SUBSÍDIO I
UMA LINGUAGEM MILITAR CARREGADA
DE METAFORISMO
Os seis capítulos
de Efésios são seis partes iguais. Os três capítulos iniciais são teológicos, e
os outros três são práticos, em uma perfeita combinação de doutrina cristã e
dever cristão, de fé cristã e vida cristã. Os três primeiros capítulos se
referem à riqueza do cristão em Cristo, e os outros três falam sobre o andar em
Cristo. Ao se aproximar da conclusão, o apóstolo introduz um “no demais” (Ef
6.10), para se referir a uma realidade espiritual muito importante. Paulo não
apresenta a origem nem a biografia do príncipe das trevas; no entanto, ensina
ser importante conhecer as astutas ciladas do nosso inimigo. A epístola termina
com uma exortação para a luta contra as astutas ciladas do diabo.
O apóstolo Paulo
empregou a expressão grega tou
loipou ou to
loipon, traduzida por “no demais” (Ef 6.10)? Ambas aparecem nos
manuscritos e nos textos impressos do Novo Testamento grego. Mas, as edições de
Westcott & Hort, Aland Nestle e das Sociedades Bíblicas Unidas
escolheram tou loipou; o Textus Receptus e o
texto de Scriviner
ptaram por to loipon, o uso adverbial do adjetivo loipós, “resto,
restante, outro, demais”. O que parece ser apenas um detalhe, à primeira vista
pela grafia, faz, contudo, diferença no significado. Tou loipou, significa, “do
restante, daqui para frente” (Gl 6.17); e to
loipon, “ademais, quanto ao mais, resta, no demais, finalmente” (2
Co 13.11; Fp 3.1; 4.8; 2 Ts 3.1). O “no demais, finalmente” ou qualquer
expressão similar significa que o apóstolo está introduzindo uma seção para
finalizar a epístola.
O “daqui para
frente” ou “desde agora” indica que Paulo está dizendo que daqui para frente o
conflito contra o reino das trevas será contínuo até o retorno de Cristo, desde
a sua ascensão até a sua volta. As nossas versões seguiram Efésios 6.10
conforme o Textus
Receptus: “No demais” (ARC), “Quanto ao mais” (ARA), “Finalmente”
(TB) e “uma palavra final” (NVT). Não há problema em nenhuma dessas
interpretações, pois nenhuma delas está fora do contexto. O importante é notar
que o tema dessa passagem é atual, e a peleja da Igreja continua contra as
hostes infernais.
A exortação
apostólica: “fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder” (Ef 6.10) diz
que os crentes devem buscar essa força não neles mesmos, mas no Senhor Jesus;
por essa razão, o apóstolo Paulo emprega o verbo grego na voz passiva, endynamousthe, “sede
dotados de força em, sede fortalecidos”, do verbo endynamoo, “fortalecer
em”. Esse poder não vem de nós mesmos, mas de uma força externa, do próprio
Deus. Jesus disse: “sem mim nada podereis fazer” (Jo 15.5). A combinação
pleonástica, “força do seu poder”, dá mais relevo ao pensamento, uma expressão
que Paulo já havia usado antes na epístola (1.19). Ele está falando sobre força
e poder no campo espiritual, não sobre força física (2 Co 10.4). O Senhor Jesus
capacitou os cristãos, pelo Espírito Santo, para vencer todo o mal e toda a
tentação interna, os desejos da carne, e toda a tentação externa, tudo aquilo
que vem diretamente do poder das trevas. Essa capacitação envolve o
discernimento para compreender as astúcias malignas (2 Co 2.11) e também o
poder sobre os demônios (Lc 10.17, 19).
O apóstolo Paulo
vê os cristãos empenhados numa fileira de batalha espiritual contra grande
número de inimigos poderosos e cheios de sutilezas: “Revesti-vos de toda a
armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do
diabo” (Ef 6.11). O termo grego que ele usa para “armadura” é panoplía,que significa
“armadura completa, panóplia”.
Panóplia é o nome que se dá à armadura completa do cavaleiro europeu na Idade
Média e também se refere hoje a coleções de armas exibidas para decoração. A
“armadura de Deus” é uma metáfora que o apóstolo usa para ensinar uma verdade
espiritual utilizando uma linguagem militar bem conhecida dos seus leitores
originais. Mas adiante, ele descreve algumas armas dessa panóplia com aplicação
espiritual (Ef 6.13-17). São armas pesadas usadas pelos gregos e romanos em
batalhas ferrenhas. O propósito dessa armadura espiritual é fortalecer os
crentes para uma batalha terrível, contra o diabo e suas astúcias. Por isso
precisamos estar revestidos dela. “Revestir” significa “vestir novamente” a fim
de nos tornarmos firmes e resistentes para desmantelar todos os diversos meios,
planos, esquemas e toda a sorte de maquinações do diabo que Paulo chama de
methodeia, “maquinação, cilada, astúcia”.
Texto extraído da
obra “Batalha
Espiritual”, editada pela CPAD
COMENTÁRIO E
SUBSÍDIO II
INTRODUÇÃO
A luta contra os poderes das trevas é real, e não
pode ser subestimada, para tanto, precisamos usar as armas apropriadas, e essas
não são humanas, antes espirituais. Na aula de hoje, estudaremos a respeito da
natureza da nossa luta contra as forças do mal, com base em Ef. 6.10-12, texto
que antecipa a descrição paulina da Armadura de Deus, que será estudada mais
adiante. Faremos a análise textual, a partir do grego do Novo Testamento, em
seguida, interpretaremos o texto, com base no contexto. E ao final, as
aplicações apropriadas, fundamentadas na Palavra de Deus.
I. ANÁLISE
TEXTUAL
Paulo escreveu a Epístola aos Éfesios, que talvez
tenha sido uma epístola circular entre as igrejas da região da Ásia Menor, por
volta do ano 60 d. C., a fim de fortalecer a fé daqueles crentes, ressaltando a
natureza do corpo de Cristo. No texto em foco, o Apóstolo sequencia um
argumento, em caráter conclusivo, ao usar a expressão “No demais” – tou loipou
– em seguida, dá uma ordem: fortalecei-vos – endunamousthe – sejam empoderados,
o radical da palavra é o mesmo de At. 1.8, no qual é dito que os discípulos
receberiam poder do alto. Esse fortalecimento, ou mais precisamente,
empoderamento, deve ser no Senhor – em kuriô e na força en tô
kratei, que dá ideia de poder soberano que provém de Deus, de onde vem o
próprio poder – ischuos (v. 1). Paulo reforça, por meio de uma ordem,
revesti-vos – endusasthe – uma orientação para a batalha, vestir uma
indumentária para ir a peleja. Esse revestimento deve ser com toda armadura –
panoplian – uma palavra em grego, de natureza composta, nenhum elemento da
armadura pode ser desconsiderado. E isso tem um propósito, para que possais -
dunasthai, trata de uma capacitação, dada pelo próprio Deus, para permanecer
firmes – stenai – não sair do lugar, território determinado, contra as astutas
ciladas – methodeias, de onde vem nossa palavra método, isso quer dizer que o
inimigo tem seus métodos a fim de lutar contra aqueles que creem. Depois
explica que, nossa luta – pale - peleja, guerra – não é contra o sangue – aima,
muito menos contra a carne – sarka - mas contra – prós – preposição repetida
várias vezes nesse texto, principados – archas, palavras que pode se referir
tanto à esfera de autoridade terrena quanto celestial, bem como contra
potestades – axousias, que também pode significar uma jurisdição, controle ou
poder, e contra os príncipes das trevas – kosmokratopras tou skotous, poderes
cósmicos que regem as trevas, contra as hostes espirituais – pneumática – força
espirituais, da maldade – ponerias. Paulo especifica o território, nos lugares
celestiais – em tois epouraniois.
II. INTERPRETAÇÃO
TEXTUAL
Nesse trecho da Epístola de Paulo aos Efésios, no
capítulo 6, que segue dos versículos 10 a 20, somos alertados a sermos
fortalecidos em toda Armadura de Deus. O Apóstolo conclui a Carta com algumas
exortações aos cristãos, apelando para uma metáfora militar, certamente baseada
no contexto no qual se encontrava, em uma prisão romana. A palavra-chave nessa
seção da Epístola é “força”, sendo que essa deve vir de Deus, pois somos
fortalecidos “na força do seu poder” (v. 10). A força para enfrentar as
adversidades da vida não vem de nós mesmos, mas dAquele que está conosco,
principalmente se considerarmos que nossa luta não é uma batalha contra as
forças humanas. A palavra grega para armadura é panoplia e se refere a toda
indumentária utilizada pelos soldados romanos, que incluía tanto as armas de
defesa quanto as de ataque (14-16). Essa armadura é necessária a fim de
permanecer firme contra todas as astutas ciladas de Satanás, que se tratam do
métodos e estratégias do inimigo, a fim de destruir aqueles que seguem a
Cristo. Uma das armas de Satanás para enganar os crentes são os falsos
ensinamentos, difundindo doutrinas errados no seio da igreja cristã (I Jo.
2.18-22; 4.3; II Jo. 7). Satanás semeia heresias no contexto da igreja, algumas
delas são absorvidas com naturalidade, como se fossem ensinamentos bíblicos (v.
11). Para fazê-lo, ele se utiliza de governantes e autoridades, tanto de
natureza cósmica quanto terrenal, que se orquestram como forças do mal, para
enganar se possível os eleitos. Existe uma hierarquia nas hostes celestiais,
essas também atuam no mundo diabólico, e se instauram na esfera humana,
disseminando mentiras e enganos. Mas devemos lembrar que Jesus já desarmou
esses principados e potestades, colocando-os em condição de vergonha,
triunfando sobre eles (Cl. 2.15). Mas é preciso também saber que essa vitória
ainda não se materializou em sua plenitude, por isso ainda testemunhando o
império das trevas nos governos terrenais, até o dia em que Ele retornará e
será reconhecido plenamente como Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ap.
19.16).
III. APLICAÇÃO
TEXTUAL
O mundo se encontra debaixo do poder do Maligno (I
Jo. 5.19), essa é uma doutrina que precisa ser explicada constantemente, para
não incorrermos no risco de abraçar as forças terrenas, como se celestiais
fossem. Na verdade, Satanás é o deus deste século (II Co. 4.4), ou seja, ele
controla os poderes terrenos, a fim de que esses estejam a serviço dos seus
interesses. Os poderes terrenos apenas pendulam, de um lado para o outro,
seguem para mais à direita ou mais à esquerda, mas nunca conseguem atingir o
alvo, pois se encontram distantes da fonte de toda autoridade, que vem de cima
e de Deus. A igreja precisa ter discernimento espiritual para não se deixar
enganar pelas forças do mal, o inimigo das nossas almas vem travestido de anjo
de luz (II Co. 11.14). É um perigo quando a igreja abraça os poderes seculares,
e se envolve em uma empreitada terrena, e mais arriscado ainda quando se
utiliza de armas terrenais. Precisamos ser lembrados que nossa luta não é
contra os poderes terrenos, mas contra as forças espirituais que habitam as
regiões celestiais (Ef. 6.12). Portanto, devemos recorrer à Armadura de Deus,
que se trata de uma indumentária espiritual, contra as quais devemos vencer
essas hostes da maldade (II Co. 10.3-5). Essas armas espirituais não devem
servir para semear o ódio e a violência, pois fazemos parte de um reino de amor
e graça, cujo maior expoente é o Senhor Jesus Cristo, que nos ensinou a viver a
partir da ética desse reino, consoante ao que se encontra exposto nos capítulo
5, 6 e 7 de Mateus, quando proferiu o famoso Sermão do Monte. Cristãos não
podem incitar quem quer que seja à violência, pois não estamos em uma cruzada
medieval, na qual os soldados lutavam para destruir seus inimigos, a fim de
conquistar os territórios sagrados. Devemos semear o amor de Cristo nos
corações, e viver a partir dos princípios que Ele ensinou na Sua palavra.
CONCLUSÃO
Identificar o inimigo é fundamental enquanto
estratégia de guerra, muitos cristãos estão se voltando para alvos errados, há
ocorrências também de “fogo amigo” dentro das igrejas. Precisamos manter o foco
na trincheira, sabendo que nossa luta não é contra a carne e o sangue. Não
podemos odiar as pessoas, antes devemos demonstrar o amor de Deus para elas. E
a melhor maneira de fazê-lo é através da acolhida e do perdão, derramado em
nossos corações, somente assim seremos capazes de sabotar o império de Satanás.
José Roberto A. Barbosa
Disponível no Blog
subsidioebd.blogspot.com
COMENTÁRIO E
SUBSÍDIO III
INTRODUÇÃO
O tema da presente lição
trata dos poderes ocultos das trevas e de como se proteger deles pela força do
poder de Deus. Embora o apóstolo Paulo não apresente a origem nem a biografia
do príncipe das trevas, ele nos ensina a importância de conhecer as astutas
ciladas do nosso Inimigo. O Diabo já perdeu a peleja, mas continua fazendo
estrago nesse período entre o início e o final da jornada da Igreja.
Neste texto de Efésios (6.10-18), Paulo claramente
nos ensina que há um conflito espiritual um conflito com as trevas. Depois de
afirmar a realidade desse conflito, ele passa a ensinar sobre a conduta do
salvo diante desse conflito. Como sabemos, em situações normais, nenhum
exército entra numa batalha sem ter todas as informações necessárias sobre suas
próprias forças, sem ter o máximo de informações sobre o inimigo, bem como
sobre o terreno onde se desenvolverá a batalha. No campo espiritual não é
diferente e o próprio Senhor Jesus nos chama à atenção para esse tipo de
planejamento (Lc 14.31). Para sermos vitoriosos nessa batalha, temos que nos
conhecer, saber quem somos, conhecer as nossas próprias forças, conhecer o
potencial do inimigo, e o campo de batalha, que é a nossa vida, o nosso
dia-a-dia.
I. A INCLUSÃO
DO TEMA NO FINAL DA EPÍSTOLA
Os três capítulos
iniciais de Efésios são teológicos, e os outros três são práticos. Uma perfeita
combinação de doutrina cristã e dever cristão, de fé cristã e vida cristã. Mas,
de repente, o apóstolo Paulo nos surpreende com um "No demais",
encerrando a epístola com um assunto de vital importância: a luta contra o
reino das trevas.
Efésios está no mesmo grupo cronológico das
epístolas de Paulo aos Colossenses, Filemom e Filipenses, chamadas
coletivamente de "As Epístolas da
Prisão" porque foram escritas durante o primeiro aprisionamento
romano de Paulo. Esta epístola, junto com a de Colossenses, enfatiza a verdade
de que a Igreja é o corpo do qual Cristo é a Cabeça. Na realidade a epístola
pode ser dividida em duas partes principais, cada uma contendo três capítulos:
● Em Ef. 1-3 o apóstolo conta aos crentes o que eles são em Cristo;
● Em Ef. 4-6 ele lhes diz o que devem fazer por estarem em Cristo.
1. "No demais...
(v.10a)". O
apóstolo Paulo parece usar essa expressão para introduzir a conclusão. Isso não
é nenhuma anomalia, visto que Paulo emprega essa estrutura em outro lugar (2 Co
13.11; 1 Ts 4.1; 2 Ts 3.1). Essa expressão aparece traduzida como: "Quanto
ao mais", na Nova Almeida Atualizada; e "Finalmente", na TB
(Tradução Brasileira). Mas não devemos perder de vista que o termo paulino
significa, literalmente, "desde agora" (Gl 6.17). Que diferença isso
faz? Muita. No caso do verso 10, a ideia é de que daqui para frente o conflito
contra o reino das trevas será contínuo até o retorno de Cristo. Desse modo, o
tema é atual, e a luta da Igreja continua contra as hostes infernais.
De fato, o termo “No demais...” implica em responsabilidade diante de tudo que foi
colocado como doutrinas e preceitos do Evangelho, é necessário que ele, Paulo
nos mostre os inimigos que irão opor-se ao cristão, e a força que é necessária
para que possamos repeli-los. Seja forte no Senhor - Você deve ter força e
força de um tipo espiritual, e tal força também como o próprio Senhor pode
suprir; e você deve ter essa força por meio de um Deus que habita em nós, o
poder de seu poder trabalhando em você. “O
apóstolo tendo entregue os preceitos precedentes respeitando deveres relativos,
agora acrescenta uma exortação geral aos Efésios crentes, para ser sincero e
zeloso no desempenho de todos os seus deveres, os quais ele reforça pela
descoberta de outro profundo artigo do mistério de Deus; ou seja, que os anjos
maus estão unidos contra os homens e estão continuamente ocupados em tentá-los
a pecar. Finalmente – τολοιπον, quanto ao que resta; meus irmãos – Este é o
único lugar nesta epístola onde ele usa essa compilação. Soldados frequentemente
usam um para o outro no campo. Seja forte no Senhor – Já que toda relação na
vida traz consigo os deveres correspondentes, e requer vigor e resolução no
cumprimento deles, qualquer que seja a circunstância ou situação em que você se
encontra, veja que você não confia em sua própria força, mas aplica-se a ela. o
Senhor, por sua força, e arme-se com o poder de seu poder” (Joseph
Benson Efésios 6: 10-11).
2. "Fortalecei-vos
no Senhor e na força do seu poder" (v.10b). Jesus disse certa vez: "sem mim nada
podereis fazer" (Jo 15.5). Paulo empregou a voz passiva para
"fortalecei-vos". Isso mostra que não se trata meramente de esforço
humano, mas da completa dependência do Senhor Jesus. A expressão "força do
seu poder" é um enérgico pleonasmo (figura de sintaxe pela qual se repete
uma ideia com outras palavras para proporcionar elegância ou reforço à
expressão), usado aqui para reforçar a magnitude do poder de Jesus. Esse poder
provém do Espírito Santo (Ef 3.16); é a atuação da Trindade na vida da Igreja.
Fortalecei-vos também poderia ser traduzido por sede feitos fortes. A voz passiva do verbo no original grego
sugere que nós mesmos não podemos fazer isso; só podemos ser fortalecidos pela
graça do Senhor em nós, por meio de nossa fé que coopera com Ele. Em português
temos aqui um imperativo afirmativo (expressa uma ordem, pedido, desejo, súplica, conselho, convite,
sugestão, recomendação, solicitação, orientação, alerta ou aviso): Paulo
ordena que aqueles crente (e nós, por extensão) sejam(os) fortes. Isto porque
sempre há muito a nos enfraquecer e estamos mal preparados para resistir.
\nessa nossa fraqueza, só há uma maneira de vencermos: no Senhor - Como se ele tivesse dito, “Você não tem o direito de responder, que você não tem a capacidade;
pois tudo que eu exijo de você é, seja forte no Senhor”. Para explicar
seu significado mais plenamente, ele acrescenta: “na força do seu poder”, que tende grandemente a aumentar nossa
confiança, particularmente ao mostrar a notável assistência que Deus geralmente
concede aos crentes. Se o Senhor nos ajuda pelo seu grande poder, não temos
razão para nos afastarmos do combate.
3. O emprego da figura
de linguagem. As
figuras são recursos linguísticos que merecem atenção especial pela sua beleza
e pelo seu papel na Hermenêutica. A anáfora é uma figura de linguagem que
consiste na repetição de uma mesma palavra no começo de frases sucessivas com o
propósito de enfatizar a afirmação. Aqui encontramos: "porque não temos
que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as
potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes
espirituais da maldade, nos lugares celestiais" (v.12). Nessa anáfora, a
preposição grega, pros, "contra", é usada cinco vezes para reforçar a
ideia de que a esfera principal de atuação do príncipe das trevas não é apenas
como muitos pensam: a prostituição e o crime, mas principalmente no reino das
religiões; trata-se, pois, de uma batalha espiritual.
Esclarecendo alguns teros difíceis aqui:
Hermenêutica é um ramo da filosofia que estuda a teoria da interpretação, que
pode se referir tanto à arte da interpretação quanto à prática e treino de
interpretação.
Anáfora Em retórica, anáfora é a repetição da mesma palavra ou grupo de
palavras no princípio de frases ou versos consecutivos. A repetição tem o
objetivo de dar ênfase e tornar mais expressiva a mensagem. Assim, no versículo
12, a ênfase recai na verdade de que nossa verdadeira batalha não e contra
seres humanos, mas contra os seres espirituais, demoníacos, que estão operando
no mundo espiritual e por intermédio de pessoas que não se submetem a Cristo,
embora elas talvez nem tenham consciência disto. Precisamos conhecer a
verdadeira natureza do conflito, da batalha que estamos travando. É acerca
disso que nos fala o versículo lido: a nossa luta não é contra o sangue e a
carne e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste
mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes.
Aqui nós aprendemos sobre o inimigo contra o qual lutamos.
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
Para introduzir a aula desta semana, faça um resumo panorâmico da Carta
aos Efésios com o auxílio do esquema abaixo:
II. A DEPENDÊNCIA
DE DEUS
O apóstolo emprega uma
metáfora militar para explicar o que subjaz no mundo espiritual que não é
possível perceber na superfície. A presença de todas as mazelas na humanidade é
real e indiscutível, mas a fonte de toda essa maldade Paulo esclarece nessa
seção. Não pode haver vitória sem ajuda divina, e é esse o apelo apostólico.
A Caminhada Cristã como uma Guerra. 6:10-20. Em
toda esta divisão da epístola muito se disse sobre a vida cristã prática. Neste
parágrafo o andar do cristão foi descrito como uma batalha, um conflito mortal
no qual ele está alistado contra o poder de Satanás e suas hostes. (Efésios -
Comentário Bíblico Moody. Pág 38).
1. Somente pelo poder de
Deus. Nenhum ser humano tem
condições de, sozinho, enfrentar os demônios e sair vitorioso. Os demônios
existem de fato, mas não passam de um inconveniente diante do poder de Jesus;
são entidades destituídas de poder na presença do Senhor Jesus (Mc 1.23-26;
3.11). No entanto, os humanos não podem desafiá-los com suas próprias forças.
O Senhor Jesus disse, "Sem mim, nada podeis
fazer" (Jo 15.5; Fp 4.13). E na força do seu poder. Três palavras
foram usadas no versículo para o termo força. Primeiro, foi usado o verbo no
imperativo, sede fortalecidos ou capacitai-vos; depois a palavra para força e,
finalmente, a palavra para poder – na força do seu poder. John Wesley
comentando esse versículo escreve: “Pois nossa luta não é apenas, nem
principalmente, contra carne e sangue - Homens fracos ou apetites carnais. Mas
contra os principados, contra os poderes - Os poderosos príncipes de todas as
legiões infernais. E grande é o poder deles, e também daquelas legiões que eles
comandam. Contra os governantes do mundo - Talvez estes principados e poderes
permaneçam na maior parte da cidadela do seu reino das trevas. Mas há outros
espíritos malignos que estão no exterior, a quem as províncias do mundo estão
comprometidas. Das trevas - Esta é principalmente a escuridão espiritual. Desta
idade - que prevalece durante o estado atual das coisas. Contra espíritos
malignos - Que continuamente se opõem à fé, amor, santidade, seja pela força ou
pela fraude; e trabalho para infundir incredulidade, orgulho, malícia de
idolatria, inveja, raiva, ódio. Nos lugares celestiais - que já foram sua
morada, e que eles ainda aspiram, na medida em que são permitidos”.
2. O revestimento da
completa armadura de Deus (v.11a). O verbo "revestir" é o mesmo que a
Septuaginta usa para descrever o revestimento de Gideão pelo Espírito Santo (Jz
6.34). A metáfora "toda a armadura de Deus" significa que devemos
usar todos os recursos espirituais que Deus nos dá. A armadura completa indica
armas de defesa e armas de ataque, uma figura bem conhecida na época, visto que
os soldados romanos estavam por toda parte.
A palavra grega πανοπλίαν panoplian significa
uma armadura completa. Toda a armadura de Deus é a proteção do cristão contra o
mal e o maligno. Paulo usou a armadura usada pelo soldado romano em combate
como uma alegoria da proteção espiritual que o cristão desfruta, tendo a
salvação, a justiça, o evangelho e a Palavra, a fé, a paz como poderosas armas
a sua disposição para combater o bom combate e vencer. Note que "a
armadura de Deus" não é aquilo que Deus usa, mas aquilo que ele proveu
para o soldado cristão. O significado aqui é:
(1) que não devemos prover em nossa guerra armas como as pessoas
empregam em suas disputas, mas tais como Deus provê; que devemos renunciar às
armas que são carnais e colocar como Deus direcionou para a conquista da vitória.
(2) devemos colocar a armadura inteira. Não devemos nos armar
parcialmente com o que Deus designou, e em parte com as armas que as pessoas
usam; nem devemos colocar uma parte da armadura apenas. Precisamos de toda essa
armadura se estamos prestes a lutar nas batalhas do Senhor; e se ele não tiver
qualquer parte das armas que Deus designou, a derrota pode ser a consequência.
O Senhor nos oferece armas para repelir todo tipo
de ataque. Resta-nos aplicá-los para usar e não deixá-los pendurados na parede.
Para acelerar nossa vigilância, ele nos lembra que não devemos apenas nos
engajar em guerra aberta, mas que temos um inimigo astuto e insidioso a
enfrentar, que frequentemente fica em emboscada.
3. Os métodos do Diabo
(v.11b). Paulo
começa aqui a explicar a razão de o crente se fortalecer em Jesus e no seu
poder e revestir-se de toda a armadura espiritual de Deus. A expressão
"astutas ciladas" é methodeia em grego, que só aparece uma vez no
Novo Testamento (Ef 4.14) e cuja ideia é de "esperteza, artimanha,
armadilha". O Senhor Jesus dá, pelo seu Espírito Santo, todos os recursos
para o crente entender todas essas astúcias do Inimigo (2 Co 2.11). O
conhecimento da força do Maligno é uma poderosa arma tanto para o ataque como
para a defesa.
μεθοδεία methodeia, significa
apropriadamente aquilo que é rastreado com o método, aquilo que é metodizado, e
então aquilo que é bem colocado - arte, habilidade, astúcia. Os métodos do
diabo; os diferentes meios, planos, esquemas e maquinações que ele usa para
enganar, aprisionar, escravizar e arruinar as almas dos homens. O método de
pecar de um homem é o método de Satanás de arruinar sua alma. Esta cilada do
diabo são truques sutis de Satanás para enganar e enredar os cristãos na guerra
espiritual (2Co 11.3). Albert Barns comentando esse versículo, escreve: “As
artimanhas do diabo; são as várias artes e estratagemas que ele emprega para
arrastar as almas para a perdição. Podemos encontrar mais facilmente a força
aberta do que podemos astúcia; e precisamos das armas da armadura cristã para
enfrentar as tentativas de nos atrair para uma armadilha, tanto quanto para
encontrarmos a força aberta. A ideia aqui é que Satanás não conduz uma guerra
aberta. Ele não encontra o soldado cristão cara a cara. Ele avança
secretamente; faz suas aproximações na escuridão; emprega astúcia ao invés de
poder, e procura, mais do que iludir e trair, do que vencer por mera força. Daí
a necessidade de estar constantemente armado para encontrá-lo sempre que o
ataque é feito. Um homem que tem que lutar com um inimigo visível, pode se
sentir seguro se ele só se prepara para encontrá-lo em campo aberto. Mas muito
diferente é o caso se o inimigo é invisível; se ele nos roubar maliciosamente e
furtivamente; se ele pratica a guerra apenas por emboscadas e por surpresas.
Tal é o inimigo que temos de enfrentar - e quase toda a luta cristã é uma
guerra contra estratagemas e artimanhas. Satanás não aparece abertamente. Ele
se aproxima de nós não em formas repulsivas, mas vem recomendar alguma doutrina
plausível, para colocar diante de nós alguma tentação que não nos repelirá
imediatamente. Ele apresenta o mundo em um aspecto sedutor; nos convida a
prazeres que parecem inofensivos, e nos conduz em indulgência até que chegamos
tão longe que não podemos recuar.
SUBSÍDIO BÍBLICO
“No
Verso 6.13, Paulo repete a exortação previamente enunciada em 6.11 (‘Portanto,
tomai toda a armadura de Deus’) – desta vez, em vista de 6.12, isto é, das
hostes de Satanás que estão envolvidas na guerra espiritual. Uma palavra
diferente para ‘vestir’ (analabete) foi usada aqui, embora em 6.11 tenha
sido utilizado o termo endysasthe (significando ‘estar vestido com’). Analabete
significa ‘tomar’ de modo resoluto para que, mesmo debaixo do ataque mais
rigoroso, o crente posso resistir ao inimigo e ‘estar firme’ em sua posição.
Paulo,
por três vezes, exorta os crentes a ‘estarem firmes’ (6.11,13,14). Com isso,
quer dizer que os crentes e a Igreja devem permanecer constantes e inabaláveis,
‘estando firmes’ quando a batalha espiritual for intensa, sustentando sua posição
quando o conflito estiver se aproximando de seu final, sem serem ‘deslocados ou
abatidos, porém mantendo-se firmes e vitoriosos em seus postos’ (Salmond,
3.385). Observe que diferentes aspectos de ‘estar firmes’ são enfatizados
durante a passagem (6.10-20). Devemos ‘estar firmes’ (6.14a), na força do poder
de Cristo (6.10), contra as ciladas do Diabo (6.11), com nossa armadura firmemente
colocada (6.11a, 13a) e em oração (6.18-20)” (STRONSTAD, Roger; ARRINGTON, French
L. (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Rio de Janeiro:
CPAD, 2003, p.1266).
III. CONTRA OS
PODERES DAS TREVAS
1. Carne e sangue. O apóstolo começa apresentando a luta interna
do cristão: "porque não temos que lutar contra carne e sangue"
(v.12a). O termo "carne" tem vários significados na Bíblia, mas a
combinação "carne e sangue", que só aparece três vezes no Novo
Testamento (v.12; Mt 16.17; 1 Co 15.50), parece indicar um significado físico.
Nesse caso, essa combinação diz respeito à pessoa, ser humano, que pode ser o
outro ou nós mesmos em conflito interno, no sentido de: "a carne cobiça
contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne; e estes opõem-se um ao outro;
para que não façais o que quereis" (Gl 5.17).
Nossa luta não é; contra carne e sangue – Não
meramente contra os adversários humanos, por mais poderosos, sutis e cruéis,
nem contra os apetites carnais; mas contra principados, contra os poderes — Os
poderosos príncipes de todas as legiões infernais: e grande é o poder deles, e
também as legiões que eles comandam. Contra os governantes das trevas deste
mundo. Desse texto, John Wesley escreve: “Pois nossa luta não é apenas, nem principalmente, contra carne e sangue
- Homens fracos ou apetites carnais. Mas contra os principados, contra os
poderes - Os poderosos príncipes de todas as legiões infernais. E grande é o
poder deles, e também daquelas legiões que eles comandam. Contra os governantes
do mundo - Talvez estes principados e poderes permaneçam na maior parte da
cidadela do seu reino das trevas. Mas há outros espíritos malignos que estão no
exterior, a quem as províncias do mundo estão comprometidas. Das trevas - Esta
é principalmente a escuridão espiritual. Desta idade - que prevalece durante o
estado atual das coisas. Contra espíritos malignos - Que continuamente se opõem
à fé, amor, santidade, seja pela força ou pela fraude; e trabalho para infundir
incredulidade, orgulho, malícia de idolatria, inveja, raiva, ódio. Nos lugares
celestiais - que já foram sua morada, e que eles ainda aspiram, na medida em
que são permitidos”.
2. Os principados e
potestades. Os
dois termos aqui, "contra os principados, contra as potestades"
(v,12b), aparecem juntos pelo menos dez vezes no Novo Testamento. Os
"principados", archai, em grego, cuja ideia é primazia no poder; as
"potestades", exousíai, denotam liberdade para agir. O apóstolo Paulo
emprega o termo tanto para os anjos (Rm 8.38; Cl 1.16) como para os demônios (1
Co 15.24; Cl 2.15) investidos de poder. Desse modo, a expressão refere-se a
governos ou autoridades tanto na esfera terrestre como na espiritual.
Os principados e potestades de quem Paulo fala
também são identificadas como o deus deste século, aquele que cegou os
entendimentos dos incrédulos (2Co 4.4). Louvado seja Deus porque, pela
revelação que lhe foi dada, Paulo também ensina aos Efésios que, em Cristo, são
iluminados os olhos do vosso coração para saberdes qual é a esperança do seu
chamamento, e qual a riqueza da glória da sua herança nos santos (Ef 1.18). Ou
seja, a cegueira espiritual causada pelas potestades demoníacas pode, e só pode
ser iluminada pela luz de Cristo. Aquele que tem Cristo, tem a luz; o que não
tem Cristo jaz nas mais densas trevas..
3. "Os dominadores
deste mundo tenebroso" (v.12b, ARA). A ARC emprega "os príncipes das trevas
deste século"; a TB cita "governadores do mundo destas trevas";
e a Nova Almeida Atualizada mantém as mesmas palavras da ARA. O termo grego
mais usado para "príncipe" é archon, que aparece 37 vezes no Novo
Testamento, traduzido também como "governador". É usado para se
referir a Belzebu, "príncipe dos demônios" (Mt 12.24). O apóstolo
começa apresentando a luta interna do cristão: "porque não temos que lutar
contra carne e sangue" (v.12a). para Satanás, como "príncipe deste
mundo" (Jo 12.31; 14.30; 16.11); e, ainda, ao "príncipe das
potestades do ar" (Ef 2.2). Mas, aqui, o apóstolo Paulo emprega um termo
diferente, kosmokrátor, "senhor do mundo", de kosmos,
"mundo", e krateo, "dominar". O uso plural mostra que Paulo
não está se referindo ao próprio Satanás, mas às hostes dominantes do mundo das
trevas.
Por último, o apóstolo diz que a nossa luta é
contra os dominadores deste mundo tenebroso. O que é mundo tenebroso? É o mundo
que vive em trevas porque jaz no maligno como o apóstolo João diz em (1Jo
5.19). Satanás e seus demônios são os dominadores desse mundo tenebroso,
aqueles que fazem os homens amarem mais as trevas do que a luz, e por isso já
estão julgados. Em Jo 3.19 está escrito: O julgamento é este: Que a luz veio ao
mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz. Mas nós, os salvos, não temos
que temer as trevas, porque o Senhor Jesus também diz: Eu sou a luz do mundo;
quem me segue não andará nas trevas, pelo contrário terá a luz da vida (Jo
8.12).
4. Os lugares
celestiais. O
apóstolo acrescenta ainda "contra as hostes espirituais da maldade nos
lugares celestiais". Parece que aqui Paulo coloca todos esses anjos
decaídos num mesmo bojo. A expressão "lugares celestiais" indicada
aqui é intrigante. Essas palavras, ou "regiões celestiais", aparecem
em Efésios para designar o céu, onde Cristo está sentado à destra de Deus, onde
os salvos estão com Cristo (1.3,20) e onde habitam os anjos eleitos (3.10).
Como podem essas hostes infernais estar nas regiões celestiais? Uma explicação
convincente é que se trata da esfera espiritual invisível em oposição ao mundo
material (Ef 1.3).
Esta é a última das cinco vezes em que en tois epouraniois, "nas
regiões celestiais", ocorre na epístola. Nossa verdadeira batalha não e
contra seres humanos, mas contra os seres espirituais, demoníacos, que estão
operando no mundo espiritual e por intermédio de pessoas que não se submetem a
Cristo, embora elas talvez nem tenham consciência disto. Mesmo quando não
percebemos a guerra ao nosso redor, isso não quer dizer que ela não exista. Em
termos bem fortes, Paulo escreve que o mundo é um campo de batalha espiritual
(v 12). Nós precisamos nos despertar para ver que a batalha é real!
SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ
“Jesus
disse que era odiado sem motivo. Os verdadeiros filhos de Deus são revestidos
de luz, de poder e do Espírito Santo, enviado lá do trono eterno de Deus. O
mundo não nos conhece porque não conheceu a Ele, de modo que o Diabo reúne
todas as suas forças para batalhar contra Jesus e os seus santos. Porém é maior
aquEle que está em nós que tudo o que está contra nós. O Senhor batalhará por
nós, ainda que para isso Ele precise enviar todos os exércitos do céu. Quando o
profeta Eliseu estava cercado pelos inimigos do Senhor, o servo dele foi tomado
de pavor, porque tinha certeza de que eles seriam aniquilados. Ele levantou os
olhos a Deus e disse: ‘Peço-te que lhe abras os olhos, para que veja’. Os olhos
dele foram abertos, e ele olhou em volta e viu os exércitos do Senhor com cavalos
e carros de fogo. Deus enviara toda a artilharia do céu para proteger apenas um
profeta e o servo deste. Deus fará o mesmo por nós, se clamarmos a Ele” (ETTER,
Maria Woodworth. Devocional. Série: Clássicos do Movimento Pentecostal.
Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp.142-43).
CONCLUSÃO
Com base nas palavras do
apóstolo Paulo, ficamos sabendo de que existem diferentes classes de espíritos
maus que são enumerados aqui como "principados, potestades, príncipes das
trevas, hostes espirituais da maldade". O universo é um campo de batalha e
nisso não precisamos enfrentar apenas o ataque de outras pessoas, mas também as
forças espirituais que se opõem a Deus e ao seu Povo.
Essa batalha não é guerra material, e sim
espiritual. Então, como alguém pode sobreviver? Precisamos ser
"fortalecidos no Senhor e na força do seu poder" (6:10) e devemos
vestir "toda a armadura de Deus" (6:11,13). Utilizando, com oração,
todos esses recursos ouvimos da luta determinada de um bom soldado,
somos motivados a continuar batalhando mesmo quando sentimos fracos. Mesmo no
meio à batalha ardente, na confiança do Senhor encontramos paz, amor e graça.
Portanto, estejamos atentos, firmes na fé, que é o conhecimento de Deus, e
obediência à sua Palavra. Aqueles que estão em Cristo têm uma nova vida, são
novas criaturas, e são fortalecidos no Senhor e na força do seu poder (Ef
6.10).
“Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a
tua palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome
sou chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos”. (Jeremias 15.16).
Francisco Barbosa
Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br