SUBSÍDIO I
A ARCA DA ALIANÇA
A Arca da Aliança era um móvel
nobre que tinha a madeira de cetim na sua estrutura interior e era coberta com
uma lâmina de ouro maciço, tanto por fora quanto por dentro. O ouro simboliza a
Deidade, e a madeira de cetim, a humanidade de Jesus.
Do ponto de vista
da doutrina da expiação, entende-se que a Arca e seu Propiciatório representam
a obra expiatória que Cristo realizou no Calvário. Quando o pecador entra no
Pátio (ou Átrio) do Tabernáculo, iniciam-se os seus passos no “caminho para o
Santuário” (Hb 9.8). Ele começa sua caminhada entrando pela porta de acesso ao
Pátio, que fica na parte exterior do Tabernáculo, e, através do sacerdote, seu
representante, o pecador depara-se com o Altar de Sacrifícios. Logo depois, ele
passa pela Pia Lavatório (a fonte de bronze). Esses elementos materiais
falam-nos da cruz de Cristo, o qual foi a verdadeira vítima, que se ofereceu
pelos nossos pecados.
Ao entrar na parte
interior do Santuário, depois do Altar de Sacrifícios e da Pia Lavatório, o
pecador entra no Lugar Santo através do sacerdote e depara-se com três móveis
especiais: (1) a mesa dos Pães da Proposição, (2) o Castiçal de ouro com sete
lâmpadas e (3) o Altar de Incenso, onde o sacerdote ministra o culto de
comunhão e gratidão a Deus, que está no Lugar Santíssimo (ver 1 Jo 1.3,7).
Depois do Lugar
Santo, está o Lugar Santíssimo, vedado por um véu. Só é possível ultrapassá-lo
mediante o sangue da expiação nas mãos do sumo sacerdote. Na tipologia bíblica,
nesse contexto, Jesus tornou-se nosso Cordeiro expiatório e com o seu próprio
sangue tornou-se Sumo Sacerdote para ministrar diante do Pai junto ao
Propiciatório (ver Hb 6.18-20).
I – DESCRIÇÃO DA ARCA DA ALIANÇA
(ÊX 25.10)
A Arca é o único móvel dentro do
recinto do Lugar Santíssimo. Ao longo da vida religiosa do povo de Israel, a
Arca recebeu vários nomes, que não sofrem qualquer mudança no significado
geral; apenas descrevem e abrem o leque da compreensão para entendermos mais
sobre ela.
Nomes Dados a Arca
A designação dada
à Arca tem a ver com o vocábulo hebraico arown beriyth, que significa “cofre, casa de
madeira, baú, arca. Era o objeto mais valioso de todos os objetos do
Tabernáculo, porque ocupava o primeiro lugar na vida religiosa de Israel. Os
diferentes nomes não anulam os vários significados, porque todos objetivam
mostrar a glória de Deus dentro do Lugar Santíssimo.
Esses nomes são
identificados como:
• A Arca da Deus
• A Arca do Senhor
• A Arca de Jeová
• A Arca do Pacto
• A Arca do Testemunho
• A Arca da Aliança
• A Arca do Senhor
• A Arca de Jeová
• A Arca do Pacto
• A Arca do Testemunho
• A Arca da Aliança
A Arca, portanto, aparece como o
mais importante de todos os móveis do Tabernáculo e como o tesouro mais
apreciado e reverenciado em Israel. Nela se culminam todos os rituais, desde o
Altar de Sacrifícios, da Pia Lavatório e dos objetos do Lugar Santo.
A Construção da Arca (Êx
25.10,11)
De todos os objetos feitos por
Bezalel e Aoliabe, o mais valioso e sagrado em toda a estrutura do Tabernáculo
era a Arca da Aliança. Sua feitura exigia um trabalho perfeito com todos os
materiais empregados. A Arca foi feita com madeira de cetim (ou de acácia) na
sua estrutura interna e revestida de ouro puro por dentro e por fora (Êx
25.10,11). A medida da Arca era retangular e tinha 2,5 côvados de comprimento,
1,5 côvado de largura e 1,5 côvado de altura. Essas medidas equivalem a 1,25 m
de comprimento, 75 cm de altura e 75 cm de largura. São números arredondados
que não comprometem a sua importância. A madeira de cetim não ficava exposta, e
tudo o que podia ser visto era o ouro. Por isso, é a mais perfeita tipologia de
Jesus Cristo, revelando, assim, suas duas naturezas, a humana e a divina. A
madeira revelava a humanidade assumida de Jesus, que foi plenamente homem, e o
ouro por cima da madeira representava a sua divindade.
A Revelação Figurada da Dupla
Natureza de Cristo
O ouro, que cobria totalmente a
madeira interna, revelava sua divindade, pois Ele era plenamente divino (Hb 1).
A madeira simbolizava sua natureza humana (Hb 2). Essas duas naturezas
permanecem distintas, embora estejam unidas em uma só Pessoa — Deus e homem,
juntos em uma só pessoa. Ele é o primogênito de toda a nova criação. Seu nome é
Emanuel, isto é, Deus conosco. Ele é a Palavra que se fez carne, o Deus-Homem,
o Senhor Jesus Cristo (ver Mt 1.21,23; Is 7.14; 9.6 e Jo 1.14). Portanto, em
seu ministério terrestre, Jesus foi revelado como homem, e foi como homem que
Ele submeteu-se à obra expiatória no Calvário para resgatar o homem do pecado
(Jo 1.14; Rm 5.8). Ele nunca deixou de ser Deus, mas, ao assumir a humanidade,
assim o fez plenamente. Paulo escreveu a Timóteo e referiu-se a Jesus como
“aquele que se manifestou em carne” (1 Tm 3.16). Ele não se dividiu em 50% Deus
e 50% homem. Não! Ele foi 100% homem, e foi como tal que operou seus milagres
sob o poder do Espírito Santo, tendo morrido e ressuscitado como ser humano
para garantir uma obra perfeita. A madeira interior da Arca representa sua
humanidade, e o ouro, por dentro e por fora, sua divindade.
Texto extraído da
obra “O TABERNÁCULO”,
editada pela CPAD.
COMENTÁRIO E
SUBSÍDIO II
INTRODUÇÃO
Na aula de hoje estudaremos um dos móveis mais
importantes dentro do Tabernáculo: a Arca da Aliança. Inicialmente,
descreveremos esse artefato, em seguida, apresentaremos os elementos que
estavam dentro dela; e por fim, ressaltaremos que essa Arca simboliza Cristo,
por meio de quem temos os tesouros da sabedoria divina, e mais que isso, a
presença do próprio Deus em nosso meio.
I. A ARCA DA
ALIANÇA
A Arca da Aliança se encontrava dentro do Lugar
Santíssimo ou Santo dos Santos. Esse objeto tinha vários nomes: Arca de Deus,
Arca do Senhor, Arca da Aliança e Arca do Testemunho (I Sm. 4.11; Is. 3.13; Nm.
14.44; Nm. 7.89). Era feita de madeira de cetim ou de acácia, tendo um
revestimento de ouro, com uma forma retangular, de aproximadamente 1,25 metros
de largura e 75 centímetros de largura e 75 centímetros de altura. A Arca tinha
uma tampa, também denominada de propiciatório, adornada com a figura de dois
querubins, que tinham as asas abertas, voltadas para o centro da Arca. Os
querubins são anjos de uma categoria especial, pois esses são descritos no
texto bíblico associados à adoração a Deus. Esses seres não podem ser adorados,
pois são espíritos ministradores, que protegem o trono de Deus.
II. OS
ELEMENTOS DA ARCA
Dentro da Arca, estavam as Tábuas da Lei (Ex.
25.16,21; Dt. 10.1-5), representando a revelação divina, considerando que ao
povo de Israel foram entregues os oráculos divinos; também continha um vaso com
o maná do deserto (Ex. 16.33-35), fazendo o povo lembrar que o Senhor
providenciou o alimento necessário para que esse fosse suprido ao longo da
jornada; e por fim, a vara de Arão que floresceu, como demonstração da
autoridade divina sobre sua família, a fim de atuar no sacerdócio. Esses
elementos, que se encontravam dentro da Arca, simbolizam o cuidado divino em
relação ao Seu povo. Israel teve o privilégio, mas também a responsabilidade,
de testemunhar às nações, a respeito da soberania divina, e do amor e paz -
hesed veshalom, tarefa que nem sempre foi realizada a contento.
III. CRISTO,
NOSSA ARCA
A fim de tornar manifesto Seu amor às nações, Deus
enviou Seu Filho Jesus Cristo (Jo. 3.16), que não era apenas um homem, mas o
próprio Deus, pois nEle habitava toda a plenitude da divindade (Cl. 2.9). Na
verdade, Jesus é a Arca por meio da qual podemos ver a glória – shekinah –
divina. Ele é a própria revelação divina, Deus falou de muitas maneiras, mas
nesses últimos dias se revelou no Filho (Hb. 1.1,2). Ele é o próprio Pão Vivo
que desceu do céu, nEle encontramos alimento para nossas almas (Jo. 6.35), quem
come desse Pão, tem a vida eterna. Além disso, Cristo é a Verdadeira
Autoridade, que se fundamenta no amor e no serviço (Jo. 13.1-15), pois tudo coopera
para o propósito divino (Rm. 8.28-30).
CONCLUSÃO
Certa feita um dos discípulos pediu a Jesus:
“mostra-nos o Pai”. A resposta do Mestre foi enfática: “eu estou no Pai, e o
Pai está em mim, quem vê a mim vê ao Pai” (Jo. 14.6-14). Em Cristo, temos acesso
à glória – doxa – divina. A Arca da Aliança, como todos os outros móveis do
Tabernáculo, serviram apenas como sombras, a realidade presente é o próprio
Cristo, em quem confiamos (Cl. 2.16-19).
José Roberto A. Barbosa
Disponível no Blog
subsidioebd.blogspot.com
COMENTÁRIO E
SUBSÍDIO III
INTRODUÇÃO
Até aqui, analisamos
de maneira compartimentada o espaço do Tabernáculo. Passamos pelo Pátio, pelo
Lugar Santo e pelo Lugar Santíssimo. Agora, encontramo-nos no Lugar Santíssimo.
Nesta lição, o nosso objeto de estudo é a Arca da Aliança que ficava no “Santo
dos Santos”. Veremos algumas lições espirituais que há de edificar nossas
vidas.
Após a Cortina (véu), ficava o Santo dos Santos. O
único utensílio do Santíssimo era a Arca da Aliança e seu Propiciatório
(tampa), que estava justamente no santíssimo, cujas medidas formava um cubo
perfeito (5x5x5m). A Nova Jerusalém tem a mesma característica (Compare com Ap.
21.16). No Santíssimo só havia um móvel: a Arca da Aliança, medindo 1,25m de
comprimento, 75cm de largura e altura. Entende-se como apenas uma peça, pois o
propiciatório (tampa) era parte integrante da arca. A arca era caixa construída
com madeira de Acássia e revestida de ouro. Sua tampa, o propiciatório, era totalmente
de ouro e estava encimado por dois querubins que tinham suas frontes voltadas
para baixo (como que estivesse olhando para o fundo da caixa). Suas asas
estavam abertas e tocavam-se, como que se estivessem dando as mãos. Dentro da
arca estava contida as Tábuas da Lei recebidas por Moisés no Monte Sinai, um
vaso contendo o maná fornecido aos israelitas no deserto e o cajado de Arão que
havia florescido. Isso representava para aquele povo a presença de Deus, que
guiava-os, protegia-os e dava-lhes vitória. Tipificava Cristo como o "pão
da vida" e nosso Sumo Sacerdote perfeito, que guardou a Lei em seu
coração. Somente o sumo sacerdote podia entrar no Santíssimo uma vez ao ano.
Levava o sangue do sacrifício para aspergir o Propiciatório. Esta era a parte
final daquele ritual sacerdotal que servia para restaurar a comunhão do homem
com Deus. Jesus, o nosso Sumo Sacerdote perfeito, ofereceu-se em completo
sacrifício expiatório por nós. Entrou no santuário celestial levando seu
próprio sangue. – Dito isto, convido-o a pensar maduramente a fé cristã!
I. A
DESCRIÇÃO DA ARCA DA ALIANÇA (ÊX 25.10)
1. Os
nomes da arca. A designação hebraica dada à arca significa “cofre, casa de
madeira, baú”. Nas Escrituras Sagradas, diferentes nomes identificam esse
precioso objeto: a Arca de Deus, a Arca do Senhor, a Arca da Aliança, a Arca do
Testemunho (1Sm 4.11; Js 3.13; Nm 14.44; Nm 7.89). Era a peça mais valiosa e
importante do Tabernáculo porque ocupava o primeiro lugar da vida espiritual de
Israel.
Existem, na Bíblia, mais de vinte diferentes
designações para a arca. Essa arca retangular de madeira de acácia era banhada
a ouro e coberta por dois querubins alados que se estendiam um de frente para o
outro, sob aquelas asas estava o propiciatório, e no Dia da Expiação, era ali
que o sumo sacerdote aspergia o sangue dos sacrifícios para a propiciação e
expiação dos pecados. O termo hebraico frequentemente utilizado para descrever
a arca é “'ârôn”, que também
pode ser traduzido como baú ou caixão. A Bíblia faz referência à arca de
algumas formas diferentes, tais como:
• Arca do Senhor (Js 4.11)
• Arca de Deus (1 Sm 3.3)
• Arca da Aliança (Nm 10.33)
• Arca do Testemunho (Ex 25.22)
• Arca da Tua fortaleza (Sl 132.8)
• Arca Santa (2 Cr 35.3
2. A
construção da arca (Êx 25.10,11). Objeto mais valioso e santo do Tabernáculo, a arca da aliança foi
construída de maneira especial. Madeira de cetim (ou acácia) e revestimento com
ouro puro, tanto por dentro quanto por fora, foram os materiais nobres usados
para a construção da peça. Sua forma era retangular e suas medidas eram de 2,5
côvados de comprimento, 1,5 de largura e 1,5 de altura (1,25 m de comprimento,
75 cm de largura e 75 cm de altura: estes são valores aproximados). Como a
madeira de acácia não ficava exposta, e o que se podia ver era o dourado da
arca, a imagem faz uma perfeita tipologia das duas naturezas de Jesus Cristo,
verdadeiro homem e verdadeiro Deus. Essa doutrina é uma das mais importantes da
fé cristã.
“A arca da
aliança simboliza os dois lados da pessoa de Jesus em Israel: o lado filho de
Maria e o lado filho de Deus! o lado natural e o lado divino! o lado celestial
e o lado terreno! A arca da aliança, um símbolo das duas naturezas de Jesus. A
madeira: aponta para o filho de Deus 100% homem natural! 100% filho de Maria!!!
afinal, saiu do ventre dela, Maria!!! Filho de Deus 100% homem. Isaías 53:1ss.
Madeira de acácia: a árvore de acácia, em virtude de sua presença maciça no
tabernáculo, aos olhos dos hebreus era vista como uma árvore sagrada, uma
árvore protegida do Eterno! uma árvore, portanto, muito respeitada! Essa árvore
exala um perfume agradabilíssimo! Suas flores revelam vida! Flores
perfumadas!!! A madeira de acácia revela a suavidade de Jesus!!! O cheiro suave
da presença dele! 2º Coríntios 2:14-15. O ouro cobrindo a madeira: aponta para
Jesus cristo 100% filho de Deus! 100% divino! revela o filho de Deus protegendo
o filho de Maria!!! Por detrás do homem chamado Jesus, encontrava-se o filho de
Deus! Deus-Filho! O ouro cobrindo a madeira aponta para a divindade eternal que
encontrava-se no filho de Maria, a madeira!!!” (Pr Joel Machado)
3. O
símbolo das duas naturezas de Cristo. O ouro simboliza a divindade de Jesus e a madeira, sua humanidade
(Hb 1 - 2). Símbolo da plenitude da presença de Deus entre o povo judeu, a arca
aponta para uma verdade revelada no Novo Testamento acerca do nosso Salvador:
“porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Cl 2.9). Ou
seja, Cristo é o Emanuel, isto é, o “Deus conosco”, o verbo que se fez carne e
habitou entre nós (Mt 1.23; Is 7.14; 9.6; Jo 1.14). O apóstolo Paulo ainda
escreve: “E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Aquele que se
manifestou em carne” (1Tm 3.16). É uma verdade consoladora saber que hoje
temos, à destra de Deus, um Sumo Sacerdote que sabe o que se passa com a nossa
vida, e ainda compadece-se por ela (Hb 4.15). Portanto, não hesite em chegar ao
trono da graça com confiança (Hb 4.16)!”
Entenda o que é “duas naturezas de Cristo”: Paralelamente à plena divindade e
humanidade de Jesus, a terceira e a quarta afirmações necessárias da
cristologia bíblica são que na encarnação, as naturezas divina e humana
permanecem distintas, e as naturezas são completamente unidas em uma pessoa. A
melhor evidência dessas duas realidades são as passagens da Escritura nas quais
a glória divina e a humildade humana de Jesus são apresentadas conjuntamente:
(Is 9.6; Lc 2.11; Jo 1.14; Rm 1.3-4; 1Co 2.8; Gl 4.4-5). Esses versículos
apresentam o profundo mistério do eterno e infinito Filho de Deus adentrando no
tempo e no espaço e assumindo a natureza humana. Não existe pensamento mais
grandioso no qual possamos ponderar do que esse. Segundo o pensamento
filosófico grego, a matéria é má e o espírito é bom. Portanto, é inadmissível
pensar que Deus sequer assumiria um corpo humano. Em Colossenses 2.9, Paulo
refuta esse falso ensino, salientando a realidade da encarnação de Cristo.
Jesus não era apenas plenamente Deus, mas plenamente homem também. (Fp 2.5-11).
Cristo possui a plenitude da natureza e dos atributos divinos (Cl 1.19; Jo
1.14-16).
SUBSÍDIO DIDÁTICO-BIBLIOLÓGICO
Professor(a),
sugerimos que reproduza e amplie a ilustração da Arca. Caso seja possível você
poderá adquirir uma miniatura em lojas de artigos evangélicos. A ilustração ou
o objeto atrai a atenção dos alunos e facilita a aprendizagem. Depois, leia
para a classe e comente o seguinte subsídio: “A Arca do Testemunho era o ponto
central e o foco principal para todo o Israel. Dentro do Tabernáculo ela ficava
no Santo dos Santos, onde apenas o sumo sacerdote poderia entrar uma vez por
ano, no Dia da Expiação, para aspergir o sangue da Expiação sobre o
Propiciatório. Quando Israel viajava, a Arca teria de ir coberta para ser
protegida dos olhares do povo. Era carregada nos ombros dos sacerdotes,
mostrando o caminho a seguir. Seguiam a nuvem durante o dia e a coluna de fogo
à noite. [...] Onde quer que estivessem os filhos de Israel, certos estavam de
que o Senhor era com eles. Para seguir adiante, tudo o que tinham a fazer era
olhar para o alto e ver a nuvem que pairava sobre a Arca. Desta maneira o
Senhor sempre lhes provia um lugar de descanso (Nm 10.33-36)” (SPRECHER, Alvin.
Estudo Devocional do Tabernáculo no
Deserto: O lugar do seu Encontro com Deus. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD,
2002, p.145).
II. O
PROPICIATÓRIO DA ARCA
1. A
tampa da arca. A tampa de madeira de acácia que ficava sobre a arca era
denominada “Propiciatório”. Era adornada com a figura de dois querubins de ouro
— um em frente do outro. Suas asas permaneciam abertas e voltadas para o centro
da arca. Era uma obra belíssima.
- O propiciatório era a tampa de ouro maciço que foi
encaixada na arca. Nas suas duas extremidades foram formados dois querubins de
ouro maciço, da mesma peça. Olhavam ao propiciatório e suas asas formavam uma
cobertura sobre a luz “Shekinah” que brilhava entre os querubins. O ouro batido
representa os sofrimentos de Jesus, como também o próprio propiciatório
representa Jesus, nosso propiciatório. Propiciação é a ação ou efeito de tornar
propício. A doutrina bíblica da propiciação não é que ela aplaca um Deus
vingativo, mas sim que torna possível para um Deus de amor e justiça, em
retidão com a sua própria santidade, e de acordo com ela, abençoar o pecador
arrependido e crente em Cristo. Os querubins representam a supremacia divina
sobre poderes naturais. Mt 28.18. Onipotência. Que descanso para o homem que
confia naquele poder. Sl 57.1; 56.3; 89.9; Jo 4.6,10. Os dois querubins
representam também as duas testemunhas citada em apocalipse 11. Vejamos, E
deixa o átrio que está fora do templo, e não o meças; porque foi dado às
nações, e pisarão a cidade santa por quarenta e dois meses. E darei poder às
“minhas duas testemunhas”, e profetizarão por mil duzentos e sessenta dias,
vestidas de saco. Estas são as duas oliveiras e os dois castiçais que estão
diante do Deus da terra. E, se alguém lhes quiser fazer mal, fogo sairá da sua
boca, e devorará os seus inimigos; e, se alguém lhes quiser fazer mal, importa
que assim seja morto. Estes têm poder para “fechar o céu”, para que não chova,
nos dias da sua profecia; e têm poder sobre as águas para “convertê-las em
sangue”, e para ferir a terra com toda a sorte de pragas, todas quantas vezes
quiserem. Apocalipse 11:2-6 Então sabemos que representa duas pessoas, uma tem
poder para fazer parar de chover e outra tem poder para transformar água em
sangue, isso nos faz lembrar de dois homens, profetas, Elias e Moisés, afinal
um foi usado para transformar água em sangue e o outro para parar as chuvas
durante três anos e meio. Exatamente por isso que vemos um sinal imponente,
Jesus a verdadeira arca estava com os dois querubins Marcos 9:4 E apareceu-lhes
Elias, com Moisés, e falavam com Jesus. Os querubins de ouro olhavam, não para
fora, para ver a perversidade de Israel, mas sim para o propiciatório,
espargindo com o sangue que faz expiação e que segundo propósito divino, era o
lugar de encontro dele com o representante do povo. Assim o propiciatório é um
símbolo de Cristo crucificado; o lugar de encontro entre Deus e os homens. Como
o Sumo Sacerdote aspergia o sangue do sacrifício no propiciatório no dia da
expiação, assim Jesus aspergiu o seu próprio sangue no propiciatório do céu, o
trono de Deus, que de trono de juízo se tornou em trono de graça. Hb 9.12; II
Co 5.21; Is 53.10; Hb 6.20; 4.14-16. Os pecados ficam cobertos – Sl 32.1. Os
querubins olhavam as tábuas da lei através do sangue; assim Deus nos vê através
do sangue do seu filho Jesus. A lei ficou coberta e escondida. A expiação
significa “COBRIR”, no hebraico. Os nossos pecados são cobertos. Gl 3.13. O
juízo suspenso e a sentença anulada, a lei satisfeita e o pecador salvo! Graças
a Deus!! Rm 3.25. A graça reina. Hb 10:19-22. Compare com Jo 4:22;23.
Ilustração: O publicano e o fariseu. Lc 18:10-15.
2. A
simbologia da tampa da arca (Êx 25.17,21,22). O sentido simbólico da tampa era o de
“cobrir” algo valioso; figura de proteção aos elementos que estavam no interior
da Arca: as Tábuas da Lei, a vara que floresceu e um vaso com o maná do
deserto. É preciso ressaltar que a palavra grega usada para “propiciação” em
Hebreus tem o significado de “trono de misericórdia”. Logo, o propiciatório da
arca remonta ao valor misericordioso do sangue da expiação oferecida pelo nosso
Senhor, conforme o apóstolo Paulo escreveu: “sendo justificados gratuitamente
pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus, ao qual Deus propôs para
propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão
dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus” (Rm 3.24,25).
“A arca da
aliança, o baú contendo as duas tábuas de pedra inscritas com os Dez
Mandamentos, era o objeto mais sagrado do tabernáculo e depois do templo em
Jerusalém, onde foi colocado em uma área interna chamada de Santo dos Santos.
Também dentro da arca estavam o pote de ouro do maná, tal como foi provido por
Deus nas peregrinações do deserto (Êxodo 16:4), e o bastão de Arão que brotou e
produziu amêndoa (Números 17:1-13) (ver Hebreus 9:4). No topo da arca havia uma
tampa chamada de propiciatório sobre a qual repousava a nuvem ou o símbolo
visível da presença divina. Aqui é o lugar onde Deus se sentaria, e de onde
dispensava misericórdia ao homem quando o sangue da expiação era aspergido ali.”
(GOTQUESTIONS).
Adam Clarke comentando Êxodo 25.17, diz: “Um assento de misericórdia - כפרת capporeth , de כפר caphar , para
cobrir ou espalhar-se; porque, por um ato de perdão, os pecados são
representados como cobertos, de modo que não mais aparecem nos olhos da justiça
divina para desagradar, irritar e pedir castigo; e a pessoa do ofensor é
coberta ou protegida do golpe da lei quebrada. Na versão grega da Septuaginta,
a palavra ιλαστηριον, hilasterion , é usado, o que significa um propiciatório,
e é o nome usado pelo apóstolo (Hb 9.5). Este propiciatório era feito de ouro
puro; era propriamente a tampa ou cobertura daquele vaso tão bem conhecido pelo
nome da arca e arca da aliança. E antes disso, o sumo sacerdote deveria
borrifar o sangue dos sacrifícios expiatórios no grande dia da expiação: e foi
nesse lugar que Deus prometeu conhecer o povo (Êx 25.22); pois lá ele morava, e
havia o símbolo da presença divina.” (BIBLIACOMENTADA).
No Novo Testamento, o próprio Cristo é designado como a nossa “propiciação”.
Paulo explica isso em sua carta aos Romanos: “sendo justificados gratuitamente,
por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus propôs,
no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça,
por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente
cometidos” (Romanos 3:24-25). O que Paulo está ensinando aqui é que Jesus é a
cobertura para o pecado, como mostrado por essas imagens proféticas do Antigo
Testamento. Por meio de Sua morte e da nossa resposta a Cristo através de nossa
fé nEle, todos os nossos pecados estão cobertos. Além disso, sempre que os
crentes pecam, podemos nos voltar para Cristo, o qual continua a ser a
propiciação ou cobertura dos nossos pecados (1 João 2:1, 4:10). Isso une os
conceitos do Antigo e do Novo Testamento quanto à cobertura do pecado como
exemplificado pelo trono da misericórdia de Deus.
3. A
simbologia dos querubins alados sobre o propiciatório (Êx 25.18; Hb 9.5). Os querubins representam
simbolicamente a majestade divina e a deidade do Todo-Poderoso. São seres que
também aparecem nas visões do profeta Ezequiel (Ez 4) e nas visões do apóstolo
João, na Ilha de Patmos (Ap 1). A função básica deles é a de proteger o Trono
de Deus. Por isso, a imagem dos querubins reflete um aspecto protetor,
ressaltando o compromisso deles de guardarem a Lei de Deus. Assim,
misericórdia, graça e fidelidade são virtudes presentes na arca, mostrando que
Deus sempre se interessou em amar e proteger o seu povo (Êx 25.20; Sl 89.1,2).
Fundidos à cobertura de ouro da arca, encontravam-se
erigidos dois seres angelicais em cada ponta e olhando um para o outro; suas
asas estavam estendidas para cima e sobre, formando um arco. Querubins, associados
com a majestosa glória e presença de Deus (Ez 10.1-22), encontravam-se bordados
nas cortinas do tabernáculo e no véu do Santo dos Santos (Êx 26.1,31), pois
esse era o lugar onde Deus estava presente com seu povo. A Escritura apresenta
os querubins como os sustentadores do trono de Deus (1Sm 4.4; Is 37.16) e os
guardiões do jardim do Éden e da árvore da vida (Gn 3.24).
“Uma
descrição detalhada sobre os querubins nos é fornecida por Cole:
"Estes eram, mais
provavelmente, esfinges aladas com rostos humanos, a julgar pelas visões de
Ezequiel 1 e Apocalipse 4, bem como pelo uso do termo no Egito (embora os
querubins sejam mencionados em Gn 3.24, não são descritos). Na Assíria, o
karubu (mesma raiz semítica) tem a função de guarda de templo. Em Israel, os
querubins simbolizavam os espíritos que ministravam como servos e mensageiros
de Deus (Sl 104.3,4) e por isso suas imagens não eram uma violação de 20:4, já
que ninguém os adorava. Figuras de querubins, bordadas em cores vivas, eram
encontradas por toda a volta da cortina interior do Tabernáculo (36.35), de
modo que sua presença sobre a arca não era uma ocorrência isolada. O Templo de
Salomão possuía dois enormes querubins de oliveira, cobertos de ouro, de cinco
metros de altura, os quais pairavam sobre a arca (2 Cr 3.10). Este é apenas um
dos muitos detalhes em que o Templo de Salomão era mais elaborado do que os
planos aqui esboçados para o Tabernáculo".(2)
Pela descrição de Cole, e
também pelo que entendemos os querubins serviam apenas como
"ornamentos", e nunca como instrumentos para adoração, uma vez que se
assim fossem haveria uma contradição bíblica, já que há inúmeras proibições na
Palavra de Deus quanto à adoração de imagens de escultura. Em Êx 20.4-5, temos:
"4 Não farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que há em cima
no céu, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. 5 Não te
encurvarás diante delas, nem as servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou
Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até a terceira e
quarta geração daqueles que me odeiam". Observe que não somente é proibida
a adoração de imagens, mas também a sua construção, sob o risco da maldição
divina que "... visitaria a iniquidade (iniquidade aqui é uma referência à
construção ou adoração de ídolos) dos pais nos filhos...", por várias
gerações subsequentes. Outro texto que pode ser consultado é Is 42.8, onde o
Senhor não admite que a sua glória seja dividida com outros deuses ou com
quaisquer imagens de escultura: "Eu sou o Senhor; este é o meu nome; a
minha glória, pois, a outrem não a darei, nem o meu louvor às imagens
esculpidas"”.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“A Arca tinha uma tampa chamada de propiciatório ou
cobertura. Ela era idêntica em comprimento e largura à Arca, e era de madeira
de acácia coberta de ouro.
Nas extremidades da tampa estavam colocados dois
querubins, provavelmente de ouro batido como era o castiçal. Estes querubins
muito provavelmente tinham uma forma humana, com a exceção de suas asas, embora
alguns estudiosos entendam Ezequiel 1.1-14 como uma descrição geral de sua
aparência. Eles são sempre retratados como estando em pé e com as faces
voltadas um para o outro, olhando para o propiciatório com as suas asas
estendidas por cima.
Era entre estes querubins que habitava a glória do
Senhor. Esta era uma manifestação visível da presença do Senhor entre seu povo.
Pelo fato da Arca ser o lugar da habitação divina, nenhum homem comum podia
comparecer diante do propiciatório, e nem mesmo o sumo sacerdote podia
comparecer diante da Arca por sua própria conta ou sem o sangue do sacrifício.
A penalidade por fazê-lo era a morte” (SPRECHER, Alvin. Estudo Devocional do Tabernáculo no Deserto: O lugar do seu
Encontro com Deus. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, p.145).
III. OS ELEMENTOS
SAGRADOS DENTRO DA ARCA
Como mencionamos
anteriormente, três principais objetos estavam no interior da arca:
A arca continha três itens: os Dez Mandamentos
escritos em duas tábuas (Êx 25.16; 40.20; 1Rs 8.9), a vara de Arão (Nm.17) e um
vaso de maná (Êx 16.33). Visto que palavras e frases como: “aliança” (Dt 4.13),
“palavras da aliança” (Êx 34.28) e “testemunho” (Êx 25.16, 21; 40.20; 2Rs
17.15) são todas terminologias alternativas para “Dez Mandamentos”, pode ser
que as duas tábuas colocadas na arca contivessem cópias dos termos da aliança
para as duas partes: Deus e Israel.
1. As
tábuas da Lei (Êx 25.16,21; Dt 10.1-5). Pelo poder divino, Deus esculpiu em duas
tábuas a sua Lei para Israel. Aqui, estamos nos referindo às segundas tábuas da
Lei (cf. Dt 10.1-5), pois as primeiras foram quebradas por Moisés depois de o
povo israelita praticar a idolatria com o Bezerro de Ouro (Êx 32.19,20).
Entretanto, as tábuas guardadas na arca foram uma segunda cópia produzida pelo
próprio Deus. Assim, elas estariam protegidas e seus princípios norteariam o
povo.
Deus ouviu a intercessão de Moisés e tratou com
misericórdia os israelitas que haviam quebrado a aliança ao reescrever os Dez
Mandamentos em duas tábuas preparadas por Moisés para esse propósito. As
segundas tábuas eram feitas do mesmo material e eram do mesmo tamanho que as
primeiras.
2. Um
vaso com o maná do deserto (Êx 16.33-35). Originalmente, quando o maná ficava de um
dia para o outro, apodrecia (Êx 16.19,20). Porém, o maná contido na arca da
aliança não sofria qualquer tipo de deterioração. Isso sinalizava a provisão do
Deus Altíssimo para o seu povo. Da mesma forma, essa imagem aponta para o
Senhor Jesus como o maná celestial, o “pão vivo” que nutre e sustenta a sua
Igreja. O nosso Senhor foi quem disse: “Eu sou o pão da vida; aquele que vem a
mim não terá fome” (Jo 6.35). Portanto, “coma” desse pão e alimente-se da
verdadeira vida!
Apesar das diferentes descrições dadas para sua
forma e sabor, o nome escolhido para o alimento derivou da pergunta feita pelos
israelitas. "Maná" era uma forma antiga da pergunta deles: "O
que é isto?" O salmista refere-se ao maná como "cereal do céu" e
"pão dos anjos" que caiu depois que Deus abriu as portas dos céus (SI
78.23-25). Explicações naturais para o maná tais como, líquen que cresce em
rochas ou granulados expelidos por insetos sobre pés de tamargueiras, são
totalmente inadequadas para esclarecer a presença de maná no chão sob o orvalho
em quantidade suficiente cada dia, exceto no sábado, durante os quarenta anos
seguintes para satisfazer a necessidade de cada família. O maná foi produzido
sobrenaturalmente e era conservado sobrenaturalmente durante o sábado.
Providências foram tomadas para que a dádiva do maná fosse lembrada. Quando o
tabernáculo foi construído, o pote de maná foi colocado dentro da arca. As
gerações futuras seriam lembradas, quando iam prestar culto, da fidelidade do Senhor
no cuidado pelo seu povo (Hb 9.4). Este é um símbolo de Jesus, que é o
verdadeiro Pão da Vida. O próprio Jesus disse: “...não foi Moisés quem vos deu o pão do céu; o verdadeiro pão do céu é
meu Pai quem vos dá. Porque o pão de Deus é o que desce do céu e dá vida ao
mundo” (Jo 6.32-33).
3. A
vara que floresceu (Nm 17.1-10). Quando houve a rebelião contra Arão, promovida por Coré, Deus
mandou Moisés apanhar doze varas, e escrever o nome de cada tribo em cada uma
delas. Entretanto, concernente à vara da tribo de Levi, o nome que deveria ser
inscrito, nela, era o de Arão. Pela manhã, diferentemente das outras varas, a
de Arão havia florescido, e os chefes das outras tribos tiveram de reconhecer a
escolha de Arão como o ungido de Deus para exercer o sacerdócio em Israel. Essa
vara serviria de uma memória ao povo de Israel quanto à escolha de Deus ao
ministério sacerdotal. Esse milagre mostra, com clareza, que o Altíssimo é quem
designa seus ministros para uma grande obra. Ele é o dono de tudo e age segundo
o seu maravilhoso propósito (Rm 8.28-30; 1Co 1.26,27).
Essas varas de madeira deviam conter os nomes das 12
tribos, sendo que a tribo de Levi foi substituída pelo nome de Arão. Arão. Deus
havia afirmado que o bordão do homem que ele escolhera iria florescer (Nm
17.5). O bordão de Arão não apenas floresceu, mas também produziu amêndoas
maduras. Desse modo Deus excedeu as exigências do teste, para que não houvesse
nenhuma dúvida do fato que Arão havia sido escolhido para ser o sumo sacerdote.
O bordão de Arão que floresceu e produziu fruto foi guardado como indicação da
escolha de Deus a fim de calar permanentemente a murmuração dos israelitas
rebeldes. Em sua providência, Deus orquestra cada acontecimento da vida, mesmo
o sofrimento, a tentação e o pecado, para trazer tanto benefícios passageiros
como eternos.
- O florescimento da vara de Arão foi uma resposta
de Deus ao questionamento do povo quanto à sua autoridade para ministrar diante
deles. Sobre autoridades temos:
a) É Deus quem institui as autoridades, Rm 13.1, “Todo
homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que
não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas”.
b) É Deus quem nos ordena obedecer-lhas: 1Pe 2.13-15,
“13 Sujeitai-vos a toda instituição humana por causa do Senhor; quer ao rei
como soberano; 14 quer às autoridades como enviadas por ele, tanto para o
castigo dos malfeitores, como para louvor dos que praticam o bem. 14 porque
assim é a vontade de Deus, que, pela prática do bem, façais emudecer a
ignorância dos insensatos”.
c) Quem resiste à autoridade resiste a Deus e atrai
sobre si condenação, Rm 13.2, “De modo que aquele que se opõe à autoridade
resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos
condenação”.
2. Se quisermos obedecer a Deus, devemos estar
dispostos a obedecer aqueles que por Ele são instituídos.
A presença da vara de Arão na Arca é adequada, uma
vez que Jesus serve como nosso Sumo Sacerdote (Hebreus 4.14-15). Como Sumo
Sacerdote, Jesus se aproximou de Deus em nosso nome e ofereceu um sacrifício de
sangue para expiar nossos pecados.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“O conteúdo da Arca
As tábuas da Lei. ‘Na arca porás o documento da aliança que te darei’ (Êx
25.16). Como as tábuas da Lei representavam a vontade de Deus para com o povo
de Israel, elas apontavam para Jesus, que tinha a vontade de Deus no seu
coração (Sl 40.8). Também apontavam para o crente (Jr 31.33).
Moisés, ao descer do monte Sinai, indignado com a
idolatria do povo, quebrou as tábuas escritas por Deus (Êx 32.19).
A vara de Arão. Essa vara, florescida, fala da ressurreição de Cristo, e
também de um ministério aprovado que dá flores e frutos (Nm 17.5-9).
A justiça e o juízo, simbolizados pelas tábuas da
Lei e pela vara de Arão, não permitiam a presença do pecador. A graça e a
misericórdia vieram por Cristo em esplendor e glória, ‘porque a Lei foi dada
por intermédio de Moisés; a graça e a verdade por meio de Jesus Cristo’ (Jo
1.17).
Jesus percorreu o caminho da glória ao pó da morte,
ou seja, do Propiciatório, de entre os querubins da glória, até o altar de
bronze, a cruz do Calvário, e o percorreu também de volta, aspergindo o seu
sangue em todos os lugares, até o trono de Deus.
O maná. Colocado num vaso dentro da Arca, o maná indica a provisão
de Deus para o seu povo (Êx 16.32-34). O maná, por sua vez, apontava para a
pessoa de Jesus (Ap 2.17).
A Arca da Aliança, que ocupava posição privilegiada
dentro do Santo dos Santos, é a primeira peça do Tabernáculo mencionada por
Deus a Moisés. A sua grande importância está em que ela formava a base do trono
do Senhor. O seu próprio nome dá uma ideia da sua importância. Uma arca
destina-se a guardar algo de valor, e no caso desta, estamos considerando-a o
repositório de nada menos que os elementos representativos da aliança firmada
entre o Senhor e o seu povo” (ALMEIDA, Abraão. O Tabernáculo e a Igreja: Suas Características, Tipologia e
Significado Espiritual. 3.ed. Rio de Janeiro: CPAD, pp.56-58).
CONCLUSÃO
Nesta lição, vimos
que arca da aliança era um grande símbolo da presença de Deus entre o seu povo,
e que nos aponta para a obra completa de Jesus Cristo para sua Igreja. Nestes
últimos dias, o Senhor nos deixou o Consolador. Não precisamos mais carregar
uma arca para desfrutar da presença de Deus, pois o Espírito Santo habita em
nós.
A Arca da Aliança servia para lembrar o povo que
Deus estava presente entre eles. A Arca em si não tinha poder nenhum, no
entanto, ela apontava para a pureza de Deus. Quem tocasse na Arca indevidamente
morria (1Sm 6.19-20). Nada imperfeito pode entrar na presença de Deus. Apenas
quem foi purificado de seus pecados pode se aproximar de Deus. Quando os
israelitas pensavam na Arca, lembravam de Deus, de Sua glória, de Seus
mandamentos e de Sua provisão. Enquanto os israelitas provavelmente não
entenderam o propósito de todas as instruções, o objetivo de Deus foi revelado
mais tarde na vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo. Em Cristo, você e eu
somos morada de Deus. O Senhor desejou habitar dentro de cada um de nós.
Aleluia!
“Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a
tua palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome
sou chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos”. (Jeremias 15.16)
Francisco Barbosa
Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br