes como o “fruto gêmeo”. O
apóstolo Paulo usa as palavras gregas na seguinte sequência: chre¯ stote¯ s e agatho¯ syne¯ (Gl 5.22).
Ambos termos são atributos divinos correlatos (Sl 103.8), mas são distintos, e,
às vezes, chre¯ stote¯ s pode ser
traduzido tanto como benignidade e/ou bondade, tanto como atributo divino como
também virtude dos que estão cheios do Espírito Santo.81 Agatho¯ syne¯ aparece quatro
vezes no Novo Testamento e é sempre traduzido por “bondade” como fruto do Espírito
(Rm 15.14; Gl 5.22; Ef 5.9; 2 Ts 1.11). – A benignidade diz respeito à
misericórdia de Deus sobre os que não merecem (Ef 2.7; Tt 3.4); é dessa forma
que devemos proceder em relação aos que estão à nossa volta (2 Co 6.6). A
bondade de Deus é um dos atributos morais. Deus é bom em si mesmo e para suas
criaturas. É a perfeição de Deus que o leva a tratar com benevolência as suas
criaturas. Essa bondade é para com todos: “O SENHOR é bom para todos, e as suas misericórdias permeiam todas
as suas obras” (Sl 145.9). Ele é a fonte de todo o bem. Esses termos, atributos
divinos ou virtudes do Espírito na vida dos membros do corpo de Cristo são
correlatos, mas distintos entre si, manifestam a bondade de Deus. Essa bondade é
resultado da ação do Espírito em nossa vida e devemos ser bondosos com os
outros (Ef 5.9; Cl 1.10). Era isso que estava faltando nas comunidades da Galácia
(Gl 5.15).
Fidelidade – A fidelidade,
do latim fidelitas, é a garantia
do cumprimento de suas promessas (Sl 89.5; 119.90). Essa confiança envolve
tanto a verdade como a fidelidade. A ARC adota “fé” em vez de “fidelidade” na
lista de Gálatas 5.22. Mas, a palavra grega pistis pode
significar “fé” e também fidelidade”. O contexto ajuda a escolher a palavra mais
adequada como na pergunta retórica de Paulo: “Se alguns não creram, será que a
incredulidade deles anulará a fidelidade de Deus?” (Rm 3.3). Não faz sentido
usar nessa passagem “a fé de Deus”. Mas, às vezes, o contexto não ajuda porque “fé
e fidelidade” se ajustam bem sem prejuízo para o sentido da mensagem. Na fé estão
incluídas a fidelidade e a obediência. A fidelidade está relacionada à fé. O
que estamos estudando são o “fruto do Espírito”, como consequência da fé em
Jesus, por isso que a tradução “fidelidade” fica melhor.
Mansidão – A versão
Almeida Século 21 substitui “mansidão” por “amabilidade”; e a TEB, por “doçura”.
A ideia de prayte¯ s, termo grego
usado pelo apóstolo como “mansidão”, é de “amabilidade, afabilidade, modéstia”.
Mansidão transmite o sentido de brandura e não de incapacidade de resistir o
mal, nem de autodepreciação. Veja que “Moisés era um homem muito manso” (Nm
12.3), mas essa mansidão nunca comprometeu a sua autoridade como líder do povo.
A mansidão como fruto do Espírito tem o sentido de submissão à vontade de Deus
(Mt 21.5); dócil, que aceita o ensino (Tg 1.21); e o de moderado (1 Co 4.21).
Domínio próprio – A ARC
emprega “temperança”, mas ambos termos significam o autocontrole, a
autodisciplina e a continência em várias áreas da vida humana. O domínio próprio
era uma das quatro virtudes do pensamento grego clássico, “a razão prevalece a
paixão”, diziam os antigos filósofos. Paulo emprega o substantivo grego egkráteia, que aparece
quatro vezes no Novo Testamento (At 24.25; Gl 5.22; 2 Pe 1.6 [2 vezes]). O
verbo aparece duas vezes, uma para se referir ao controle do desejo sexual (1
Co 7.9), e a outra como autodisciplina de um atleta para obter resultados
desejados nas competições esportivas (1 Co 9.25). O apóstolo Paulo contrapõe o
domínio próprio em relação às “obras da carne” (Gl 5.19-21). E, nós, que temos
Jesus e o Espírito Santo? O fruto é o produto do Espírito Santo em nossa vida
por meio do qual a essência da natureza de Cristo se revela no relacionamento
no nosso dia a dia na família, na igreja, no trabalho e na sociedade (Gl 5.16,
23; 6.2). Apesar de suas diferenças no conceito e na função, ambos são
atividades do Espírito Santo que se relacionam na vida dos crentes, tanto nas reuniões
públicas e coletivas, na adoração individual como no dia a dia.
SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ
“A Palavra de Deus fala
claramente da recompensa que o crente tem ao dar liberdade ao Espírito Santo
para que produza as características de Cristo no seu interior. Em 2 Pedro 1, a
Bíblia nos fala da necessidade de o crente desenvolver as dimensões espirituais
de sua nova vida em Cristo. Com este desenvolvimento vem a maturidade, a
firmeza e a perseverança, que permitem ao crente viver vitoriosamente no
tocante à velha e pecaminosa natureza adâmica. No versículo 10, a Palavra de
Deus diz: ‘Porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis. Porque assim vos
será amplamente concedida a entrada no Reino eterno de nosso Senhor e Salvador
Jesus Cristo’ (2 Pe 1.10,11).
O fruto é uma coisa viva. Se você entregou o controle de sua vida ao Espírito Santo, Ele infalivelmente
produzirá em você o fruto do Espírito em uma colheita contínua e abundante. Ele
é chamado ‘o Espírito de vida’ (Rm 8.2; Ap 11.11). Portanto, o seu fruto
espiritual deverá ser crescente, nutrido e completo, reluzente, vistoso e
sadio” (GILBERTO, Antonio. O Fruto do
Espírito: A Plenitude de Cristo na Vida do Crente. 2. ed. Rio de Janeiro:
CPAD, 2019, p.22).
III. O ESPÍRITO SE OPÕE À CARNE
O que levou o apóstolo ao
assunto foi o contexto das igrejas da Galácia. O abuso da liberdade cristã, a
antinomia, de um lado, e o legalismo, de outro estavam dando ocasião à carne,
levando à falta de amor e à desunião (Gl 5.13-15).
1. O legalismo. Há um acentuado contraste entre estar na carne e andar no Espírito. O
apóstolo mostra que para ser legalista, viver de acordo com a lei, depende da
carne, mas para viver no Espírito, depende da graça de Deus (Gl 5.16-18). O
sistema legalista que os opositores de Paulo, os judaizantes (Gl 2.14),
ensinavam nas igrejas da Galácia, é egocêntrico, motivado pela carne e gera
competição espiritual que resulta em desavença (Gl 5.15).
2. A Carne e o Espírito. A palavra grega sarx, “carne”, tem muitos significados na Bíblia,
principalmente nos escritos paulinos. Pode significar fraqueza física (Gl
4.13), o corpo (Gl.4.13), o ser humano (Rm 1.3), o pecado (v.24), os desejos
pecaminosos (Rm 8.8). O contexto determina o significado dela. No contexto das
“obras da carne” significa o conjunto de impulsos pecaminosos que dominam o ser
humano. Da mesma maneira a palavra grega pneuma, “espírito”, que se aplica ao
Espírito Santo, ao espírito humano, aos anjos e aos espíritos imundos. É só
prestar atenção ao contexto para saber a que espírito o escritor sagrado está
se referindo. A oposição do Espírito contra a carne na vida cristã mostra que
“os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e
concupiscências” (v.24). É isso que acontece conosco diariamente: a morte do
“eu”.
3. Os vícios (vv.19-21). O apóstolo apresenta uma lista com 15 vícios, que ele chama de “obras da
carne” (vv.19-21). Outras listas aparecem em outras epístolas paulinas (Rm
1.29-31; 1 Co 6.9,10; 1 Tm 1.9,10). Paulo não pretende ser exaustivo; essas
listas são representativas em Gálatas, pois ele acrescenta: “e coisas
semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que
os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de Deus” (v.21). Podemos
classificar esses vícios em três categorias: a) sexo ilícito: prostituição,
impureza e lascívia; b) pecados de ordem religiosa: idolatria e feitiçaria; c)
pecados de ordem social: inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas,
dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices e glutonaria.
O que é
a carne? Dentro
do contexto neotestamentário, O vocábulo carne é sarx. Essa palavra é
utilizada para designar a natureza adâmica que domina o velho homem e o leva a
praticar as obras da carne relacionadas em Gálatas 5.19-21. Edward Robinson, no
seu dicionário de grego do Novo Testamento, utiliza a palavra sarx para
descrever a natureza exterior que difere do homem interior (Lc 24.39). A
palavra carne, no aspecto teológico, denota a fragilidade humana e a sua
tendência ao pecado. Ela é a sede dos apetites carnais (Mt 26.41). O homem
somente poderá viver em novidade de vida e no poder do Espírito Santo se, pela
fé, receber Jesus Cristo como Salvador. – O que é o espírito? A palavra
espírito no grego é pneuma. Esse termo significa sopro, vento,
respiração e princípio da vida. Esse vocábulo também descreve o espírito que
habita no homem o qual foi soprado por Deus (Gn 2.7). Logo, percebemos que esta
palavra tem diferentes significados, e segundo o pastor Claudionor de Andrade, O
seu significado teológico vai muito além: "Espírito é a parte imaterial
que Deus insuflou no ser humano, transmitindo-lhe a vida". Essa palavra
também é aplicada, no Evangelho de João, em referência a Deus (Jo 4.24). A
Terceira Pessoa da Santíssima Trindade é identificada no Novo Testamento como o
Espírito Santo (Lc 4.1; Hb 3.7), e, uma vez mais é importante frisar que o Espírito
Santo é uma pessoa. – Andar na carne x andar: Paulo adverte
os crentes mostrando que os que vivem segundo a carne, ou seja, uma vida
dominada pelo pecado, jamais agradarão a Deus: "Portanto, os que estão na
carne não podem agradar a Deus" (Rm 8.8). O viver na carne opera morte
(espiritual e física), mas o viver no Espírito conduz o crente à felicidade, à
vida eterna (Rm 8.11; 1 Co 6.14). Paulo foi enfático ao afirmar: "Andai em
Espírito" (Gl 5.16). O Espírito Santo nos ajuda a viver em santidade e de
maneira que o nome do Senhor seja exaltado. Sem Ele não poderíamos agradar a
Deus. Quem pode nos ajudar e nos conduzir de modo a agradar a Deus? Somente o
Espírito Santo. O doutor Stanley Horton diz que andar no Espírito e ser guiado
por Ele significa obter vitória sobre os desejos e os impulsos carnais. Significa
desenvolver o fruto do Espírito, o melhor antídoto às concupiscências carnais, jamais
tente viver a vida cristã pelos seus próprios esforços, tomando atalhos,
buscando desvios, mas renda-se constantemente ao Espírito Santo, pois Ele lhe
ensinará a maneira certa de viver a vida cristã. – Quando o Espírito Santo tem o
controle do nosso espírito, Ele faz com que o nosso homem interior tenha forças
e condições para opor-se às obras da carne. Andar na carne, ou seja, ser
dominado pela velha natureza adâmica, leva a pessoa a portar-se de modo
pecaminoso. Infelizmente, muitos crentes, como os de Corinto, estão se deixando
dominar pelas obras da carne (1 Co 3.3).
As
obras da carne podem ser classificadas em três categorias: 1. Sexo ilícito –
prostituição, impureza e
lascívia. A imoralidade
sexual, a impureza e a lascívia. São os pecados da licenciosidade, da concupiscência
da carne. A ARC usa o termo “prostituição” para a palavra grega porneia nessa
passagem. O termo grego porneia não é
muito específico, pois indica “vários tipos de relação sexual ilícita”; “relação
sexual ilícita em geral”. O verbo é porneuo¯, “praticar
imoralidade sexual”; e ekporneuo¯, “viver
mui imoralmente”. Segundo Balz & Schneider, o termo é também “sinônimo de
adultério, ainda que os termos mais apropriados para designar o adultério são moicheuo¯, moicheia”. A impureza,
no presente contexto, diz respeito à imoralidade sexual (Cl 3.5), não se refere
à impureza cerimonial do sistema mosaico, pois está ligada à lascívia,
sensualidade descontrolada, a luxúria. 2. Pecados de ordem religiosa – idolatria
e feitiçaria. O termo vem de duas palavras gregas, eido¯ lon, “ídolo,
imagem de uma divindade, divindade pagã”, e latreia, “serviço
sagrado, culto”. A idolatria é a forma pagã de adoração; adorar e servir a
outros deuses são práticas condenadas pela Bíblia, no Decálogo e, também, no
Novo Testamento: “portanto, meus amados, fujam da idolatria” (1 Co 10.14). A
feitiçaria já era conhecida desde os tempos do Antigo Testamento entre os povos
vizinhos de Israel. A Bíblia chama de feitiçaria, pharmakeia, em grego,
que significa “magia”, além de “feitiçaria”. O phármakos ou pharmakéus era o
manipulador de drogas, daí vem a palavra “farmácia”. Essas drogas eram usadas
na medicina, mas os mágicos ou bruxos manipulavam os efeitos alucinógenos delas
para rituais de magia. A Septuaginta aplica esses termos aos magos e encantadores
do Egito como mágicos (Êx 7.11, 22), na corte de Nabucodonosor, como adivinho
(Dn 2.27) e como bruxo (Dt 18.10). O significado dessa palavra em Apocalipse
9.21 é mais amplo: “Feiticeiros, incluem todos os que lidam com o ocultismo, poções
mágicas, drogas, cartomancia etc.”. Paulo associa essa palavra aos rituais pagãos
praticados no vasto império romano, os tais não herdarão o reino de Deus (Gl
5.21; Ap 18.23; 22.15). – 3. pecados de ordem social: inimizades, porfias,
emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices
e glutonaria. A maioria dessas obras da carne pertence ao campo da
rivalidade pessoal, da competição e da hostilidade. Parece ser esse o ambiente
entre os crentes da Galácia (Gl 5.13-15). Depois da palavra “invejas” aparece
na ARC o termo “homicídios”, que não consta nas outras versões. As palavras gregas
phthonoi e phonoi, “invejas,
homicídios”, aparecem em vários manuscritos antigos gregos e latinos. Mas, há
um número grande de manuscritos que omitem phonoi. Uns
consideram a forma longa, “invejas, homicídios”, como inserção de alguns
copistas para se harmonizar com Romanos 1.29; outros acham que houve omissão
acidental, conhecida como homeoteleuto. Viver
no Espírito é subjugar a carne, e isso gera o conflito interno, a luta da carne
contra o espírito. O fruto do Espírito é o resultado de uma vida redimida pela
fé em Jesus. Não é resultado de uma imposição religiosa ou de qualquer sistema
religioso legalista. O Espírito Santo é quem faz essas coisas. É por isso que o
apóstolo diz que “contra essas coisas não há lei” (v. 23). Se queremos que o
fruto do Espírito se desenvolva em nossa vida, devemos viver uma vida de comunhão
pessoal com o Senhor Jesus (Gl 2.20).
O que levou o apóstolo ao assunto foi o contexto das
igrejas da Galácia. O abuso da liberdade cristã, a antinomia, de um lado, e o legalismo,
de outro, e essas atitudes estavam dando ocasião à carne, levando à falta de
amor e à desunião (Gl 5.13-15). Cabe a cada crente fazer uma análise
introspectiva para verificar se suas inclinações são carnais ou espirituais.
Salomão disse que o homem é aquilo que imagina a sua alma (Pv 23.7). Jesus
disse que o homem fala aquilo do que seu coração está cheio (Lc 6.45). O pensamento
de cada ser humano norteia seu comportamento. Se a mente é carnal, seu
comportamento é carnal, que resulta em morte; se a mente é espiritual, seu
comportamento é espiritual, que resulta em vida e paz.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“A maturidade espiritual
ajuda-nos a ter bons relacionamentos com as pessoas. Passamos a compreendê-las
melhor e a reconhecer a melhor maneira de ministrar a elas. Devemos
esforçar-nos para alcançar a união. As pessoas, ao observarem o nosso caráter e
conduta, passarão a ter confiança em nós.
[…] O fruto é a maneira de se
exercer os dons. Cada fruto vem acondicionado no amor, e qualquer dom, mesmo na
sua mais plena manifestação, nada é sem o amor. ‘Por outro lado, a plenitude
genuína do Espírito Santo forçosamente produzirá também frutos, por causa da vida
renovada e enriquecida da comunhão com Cristo’. Conhecer o amor, poder e graça
de Deus, inspiradores de reverente temor, deve fazer de nós vasos de bênçãos
cheios de ternura. Não merecemos os dons. Nem por isso Deus se nega a nos
revestir de poder. E passamos a ser obreiros do Reino, prontos para trazer a
colheita. Subimos a um novo domínio” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva
Pentecostal. 10. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 493).
CONCLUSÃO
Cabe a cada crente
fazer uma análise introspectiva para verificar se suas inclinações são carnais
ou espirituais. Salomão disse que o homem é aquilo que imagina a sua alma (Pv
23.7). Jesus disse que o homem fala aquilo do que seu coração está cheio (Lc
6.45). O pensamento de cada ser humano norteia seu comportamento. Se a mente é
carnal, seu comportamento é carnal, que resulta em morte; se a mente é
espiritual, seu comportamento é espiritual, que resulta em vida e paz. – Para vencermos o conflito existente entre a carne e
o Espírito, precisamos tão somente nos encher do Espírito Santo e crucificar a
nossa carne com suas paixões e concupiscência (Gl 5.24; Ef 5.18). Permita que o
Espírito Santo guie você pelo caminho certo e que Ele controle os seus desejos
de modo que o fruto seja evidenciado em sua vida. – Se entregarmos todo o controle
de nossa vida ao Espírito Santo, Ele, infalivelmente, vai produzir o seu fruto
em nós através de uma ação contínua e abundante. Como cristão, tudo que concerne
ao caráter santificado, ou seja, a nossa semelhança com Cristo, é a obra do
Santo Espírito “até que cristo seja formado em vós” (Gl 4.19).
REFERÊNCIAS
LIÇÕES BÍBLICAS. 1º
Trimestre 2020 - Lição 5. Rio de Janeiro: CPAD, 31, jan. 2021.
LIÇÕES BÍBLICAS. 1º
Trimestre 2017 - Lição 1. Rio de Janeiro: CPAD, 01, jan. 2017.
LIÇÕES BÍBLICAS. 1º
Trimestre 2005 - Lição 1. Rio de Janeiro: CPAD, 02, jan. 2005.
SOARES, Esequias. O
verdadeiro pentecostalismo: a atualidade da doutrina bíblica sobre a
atuação do Espírito Santo. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.
STAMPS, Donald C. Bíblia de
Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.