SUBSÍDIO I
A NOSSA RECONCILIAÇÃO COM DEUS
PAI
A palavra “reconciliação” provém
do verbo grego katallasso e
significa “mudar de inimizade para amizade”, “reconciliar”. Para expressar uma
reconciliação completa, usa-se o verbo apokatallasso,
utilizado em Efésios 2.16 (“e, pela cruz, reconciliar ambos [judeus e gentios]
com Deus em um corpo”) e Colossenses 1.20 (“[...] por meio dele reconciliasse
consigo mesmo todas as coisas”). O substantivo katallage (Rm 5.11; 11.15) dá a ideia de mudar de
um lugar para o outro. Reconciliação implica em estabelecer, por iniciativa de
Deus, uma relação sadia com Ele.
A reconciliação é uma obra da
graça de Deus somente possível como consequência da obra de Cristo. Ela é
necessária porque nosso relacionamento com Deus estava rompido, pois o homem
pecador não pode ter comunhão com o Deus santo (Is 6.5). A reconciliação é
consequência da conversão, da regeneração e da justificação, pois o pecado
tornou o homem hostil e repugnante para com Deus, e foi assim que uma inimizade
foi estabelecida (Cl 1.21; Tg 4.4), e nem mesmo com os sacrifícios do Antigo
Testamento poderia haver uma reconciliação, pois eles apenas apaziguaram o
problema. Por isso, foi necessário o sacrifício de Cristo, que se tornou
inimizade (Ef 2.15-16) em nosso lugar para que Deus viesse a agradar-se de nós
(Rm 5.10), eliminando, assim, a causa da inimizade e abrindo-nos um novo e vivo
caminho para o Pai (Hb 10.20).
A expiação é a própria oferta de
Cristo a Deus pelo pecado; a reconciliação é o resultado prático humano da
expiação efetuada por Cristo; logo, a reconciliação é consequência da expiação.
Todavia, não é Deus quem se reconcilia com o homem; é o homem que precisa
reconciliar-se com Deus, pois sua comunhão foi interrompida por causa do
pecado. O problema da hostilidade era do homem para com Deus, cujo problema foi
resolvido com a obra de Cristo. O autor da reconciliação do homem com Deus é o
próprio Deus; é Ele quem toma a iniciativa; e o agente da reconciliação é Cristo
através de sua obra.
A reconciliação é necessária por
causa do estado de alienação (separação) de Deus. No estado de alienação, o ser
humano encontra-se fora de seu centro divino do qual seu próprio centro
pertence de forma dependente. Quando a serpente enganou o homem no Jardim do
Éden, este foi induzido a achar que poderia viver fora deste centro divino e
centrar-se em si mesmo, o que alguns teólogos chamam de hybris 1. Assim, o homem tentou autoelevar-se à esfera
do divino. O homem foi tentado a ser maior do que o centro divino do qual
dependia, e essa tentativa quebrou a dependência humana deste centro divino e
alienou-o da presença de Deus. Como a existência humana plena só é possível a
partir de Deus, é essencial que o estado de alienação seja revertido para o
estado de reconciliação.
Dentro da reconciliação que
Jesus fez para com o homem pecador, está também o seu ministério intercessor, o
qual Ele exerceu quando andou na terra e que ainda exerce por nós diante do Pai
(Hb 7.25; Rm 8.27). Ele orou para que a alegria dos discípulos fosse completa
(Jo 17.13); para que não fossem tirados do mundo, mas, sim, guardados do mal
(Jo 17.15); para que formassem uma unidade (Jo 17.21) e também por aqueles que
viriam a crer, abrangendo a todos nós (Jo 17.20). Atualmente, Ele defende-nos
das acusações de quem quer que seja e intercede por nós diante do Pai, não
permitindo que nada nos separe do seu amor (Rm 8.33-35), compadecendo-se de
nossas fraquezas (Hb 4.15; 9.24).
A partir da reconciliação, o
crente experimenta os benefícios dela, que são: no sentido vertical, a comunhão
com Deus; no sentido horizontal, a benção de ser um novo ser que se reconcilia
também com os seus semelhantes; e também com a própria natureza, não sendo mais
hostil a ela no sentido de depredá-la ou explorá-la de forma inconsequente.
“Porque, se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu
Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida. E
não somente isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus
Cristo, pelo qual agora alcançamos a reconciliação” (Rm 5.10-11).
A eliminação da causa da
inimizade aquieta e apazigua nosso coração, pois toda acusação e culpa são
eliminadas e removidas, estabelecendo-se uma amizade com Deus através de
Cristo. Os reconciliados por Cristo recebem o ministério da reconciliação, e de
suas bocas procedem palavras de reconciliação (2 Co 5.18-19). Ela é tão
abrangente que todo o Universo, céus e terra estão envolvidos (Cl 1.20).
Pelo fato de que agora estamos
reconciliados com Deus, é-nos permitido estar vivificados (Ef 2.1, 5; Rm 5.17).
Esse é o estado em que, dentro de nós, o Espírito Santo opera produzindo vida
espiritual que se converte em fonte transbordante (Sl 84.6). Essa vivificação
produz no crente sede e desejo ardente pela presença de Deus (Sl 42.1-2; 63.1;
143.6), faz dele uma fonte de água viva (Jo 4.10; 7.38), fá-lo produzir muitos
frutos (Jo 15.5) e o desejo que todos conheçam a salvação que há em Cristo (Mt
5.20; Lc 4.19; At 5.42; 20.27; 1 Co 9.16).
Texto extraído do livro “A Obra de Salvação”, editada
pela CPAD, 2017.
SUBSÍDIO II
INTRODUÇÃO
A morte de Jesus não foi apenas um episódio de
natureza histórica. Na verdade, sua morte estava no desígnio e presciência de
Deus (At. 2.23), estabelecido desde a eternidade (I Pe. 1.20; Ap. 13.8). Na
aula de hoje destacaremos o significado da morte de Jesus no plano da salvação,
destacando inicialmente a abordagem política de Pilatos. Em seguida,
destacaremos o significado da morte de Jesus para Simão Cirineu, as mulheres de
Jerusalém, e os malfeitores. E ao final, o significado do Pai, que providenciou
em Jesus o sacrifício vicário para nossa salvação.
1. A MORTE DE JESUS E A POLÍTICA DE PILATOS
Pilatos foi o governador da Judéia no período de 26
a 36 d. C., e como a maioria dos políticos, tinha a preocupação de manter sua
popularidade perante a população. Por causa disso, durante o julgamento de
Jesus, mostrou-se escorregadio em relação as suas decisões. Na verdade, a
vontade de Pilatos foi esquivar-se da morte de Jesus (Lc. 23.1-5). De igual
modo, os políticos não costumam compreender o significado da morte de Jesus.
Para alguns deles Jesus é apenas um nome por meio do qual tentar ganhar votos,
a fim de satisfazer seus interesses pessoais. O Senhor foi acusado pela
religião, que incitou o poder político, a condenar e crucificar Jesus. Ainda
hoje essa relação entre religião e estado é extremamente danosa, muitos
políticos se aproximam das igrejas evangélicas, com um discurso aparentemente
moralista, a fim de ter apoio eleitoreiro. Por outro lado, algumas lideranças
se dobram a esses interesses, e se necessário for, fazem concessões ao
evangelho, a fim de tirarem proveito dessa relação. Pilatos reconheceu a
inocência de Jesus Lc. 23.15), mas em nome da política dos homens preferiu
entregá-lo à opinião pública. Há muitos governantes que sabem o que deve ser
feito, mas não tomam uma atitude correta, preferem o pragmatismo para não
perderem votos. Como geralmente acontece no plano da política dos homens,
Pilatos e Herodes lançaram a responsabilidade de um para o outro em relação à
morte de Jesus (Lc. 23.6-12). Pilatos, por fim, decidiu lavar as mãos, e
entregar Jesus ao povo, incitado pela religiosidade, para satisfazer a multidão
(Mc. 15.15).
2. A MORTE
DE JESUS, SIMÃO CIRINEU, AS MULHERES E
OS MALFEITORES
Os estudiosos não concluíram se Jesus carregou uma
cruz ou apenas uma estaca, que seria afixada em uma haste, que comporia a cruz
na qual foi pregado (Jo. 19.17). Fato é que Jesus não foi capaz de seguir
adiante, carregando a cruz, por isso Simão foi chamado para ajuda-lo, conforme
estava previsto na lei romana (Mt. 5.41). Esse Simão não é o discípulo do
Senhor com mesmo nome, na verdade esse prometera ficar ao lado do Senhor, mas O
abandonou durante a perseguição. O Simão que partilhou o peso do instrumento de
crucificação era um estrangeiro, que havia percorrido mais de 1.200
quilômetros, desde a África para celebrar a Páscoa. Tudo indica que esse Simão
se converteu a Cristo, sendo posteriormente identificado como pai de Alexandre
e de Rufo (Mc. 15.21). A tragédia da crucificação de Jesus possibilitou que
aquele estrangeiro religioso tivesse um encontro pessoal com o Cristo. Essa é
uma realidade atestada nos dias atuais, muitas pessoas estão encontrando Jesus,
distanciando-se da mera religiosidade, principalmente nas situações adversas.
As mulheres que testemunharam aquele episódio também se identificaram com o
sofrimento de Jesus. O Evangelho segundo Lucas destaca o papel das mulheres no
ministério do Senhor. Mais uma vez, diante da crucificação do Senhor, as
mulheres mostraram sensibilidade e afeição pelas dores do Cristo (Lc.
23.27-31). Se fizermos um censo, atestaremos que o número de mulheres que se
aproximam de Cristo é sempre maior que o de homens. Elas são mais sensíveis à
mensagem da cruz, são mais propícias à aceitação do evangelho do Senhor. Os
malfeitores também foram alcançados pela graça maravilhosa desse evangelho.
Enquanto que os religiosos pediram a crucificação de Jesus, um dos malfeitores
entre os quais Ele foi contado se arrependeu dos seus pecados (Lc. 22.37; Mt.
27.38). Um ladrão percebeu que estava diante de um Rei, e clamou para que fosse
lembrando no Reino de Cristo (Lc. 23.35-43). Ainda hoje Jesus atrai para SI
aqueles que se encontram nas condições mais deploráveis (Mt. 21.28-32).
3. A MORTE DE JESUS E A VONTADE DO PAI
A morte de Jesus não foi apenas um fato na dimensão
horizontal, envolveu uma transação vertical, retratada com maestria por Isaias
(Is. 53). Cristo não tinha pecado, mas fez-se necessário que Ele morresse a
nossa morte, para a salvação dos nossos pecados. Ele foi feito pecado por nós,
por esse motivo as trevas envolveram a cruz (II Co. 5.21). A própria natureza partilhou
dos efeitos daquela situação, o clamor de Jesus retomou a declaração do
salmista: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Sl. 22.1; Mc. 15.33;
Mt. 27.45,46). Ao final Jesus clamou em voz alta: “Está consumado” (Jo. 19.30),
pois na cruz Ele cumpriu o propósito divino da salvação (Jo. 17.4). Por isso
quando Ele entregou o espírito ao Pai, como um ato voluntário, o véu do templo
se rasgou de alto a baixo (Mc. 15.38). De modo que, a partir de então, temos
livre acesso à presença de Deus (Hb. 4.6), e pela fé podemos nos achegar, e
chamá-LO de Pai (Gl. 4.6). Lucas registra ainda que: 1) o centurião reconheceu
que Jesus era o Filho de Deus (Lc. 23.47); 2) os expectadores deixaram o
recinto, pois queriam ver apenas o show (Lc. 18.3); e 3) as mulheres
permaneceram no local, partilhando a dor do Senhor (Lc. 24.22). Diante dessas
reações, a pergunta crucial parece ser: como as pessoas reagem diante da morte
de Jesus? Esse é o critério a respeito do qual é possível determinar a
ortodoxia ou heterodoxia de uma crença. Se Jesus foi apenas um grande iniciador
religioso, se a Sua morte não teve significado espiritual, então é vã a nossa
fé. Mas pelo testemunho do evangelho temos a convicção que a morte de Jesus não
foi um episódio casual, naquele ato Deus estava reconciliando os pecadores,
isso porque Aquele que não conheceu pecado se fez pecado por nós (II Co. 5.21).
CONCLUSÃO
Por que Cristo morreu? Essa pergunta tem sido feita
ao longo da história do pensamento teológico, e muitos pensadores querem trazer
uma resposta razoável. A fundamentação bíblica destaca a caráter vicário e
expiatório da morte de Jesus. A Sua morte foi o sacrifício perfeito pelos
nossos pecados (Cl. 1.22;I Pe. 1.19). De modo que somos salvos não pelas nossas
obras, mas pelo sacrifício de Jesus na cruz do calvário (Ef. 2.8,9), por meio
do qual fomos reconciliados com Deus (II Co. 5.5).
Prof. Ev. José
Roberto A. Barbosa
Extraído do Blog
subsidioebd
COMENTÁRIO E
SUBSÍDIO III
INTRODUÇÃO
A obra salvífica de Cristo custou um alto preço ao nosso Senhor — seu
próprio sangue derramado na cruz. Sua obra nos garante a salvação porque foi
uma oferta completa, perfeita e definitiva. Por causa dessa entrega de amor,
temos a garantia da vida eterna e, antecipadamente, podemos desfrutar, neste
mundo, dos benefícios dessa salvação. [Comentário:“Porque fostes comprados
por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os
quais pertencem a Deus” (1Co 6.20). Nesta lição falaremos sobre o preço que
foi pago pela nossa salvação, o sacrifício de Cristo, quando tomou sobre si a
maldição da lei como pagamento pelos nossos pecados. Como escreve Paulo: Cristo
morreu por nós, sendo nós ainda pecadores (Rm 5.8) - O bom Pastor deu
a sua vida pelas ovelhas (Jo 10.15). Jesus morreu para nos conduzir a Deus (1Pe
3.18). O seu sangue derramado nos purifica de todo pecado (1Jo 1.7). A salvação
é oferecida gratuitamente para nós os crentes, não teríamos como pagar o preço
que ela exigia, não estava em oferta, custou o mais alto preço de todos
possíveis ou imagináveis, preço infinito (1Pe 1.18-19).] Dito
isto, vamos pensar maduramente a fé cristã?
I. O
SACRIFÍCIO DE JESUS
1. O sacrifício completo. Cristo é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29),
pois nenhum outro sacrifício, tanto o de animais no Antigo Testamento quanto o
de seres humanos na história das nações pagãs, com vistas a alcançar a salvação
do homem, teve o êxito de apagar os pecados do passado, do presente e do futuro
(Hb 10.1). Somente o sacrifício de Cristo foi completo nesse sentido (Hb 9.26;
10.10), a ponto de anular uma aliança antiga para inaugurar um novo tempo de
relacionamento com Deus, estabelecendo uma aliança nova, superior e perfeita
(Hb 8.6,7,13). Assim, o sistema de sacrifícios de animais e o arcabouço da Lei
serviram como um guia para nos conduzir a Cristo (Gl 3.24). [Comentário: Quando
Jesus é chamado de Cordeiro de Deus em João 1.29 e 36, é uma referência ao fato
de que Ele é o sacrifício perfeito e definitivo pelo pecado. Para podermos
compreender quem Cristo era e o que Ele fez, precisamos começar no Velho
Testamento, onde encontramos as profecias sobre a vinda de Cristo como
“expiação do pecado” (Isaías 53.10). Na verdade, o sistema de sacrifícios
estabelecido por Deus no Velho Testamento preparou o terreno para a vinda de
Jesus Cristo – o perfeito sacrifício que Deus providenciou como expiação pelos
pecados de Seu povo (Romanos 8.3; Hebreus 10)1.]
1. ‘O que significa
que Jesus é o Cordeiro de Deus?’; Dispnível em:https://www.gotquestions.org/Portugues/Jesus-Cordeiro-Deus.html.
Acesso em 23 de outubro de 2017.
2. O sacrifício meritório. Na sociedade judaica do AT, desenvolveu-se uma ideia
de mérito por intermédio do sistema de sacrifícios de animais. Bastava
apresentar uma vítima inocente no Templo e a pessoa satisfazia a sua própria
consciência. Entretanto, esse sistema mostrou-se antiquado e ineficiente (Hb
8.13). Com o advento da nova aliança, mediante o sacrifício vicário de Jesus
Cristo, não há mais mérito pessoal, pois o mérito salvífico pertence única e
exclusivamente a Cristo (Gl 2.21). Só Cristo é capaz de cobrir todo e qualquer
pecado. Só Cristo é capaz de restabelecer a comunhão do pecador com Deus. Logo,
o único mérito aceito por Deus nesta nova aliança é o sacrifício vicário
realizado definitivamente por Cristo Jesus (Hb 10.11,12). [Comentário: O Senhor Jesus veio
buscar e salvar o mais vil pecador, libertando da escravidão do pecado, mas
para isto foi necessário que Ele morresse em uma cruz, derramando o seu
precioso sangue para nos purificar de todo o pecado. Este foi o preço que Jesus
pagou para nos libertar! “Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como
prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição
recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um
cordeiro imaculado e incontaminado” (1Pe 1.18-19)2.] 2. ‘Você custou
um alto preço - O Sangue de Jesus’; Disponível em http://www.webservos.com.br/gospel/estudos/estudos_show.asp?id=3477.
Acesso em 23 de outubro de 2017.
3. O sacrifício remidor. O pecado contradiz a bondade e a autoridade de Deus.
Ele se impõe como dúvida sobre tudo quanto tem a ver com o Criador. Além de ser
horrendo, o pecado faz separação entre o homem e Deus (Is 59.2). Como o pecado
deteriora o ser humano, degenerando seu caráter, deformando nele a imagem
divina, o sacrifício de Cristo aparece nas Escrituras como redenção para trazer
de volta a integridade humana e restabelecer o caráter dele (2Co 7.9,10; 2Pe
3.9). Assim, Deus estava em Cristo reconciliando o mundo consigo mesmo (2Co
5.19), já que a humanidade foi criada para viver em comunhão com o Pai, em
pleno relacionamento de dependência com o Criador (At 17.28). [Comentário: Estávamos
mortos mas Ele nos deu vida. Havia uma divida impagável por nós diante de Deus,
cujo valor final era a morte. Contudo Cristo cancelou o escrito de dívida que
tínhamos. O escrito da lei que pairava sobre nós cobrando-nos de nossos pecados
foi aniquilado, e encravado na cruz para que todos vissem que o sangue de
Cristo nos perdoou todos os pecados. A excelência da morte de Cristo está não
tanto na vida que nos gerou, mas que para tal ele se esvaziou de sua glória,
como nos diz o apóstolo Paulo em Fl 2.4,5. É a kenoses de
Cristo, o seu esvaziamento completo, para sentir e viver como homem, e para
poder sofrer o peso do pecado de todos nós3. Cristo veio para
dar Sua vida em resgate de muitos (Mt 20.28; Mc 10.45). Alguns,
equivocadamente, sugerem que o preço foi pago a Satanás; más Cristo nos
resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós (Gl
3.13). O débito que precisa ser pago é o infinito débito contra o atributo de
justiça, de Deus. "A misericórdia de Deus resgata o homem da justiça de
Deus".]
3. ‘A EXCELÊNCIA DO
PREÇO PAGO POR JESUS.’; Disponível em http://www.dialogocristao.com/node/111.
Acesso em 23 de outubro de 2017.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
A Obra Salvífica de
Cristo
“O estudo da obra salvífica de Cristo deve começar
pelo Antigo Testamento, onde descobrimos, nas ações e palavras divinas, a
natureza redentora de Deus. Descobrimos tipos e predições específicos daquEle
que estava para vir e do que Ele estava para fazer. Parte de nossas descobertas
provém da terminologia empregada no Antigo Testamento para descrever a
salvação, tanto a natural quanto a espiritual. Qualquer um que tenha estudado o
Antigo Testamento hebraico sabe quão rico é o seu vocabulário. Os escritores
sagrados empregam várias palavras que fazem referência ao conceito geral de
‘livramento’ ou ‘salvação’, seja no sentido natural, jurídico ou espiritual. O
enfoque recai em dois verbos: natsal e yasha. O primeiro ocorre 212 vezes, mas
Deus revelou a Moisés ter descido para ‘livrar’ Israel das mãos dos egípcios
(Êx 3.8). Senaqueribe escreveu ao rei de Jerusalém: ‘O Deus de Ezequias não
livrará o seu povo das minhas mãos’ (2 Cr 32.17). Frequentemente, o salmista
implorava o salvamento divino (Sl 22.21; 35.17; 69.14). O emprego do verbo
indica haver em vista uma ‘salvação’ física, pessoal ou nacional” (HORTON,
Stanley M. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. 1.ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 1996, pp. 335,336).
II. A NOSSA
RECONCILIAÇÃO COM DEUS PAI
1. O fim da inimizade. A reconciliação com o Pai só foi
possível porque o Filho nos resgatou, nos redimiu e libertou-nos do poder do
pecado, promovendo assim, a nossa união com Deus (2Co 5.18,19). Essa
reconciliação foi necessária porque o nosso relacionamento com o Altíssimo
estava rompido, visto que o homem pecador não pode ter comunhão com o Deus
santo (Is 6.5). Por isso, para se voltar a Deus é necessária uma sincera
conversão, por intermédio do Espírito Santo (Jo 16.8-11), para então, ocorrer a
regeneração e a justificação do pecador pela fé em Cristo (Rm 5.1,2). Logo,
todo esse processo de salvação para derrubar a inimizade que havia entre nós e
Deus se deu por intermédio do sacrifício de Cristo que pôs fim a essa separação
(Ef 2.13-16); eliminando, portanto, a causa da inimizade e abrindo-nos um novo
e vivo caminho em direção ao Pai (Hb 10.20). [Comentário: As Escrituras Sagradas revelam que a situação do homem
em relação a Deus é desesperadora. Todo pecado, sendo um ato de rebelião
deliberada contra Deus e sua vontade, torna culpado o pecador, e, por essa
culpa, coloca-o debaixo da ira, do juízo e da condenação de Deus. Como todos os
homens são pecadores, todos eles se acham na incômoda condição de inimigos de
Deus: Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus (Rm
3.23). Sabendo que há inimizade permanente entre Deus e o ser humano, e sabendo
que o homem é incapaz de merecer qualquer favor divino, só há uma esperança. As
Escrituras ensinam que o Todo-Poderoso, por meio de Cristo, promoveu
graciosamente a reconciliação com o homem: E tudo isso provém de Deus,
que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo e nos deu o ministério da
reconciliação, isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não
lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós a palavra da reconciliação (2Co
5.18,19)4.] 4. ‘Paz
com Deus.’; Dispnível em http://www.editoracpad.com.br/institucional/integra.php?s=3&i=52.
Acesso em 23 de outubro de 2017.
2. A eliminação da causa da
inimizade. O pecado é a
causa da inimizade entre Deus e a humanidade (Is 59.1-3). Para que essa
condição de culpado fosse eliminada da vida do ser humano, uma oferta de perdão
paga por Cristo, no Calvário, foi necessária. Esse processo se materializa
quando há conversão em nós e, então, passamos a ser novas criaturas livres do
poder do pecado (2Co 5.17; Rm 6.7-11). Embora seja verdade que não estamos
livres de pecar (1Jo 1.8-10), pois ainda não fomos plenamente transformados
(1Co 13.12; 1Ts 4.16,17), em Cristo, Deus nos vê como pessoas santas,
reconciliadas e amigas dEle (Tg 2.23; Jo 15.15). Por isso, podemos lutar com
ousadia contra a natureza humana pecaminosa que há em nós (Rm 6.12-14; Gl
5.16-26). [Comentário: A inimizade que o pecado provoca entre nós e Deus é
real e traz consequências devastadoras para todos os seres humanos. A maior
destas consequências e nosso fracasso em cumprirmos o propósito para o qual
fomos criados, que é glorificar a Deus e desfrutar dele para sempre. O
desagrado de Deus por causa do nosso pecado é nosso maior fracasso. Além
disso, o pecado traz consequências graves e danosas também para nossa vida. Por
provocar separação entre nós e nosso Deus, ele nos separa da fonte de toda a
vida e de toda a bem-aventurança, que é o próprio Deus. Em outras palavras, o
pecado nos traz a morte (Rm 6.23) e não somente a morte física e espiritual,
mas também a morte eterna. A boa-nova do evangelho é que Deus, em Cristo,
providenciou um meio totalmente eficaz para solucionar o problema do pecado.
Este meio é a morte substitutiva de Cristo. Tendo morrido em nosso lugar e
suportado, em nosso lugar, a ira de Deus, ele ganhou para nós o perdão para
nossos pecados5.]
5. ‘O rompimento da
comunhão com Deus.’; Dispnível em http://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/assunto/igreja/o-rompimento-da-comunhao-com-deus/.
Acesso em 23 de outubro de 2017.
3. A vivificação. Uma vez reconciliados com
Deus, fomos vivificados por Ele quando estávamos mortos em ofensas e pecados
(Ef 2.1,5; Rm 5.17), um estado espiritual de quem se encontra longe de Deus.
Assim, o Espírito Santo operou em nós, produzindo vida espiritual como fonte
transbordante, injetando em nós sede pela presença de Deus (Sl 42.1,2; 63.1;
143.6), fazendo-nos uma fonte de água viva (Jo 4.10; 7.38), nos enviando para
produzir muitos frutos no Reino de Deus (Jo 15.5; 20.21,22) e capacitando-nos
para que todos conheçam a salvação em Cristo Jesus (Mt 5.20; Lc 4.19; At 5.42;
20.27; 1Co 9.16). Assim, a maior consequência da vivificação espiritual é a
disposição de pregar o Evangelho (Mt 4.19,20 cf. At 2.1-13,37-47). [Comentário: A
palavra “regeneração” aparece poucas vezes na Bíblia. Na verdade, nos textos
originais, a palavra com esse significado literal aparece apenas em dois
textos: Mateus 19.28 e Tito 3.5. A palavra grega que aparece nos dois textos
acima é “palingenesia” (palin=de novo + gênesis=origem, nascimento, vida).
Mateus 19:28 refere-se à nossa regeneração física, que se dará na segunda vinda
de Cristo, quando receberemos corpos glorificados, à semelhança do que Ele
mesmo tem (1Co 15.19-23 e 35-54). Em Tito 3.5, Paulo emprega esta palavra
falando sobre a regeneração espiritual, que é o nosso assunto. Essa regeneração
espiritual é expressa também por outros dois termos bem mais citados, que são:
“vivificar” e “nascer de novo”6. O apóstolo
Paulo entendeu bem esse processo da regeneração. Ele vos deu vida, estando vós
mortos nos vossos delitos e pecados. Efésios 2:1. Se os dois, isto é, Abraão e
Sara, não fossem vivificados sexualmente, primeiro, eles não poderiam gerar o
filho. Assim, se a nós não fosse dada, primeiro, a vida espiritual, nós nunca
poderíamos crer em Jesus e nos arrepender de nós mesmos. A vivificação antecede
a conversão. Robert Leighton diz muito bem: "a mente carnal não vê Deus em
coisa alguma, nem mesmo nas espirituais. A mente espiritual O vê em tudo, mesmo
nas coisas naturais". Tudo isso é questão de natureza: a carne se inclina
para as coisas da carne, porém, o espírito, para as realidades do espírito. A
vida espiritual é um milagre de Deus7.]
6. ‘A Regeneração’;
Disponível em https://opoderdoevangelho.wordpress.com/2014/07/03/a-regeneracao/.
Acesso em 23 de outubro de 2017. 7. ‘APRENDENDO A
DISCERNIR - 7’; Disponível em http://piblondrina.com.br/mensagem/item/1503-aprendendo-a-discernir-7?tmpl=component&print=1.
Acesso em 23 de outubro de 2017.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
A Reconciliação com
Deus Mediante o Sacrifício de Jesus Cristo
“Diferente de outros termos bíblicos e teológicos,
‘reconciliação’ aparece em nosso vocabulário comum. É um termo tirado do âmbito
social. Todo relacionamento interrompido clama por reconciliação. O Novo
Testamento ensina com clareza que a obra salvífica de Cristo é um trabalho de
reconciliação. Pela sua morte, Ele removeu todas as barreiras entre Deus e nós.
O grupo de palavras empregado no Novo Testamento (gr. allassõ) ocorre raramente
na Septuaginta e é incomum no Novo Testamento, até mesmo no sentido religioso.
O verbo básico significa ‘mudar’, ‘fazer uma coisa cessar e outra tomar o seu
lugar’. O Novo Testamento emprega-o seis vezes, sem referência à doutrina da
reconciliação (por exemplo, At 6.14). Somente Paulo dá conotação religiosa a
esse grupo de palavras. O verbo katallassõ e o substantivo katallagê transmitem
com exatidão a ideia de ‘trocar’ ou ‘reconciliar’, da maneira como se conciliam
os livros contábeis. No Novo Testamento, o assunto em pauta é primariamente o
relacionamento entre Deus e a humanidade. A obra reconciliadora de Cristo
restaura-nos ao favor de Deus porque ‘foi tirada a diferença entre os livros
contábeis” (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma perspectiva
pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 355).
III. A
REDENÇÃO ETERNA
1. O estado perdido do pecador. O pecado normalmente é concebido como falha moral e
ética, no sentido de errar o alvo proposto por Deus, mas o seu conceito vai
muito além disso. As Escrituras revelam que o pecado é um estado de alienação
(separação) diante de Deus e que as pessoas, ao não confessarem a Cristo como
seu Senhor, são escravas do pecado (Rm 5.12; Jo 8.34). Essas pessoas estão
presas e impossibilitadas de, por si mesmas, livrarem-se dele. Elas “alimentam”
constantemente a perversão da imagem divina no Éden, procurando ídolos e
desejos prejudiciais para si mesmas e os outros (Rm 1.22-25). [Comentário: Para
redimir a humanidade da escravatura carnal, o Verbo se fez carne, a fim de
poder crucificar, na carne, toda a estratégia humana da carne, uma vez que, os
que estão na carne não podem agradar a Deus. Romanos 8:8. Cristo Jesus é a
Divindade encarnada a caminho da cruz, para crucificar a humanidade carnal.
Precisamos de entendimento espiritual para compreender a obra espiritual feito
por Deus em nosso favor. Assim como Isaque foi concebido pelo poder Divino,
através de um casal impotente, assim o novo nascimento é uma realidade
espiritual de Deus, feita do começo ao fim, pelo próprio Deus, num morto
espiritual8. Em Eclesiastes 7.29 lemos: “Eis-que, só isto
achei: que Deus fez o homem direito, mas eles buscaram muitas invenções”.
Nada é mais evidente do que os dois fatos mencionados nesta passagem; a saber,
a justiça original do homem e a sua queda mais tarde. Adão e Eva sofreram a
corrupção de sua natureza, a qual lhes trouxe ao mesmo tempo morte natural e
espiritual. O efeito total da queda de Adão sobre a raça é a corrupção da
natureza da raça, a qual traz a raça a um estado de morte espiritual e a torna
sujeita à morte física9.] 8. ‘APRENDENDO A
DISCERNIR - 7’; Disponível em http://piblondrina.com.br/mensagem/item/1503-aprendendo-a-discernir-7?tmpl=component&print=1.
Acesso em 23 de outubro de 2017. 9. ‘Cap
16 – O estado original e a queda do homem’; Disponível em http://palavraprudente.com.br/biblia/teologia-sistematica-t-p-simmons/cap-16-o-estado-original-e-a-queda-do-homem/.
Acesso em 23 de outubro de 2017.
2. A redenção do pecador. A redenção é o ato de remir, isto é, libertar, reabilitar,
reparar e salvar algo ou alguém. Por meio de um valor pago em dinheiro
adquire-se algo de novo; esse é o ato de resgatar, de tirar do poder alheio, de
libertar do cativeiro. Na Bíblia, a redenção é a libertação de um escravo do
jugo ou o livramento do mal mediante um resgate (Mt 20.28). O preço do resgate
do ser humano foi altíssimo, pois custou a vida do Filho de Deus. Não haveria nada
que pagasse o preço da desobediência de quem foi criado à imagem e semelhança
de Deus, o ser humano. Só o Pai, mediante seu amor gracioso, poderia prover a
remissão do pecador por intermédio de seu único Filho (Gl 3.13; 1Tm 2.5,6). [Comentário: Todo
mundo precisa de redenção. Nossa condição natural era caracterizada por culpa:
“pois todos pecaram e carecem da glória de Deus.” A redenção de Cristo nos
libertou dessa culpa: “sendo justificados gratuitamente, por sua graça,
mediante a redenção que há em Cristo Jesus” (Romanos 3:23-24). Os privilégios
de redenção incluem vida eterna (Apocalipse 5:9-10), perdão dos pecados
(Efésios 1:7), justiça (Romanos 5:17), liberdade da maldição do pecado (Gálatas
3:13), adoção à família de Deus (Gálatas 4:5), libertação da escravidão do
pecado (Tito 2:14; 1 Pedro 1:14-18), paz com Deus (Colossenses 1:18-20) e a
habitação do Espírito Santo na vida do Cristão (1 Coríntios 6:19-20). Ser
redimido, então, é ser perdoado, santo, justificado, abençoado, livre, adotado
e reconciliado. Veja também Salmos 130:7-8; Lucas 2:38 e Atos 20:28. A palavra
redimir significa “comprar os direitos”. O termo era usado especificamente em
referência à compra da liberdade de um escravo. A aplicação desse termo à morte
de Cristo na cruz é bem notável. Se somos “redimidos”, então a nossa condição
anterior era uma de escravidão. Deus comprou nossa liberdade, e não somos mais
escravos do pecado ou da lei do Velho Testamento. Esse uso metafórico de
redenção é o ensinamento de Gálatas 3:13 e 4:5. Relacionada ao conceito Cristão
de redenção é a palavra resgate. Jesus pagou o preço da nossa liberação do
pecado (Mateus 20:28; 1 Timóteo 2:6). Sua morte foi uma troca por nossa vida.
Na verdade, a Bíblia deixa bem claro que redenção só é possível “pelo sangue”
(quer dizer, por Sua morte), Colossenses 1:14. As ruas do céu vão estar cheias
de antigos prisioneiros que, não por nenhum mérito próprio, encontram-se
perdoados e livres. Os escravos do pecado se tornam santos. Não é de se
estranhar que eles cantam uma nova canção – uma canção de louvor ao Redentor
que foi morto (Apocalipse 5:9). Éramos escravos do pecado, condenados à
separação eterna de Deus. Jesus pagou o preço para nos redimir, resultando em
nossa liberdade da escravidão do pecado, e nosso resgate das consequências
eternas do pecado10.]
10. ‘Qual o
significado da redenção Cristã?’; Disponível em https://www.gotquestions.org/Portugues/redencao-Crista.html.
Acesso em 23 de outubro de 2017.
3. Uma redenção plena. A condição de redimido não traz benefícios somente para o
tempo presente, mas garantia de vida eterna, de morar para sempre com Cristo no
paraíso celestial (Ap 19.9; Lc 23.43). Portanto, a redenção eterna promovida
por meio do sacrifício de Cristo extrapola as dimensões terrenas, temporais e
espaciais da vida humana (1Co 15.19). [Comentário: É possível ter certeza da vida eterna e da nossa
salvação porque o próprio Jesus nos dá esta certeza. No texto de João 3:16,
Jesus, conversando com um dos principais da Sinagoga, chamado Nicodemos,
afirmou isso ao dizer que todo aquele que Nele crê tem a vida eterna. Deus, na
Sua Palavra o diz, e Ele não pode mentir (Números 23:19). Se Ele o diz, então
posso ter esta certeza. Ele não diz que pode chegar ter a vida eterna, mas sim,
que já tem, já possui, a vida eterna. A vida eterna é o presente que recebemos
no momento da conversão. Ela é automática. Uma vez que reconheço o meu estado
de pecador e que Jesus Cristo é o Filho de Deus, o salvador do mundo, e o
aceito como meu salvador, já tenho a salvação garantida. Como a vida eterna é
um presente, uma vez que recebemos, já é nosso, ninguém o pode tirar uma vez
que é dado. Em João 10:28 Jesus dá a vida eterna e ninguém a pode arrebatar das
Suas mãos, nem o Diabo o pode fazer. A vida eterna é real, não é só uma esperança,
ela é uma garantia11.]
11. ‘Como posso ter certeza da vida eterna?’;
Disponível em https://www.respostas.com.br/como-posso-ter-certeza-da-vida-eterna/.
Acesso em 23 de outubro de 2017.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
A Redenção
“No Novo Testamento, Jesus é tanto o ‘Resgatador’
quanto o ‘resgate’; os pecadores perdidos são os ‘resgatados’. Ele declara que
veio ‘para dar a sua vida em resgate [gr. lutron] de muitos’ (Mt 20.28; Mc
10.45). Era um ‘livramento [gr. apolurõsis] efetivado mediante a morte de
Cristo, que libertou da ira retributiva de Deus e da penalidade merecida do
pecado’. Paulo liga nossa justificação e o perdão dos pecados à redenção que há
em Cristo (Rm 3.24; Cl 1.14). Diz que Cristo ‘para nós foi feito por Deus
sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção’ (1 Co 1.30). Diz, também que
Cristo ‘se deu a si mesmo com preço de redenção [gr. antilutron] por todos’ (1
Tm 2.6). O Novo Testamento demonstra claramente que Ele proporcionou a redenção
mediante o seu sangue, pois era impossível que o sangue dos touros e dos bodes
tirasse os pecados (Hb 10.4). Cristo nos comprou de volta para Deus, e o preço
foi o seu sangue (Ap 5.9)” (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática:Uma
perspectiva pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 357).
CONCLUSÃO
O alto preço do resgate pago por
Cristo (Mc 10.45) em nosso favor leva-nos a glorificar a Deus em todas as
dimensões da vida. Logo, por meio da evangelização, desejamos fazer com que
milhares de pessoas tenham o privilégio de receber essa tão grande salvação. [Comentário: “Ah! Todos vós, os
que tendes sede, vinde às águas; e vós, os que não tendes dinheiro, vinde,
comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite”
(Is 55.1). O evangelho de Cristo Jesus, inicia-se com a conta paga. O debito
foi saldado e a nota promissória rasgada. Com uma única vez o pagamento total
através do sacrifício suficiente e eficaz de Cristo a nossa liberdade e
libertação foram admitidas diante do Pai celestial. “Graça a vós outros e
paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do nosso Senhor Jesus Cristo, o qual se
entregou a si mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar deste mundo
perverso, segundo a vontade de nosso Deus e Pai, a quem seja a glória pelos
séculos dos séculos. Amém” (Gl 1.3-5). “A mensagem cristã destina-se
aqueles que fizeram o melhor que podiam e falharam”. A conta do sacado foi
inteiramente paga na cruz de Cristo para sempre. A boa noticia que percorre na
terra, é a de um Deus único que ama homens falidos e distorcidos pelo pecado. A
falência espiritual do homem acentua a gravidade do pecado sobre a raça
inteira. Não podemos fazer vista grossa ao pecado, e consideremos o seguinte:
“O pecado não é um brinquedo – é um tirano” John Blanchard. Este Deus se
interessa por gente que não anela nenhum interesse por ele. O pecado fornece a
ruptura; estamos todos alienados quanto a nossa essência em Deus. A graça é a
reconciliação por parte de Deus em Cristo, superando a alienação. Porque, se
nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu
Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida.
Romanos 5.1012.] “... corramos, com
perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor
e Consumador da fé, Jesus ...” (Hebreus 12.1-2),
Francisco Barbosa
Disponível no blog: auxilioebd.blogspot.com.br